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Debates na TV podem decidir posições de candidatos a prefeito em Maceió
   31 de agosto de 2012   │     22:05  │  2

A não ser que aconteça um fato novo, as eleições de Maceió serão definidas no segundo turno. E no ritmo atual de polarização quem passa para a próxima etapa é Ronaldo Lessa, PDT e Rui Palmeira, PSDB.

Isso pelo menos é o que dizem as pesquisas. As que já foram divulgadas e as que estão sendo realizadas para “consumo próprio” de algumas coligações.

O quadro permaneceria o mesmo dos últimos levantamento, com Rui e Ronaldo empatados tecnicamente, Jeferson, DEM, em terceiro, seguido por Galba. PRB e Rosinha, PTdoB.

Até o momento o guia eleitoral dos candidatos a prefeito de Maceió e a campanha de rua não foram suficientes para mudar esse quadro. Os programas de TV dos candidatos – é voz corrente – estão insossos, sem criatividade e despolitizados.

Mas, traduzo aqui as impressões e um atento observador eleitoral, conhecedor de números e tendências eleitorais: “Se tiver um bom desempenho no debate na TV, Galba deve terminar a corrida em terceiro lugar”.

A tese desse “observador” é que Galba tem fôlego para ultrapassar Jeferson dependendo do seu desempenho – que ele considera que será melhor – nos debates já confirmados em duas emissoras de TV de Maceió, a Pajuçara e a Gazeta.

Os debates serão realizados na semana da eleição, faltando seis e quatro dias para o dia da votação, respectivamente.

Claro que o debate também poderá dar maior visibilidade a Rosinha ou criar embaraços para Rui e Ronaldo. Mas o que muitas pessoas esperam mesmo é a definição do terceiro lugar.

Quanto aos outros candidatos – Fleming, Nadja e Sérgio – tudo indica que eles ficarão fora de pelo menos um dos debates, que é o da TV Gazeta. Portanto não deverão ter o mesmo aproveitamento e repercussão dos candidatos que estão mais bem colocado nas pesquisas.

 

das eleições em A expectativa é que o TRE-AL julgue entre as próximas segunda e terça o recurso de Petrúcio Barbosa, PTB, candidato a prefeito em Palmeira dos Índios.

Dependendo das pesquisas e do comportamento dos eleitores, o debate que as TV Pajuçara e TV Gazeta promovem na última semana de campanha podem influenciar fortemente no voto em Maceió. Um bom desempenho pode definir por exemplo quem vai ficar em terceiro ou quarto lugar, posições que hoje estariam sendo disputadas por Jeferson e Galba.

Julgamento de Petrúcio Barbosa dará novo rumo as eleições em Palmeira dos Índios
     │     17:08  │  1

A expectativa é que o TRE-AL julgue entre as próximas segunda e terça o recurso de Petrúcio Barbosa, PTB, candidato a prefeito em Palmeira dos Índios.

Esse julgamento pode decidir as eleições na cidade, acredita um dos assessores que trabalha em outra campanha: “torcemos para que o TRE mantenha o indeferimento, até porque se ele for candidato, não tem mais eleição, tem nomeação”, disse.

De acordo com a avaliação desse profissional, tanto o grupo de James Ribeiro, PSDB, quanto o de Patrícia Sampaio, PT, torcem para que Petrúcio fique fora da disputa: “hoje o quadro é favorável eleitoralmente ao Petrúcio. Com ele fora da disputa, devemos ter uma forte polarização entre Patrícia e James”, avalia.

Mas se depender Fábio Ferrario, James e Patrícia terão dificuldades pela frente. O advogado está otimista com o julgamento no TRE. “Esperamos que se faça justiça. Vamos demonstrar que o candidato teve suas contas rejeitadas pelo TCU porque não prestou contas de um dinheiro que não recebeu enquanto era prefeito. Ora, ele não pode prestar contas de um recurso, se na verdade o que recebeu um veículo e esse veículo está sendo usado até hoje no setor de saúde”, aponta.

De acordo com Ferrario, o direito evoluiu bastante nesse setor: “hoje a Justiça entende que além de ter as contas rejeitadas, deverá ser demonstrada que houve má fé ou dolo do candidato para poder puni-lo. E no caso de Petrúcio Barbosa já demonstramos que não houve dolo ou má fé”, aponta.

É provável que em caso de derrota no TSE, Ferrario recorra ao TSE, onde segundo ele casos semelhantes forma julgados favoráveis aos candidatos.

Nesse caso a única aposta dos concorrentes será um sangramento maior de Petrúcio Barbosa. “Se ele perder mais um recurso, o sangramento deve aumentar e facilitar a disputa”, aponta esse assessor.

Alagoas é o único estado produtor de cana do Brasil que não dá incentivos ao etanol
   30 de agosto de 2012   │     18:52  │  3

Casa de ferreiro, espeto de pau. Talvez porque seja conhecido como “usineiro” Téo Vilela não conseguiu avançar até agora – quase seis anos depois de começar seu governo – no incentivo à produção de cana-de-açúcar, etanol e açúcar em Alagoas

Do ponto de vista político a “resistência” do governo faz um certo sentido. Do ponto de vista econômico, não. Hoje Alagoas é o único estado produtor – note bem, único – que não tem política de incentivos para o etanol.

A última barreira ao biocombustível caiu hoje. O Estado do Rio de Janeiro acaba de reduzir o ICMS do etanol de 24% para 2%, através de decreto publicado no DO desta quinta-feira.

Qual a meta de Sérgio Cabral, o governador carioca? Aumentar em 10 anos a produção de 70 para 700 milhões de litros, tornando o estado autossuficiente em relação ao etanol.

Reabertura de antigas usinas, abertura de novas destilarias e combate a sonegação estão entre outros objetivos que o governo espera alcançar com a medida.

Alagoas que já produziu quase 1 bilhão de litros de etanol vê a produção do combustível definhar a cada ano. Na safra 2012/2013 que começa na próxima semana, a produção ficará abaixo dos 600 milhões de litros.

E o que os empresários do setor mais reclamam? Da alta carga tributária estadual. O ICMS do etanol em Alagoas está fixado em 27%, o mais alto do Brasil.

Por conta da carga tributária o litro de etanol que custa R$ 1,20 numa usina instalada na grande Maceió chega á custar o dobro desse valor para o consumidor num posto da capital.

Sem incentivo, o etanol perde competitividade e as usinas estão optando por fabricar cada vez mais açúcar. Isso porque, segundo o Sindaçúcar-AL fabricar etanol atualmente significa prejuízo para as empresas.

Os outros Estados produtores partiram na frente de Alagoas no incentivo ao etanol. São Paulo foi o primeiro, ao reduzir, de 25% para 12% o ICMS, mesma alíquota que é praticada na maioria dos estados produtores. No Nordeste todos os outros estados, a começar por Pernambuco, tem alíquotas inferiores a essa (por conta do uso do crédito tributário).

Enclausurado numa “ilha” tributária, Alagoas perde força no mercado nacional e, sem opção, tende a reduzir cada vez mais a fabricação do etanol.

O presidente do Sindaçúcar-Al, Pedro Robério Nogueira, diz que a entidade já encaminhou estudos alertando o governo de Alagoas para essa realidade. “Cabe ao governo avaliar essa situação. Se for interessante para o Estado a continuidade da produção de etanol, o governo vai precisar rever sua política fiscal, equalizando as taxas praticadas em Alagoas com a de outros Estados, principalmente os Estados produtores do Nordeste”, avalia.

Alves, o “derrubado” grava na TV, estranha câmeras e resiste a “assédio político”
     │     18:06  │  0

Com larga experiência em programas de Rádio – líder de audiência há varias anos em Arapiraca – Alves Correia, “suou” ao gravar para câmeras de TV, na Pajuçara, agora à tarde em Maceió.

“Estranhei muito aquelas luzes todas e as câmeras e mais o Ricardo Mota fazendo perguntas. No rádio é só o microfone”, relata.

O “derrubado” e candidato a prefeito pelo PTdoB em Arapiraca e na única pesquisa feita até agora na cidade, pelo Gazetweb, ele aparece em segundo, entre Célia Rocha PTB e Rogério Teófilo PSDB. “Continuo em segundo lugar”, avisa.

Correia também continua sofrendo “pressão” para desistir da disputa. “A proposta para que eu assuma a vaga na Assembleia (ele é primeiro suplente) vem sendo renovada com insistência. Mas eu não confio. Assumo agora e um dia depois da eleição perco a vaga”, afirma.

E como anda a campanha em Arapiraca? O “derrubado” diz que está fazendo sua parte, trabalhando para conseguir o máximo de votos. E quanto aos outros candidatos, ele avalia que o clima não é dos melhores: “o Rogério fez uma música brega chamando a Célia de ingrata. Eles parecem que vão brigar feio”, diz.

No seu melhor estilo, o “derrubado” vai manter a campanha até o fim resistindo, até 7 de outubro, as tentações e “assédios” políticos dos dois lados.

“Poupado” em Maceió, Téo Vilela está no “olho do furacão” em Arapiraca
     │     4:00  │  1

As expectativas em torno do papel do governador nestas eleições não estão sendo confirmadas. Mais de uma semana depois do início do guia eleitoral, Téo Vilela tem sido poupado em Maceió até mesmo pelos seus adversários mais ferrenhos.

O que se esperava, em função da baixa popularidade do governo na capital era um festival de “pancadas” no rádio e na TV.

As críticas mais duras contra a violência ficaram por conta de candidatos a vereador, até agora.  Nos programas majoritários o maior alvo é a saúde. Isso porque os marqueteiros seguem o que dizem as pesquisas: a falta de assistência é a maior reclamação do maceioense.

Mas neste caso, respingam pancadas para todos os lados – incluindo estado, município e União. E promessas também. Se somarmos o que já foi prometido por Rui Palmeira, Rosinha da Adefal e Ronaldo Lessa, teremos mais médicos, postos de saúde e hospitais do que a “Suíça”.

Por enquanto a maior pancada no governo foi na área da educação. A coligação Maceió Cada Vez Melhor mostrou que até hoje, oito meses depois do ano ter começado, algumas escolas do Estado em Maceió continuam “em reforma” e sem aulas. E, além disso,  destacou a queda no Ideb, tema que ganhou grande repercussão na mídia há duas semanas.

Se na capital continuar assim, anote, Téo Vilela vai ficar feliz. Até porque o guia eleitoral de Maceió repercute em todo o estado.

Já em Arapiraca, onde deveria ser mais tranquila, a situação é mais adversa. Lá o governo tem uma aprovação de 56%, mas o governador “bate de testa” com o prefeito Luciano Barbosa, que tem gestão aprovada por mais de 80% da população.

Na capital do agreste o governador está no centro de uma campanha fica mais quente a cada dia. Para tentar alavancar seu candidato, Rogério Teófilo, PSDB, Téo Vilela mandou para Arapiraca o secretário Rui França, um experiente e bem sucedido marqueteiro poítico. O aumento das críticas à gestão do prefeito Barbosa ganha resposta no “fora Téo” de Barbosa e vai parar nos tribunais.

Hoje o advogado da coligação de Teófilo, Adriano Soares, outro secretário do governo, entra com representação na Justiça Eleitoral para tentar tirar do ar a rádio Metropolitana. A emissora comandada por Yale Fernandes, candidato a vice na chapa de Célia Rocha, PTB, estaria fazendo – acusa França – propaganda indireta, ao criticar a gestão de Téo Vilela e elogiar Luciano Barbosa.

Esse é só mais um episódio de um embate que ganhou as ondas dos rádios, está ganhando as ruas e tem tudo para perdurar até 2014 em Arapiraca.

Resta saber se Téo Vilela consegue sair dessa disputa sem grandes arranhões na sua imagem na cidade que sempre foi “generosa” no voto nas eleições em que ele disputou.