Monthly Archives: fevereiro 2013

Estaleiro? Micro empresas geram 6 mil empregos por ano em Alagoas
   28 de fevereiro de 2013   │     15:56  │  3

Outro dia disse aqui – e repito – que o estaleiro de Coruripe não está com essa bola toda. É um belo projeto, uma boa propostas. Mas não passou disso desde 2009 quando o Eisa foi apresentado aos alagoanos como se já fosse algo concreto, real.

Nesse tempo outros setores da economia alagoana continuam gerando emprego e renda no estado, sem que ninguém (ou quase) perceba isso.

Um bom exemplo é o das Micro e Pequenas empresas (MPE). Enquanto o estaleiro permanece no campo das discussões, os pequenos empresários foram responsáveis pela geração de 65 mil empregos em Alagoas entre 2000 e 2011. São 6 mil empregos por ano, consideerando a média de onze anos.

A geração de empregos com carteira assinada, no entanto, é bem maior, se considerarmos os últimos três anos, período em que o Eisa deveria ter se instalado em Alagoas: em 2009 foram 7 mil, em 2010 foram 9 mil empregos e em 2011 foram 10 mil empregos. Somou? São mais de 26 mil emprego com carteira assinada em 3 anos.

Destaco esses números para mostrar a importância para o alagoano – aí devemos incluir governo e sociedade – de valorizar a pequena empresa. As MPEs podem até ser pequenas isoladamente, mas juntas forma uma poderosa força de trabalho que hoje passa dos 120 mil empregos no estado e ajudam a movimentar a economia em todas as cidades, mesmo nas vilas e povoados mais afastados, cumprindo um importante papelo sócio econômico.

Claro que as MPEs não vão substituir a importância ou impacto de uma grande indústria, a exemplo da planta de PVC da Braskem, de uma usina de cana-de-açúcar ou do estaleiro. Que o estaleiro venha – e logo. Mas que o alagoano não se fixe apenas nesse projeto. É preciso trazer o estaleiro, mas sem esquecer outras empresas e segmentos.

 

empregos mpes

Esses números fazem parte 5ª edição do Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa – elaborado pelo Sebrae Nacional e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), lançado esta semana. Sobre esse assunto a assessoria do Sebrae Alagoas distribuiu texto, que reproduzo a seguir.

Nordeste é a região que mais gera empregos em MPE no Brasil

A 5ª edição do Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae Nacional juntamente com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou dados sobre a geração de emprego e renda no país, destacando os anos entre 2000 e 2011. De acordo com o estudo, as micro e pequenas empresas do Nordeste foram as que mais geraram empregos nesse período. A pesquisa tem o objetivo de mostrar o número de estabelecimentos e de empregos gerados formalmente, como também o crescimento de empregadores e trabalhadores por conta própria no país.

 Em Alagoas, no mesmo período, as micro e pequenas empresas ultrapassaram o número de 40 mil estabelecimentos, gerando cerca de 64,8 mil empregos com carteira assinada. A remuneração também cresceu no período: passou de R$684 para R$868. Além do setor de comércio, os de serviços, construção e indústria foram os que mais se destacaram dentre as atividades exercidas pelos empresários de micro e pequenos negócios do estado.

 O bom trabalho executado pelas MPE alagoanas no período estudado confirmou a sua importância para a economia e o desenvolvimento local. Em 2011, as empresas de micro e pequeno porte constituíam 98,9% dos estabelecimentos, e foram responsáveis por 41,1% dos empregos agrícolas formais no estado e 34% da massa de salários. De cada R$100,00 pagos aos trabalhadores no setor privado, cerca de R$ 34,00, em média, foram pagos por micro e pequenas empresas.

 Nacionalmente, os empregos cresceram 81% nas micro e pequenas empresas de 2000 a 2011. Foram sete milhões de novas vagas, que totalizaram 15,6 milhões de pessoas empregadas na categoria no Brasil. Atualmente, mais da metade das pessoas com carteira assinada estão em pequenos negócios.

 O Anuário elaborado tem base em diversas fontes. Seu objetivo é mensurar um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos pequenos negócios. A pesquisa usa dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade.

Seagri explica atraso no convênio para construção de cisternas
     │     3:27  │  2

O secretário de Agricultura, José Marinho, confirma que houve atraso na aplicação dos recursos para construção de 3,3 mil cisternas. Os recursos foram liberados pelo Ministério de Desenvolvimento Social em julho do ano passado.

Somente depois disso é que a Seagri iniciou o processo de seleção das associações e ONGs que vão construir as cisternas.

Quando assumiu a Secretaria, no ano passado, Marinho diz que já encontrou o processo em andamento. “Solicitamos ao MDS a inclusão de mais alguns municípios e, após negativa, iniciamos imediatamente o processo de seleção”, disse.

De acordo com o secretário, é preciso agir sempre dentro da legislação: “a verba é federal e tivemos que cumprir com todas as exigências legais”, pondera.

Renan fará interlocução entre governo, produtores de cana e setor de biocombustíveis
   27 de fevereiro de 2013   │     21:39  │  11

Renan Calheiros foi, nos últimos anos, o principal interlocutor dos produtores de cana-de-açúcar do Nordeste junto ao governo federal.Foi o senador que conseguiu,segundo o presidente da Asplana, Lourenço Lopes viabilizar a subvenção para os plantadores de cana do Nordeste. “Somente no ano passado o governo liberou mais de R$ 60 milhões para os produtores nordestinos. Desse total, mais de R$ 30 milhões foram destinados a 7,4 mil pequenos produtores de Alagoas”, afirma.

A subvenção é uma ajuda liberada pelo Ministério da Agricultura, através da Conab, que cobre as diferenças de custos de produção do Nordeste em relação ao Centro-sul. O valor liberado em 2012, reverente a safra 10/11 foi de R4 5 por tonelada, limitado até 10 mil toneladas por produtor.

Essa semana os diritentes estão em Brasília, buscando apoio para uma nova subvenção.Lopes já esteve com presidente do Senado e saiu do encontro animado: “o Renan vai mais uma vez se empemhar em defesa dos produtores de cana. Acredito que teremos sucesso na nossa luta”, aponta.

O presidente do Senado também recebeu, hoje, representantes de produtores de biocombustíveis, especialmente de etanol. Alagoas foi representada pelo Sindaçúcar-AL. O senador passará a funcionar, também, como interlocutor do setor industrial, que defende a aprovação de uma equalização (algo parecido com a subvenção) para os produtores de etanol. O objetivo também é compesar perdas por conta de políticas do governo federal.

A assessoria do Senado distribui nota sobre o assunto, que eu reproduzo a seguir:

Renan Calheiros leva ao ministro Lobão produtores de biocombustível

Uma nova interlocução entre o setor de produção de biocombustível e o governo é o que pretende produtores de cana de açúcar e de usineiros do Nordeste. Para facilitar o intercâmbio com autoridades governamentais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se dispôs a levar uma comitiva – que o visitava na manhã desta quarta-feira (27) – ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.

“Estou aqui na Presidência do Senado para construir caminhos que possam resolver problemas que me são apresentados. Vamos trabalhar juntos”, garantiu Renan Calheiros (PMDB-AL). Na reunião com o ministro, que será realizada ainda no dia de hoje, Pedro Robério de Melo Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas, afirmou durante a audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que a necessidade do governo ouvir as demandas do setor, assim como as dificuldades acirradas com a intensa seca deste ano nos principais estados produtores de cana, é premente.

Pedro Robério relatou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que grande número dos produtores de cana está em recuperação judicial, e que, além das vicissitudes climáticas, ainda enfrenta uma nefasta política governamental para o biocombustível. “Dois dos grandes problemas do setor sucro-energético são os baixos preços do álcool e a baixa porcentagem de sua inclusão na gasolina”, afirmou. Para exemplificar ele disse que o preço do açúcar é hoje 24% mais baixo que o ano passado. Ademais, acrescentou, todo o setor está fragilizado.

O presidente do sindicato, afirmou ainda que aprovação da MP 587, a ser analisada ainda hoje pela Comissão Mista do Congresso Nacional autorizando para a safra 2011/2012 o pagamento de valor adicional ao Benefício Garantia-Safra e que amplia para o ano de 2012 o Auxílio Emergencial Financeiro, ameniza um pouco os problemas do setor, mas não os resolve. “Precisamos de uma atenção global, que leve em consideração desde os problemas climáticos, a política de preços dos combustíveis, passando pelo gerenciamento da Petrobrás. São esses os nossos grandes entraves”, afirmou.

Ainda durante a audiência, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou à comitiva que sua gestão na Presidência da Casa será marcada pelo debate dos grandes temas nacionais. “Estamos propondo mudanças no nosso regimento para permitir que o plenário da Casa analise, com a participação de expoentes da sociedade, as questões sobre as quais devemos deliberar. Com certeza, os problemas enfrentados pelo setor biocombustível terá toda nossa atenção”, afirmou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ainda que tão logo a MP 587 seja aprovada na Comissão Mista ela será colocada na pauta do Plenário. De acordo com Pedro Robério, a aprovação da medida se importante para o setor sucro-energético é mais essencial ainda para os agricultores de Alagoas. A história do estado tem sua origem na atividade canavieira. Os primeiros engenhos de Alagoas foram fundados por Cristovão Lins, em meados do século XVI. Depois disso, o barão de Vendesment, nascido na França, que veio tentar a sorte no Brasil, fundou a primeira usina, na região hoje conhecida como Atalaia, trazendo para o Brasil equipamentos importados da Europa para a produção do açúcar.

Mais de R$ 25 milhões para cisternas “mofam” na conta do Estado há 7 meses
     │     14:39  │  9

Dentro da programação do Governo no Interior, instalado em Santana do Ipanema, o governador Teotonio Vilela Filho vai a Delmiro Gouveia nesta quinta-feira para anunciar uma série de ações conta a seca. Uma delas é a assinatura da ordem de serviço para a construção de 3 mil cisternas do tipo calçadão, além de barragens subterrâneas e tanques de pedras.

São obras essencialmente voltadas para a convivência do pequeno agricultor familiar com a seca que se já estivessem prontas poderiam estar ajudando mais de 8 mil famílias a atravessar com mais dignidade a estiagem que se prolonga no agreste e sertão do estado há um ano.

As cisternas do tipo calçadão, com capacidade para 52 mil litros de água são usadas na produção de alimento (hortaliças e frutas) das famílias de agricultores, que muitas vezes comercializam o excedente.

O valor do convênio é de R$ 43,3 milhões com contrapartida de apenas 1% (R$ 439 mil) do governo do estado. A primeira parcela do convênio feito pelo MDS, de R$ 25,5 milhões, foi depositada desde 6 de julho de 2012.

Nenhum centavo foi gasto até agora. Mas o dinheiro será aplicado, finalmente, depois que o governador assinar a ordem de serviço amanhã com as organizações que foram selecionadas para sua execução, entre elas o MMT, Ceapa, AAGra, Carpil e Asa.

“A demora”, explica um dos integrantes desses movimentos, “se deu por conta da burocracia, dos muitos vai-e-vem para a PGE. Também porque o governo ficou tentando incluir mais municípios, embora o MDS tivesse dito que não seria possível”.

O convênio, de acordo com o extrato publicado no Portal da Transparência, vai beneficiar agricultores de 15 cidades.

convenio mds

Mudanças na Sesau podem afastar Alexandre Toledo de Téo Vilela
     │     11:19  │  0

O Diário Oficial do Estado trouxe, nas edições desta segunda e terça, mudanças de postos importantes na Secretaria de Saúde.

Pessoas ligadas ao ex-secretário, o deputado federal Alexandre Toledo, PSDB-AL, foram exoneradas de cargos estratégicos, como a chefia de gabinete e várias superintendências da Secretaria.

Na versão palaciana a troca seria natural: “o novo secretário está montando sua equipe”, pondera um assessor de Téo Vilela.

Na versão de outro assessor do governador, que ouviu as queixas de Alexandre, não tem nada de natural: “ele chegou a pensar até em romper com o governador”.

Um rompimento entre Vilela, no entanto, seria difícil de imaginar. Os dois são antigos aliados e sempre estiveram do mesmo lado. Todos os planos políticos traçados por Alexandre Toledo até agora foram combinados, antes, com o governador.

As mudanças nos cargos (chefia de gabinete, superintendentes de controle  e atenção a saúde, além de algumas diretorias e gerências) teriam sido feitas sem nenhuma conversa prévia com Toledo, que passou os últimos dois anos à frente da Sesau.

Alexandre, como se sabe, decidiu assumir o mandato na Câmara Federal, depois de conversar com o governador – que chegou inclusive a pedir que ele ficasse na Secretaria.

“Ele (Alexandre) conversou muito com o governador sobre todo esse processo. O que acontece agora é normal”, pondera um dos assessores de Vilela.

Normal ou não, Toledo ao que parece não está nada satisfeito. Ele, é claro, não vai falar publicamente sobre isto. Ao menos por enquanto.

Insatisfeito declarado

João Caldas, ao contrário de Toledo, tem espalhado aos quatro cantos que está insatisfeito – decepcionado até, com o tratamento que recebeu do governo: “o governador e o vice tinham um compromisso comigo e não cumpriram”, reclama.

Ex-deputado federal e agora primeiro suplente da coligação que elegeu Vilela e Nonô, Caldas esperava assumir a vaga de deputado federal no lugar de Rui Palmeira. Quem terminou assumindo foi Alexandre Toledo. JC chegou a sugerir que, caso a essa hipótese se confirmasse, queria indicar o novo secretário de Saúde.

O governo conseguiu deixar, de uma só tacada, dois políticos importantes e com muitos eleitores – jutos os dois tiveram mais de 130 mil votos em 2010 – insatisfeitos.

Aquela histórias de que é possível “matar” dois coelhos com uma só cajadada, poderá ser reescrita no futuro para “como perder dois deputados com uma só canetada”.