Monthly Archives: outubro 2012

Rui Palmeira terá mais de R$ 400 milhões para implementar ações de saúde
   29 de outubro de 2012   │     15:29  │  0

O prefeito eleito de Maceió tem pela frente o desafio de cumprir as promessas de campanha, a começar pela saúde. Maior problema do cidadão que vive na capital, a falta de assistência medida eletiva e de emergência, foi transformado no principal discurso dos candidatos a prefeito nas últimas eleições.

Rui Palmeira ganhou no primeiro turno e, até agora tem mantido o discurso: é na área de saúde que ele deve anunciar as primeiras medidas efetivas, logo após a posse.

O atual Orçamento da prefeitura de Maceió prevê gastos de R$ 408 milhões para o setor de saúde. Metade desse dinheiro , exatos R$ 204 milhões vai para o a rubrica “Assist.Ambulatorial e Hospitalar  na Rede Publica,Filantropica e Privada Complementar ao SUS”. Em outras palavras, o grosso desse dinheiro vai parar nos hospitais particulares.

No próximo Orçamento esses valores devem ser reajustados em até 10%.

O “resto” dos recursos vai para o pagamento de pessoal (R$ 126 milhões) e para programas como Atenção Básica a Saúde (R$ 28 milhões), Nascer Crescer e Amadurecer Saudável  (R$ 11,6 milhões), Remédio para Todos (R$ 11,5 milhões ) e Viver com saúde (R$ 10,8 milhões).

No Orçamento da Saúde deste ano não tem recursos previstos para construção de novos hospitais ou postos de saúde.

Rui Palmeira ainda terá tempo de se debruçar sobre o Orçamento de 2013 e, com a “ajuda” de Cícero Almeida, modificar alguns pontos, destinando mais recursos para saúde.

É bom lembrar que o maior Orçamento do município é o da Saúde. É quase o dobro da Educação e quase 10 vezes do que a infraestrtura, áreas onde a insatisfação dos cidadãos é bem menor.

Assim será preciso entender o problema, melhorar a gestão (se for possível) e, claro, correr em busca de mais recursos.  E isso não será fácil.

A saúde paga hoje, na média, os melhores salários e tem, de longe, o pior atendimento do município. O desafio será jogar mais dinheiro no setor e conseguir resultados que satisfaçam a população.

Rui Palmeira espera trabalhar em parceria com Téo Vilela para tentar melhorar o atendimento nos postos de saúde de Maceió, o que implica em reduzir, por exemplo, os atendimentos as moradores de cidades do interior que recorrem ao sistema de saúde da capital.

Resta saber como será a relação com o governo federal. Se ele conseguir ir além dos repasses constitucionais terá a chance e ver aprovados convênios que viabilizem a construção de Upas, maternidades e hospitais, como prometeu em campanha.

Depois, claro, vai ter que se virar para manter tudo funcionando “direitinho”.

Decreto, presidente Dilma Rousseff, não tira leite de pedra
   28 de outubro de 2012   │     18:03  │  1

A presidente Dilma Rousseff já foi ministra das Minas e Energia e como tal foi uma das maores críticas dos apagões do governo FHC. Agora eles estão de volta e justo no seu governo.

A falta de energia em Brasília e no Brasil não faz parte de nenhum plano de sabotagem ou coisa que o valha. É na verdade reflexo de um profundo desgaste no sistema elétrico nacional, obsoleto e ineficiente.

Tão ineficiente quanto a operação de retirada do avião cargueiro no aeroporto de Viracopos, em Campinas ou quanto as medidas artificiais adotadas para baixar os juros. Todo mundo sabe que as tarifas baixaram. Mas só consegue dinheiro com tarifa baixa quem faz “mágica”.

Para liberar o empréstimo os bancos exigem mais e mais. E para piorar ainda aumentaram as tarifas. O resultado é o pior possível: a inadimplência está crescendo e deixando como rastro o aumento da inflação. Logo o governo terá que adotar medidas amargas para conter a alta nos preços. Quem sabe não volta a aumentar os juros?

E as cotas nas universidades? Alguém já viu algo mais trágico? O governo quer criar cursinhos para que os alunos das escolas públicas não “fiquem para trás” no ensino superior. Não seria mais fácil criar cursinhos para melhorar as chances desses alunos passarem no vestibular?

or mais justos que sejam os fins, eles não justificam os meios. O bolsa família veio para melhorar a distribuição de renda, certo? Mas quem nunca ouviu falar dos seus efeitos colaterais, entre eles o aumento de filhos nas famílias mais pobres e o crescente amor ao ócio?

Por decreto não dá para mudar a cultura de um povo, os hábitos da população, nem impedir os apagões.

Por decreto não dá para combater o crime, nem melhorar a saúde ou garantir o aumento na produção de alimentos.

Por decreto não dá para mudar o clima, para acabar com a seca ou reduzir as queimadas e os desmatamentos.

Por decreto não se consegue reduzir os desperdícios do dinheiro público, muito menos a roubalheira e a corrupção.

Por decreto o máximo que dá para fazer é transformar o Brasil numa Argentina ou, quem sabe, hermano, numa Venezuela.

Asta la vista.

Articulada por Renan e Collor oposição faz maioria dos prefeitos de Alagoas
   27 de outubro de 2012   │     12:21  │  10

O grupo do governador Teotonio Vilela Filho, que inclui entre os partidos da base de apoio o PSDB, PSB, PP,DEM e PPS  elegeu, de acordo com cálculos de secretários do governo, 46 prefeitos nas eleições do último dia 7.

Os outros 56 prefeitos foram eleitos por partidos que estão na oposição ao governo, especialmente PMDB, PDT, PTB, PSB, PT e PSD.

Nesse cenário a oposição sai fortalecida do processo eleitoral deste ano e tende a se fortalecer, a partir de agora, para as eleições de 2014.

A eleição em Maceió é considerada uma exceção, pela falta de disputa em função do imbróglio jurídico em torno da candidatura do ex-governador Ronaldo Lessa. Além disso, a capital tende a se dividir nas eleições majoritárias, como vem ocorrendo nos últimos pleitos, independente da posição do prefeito.

Os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PPTB) que estiveram juntos na maioria dos palanques nestas eleições vão manter o trabalho de fortalecimento da oposição no Estado.

Desde 7 de outubro, os dois já conversaram várias vezes sobre o novo quadro político em Alagoas. Embora não exista nenhuma aliança formalmente estabelecida (até porque 2014 está de fato longe), Renan e Collor trabalham para manter unido o grupo de oposição ao governo.

Os dois senadores também trabalham a quatro mãos para ajudar a transferir recursos para os municípios alagoanos. O compromisso é de ajudar todas as cidades, especialmente os maiores municípios onde a oposição venceu. É o caso de Arapiraca, Penedo, União dos Palmares, Coruripe e Delmiro Gouveia.

Do lado do governo, se consolida cada vez mais a aliança entre Téo Vilela (PSDB) e o senador Benedito de Lira (PP). Os dois estão juntos na coordenação do grupo que dá sustentação ao Palácio República dos Palmares.

Cenários para 2014

Conversei com um dois mais conhecidos marqueteiros com atuação em Alagoas.

E, considerando o quadro pós eleições, ele acredita que o bloco do governo tem, hoje, dois nomes – no máximo três nomes – para disputar a sucessão de Téo Vilela: o vice-governador Thomaz Nonô, o senador Benedito de Lira e, menos provável, um terceiro nome que poderia ser Rui Palmeira (quem sabe Alexandre Toledo ou outro secretário de governo).

Do lado da oposição, os nomes possíveis para o governo seriam os de Renan, Renan Filho, Cícero Almeida e Luciano Barbosa. “Collor é um nome forte, mas deve ser candidato a reeleição ao Senado”, pondera.

Independente das composições para cada cargo (governador, vice e senador) o mais provável é que os atuais blocos se mantenham e se enfrentem em 2014.

Esse jogo começa pra valer em abril de 2014. Esse é o prazo que Téo Vilela terá para se desincompatibilizar do governo. Somente a partir daí é que as alianças, de governo e oposição, serão definitivamente fechadas.

 

Diretor do Grupo JL diz que usinas continuam funcionando, apesar de intervenção
   26 de outubro de 2012   │     17:37  │  3

A primeira reação do diretor jurídico do Grupo João Lyra, o advogado Augusto Galvão, à intervenção judicial é de otimismo.

Para ele, a “intervenção é um instituto da Lei da Recuperação Judicial que é aplicado quando o a Justiça quer verificar a viabilidade da empresa e constatar se ela é viável. E pelo que percebemos é isso que os interventores, querem verificar”.

De acordo com Galvão, o lado positivo da intervenção é que a medida “passa por cima” do pedido de falência: “isso significa sair da guilhotina da decretação de falência para a recuperação efetiva. A intervenção passa por cima disso.Tem uma decisão do magistrado que vai fazer com que haja a possibilidade de recuperação, que vai constatar a viabilidade financeira do grupo”, enfatiza

O que vai acontecer

Nos próximos dias o os interventores vão levantar informações, chegar todo o funcionamento do grupo e de pois decidir com o juiz pela recuperação ou falência do grupo. A apresentação desse diagnóstico deve demorar pelo menos três meses.

Até lá, adianta o diretor jurídico, não muda nada no funcionamento das empresas: “Os fatos em si continuam do mesmo jeito. A Guaxuma mói dentro de dez a doze dias. A Uruba deu salto na moagem e na segunda esmagou 7,9 mil toneladas, quando sua média é de 7 mil, numa prova de que estamos trabalhando para as coisas funcionarem”, destaca.

De acordo com Galvão, quem não conhece o processo “fica na preocupação. Mas tudo isso é previsível, está na lei. Essas pessoas  (os interventores) vem para cá constatar, que os trabalhos dentro da Laginha são corretos, que estão funcionando, com os pagamentos sendo realizados”, diz .

Com a intervenção, reconhece o advogado, todas as decisões passam a ser tomadas pelos interventores. Mas a primeira impressão foi boa: “tivemos reunião com eles hoje pela manhã, foi uma reunião tranquila. Eles mostrando o que pretendem. Conversaram todos os gerentes e diretores. Cada um dos seus setores fez uma exposição dos trabalhos realizados. Em principio que as coisas vão continuar funcionando normalmente”, explica.

Recorrer ou não eis a questão

O empresário João Lyra está em São Paulo. Ele teria viajado, segundo um funcionário do grupo, para resolver questões relativas a Mapel. Ele soube da notícia por telefone e só deve se posicionar sobre a intervenção no retorno a Maceió, no começo da próxima semana.

A decisão de recorrer ou não pode acontecer da intervenção será analisada, embora o advogado considere a medida um fato positivo: “se houver o entendimento que a situação não era para passar pelo que estamos passando, podemos recorrer. Mas não vejo em principio necessidade de entrar com recurso”, diz.

O empresário João Lyra pode participar do processo de administração, mas numa papel como o de um “observador”. Enquanto durar a intervenção ele não poderá tomar nenhuma decisão. Todas as decisões serão tomadas pelos interventores nomeados pelo juiz.

Os interventores

Ademar Amorim Fiel é o nome indicado pelo ojuiz da Comarca de Coruripe, Sóstenes Alex, para coordenar o processo de intervenção. Além dele, Carlos Lima Franco e João Evaldo Louzasso compõem o conselho de administração.

A intervenção, segundo o magistrado, não tem prazo de duração previamente definido. De acordo com Galvão, Ademar já conhece o grupo e ele era o administrador nomeado pelo juiz para acompanhar o processo de recuperação judicial.

Os outros dois foram escolhidos por Ademar. Carlos Franco é advogado e João Evaldo, economista de São Paulo com larga experiência em processos de recuperação judicial.

Mais 420 empregos ou como Alagoas entra na era da transformação do PVC
     │     12:12  │  0

Alagoas tornou-se, recentemente, no maior produtor de PVC da América Latina. A capacidade de produção da resina chega, agora, a 450 mil toneladas por ano, o dobro do segundo maior produtor do país, a Bahia.

Antes da inauguração da nova fábrica, no polo de Marechal Deodoro, em agosto deste ano, o Estado já tinha a capacidade de produção de 250 mil toneladas e era o maior produtor do Brasil.

O PVC é fabricado a partir da exploração do salgema. O minério que é extraído das minas do bairro do mutange, é transformado em cloro e soda, a partir da eletrólise. Depois essas matérias primas são é misturadas com eteno, vira dicloretano, MVC e, finalmente, PVC. É mais ou menos assim.

PVC é uma matéria-prima nobre. Com ela dá para construir uma casa inteira “de cabo a rabo”, além de aplicações em automóveis, aviões etc etc etc.

Apesar de ser um dos maiores produtores de PVC do mundo Alagoas tinha, até uns dez anos atrás, poucas indústrias de transformação do PVC. A maioria delas atuando em operações básicas, como a fabricação de tubos, um produto de baixo valor agregado nessa cadeia produtiva.

Nos últimos anos essa história começou a mudar com uma atuação mais agressiva do Estado. Só para ter uma ideia, em 2007, segundo Wander Lobo, presidente do Sindicato da Indústria Química de Alagoas, o Estado transformava apenas 2 mil toneladas de PVC por mês ou  24 mil toneladas por ano.

Hoje, segundo Wander, cerca de 8 mil toneladas de PVC são transformadas no próprio Estado. Isso equivale a 96 mil toneladas ano ou pouco mais de 20% da nossa capacidade de produção.

Mas essa história deve mudar rapidamente. Novas indústrias estão chegando ao Estado e muitas delas usam o PVC para a produção de materiais mais nobres. É o caso da Krona, inaugurada nessa sexta-feira. Com R$ 70 milhões de investimentos e 420 empregos diretos, a indústria será a primeira a fabricar conexões e tampas de vasos sanitários em Alagoas.

Outras empresas do setor estão se instalando no Estado e em breve vão produzir caixas d’água, telhas e até casas de concreto-pvc.

Grandes nomes do setor, como a Tigre, vai passar a atuar no Estado, em breve. A empresa já apresentou pedido de incentivos que será apreciado pelo Conedes até dezembro.

“Estamos analisando vários outros projetos. Existem hoje um grande interesse das empresas em se instalar em Alagoas, não só pelos incentivos, mas também pela forma como são tratadas pelo governo. O ambiente no nosso estado é totalmente favorável para a instalação de pequenas, médias e grandes empresas de qualquer setor”, aponta o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Luiz Otávio Gomes.

NNos links a seguir tem mais informações sobre a Krona e a Tigre:

http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/noticias/alagoas-ganha-nova-industria-do-setor-quimico-plastico

http://www.seplande.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/2012/maio-2012/tigre-ads-anuncia-construcao-de-fabrica-em-alagoas