O recado não poderia ser mais claro, mais direto. O prefeito Cícero Almeida, do PP, foi à convenção do PDT-PMDB. Num longo discurso deu um “brado” de liberdade política. Depois de explicar que tentou sair “numa boa” do partido, que conversou civilizadamente com o senador Benedito de Lira, avisou: “acabou a escravidão”.

Logo depois encontrei o prefeito e quis saber para onde ele vai. Tem algum partido em mente? “Depois de hoje acho não vai dar para continuar no PP. Vou ter que procurar outro caminho”.

E que caminho será esse?

O prefeito faz mistério. Mas anote aí ele pode, legalmente, se filiar a um novo partido, reconhecido na última semana pelo TSE: o PEN. Além dessa opção o prefeito pode contratar bons advogados e, numa eventual tentativa de cassação por infidelidade partidária, arrastar o processo pelo menos por seis meses, tempo suficiente para concluir o seu mandato – fazendo campanha, nas ruas. Claro que ainda resta a opção de uma boa conversa com o senador Benedito de Lira e uma saída pacífica do PP.

O fato é que prefeito encontrou uma saída jurídica ou política. Senão não teria participado da convenção de Ronaldo e Mosart.

O “amigo irmão” vai governar Maceió a quatro mãos  com Ronaldo

O que se ouviu ontem, na convenção realizada na Fenix que confirmou a dobradinha Ronaldo- Mosart foi que os dois vão trabalhar juntos. Cícero recomendou que Lessa aproveitasse a experiência do seu ex-secretário de Infraestrutura, a quem tratou de amigo-irmão.

Ronaldo ouviu o recado: “Maceió terá dois prefeitos. Vou trabalhar lado a lado com Mosart”.

E Mosart, estreante na política, está emocionado. E com vontade de ir para as ruas, em busca de votos. “Vamos gastar o solado do sapato e visitar cada bairro, cada rua, onde eu passei nesse útlimso sete anos e meio trabalhando como secretário e ajudando a melhorar as condições de vida dos moradores”, adianta.

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Bernadino Souto Maior anunciou no seu Blog que Téo e Renan iriam se encontrar em Palmeira, no último dia 20 de abril, durante a inauguração do conjunto Edval Gaia – o maior da história da cidade – numa demonstração pública de apoio a James Ribeiro.

Ele errou por pouco. Os dois foram ao evento, mas em momentos diferentes.

Mas hoje esse encontro aconteceu durante a convenção que confirmou a candidatura do atual prefeito à reeleição.

Embora cada vez mais distantes no cenário estadual, Téo Vilela e Renan Calheiros dividiram o palanque neste sábado, no clube Aquarius, por alguns instantes.

Os dois defenderem a reeleição de James, lembraram que o prefeito encontrou a casa desarrumada, um prefeitura cheia de dívidas e mesmo assim conseguiu realizar o maior programa de obras da história da cidade.

“A segunda gestão será ainda melhor”, anunciou o governador. “Agora com a casa em ordem e a experiência James fará muito mais por Palmeira”, reforçou o senador.

Coligação reúne 12 partidos

A convenção realizada neste sábado reúne 12 partidos na coligação majoritária em Palmeira dos Índios que terá como candidatos James Ribeiro (PSDB), a prefeito e o vereador Vicente Targino (PRP), a vice.

Para que não restem dúvidas, segue a lista dos partidos que participam da coligação: PSDB, PP, PRP, PMDB, PSB, PHS, PRTB, PTdoB, PSL, PRB, PSD e PMN.

Petrúcio Barbosa faz convenção, mas ainda é dúvida

Petrúcio Barbosa, o mais forte nome da oposição a James, participou da convenção do PTB e teve seu nome referendado para a disputa. Mas na cidade a aposta é que ele – por conta da lei da ficha limpa – não deve concorrer. Há quem acredite até que ele não registra a candidatura. Mas tudo por enquanto não passa de boatos e suposições.

Outro nome definido na cidade é o de Patrícia Sampaio, do PT. Se Petrúcio não concorrer ela deve tentar polarizar com James, embora tenha pouca densidade eleitoral em Palmeira. Patrícia concorre com apoio do PDT, PCdoB, PV e PPS. O presidente estadual do PT, Joaquim Brito, acredita que ela crescerá e tem chances de vitória.

 

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O discurso muda um pouco dependendo de que lado o candidato está. Nas convenções deste sábado, os “generais” da política revelaram parte de suas estratégias. As alianças se tornaram claras. A partir de agora temos pelo menos seis forças políticas em franca batalha pelas ruas da capital, lutando para conquistar o voto do eleitor e a prefeitura de Maceió.

Dois grupos partem com maior estrutura, com maior poder de fogo. Ronaldo Lessa, com 12 partidos, e Rui Palmeira, que sai com cinco partidos. Os dois devem polarizar em estrutura de campanha nas ruas e na captação de recursos financeiros, até porque Rui tem aliados importantes no Palácio dos Palmares, enquanto Lessa tem a simpatia do Palácio do Planalto.

Ronaldo Lessa vai defender a continuidade administrativa de um projeto que está dando certo em Maceió e se sentirá mais a vontade para cobrar a melhoria da segurança pública, fazendo um contraponto com o governo do Estado. Seu slogan já está definido: “Maceió cada vez melhor”. A campanha terá forte apelo popular, fazendo um link do candidato com o povo.

Em linha oposta, Jeferson deve mirar Almeida, fazendo críticas a sua gestão, especialmente na “omissão” da prefeitura na questão da segurança.

Rui Palmeira deve tentar ficar fora – até onde deixarem – do confronto com Almeida ou com outros candidatos. Sua estratégia é tentar trabalhar a ideia de renovação, de novidade. Seu slogan também apareceu na convenção deste sábado: “Uma Nova Maceió Para Todos”. Cuidadoso no discurso, ele disse que vai trabalhar “para transformar Maceió numa cidade ainda melhor para se viver”.

Rosinha da Adefal, do PTdoB vai focar seu discurso na renovação, nos projetos sociais e nas deficiências em serviços como saúde. Ela vai trabalhar forte numa área que tanto Almeida quanto Téo Vilela dão pouco importância.

Nadja Baía, do PPS, vai para o confronto direto com Almeida e fará talvez a campanha mais ácida contra o atual prefeito.  Já Fleming, do PSOL,  fará oposição a todos os grupos, focando seu discurso na capital e trabalhando para apresentar propostos de “um futuro melhor”. Já
Galba Novaes mantém o mistério. Fez convenção mas sua candidatura ainda não está confirmada.

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Numa guerra os generais montam suas estratégias antes de mobilizar suas tropas e mandá-las para os campos de batalha. Numa disputa eleitoral, o jogo político não é diferente.

Definida uma meta – digamos a conquista da prefeitura de Maceió – os estrategistas avaliam  as possibilidades. É preciso identificar os adversários, conhecer seu potencial de fogo e seus pontos fracos.

Claro que não se ganha nenhuma guerra, muito menos eleitoral, sem o apoio da população. Por isso são feitas tantas pesquisas para apurar o sentimento popular, saber o que as pessoas pensam e querem.

E o que quer o eleitor de Maceió agora? Segurança, saúde, educação, trabalho, transporte público de qualidade, um trânsito menos lento e por aí vai. Todas estas questões serão trabalhadas nos planos de governo dos candidatos.

Agora a campanha vai ganhar as ruas. De porta em porta, fazendo caminhadas, comícios ou reuniões, os candidatos vão para o corpo a corpo para tentar conquistar o eleitor.

Alguns já partem com vantagens nessa briga. Uma pesquisa que circulou no Palácio mostra Ronaldo na frente de Rui, seguidos de perto por Jeferson e um pouco mais distante por Rosinha. Os Outros candidatos estão lá atrás.

Quem terá mais fôlego, quem terá mais recursos, quem conseguirá ter as melhores e mais eficientes “armas” eleitorais? Quem fizer a campanha mais inteligente será vitorioso. Mas para isso os candidatos terão que gastar muito solado de sapato e dar muitos abraços no povo.

Porque essa guerra é assim mesmo. O sorriso, o aperto de mão, o abraço, o discurso, a promessa e a boa proposta são das armas da democracia, são as ferramentas que ajudam a ganhar uma eleição.

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Não existe nada certo. Mas uma fonte confirmou no começo da madrugada de hoje que o DEM do pré-candidato a prefeito Jeferson Morais deve se coligar com o PSB de Carimbão, que indicaria o vice. Um dos nomes cotados é de Carimbinho, filho do Carimbão.

Ninguém confirma, ninguém nega. Logo saberemos se essa é a  “surpresa” prometida por Nonô para hoje.

Quem também deu sinais ontem de que poderia desistir da candidatura a prefeito de Maceio  foi Galba Novaes, do PRB.  De olho no futuro político, ele busca saídas para evitar uma campanha solitária. O seu filho, Galba Neto, sai candidato a vereador pelo PMDB. Mas por enquanto sua pré-candidatura está mantida. Rosina da Adefal também mantém a pré-candidatura.

Agora é aguardar. Até o final do da tarde de hoje o quadro pode sofrer muitas alterações.

PPS fecha com PMN

O PPS faz convenção hoje com tudo já definido. Régis Cavalcante avisa que a chapa está fechada. Nadja Baia sai na cabeça e na vice o coronel Assis, do PMN. “O presidente nacional do PPS, o deputado Roberto Freire vem participar da nossa festa”, adianta Régis.

A foto e o fato 

O pré candidato a vice do “chapão”,  Mosart Amaral, do PMDB, não levou a sério a repercussão que foi dada a publicação de uma foto sua no Diário Oficial do município essa semana.

“É bobagem, uma tentativa de confundir as pessoas. Não tem nada de errado, tanto que voltei a  a participar de inaugurações da prefeitura mesmo depois da publicação da tal foto. Só depois da convenção, se eu for confirmado candidato (como se espera, reforça) é que não poderei participar de atos ligados a prefeitura”, avalia.

 

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