No começo do primeiro governo de Téo Vilela alguns secretários, dizem, tinham mais força e poder que outros. Álvaro Machado (Gabinete Civil), Sérgio Moreira (Planejamento) e Fernando Vilela (Fazenda) eram os mais fortes. Corriam em faixa própria nomes como o de Luiz Otávio Gomes (Sedec) e, depois, de Marcos Fireman (Seinfra).
No começo do segundo governo o jogo mudou: Luiz Otávio, agora na Seplande, Fireman e Álvaro dividiam as atenções, indicando inclusive secretários para outras pastas.
Maurício Toledo, da Fazenda, corre (desde a saída de Fernando Vilela em 2009) em faixa própria.
Outros secretários e secretarias que não tem padrinhos políticos dependem do trânsito no palácio que, dizem, é cada vez mais complicado.
Por conta disso algumas secretarias do atual governo passam por um processo de inanição ou “patinam”, perdendo em alguns casos até metade do Orçamento para custeio. É o caso da Setur (Daniele Novis), Seter (Sextafeira), Secult (Osvaldo Viegas) e Secretaria da Mulher e Cidadania (Kátia Born), que perdeu parte de suas atribuições e mais da metade da verba de custeio para a Sepaz.
Outras pastas passam por um processo aparente de fritura. É o caso da Secretaria de Comunicação. O seu titular, Rui França, estaria sendo “assado em fogo alto” por alguns assessores do governador, entre eles o secretário Executivo do Gabinete, Herbert Motta.
A informação de um blog local é confirmada por pessoas próximas ao governador. A estratégia para fritar Rui é atribuir toda a avaliação negativa do governo à Comunicação.
Mesmo enfrentado “congelamento” de recursos desde o começo do governo, a Secom passou a ser cada vez mais cobrada e até responsabilizada por uma eventual piora da imagem de Téo Vilela.
É como se a comunicação conseguisse resolver (ainda mais sem grana) os problemas da segurança, educação e saúde.
Quanto mais críticas e reclamações o governo sofrer, maior será a fritura de Rui França. Enquanto ele vai para a frigideira, outros secretários continuarão na geladeira, fingindo que está “tudo muito bom, tudo muito bem”.
(P.S: tentei ligar para Herbet Motta, ele não atendeu. Falei com Rui França. Ele evitou falar sobre a polêmica. Apenas disse que está focado no seu trabalho, procurando atender as orientações do governador e que defende a aplicação de mais recursos na Secom).