Monthly Archives: janeiro 2013

Alexandre Toledo não volta mais para a Secretaria de Saúde
   29 de janeiro de 2013   │     22:21  │  10

Ex-secretário de Agricultura e de Saúde, exposição-prefeito de Penedo, Alexandre Toledo toma novo rumo na política a partir de agora.  Ele decidiu assumir em definitivo o mandato de deputado federal na vaga de Rui Palmeira.

Oficialmente Toledo já assumiu o cargo ontem – através de ofício – e  na próxima segunda-feira participa das eleições do novo presidente da Câmara.

E a Saúde? “Não devo mais voltar para lá não” me disse. Sua decisão foi tomada após várias conversas como governador. Téo Vilela, como já disse aqui, preferia que Alexandre ficasse na Sesau.

Toledo, no entanto, já está montando a equipe do seu gabinete e vai fazer uma espécie de “estágio” nos próximos dias. “Vou aprender como a casa funciona primeiro para depois anunciar minhas prioridades”.

Quanto ao nome do futuro secretário de saúde – cargo ocupado interinamente pelo Secretário Adjunto Jorge de Souza Villas Boas – Toledo desconversa: “é uma decisão do governador. Já conversamos e é ele quem vai decidir”, adianta.

E JC?

Esse, sem dúvidas, é um problema para o governador.

A essa altura João Caldas, que já havia desistido , há varias semanas de “esperar” por Toledo, vai cobrar uma posição de Téo Vilela. O governador, segundo o ex-deputado, tem um compromisso de campanha que ele espera ver cumprido.

Fortalecido politicamente na região da mata norte, Caldas deve dar o “troco” em Vilela se não for contemplado com nenhum cargo importante. JC é oficialmente o primeiro suplente de deputado federal no grupo do governo e  já chegou a dizer que queria o mesmo tratamento dado a Toledo, reivindicando assim o direito de indicar o novo secretário de Saúde.

Quem vai pagar pela água do Canal do Sertão?
   28 de janeiro de 2013   │     22:41  │  4

Pelo Twitter Téo Vilela e Marcos Fireman confirmam informação que antecipei aqui no sábado: a água já foi bombeada para o Canal do Sertão. Serão 65km com água a vontade, para servir o sertanejo – não se sabe até quando.

No primeiro momento, em função da seca, a água será liberada. O governo ainda não definiu ainda qual o gasto para a manutenção, nem como a conta será paga.

O passo seguinte será criar uma empresa estadual para administrar o Canal do Sertão. Essa empresa – isso já está definido – será vinculada a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (hoje sob a batuta do deputado federal Maurício Quintella, PR).

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Marcos Fireman, o modelo de gestão escolhido para o Canal do Sertão de Alagoas é o mesmo adotado no Ceará.

Os projetos de exploração agropecuária ainda serão definidos. Mas já existem estudos para a exploração da área com a ovinocultura (o que é considerado insuficiente para manter o canal segundo especialistas do setor).

Do ponto de vista do abastecimento para as comunidades, Fireman avisa que já conseguiu a doação de 12 mil metros de tubos para fazer a ligação de água com povoados próximos do canal.

Confirmando

“Testes concluídos no Canal do Sertão. Neste exato momento está chegando água no canal”, disse hoje a noite, no Twitter Téo Vilela.

“Se o Canal do Sertão era um sonho, neste exato momento podemos dizer: AGORA ELE É REALIDADE, alagoanos e alagoanas”, emenda Fireman.

Muito por fazer

O Canal do Sertão foi iniciado em 1991 pelo ex-governador Geraldo Bulhões e pelo exposição-presidente Fernando Collor. Os dois deixaram, em 1992, 26km e a estação elevatórias prontas. De lá para cá, vários governos depois, o Canal avançou, mas ainda falta muito para ser concluído.

Falta metade das obras físicas e, principalmente, um projeto para sua viabilidade econômica.

Será preciso decidir como será paga a conta de energia, que será com certeza altíssima (embora o governo não tenha antecipado qual a demanda elétrica), e a gestão do canal.

Do contrário o destino do canal pode ser o mesmo de vários outros projetos de irrigação Brasil afora que se tornaram verdadeiros “elefantes brancos”.

Produtores farão protesto na visita de Dilma ao Nordeste
     │     20:54  │  1

Produtores de cana-de-açúcar de seis estados do Nordeste decidiram realizar um protesto durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Pernambuco, no próximo dia 18 de fevereiro. Eles sofrem com as perdas de até 35% nos canaviais em função da seca.

A principal reivindicação é edição emergencial do Programa de Subvenção da Cana do Nordeste.

No ano passado o governo federal liberou, a partir de iniciativa do Congresso Nacional, a subvenção da safra 10/11, no valor de R$ 5 por tonelada, no limite de até 10 mil toneladas por produtor.

Agora, em função do aumento de custos e da seca, os produtores pleiteiam o reajuste do valor do subsídio,00 para R$ 10,00 por tonelada de cana fornecida durante a safra 11/12, bem como o pagamento adiantado do subsídio em razão das perdas anunciadas.

“Recebemos no final do ano passado a subvenção, graças a intervenção do senador Renan Calheiros. Em Alagoas a medida beneficiou mais de 7 mil produtores e injetou mais de R$ 37 milhões  na economia do Estado. Mas com a seca, as dificuldades aumentaram e nós queremos que o governo libere a subvenção emergencial para tirar o pequeno produtor dessa situação de desespero”, aponta Lourenço Lopes, presidente da Asplana.

A manifestação

O objetivo da mobilização programada para a vista da presidente Dilma Rousseff a Pernambuco – é provável que ela venha a Alagoas na mesma data para inaugurar o Canal do Sertão – é reunir milhares de agricultores dos estados da Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e de Pernambuco.

“Estamos nos movimentando contra a ausência de políticas públicas do governo para combater os efeitos da seca no campo. Todos os estados produtores estão sofrendo com essa queda que já chega a mais de 35%. O governo precisa fazer algo porque essa é uma crise que se refletirá na economia nacional, já que o setor canavieiro no Nordeste reúne cerca de 21 mil produtores e emprega mais de 90 mil trabalhadores rurais”, disse o presidente da Asplan (PB), Murilo Paraíso.

O que Dilma dirá aos prefeitos que vão para Brasília de “cuia na mão”?
   27 de janeiro de 2013   │     19:06  │  2

No ano passado as desonerações do IPI beneficiaram as fábricas e automóveis e a geração de empregos no Centro-sul do Brasil. A bondade do governo federal como Sudeste, no entanto, tirou mais de R$ 8 bilhões de prefeituras e estados pobres do Nordeste.

A queda no FPE e, especialmente no FPM, causa uma crise sem precedentes nas prefeituras do Nordeste. Em Alagoas, os problemas vão do calote nos fornecedores, passando pelo atraso de salários até as demissões.

O resultado da desoneração, segundo estimativa da CNM, foi um desequilíbrio econômico para municípios do estado de Alagoas de R$ 676,9 milhões em 2012.

Muitas prefeituras, como se sabe, dependem totalmente do FPM para pagar suas contas. Sem esse dinheiro, os gestores passaram a reduzir custos e, em muitos casos, optaram pelo calote.

O ano começa sem expectativa de solução. As prefeituras continuam com o caixa apertado e a tendência é de agravamento da situação financeira. Esse rol de dificuldades está esquentando o caldeirão da política. Os prefeitos estão insatisfeitos com o governo federal e querem uma compensação.

Quem sabe Dilma Rousseff não faz o mesmo que fez agora para garantir a redução no preço da tarifa de energia elétrica, quando o governo sacou R$ 8 bilhões para pagar a diferença de tarifa nos estados ricos do Sudeste, especialmente Minas e São Paulo?

Mais uma vez o governo ajuda o Centro-sul e deixa o Nordeste de pires na mão. E é nessa situação  os prefeitos participam, nesta segunda-feira, de reunião com a presidente. Foi um encontro convocado pela própria Dilma Rousseff.

Mas vai aqui um aviso: os prefeitos vão chegar de cuia na mão. E se a cuia voltar vazia, a panela de pressão poderá explodir.

Informação oficial

No site da AMA você poder ler a informação sobre a participação dos prefeitos no encontro com a presidente Dilma Rousseff. A notícia pode ser acessada no link a seguir:

http://www.ama.al.org.br/2013/01/presidente-e-diretoria-da-ama-participam-de-encontro-com-a-presidenta-dilma/

Acusado de engavetar processos, Gurgel “saca” contra Renan às véspera de eleição
     │     17:43  │  6

O Gazetaweb divulgou ontem (http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=332687&e=2) a informação de que o Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia no STF contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que é apontado como favorito à sucessão de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado.

Carece de boa explicação porque Gurgel só fez isso agora. O procurador já foi acusado de engavetar – por razões que ele nunca conseguiu explicar – processos contra o bicheiro Cachoeira e até um caso de racismo onde o denunciado é um ministro do STJ. A informação é confirmada por Gaspari, um dos mais respeitados nome da comunicação no Brasil (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/60098).

É claro que todas as denúncias envolvendo o senador devem ser investigadas. Ele próprio, Renan, diz em nota que defende a investigação e que quebrou, em fevereiro de 2011 seu sigilo fiscal e bancário.

Se isso é fato, torna-se incompreensível – do ponto de vista técnico – que a decisão de Gurgel tenha demorado tanto. Mandar agora o processo para o STF, faltando uma semana para a eleição, não parece medida puramente jurídica.

Ao “sacar” da gaveta o processo nesse momento, Gurgel sabe que estará ajudando (ainda que não seja essa a sua intenção) o candidato de oposição no Senado, Pedro Taques, do PDT.

O resto, como costuma dizer um amigo, é perfumaria.