O deputado estadual João Henrique Caldas, PTN, deve revelar novas e impressionantes informações sobre gastos na Assembleia Legislativa ainda esta semana. No mês passado ele revelou um esquema de desvio de dinheiro no legislativo a partir da divulgação de extratos bancários que revelam pagamentos irregulares a centenas de pessoas.
Ele espera apenas confirmar alguns dados para conversar com jornalistas. O vem por aí, avisa JHC, é de arrepiar. Não é apenas mais do mesmo. É muito mais do mesmo.
“Eu nunca vi algo parecido. O que foi revelado até agora é apenas 10% do escândalo”, me disse o suplente de deputado federal, João Caldas, do PEN. JC é pai de JC e ficou impressionado com algumas informações levantadas por JHC a que ele teve acesso.
“O que mais me impressiona é que alguém tenha tido a coragem de fazer isso depois da operação taturana”, emenda Caldas.
JHC confirma o levantamento de informações e diz que espera que a caixa preta da ALE seja aberta o quanto antes: “não dá para continuar como está”, enfatiza.
O deputado acredita, que após a ação do Ministério Público (que pediu investigação da PF) e dos gestos de solidariedade dos senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, a pressão sobre a atual mesa diretora da ALE vai aumentar. “Eles não poderão deixar de dar uma satisfação à sociedade”, aponta.
Pairam no ar ameaças a JHC
Com o fim do recesso, a Assembleia Legislativa deve voltar a realizar sessões ordinárias nesta quinta-feira, 1º. JHC vai para a sessão e sabe que poderá ser ao mesmo tempo alvo de ataques e também de solidariedade dos colegas.
Há quem diga que o grupo que dá sustentação à mesa diretora está preparando um contra-ataque com o objetivo de isolar JHC e de desqualificar suas denúncias.
“Eu espero que não sejam infantis a este ponto. O que a sociedade espera, o que eu espero, são esclarecimentos”, afirma.
Quanto a solidariedade dos deputados de oposição, que não participam do “rateio”, JHC diz que espera mais do que palavras bonitas, gestos concretos: “é preciso não ficar apenas no discurso”.