O vice-governador está mais firme do que nunca no seu projeto. Ele vai até o último dia do governo. E se for candidato a alguma coisa – anote – será a reeleição.
Em outras palavras, José Thomaz Nonô só disputará a eleição de governador se assumir o governo a partir de abril do próximo ano.
Qualquer outra possibilidade é afastada pelo próprio, embora ele desconverse sobre projetos políticos para a próxima eleição: “Ainda é cedo para qualquer definição. Só vou falar de 2014 em 2014”.
Nonô no entanto, admite que sua decisão depende da decisão do governador Teotonio Vilela Filho: “se o Téo se afastar, é uma situação. Se ele continuar, é outra”, pondera.
Em outras palavras, se o atual governador se afastar para concorrer ao Senado, em 2014, a “caneta” será de Nonô. E, a “caneta” como se sabe tem peso suficiente para transformar Nonô em candidato a governador – ou não.
O deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC, anda “calado” esses dias, mas não é por falta de assunto não. Ele promete voltar a carga na Assembleia Legislativa a partir da próxima semana, com “novidades”.
O deputado, conhecido pelo seu estilo – ás vezes um pouco açodado – promete cobrar mais celeridade do governo do estado e do governador Teotonio Vilela Filho.
“O governo está aparentemente em estado de letargia. O governador se fechou no Palácio com seu grupo e não houve a sociedade, muito menos outras correntes políticas”, aponta.
JHC vai concluir esta semana a visita a algumas cidades num processo que ele classifica de interiorização do mandato – com a abertura, inclusive, de escritórios em Arapiraca e União dos Palmares.
“Por onde tenho andando a reclamação contra o governo é crescente, especialmente por conta de compromissos não cumpridos, a exemplo das casas para os desabrigados da enchente que já deveriam estar prontas há mais de um ano”, aponta o deputado.
De acordo com JHC, o dinheiro veio e o governo não teve sequer competência para mandar construir as casas corretamente. “O Estado recebeu R$ 1,2 bilhão para construção das casas e de outras obras e até agora não conseguiu concluir esse serviço. Vamos cobrar uma solução definitiva para essa questão na Assembleia”, adianta.
A Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal) tem novo presidente. A nomeação de Marcelo Lima saiu no Diário Oficial desta segunda-feira. A mudança surpreendeu os meios políticos e, especialmente, o setor produtivo rural.
Ícone do processo que visa reclassificar Alagoas para a zona livre da aftosa, a Adeal estava sob a presidência interina de Everaldo Rosa desde, há dez meses. Ele ficou no cargo depois que o ex-presidente Manoel Tenório se desincompatibilizou, em junho do ano passado, para disputar – e vencer – as eleições para a prefeitura de Quebrangulo.
O mais intrigante é que o governador nomeou para a presidência justamente o ex-prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima – opositor de Manoel Tenório. Os dois se enfrentaram nas últimas eleições, quando Lima apoiou um candidato contra o atual prefeito.
Nenhuma das lideranças do setor agropecuário do estado foi consultada pelas mudanças. Muito menos Manoel Tenório.
Téo Vilela quebra assim o compromisso que assumiu com lideranças do setor produtivo de fazer uma consulta antes de qualquer mudança na Adeal.
Indicação de Nonô
Marcelo Lima, como se sabe, é ligado ao vice-governador, que fez a indicação de seu nome para a presidência da Adeal. Foi uma opção política. No ano passado José Thomaz Nonô chegou a indicar um produtor rural para o cargo, mas a nomeação não foi feita por causa do processo de reclassificação da febre aftosa. O temor era de que um “nome novo” interferisse na avaliação dos técnicos do Ministério da Agricultura.
A nomeação de lima já saiu no DO, mas a posse deve ficar para a próxima semana, em função da transferência do governo para o interior.
Renan Calheiros encerra amanhã a primeira visita a Alagoas depois que foi eleito presidente do Senado, há pouco mais de três semanas. O senador percorreu na sexta-feira vários municípios para ver de perto o “drama” da seca e o Canal do Sertão. O final de semana foi dedicado a contatos políticos.
Hoje pela manhã, Renan Calheiros fez o balanço da visita num programa de rádio de local. Ele lamentou a dramática situação vivida pelo povo sertanejo com a falta de chuvas: “Nossos rebanhos foram dizimados pela falta de água. Precisamos elaborar um programa específico para a renovação desses rebanhos que são indispensáveis para o sustento do povo sertanejo”, disse.
Renan também visitou, ao lado do governador Teotonio Vilela Filho o trecho do Canal do Sertão que já está pronto, em Delmiro Gouveia, e disse que a água que já está chegando aos sertanejos diminuirá o sofrimento do povo, servindo para o consumo humano e animal, além de servir para a irrigação, mas destacou que é preciso fazer mais.
Mais uma vez Renan Calheiros falou das manifestações que pedem sua saída da presidência do Senado. E considerou,segundo texto de sua assessoria, as manifestações como “normais”.
“Na minha juventude, quando estudante, participei muito dessas manifestações como líder estudantil. Você tem duas maneiras de fazer política: uma delas é protestando, cobrando das autoridades determinadas posições. Nós fizemos muito isso! Se a manifestação de domingo tivesse ocorrido em 1978/79, com certeza eu estaria nela usando todos os instrumentos que pudesse usar”, disse o senador.
Para o presidente do Senado, toda vez que um nordestino ocupa um cargo importante na República, sempre aparece alguém para demonstrar certa insatisfação. Com relação à manifestação de domingo, Renan disse que o pequeno número de pessoas que participaram do ato (em Maceió foram apenas oito ou dez pessoas) não importa. O que vale, em sua opinião, “é a mensagem, o pedido da sociedade brasileira, sobretudo da juventude, para que eu seja um presidente cada vez melhor no Senado, pois esta é a terceira vez que ocupo o cargo”.
O senador prometeu “a cada reclamação, a cada protesto”, que vai responder com trabalho, com dedicação, com abundância da agenda.
A Receita Federal em Alagoas divulgou, essa semana, o balanço das ações de Cobrança sobre tributos devidos realizadas no ano de 2012.
No ano passado a Receita arrecadou em pagamentos em atraso, decorrente das medidas diretas e indiretas de cobrança, quase R$ 300 milhões no estado – sendo R$ 271,4 milhões de Pessoa Jurídica (aumento de 44,2% em relação a 2011) e R$ 28,2 milhões de Pessoa Física ( aumento de 7,5% em relação ao ano anterior).
No ano passado a Receita Federal intensificou em todo o país as ações e cobrança. Nos 4 estados que compõem a 4ª Região Fiscal (AL, PB, PE e RN), 205 mil pessoas físicas receberam avisos de cobrança (em crescimento de 81,46% em relação a 2011).
Além disso, 86.241 pessoas jurídicas receberam cobrança relativas à Declaração de Créditos e Débitos Tributários Federais – DCTF, resultando em valores na ordem de R$ 1.147.339.330,33.
No tocante ao FGTS e Previdência Social – GFIP, 1.376 contribuintes em Alagoas foram alvo de ação de cobrança (crescimento de 65,3%), totalizando R$ 158,2 milhões.
Mais de R$ 500 milhões inscritos na dívida ativa
De acordo com o balanço, foram inscritos em Alagoas por conta de débitos previdenciários em DAU (Dívida Ativa da União), 1.788 contribuintes, totalizando um valor de R$ 209,8 milhões.
Já os débitos fazendários em Alagoas resultaram na inscrição, em DAU, de 8.548 contribuintes, totalizando R$ 369,6 milhões. Dessas inscrições em dívida ativa, 4.366 se trataram de pessoas físicas, e 4.182 de pessoas jurídicas.
As inscrições em DAU totalizaram mais de R$ 570 milhões e atingiram mais de 10 mil contribuintes no estado.
Aumento de 73,3%
Em todo o país as cobranças, pela Secretaria da Receita Federal, de débitos em atraso por falta de pagamento de tributos federais subiram 73,3% em 2012, atingindo o valor de R$ 143,34 bilhões em principal, multas e juros, informou o fisco. Em 2011, essa cobrança havia somado R$ 82,7 bilhões. A informação completa você acessa neste link: http://migre.me/donbM
Este ano a Receita promete intensificar medidas para garantias do crédito tributário, como o arrolamento de bens e a medida cautelar fiscal dos contribuintes em atraso.