Terminou agora há pouco uma reunião que teve como protagonistas o senador Benedito de Lira, o pré-candidato a prefeitura de Maceió, Rui Palmeira, e o presidente do PSDB na capital, Marco Fireman.
O encontro que selou a aliança do PP com os tucanos definiu também o nome do pré-candidato a vice da chapa. O nome indicado por Biu, o de Marcelo Palmeira, será confirmado amanhã na convenção que será realizada no Iate Clube Pajuçara.
O nome de Marcelo Palmeira não chega a ser surpresa. Ele era secretário de Assistência Social do governo, é presidente do PP em Maceió e sempre foi o preferido de Benedito de Lira.
O problema agora sobra para os marqueteiros, que vão tentar minimizar o fato de ter uma chapa majoritária com prefeito e vice com sobrenomes iguais.
Ele surgiu como grande surpresa nas eleições de 2010. Seu nome foi escolhido como vice de Téo Vilela num café da manhã, no dia da convenção.
Agora Thomaz Nonô, principal articulador da candidatura de Jeferson Morais a prefeitura de Maceió, avisa que vem uma nova surpresa neste sábado, dia da convenção do DEM e dos outros partidos na capital.
Além do nome vice, essa “surpresa” vai agregar mais tempo de TV para Jeferson? “Pode ser. Mas garanto que será uma surpresa que vai mexer com o processo eleitoral”, disse.
A convenção, adianta Nonô, será cartorial, na sede do partido. Mas logo após o DEM promove um ato no Jacintinho. “Candidato popular faz festa em bairro popular, candidato de elite faz festa na praia”.
Na pesquisa que circulou no Palácio (já falei dela aqui) Jeferson aparecem terceiro, encostado em Rui, o segundo. Mas isso não incomoda Nonô. “Ele lidera nas camadas mais pobres da população e tem chances reais de crescer e ser o primeiro”.
Pouco inteligente
Já a decisão do STF que deu tempo ao PSD, tirando de outros partidos, especialmente do DEM, é “pouco inteligente” na opinião de Nonô.
“É um estímulo ao fisiologismo. Agora vai ter um monte de deputado querendo criar partido novo para negociar tempo na TV”, desabafa. Por outro lado e sem querer “questionar o parecer jurídico” Nonô acha que essa decisão contraria o princípio da fidelidade partidária: “o voto pertence ao partido, diz o STF. Mas esse mesmo tribunal decide que o deputado vai para outro partido levando o voto. É uma contradição”.
No terceiro maior colégio eleitoral de Alagoas o quadro já está praticamente definido. O prefeito James Ribeiro do PSDB concorre a reeleição com o apoio de pelo menos 12 partidos em Palmeira dos Índios. Entre eles o PSB, o PP, o PMN e o PMDB. A convenção será amanhã a tarde no Clube Aquarius.
A única indefinição por enquanto no grupo de James é a escolha do vice. O nome deve sair do PMDB, do PSB ou PRP.
A confiança do atual prefeito na vitória é grande. “Encontramos uma prefeitura sem estrutura, repleta de dívidas. Organizamos a casa, com muitas dificuldades e mesmo assim conseguimos realizar o maior número de obras na história de Palmeira dos Índios. Acredito que o palmeirense vai querer a continuidade desse trabalho”, afirma James.
Na oposição, duas candidatas e Petrúcio Barbosa
Mesmo incluído na lei da ficha limpa, o ex-prefeito de Igaci, Petrúcio Barbosa, deve ser candidato (ou tentar). Ele concorre pelo PTB e se sua candidatura for confirmada pela Justiça será o candidato mais forte contra James, com chances de vitória.
Outros nomes definidos é de Patrícia Sampaio, do PT, que concorre com apoio do PDT, PCdoB, PV e (surpresa) o PPS de Márcio Henrique. Porque surpresa? No cenário nacional PPS e PT são dois bicudos. Mas em Alagoas, já disse antes, a política é “suprartidária”.
A outra candidata já confirmada é a professora Alcineide, do PR.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira – por 7 votos de 11 possíveis – que os partidos recém-criados têm direito a mais tempo de propaganda se conseguirem atrair deputados federais de outras legendas.
E o que isso tem a ver com as eleições em Maceió? Muito mais do que se imagina. O partido de Gilberto Kassab, com 52 deputados federais arrebanhados esse ano, o PSD, comandado em Alagoas por João Lyra passa a ter o quarto maior tempo de TV, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB.
Com a decisão o PSD que não somava nenhum tempo de TV e Rádio no horário gratuito vai levar cerca de dois minutos para a coligação de Ronaldo Lessa.
E de onde sai esse tempo? um pouco de cada partido e muito do DEM. O Democratas perde um terço do tempo de TV. Isso porque o partido que tinha 43 deputados teve sua bancada reduzida para 28 parlamentares, após a criação do PSD.
As contas ainda estão sendo feitas. Mas o DEM, de Jeferson Morais, perde cerca de 50 segundos; o PSDB perde cerca de 7 segundos, o PP uns 12 e o PR perde também uns 12 segundos (partidos alinhados com o candidato tucano) tirando de Rui Palmeira mais de 30 segundos.
Na coligação de Lessa alguns partidos também sofrem baixas, mas menores. É o caso do PV, PDT e do PRTB que devem perder juntos uns 12 segundos. Em contrapartida, Ronaldo Lessa ganha mais dois minutos.
Com esse novidade, as contas terão que ser refeitas.
Carimbão é ou não candidato a prefeitura de Maceió? A dúvida persiste, embora dirigentes do partido assegurem que ele vai entrar na disputa.
Coordenador da bancada federal de Alagoas no Congresso Nacional, Carimbão lidera a comissão de combate as drogas e assumiu recentemente a liderança PSB na Câmara. Para alguns ele estaria no seu melhor momento em Brasília.
Por outro lado, a pré-candidatura a prefeito de Maceió (um velho sonho do ex-fabricante de carimbos, que começou na política como vereador da capital) não decolou. Uma pesquisa que circulou no Palácio dos Palmares na última semana mostra o deputado em sexto lugar (a lista é liderada por Ronaldo, seguido de Rui, Jeferson, Rosinha, Galba e Carimbão).
Nesse cenário Carimbão conversou com vários interlocutores e deu sinais de que poderia desistir do projeto. Numa longa reunião que perdurou até o começo da madrugada de hoje, com Kátia Born e Sextafeira, entre outros dirigentes do PSB, ele manteve a pré-candidatura.
Uma nova rodada de reuniões hoje está programada. Será um encontro para discutir nomes de vices e a possibilidade de aliança com outros partidos.
O esforço de Kátia e Sexta é para manter a candidatura – um projeto de partido. Mas nada é definitivo. “Até amanhã muita coisa vai acontecer”, diz Sextafeira.
