O prefeito eleito de Maceió tem pela frente o desafio de cumprir as promessas de campanha, a começar pela saúde. Maior problema do cidadão que vive na capital, a falta de assistência medida eletiva e de emergência, foi transformado no principal discurso dos candidatos a prefeito nas últimas eleições.
Rui Palmeira ganhou no primeiro turno e, até agora tem mantido o discurso: é na área de saúde que ele deve anunciar as primeiras medidas efetivas, logo após a posse.
O atual Orçamento da prefeitura de Maceió prevê gastos de R$ 408 milhões para o setor de saúde. Metade desse dinheiro , exatos R$ 204 milhões vai para o a rubrica “Assist.Ambulatorial e Hospitalar na Rede Publica,Filantropica e Privada Complementar ao SUS”. Em outras palavras, o grosso desse dinheiro vai parar nos hospitais particulares.
No próximo Orçamento esses valores devem ser reajustados em até 10%.
O “resto” dos recursos vai para o pagamento de pessoal (R$ 126 milhões) e para programas como Atenção Básica a Saúde (R$ 28 milhões), Nascer Crescer e Amadurecer Saudável (R$ 11,6 milhões), Remédio para Todos (R$ 11,5 milhões ) e Viver com saúde (R$ 10,8 milhões).
No Orçamento da Saúde deste ano não tem recursos previstos para construção de novos hospitais ou postos de saúde.
Rui Palmeira ainda terá tempo de se debruçar sobre o Orçamento de 2013 e, com a “ajuda” de Cícero Almeida, modificar alguns pontos, destinando mais recursos para saúde.
É bom lembrar que o maior Orçamento do município é o da Saúde. É quase o dobro da Educação e quase 10 vezes do que a infraestrtura, áreas onde a insatisfação dos cidadãos é bem menor.
Assim será preciso entender o problema, melhorar a gestão (se for possível) e, claro, correr em busca de mais recursos. E isso não será fácil.
A saúde paga hoje, na média, os melhores salários e tem, de longe, o pior atendimento do município. O desafio será jogar mais dinheiro no setor e conseguir resultados que satisfaçam a população.
Rui Palmeira espera trabalhar em parceria com Téo Vilela para tentar melhorar o atendimento nos postos de saúde de Maceió, o que implica em reduzir, por exemplo, os atendimentos as moradores de cidades do interior que recorrem ao sistema de saúde da capital.
Resta saber como será a relação com o governo federal. Se ele conseguir ir além dos repasses constitucionais terá a chance e ver aprovados convênios que viabilizem a construção de Upas, maternidades e hospitais, como prometeu em campanha.
Depois, claro, vai ter que se virar para manter tudo funcionando “direitinho”.