Monthly Archives: maio 2012

Téo Vilela fica mais um dia em Brasília para discutir reforço na Segurança
   29 de maio de 2012   │     21:08  │  0

A reunião com  Dilma Rousseff seria pela manhã, foi transferida para o início da noite de ontem e terminou não acontecendo em função da agenda da presidente. Mas nem isso foi motivo de desânimo para Téo Vilela.

Ao final de “um dia exaustivo de trabalho” ele falou por volta das 20h30 de hoje com o blog e se disse “satisfeito”. E decidiu continuar nesta quarta, em Brasília, para acompanhar o detalhamento do plano de ação acertado com os ministros da Justiça (José Eduardo Cardozo) e da Casa Civil (Gleisi Hoffman).

“Hoje aprovamos as diretrizes. Amanhã vamos detalhar as ações, estabelecer metas, ter clareza dos custos, prazos e efeitos. Minha expectativa é poder dar uma resposta a atual situação e estou satisfeito porque a presidente colocou todo seu staff  a nossa disposição, e estamos conseguindo construir uma proposta que deverá trazer os resultados esperados pelo governo e pela população”, explica o governador.

E o plano? O governador pede paciência. “Não vou anunciar as medidas antes do seu detalhamento, para não gerar mais expectativas. Quando retornar a Alagoas (no início da noite desta quarta-feira) vou apresentar em linhas gerais o que discutimos aqui em Brasília”, antecipa Vilela.

O plano terá ações de curto, médio e longo prazos. “Teremos ações mais imediatas e também estruturantes”. Os detalhes serão apresentados no lançamento do plano de segurança, que terá ações de repressão às drogas, reforço no policiamento e – provavelmente reforço financeiro para o Estado – num ato conjunto pelo ministro da Justiça e pelo governador.

“Zé Eduardo Cardozo já definiu que irá a Alagoas apresentar o plano a sociedade. Vamos esperar os desdobramentos nesta quarta-feira para poder definir a data deste evento”, adianta Téo Vilela.

 

 

Folha do Estado sobe para R$ 196 milhões após reajuste
     │     19:56  │  0

O governo de Alagoas começa a pagar na próxima sexta-feira (podendo antecipar para o 31 ) a folha dos servidores públicos. A confirmação foi feita ao blog pelo secretário de Gestão, Alexandre Lajes.

“A folha já está pronta. A gente só estava esperando a Assembleia Legislativa aprovar o rejuste de 6,5%, o que aconteceu na tarde desta terça-feira. Vamos esperar a publicação sair amanhã no Diário Oficial e iniciar o pagamento, o que deve ocorrer no máximo até a próxima sexta-feira”, explica Lajes.

Com o reajuste, adianta o secretário, a folha (valor bruto) de pessoal vai ficar em torno de R$ 196 milhões (antes era R$ 173 milhões).

O estado tem atualmente cerca de 68 mil servidores. Destes, 26 mil são inativos (aposentados e pensionistas).

Só Dilma Rousseff pode melhorar segurança em Alagoas no “curto prazo”
     │     14:16  │  1

O assassinato do médico Alfredo Vasco pode ter sido a gota d’água na tolerância do alagoano ao clima de insegurança (aparentemente crescente) no Estado. Comoção, revolta, protestos. Nas redes sociais e nas ruas o cidadão cobra paz e tranquilidade.

E, o pior, é que se depender da ação efetiva do Estado esse grito será ouvido, mas não terá a resposta esperada.

No curto prazo – anote aí – o governo de Alagoas não pode fazer nada. Essa ao menos é a versão oficial. Ao Estado resta agora recorrer a ajuda federal. Téo Vilela tem logo mais às 18h30 uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. Vai pedir que ela socorra nossa Alagoas, hoje a mercê do tráfico e da bala.

O que Téo Vilela pedirá, de concreto, é que a presidente mande reforçar a Força Nacional, hoje com 60 homens no Estado. Ele quer pelo menos mais 60. O governo também vai pedir tratamento igual ao dispensado ao Estado do Rio de Janeiro. (Será que veremos os blindados ocupando a Grota do Cigano?).

De resto, as medidas serão todas de médio ou longo prazo, a saber:

Bases Comunitárias: o governo já estruturou 5 na capital e 1 em Arapiraca. A meta é implantar mais 40. Além de ocupar 17 homens e mulheres da PM, cada uma custa R$ 350mil. A conta toda chega a R$ 14 milhões. “O governo federal parou de repassar os recursos, por isso a implantação foi interrompida”, aponta o secretário Rui França, da Secom.

Concurso PM: na melhor das hipóteses (se tudo funcionar como um relógio suíço a partir de agora, algo improvável no serviço público) os novos PMs começam a trabalhar em fevereiro do próximo ano.

Ao blog o secretário de Gestão, Alexandre Lajes, avisa que o edital para a contratação de 1.040 servidores da PM (mil policiais e 40 oficiais) está pronto e espera apenas pela PGE. “Se liberado, o edital será publicado em no máximo 15 dias”, avisa. A partir daí seriam mais 60 a 90 dias para realização do concurso e pelo menos outro seis meses para realização do curso.

Ou seja – vamos ser sinceros é coisa para um ano ou mais.

Concurso PC: no caso da Polícia Civil não existe sequer prazo. O processo ainda está correndo entre secretarias e não chegou nem na fase de edital. Tudo indica que só saia uma definição depois da negociação do Plano de Cargos e Salários com a categoria, o que deve demorar mais um a dois meses pelo menos. Nesse caso o reforço será de cerca de 490 policias (entre agentes, delegados, etc).

No total, o governo planeja contratar 1.530 novos servidores para as duas polícias. Mas nada para este ano.

Patrulhamento federal: Téo Vilela vai pedir a Dilma Rousseff o reforço no policiamento da PRF e PF. O objetivo, explica França, é reduzir a entrada de drogas e armas no Estado: “Ao menos se conseguíssemos impedir o tráfico em média e larga escala, seria mais fácil conter a violência no Estado”.

Sistema prisional: o governo vai tentar com a Justiça (essas são ações sempre lentas) desafogar o sistema penitenciário. De acordo com Rui França, Alagoas aumentou em 60% o número de prisões e por isso é preciso tentar abrir novas vagas nos presídios.

Medidas acessórias: o governo também vai sugerir que a prefeitura de Maceió dê sua cota de contribuição, melhorando ao menos a iluminação pública. E aqui vai uma sugestão do blog: porque não usar o efetivo da Guarda Municipal para fazer o policiamento de áreas de grande circulação de pessoas como o corredor Vera Arruda?

Em outras palavras, os alagoanos devem estender seus apelos além do Palácio dos Palmares e mirar também o Planalto: Socorro, Dilma!

Célia Rocha pode ter apoio de 12 dos 18 partidos com diretório em Arapiraca
     │     3:56  │  1

Desde que definiu sua candidatura à Câmara Federal, em 2010, Célia Rocha despontou como uma das favoritas entre os “palpiteiros” da política alagoana. Eleita com 124,5 mil votos ou 9,67% dos votos válidos ela superou todas as expectativas.

Também surpreendeu sua votação em Arapiraca. Foram mais de 63 mil votos ou mais de 60% dos votos válidos no município.

Pré-candidata a prefeitura da “capital do agreste” este ano, a deputada testa mais uma vez sua popularidade. Baseados em pesquisas não oficiais seus aliados apostam que ele repetirá, no mínimo, a performance da eleição anterior.

Pelo sim, pelo não, Célia cuida de ampliar o leque em torno de seu nome. Com  a ajuda do prefeito Luciano Barbosa já conseguiu fechar o apoio de pelo menos dez partidos. Entre eles PMDB, PCdoB e PDT, além é claro, de sua legenda, o PTB. “Devemos chegar a 12 partidos dos 18 que estão regularizados em Arapiraca”, avisa um dos seus principais auxiliares.

Para consolidar o processo, ela deve definir até meados de junho quem será seu vice. O nome virá do PMDB, mas existem várias possibilidades: Paulo Sérgio e Yale Fernandes seriam os mais fortes.

Quanto a oposição ao que se sabe a tendência é de união em torno de uma só candidatura. Alves Correia, Rogério Teófilo e Ricardo Barreto, pré-candidatos já declarados poderiam negociar uma composição.

Não existe nada definido, é bom que se diga. Até porque Rogério, antigo aliado de Célia, já avisou que “não tem volta” no seu projeto.

“Tapetão “

Esse termo vem ganhando força no cenário político de Arapiraca. O que se comenta à surdina é que Célia seria inelegível em função de um suposto relacionamento com o prefeito Luciano Barbosa.

O assunto, já levantado há oito anos (sem repercussão legal) agora requentado, tem tido no meio político o mesmo efeito que a possível “inelegibilidade” de Ronaldo Lessa em Maceió: praticamente nenhum. Serve no máximo para alimentar a esperança de eleições mais fáceis para seus adversários.

É claro que quanto antes a Justiça for provocada e se pronunciar, melhor.

Téo Vilela pede ajuda a Dilma Rousseff para tentar conter violência em Alagoas
   28 de maio de 2012   │     17:32  │  6

A morte do médico Alfredo Vasco (aparentemente por motivo fútil) é lamentável como todas as outras mortes que ocorreram no último final de semana. Embora, é importante se registrar, em Alagoas morte de pobre e de morador de periferia raramente tem grande repercussão.

Mas o fato é que mais esse crime pode ter sido a gota d’água. Ao menos para o governo. Nesta segunda-feira (28), Téo Vilela colocou a violência no topo da lista das prioridades do governo. Ele cancelou viagem que faria a Aracaju, SE, onde se encontraria com o governador Marcelo Deda para discutir a construção de mais uma ponte ligando os dois Estados (podendo ser em Penedo ou Piaçabuçu).

Toda a agenda palaciana foi mudada de última hora e o governo voltou-se para a questão da violência. Aos secretários do Planejamento e da Fazenda, o governador pediu que dessem um jeito de “raspar o cofre” e de conseguir mais recursos para a segurança.

O governador também ligou para Dilma Rousseff e pediu para ser recebido em caráter emergencial para tratar do tema que aflige o alagoano. A presidente vai recebê-lo nesta terça para uma audiência ao lado dos ministros da Justiça e da Casa Civil.

O que o governador vai fazer lá? A versão oficial é que Téo Vilela fará um pedido de ajuda no combate à violência. Ele quer mais 60 homens para a Força Nacional, mais homens para reforçar a polícia judiciária e, quem sabe, mais verbas.

O governador parece ter chamado para si – finalmente – a responsabilidade pelo combate à violência. Tanto que passou o dia mandando recados em entrevistas que deu nas rádios. Entre as recomendações, está o reforço no policiamento na região mais nobre de Maceió – os bairros que já são os mais policiados da capital.

Não é apenas o assassinato do médico – e o que se espera é que esse crime não fique impune, nem que seja em vão. A cada dia crescem as informações sobre assaltos, arrastões em restaurantes e toda sorte de crimes.

Quando o cidadão tem a vida poupada, ele fica grato ao bandido. É o que aconteceu semana passada em frente a sede da Fetag, em Mangabeiras. Um dirigente do setor leiteiro teve o carro roubado por um bandido jovem que aparentava elegância, mas pouca paciência. “Ele pediu a chave do carro com a arma em punho”, relata.

Resta saber se a ação de Téo Vilela não será apenas um “cala boca” para amenizar a revolta provocada entre todos os alagoanos com mais esse crime banal. Resta sabe se mais uma vez o governo ficará na promessa de combate a violência enquanto os bandidos são cada vez mais ousados e destemidos.

Que o governador cobre tratamento igual ao dado ao Rio de Janeiro. Mas que não esqueça também de fazer o mesmo que foi feito por lá. Falar de combate à violência enquanto as favelas de Maceió estão dominadas pelo tráfico e nada fazer só vai aumentar o descontentamento e a revolta dos alagoanos.

O que todos nós queremos do governo é a tranquilidade de volta.