O PMDB é cada vez mais oposição em Brasília. Depois de impor várias derrotas ao governo federal o Congresso Nacional, o partido prepara a artilharia para a retomada dos trabalhos na Câmara Federal e no Senado.

O líder do PMDB na Câmara promete apresentar Proposta de Emenda Constitucional que obriga o governo a ter no máximo 20 ministérios. A declaração vai de encontro a presidente Dilma Rousseff que anuncia a decisão de manter os 39 ministérios que existem atualmente.

A redução no número de pastas havia sido proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, em junho, logo após as manifestações de rua.

A redução é defendida pela Executiva Nacional do PMDB e pela bancada do partido na Câmara. “A prerrogativa [de criar ministérios] é do Poder Executivo”, lembra Eduardo Cunha. “Na medida em que se colocar um número de ministérios máximo na própria Constituição, o Poder Executivo poderá disciplinar por lei a forma como se adaptará a esse teto constitucional.”

Numa reação ao PMDB, as correntes do PT Articulação da Esquerda e O Trabalho – esta última ligada ao ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, que integram a chamada “esquerda petista”, formalizaram o pedido de rompimento da aliança nacional com o PMDB. Ao propor que o PMDB deixe a base, esses grupos alegaram que o partido aliado hoje “sabota” o governo.

O rompimento entre PMDB e PT é cada vez mais iminente. Os peemedebistas, desde o início das manifestações de rua, em junho, passaram a defender praticamente as mesmas propostas da oposição, deixando o governo da presidente Dilma Rousseff cada vez mais isolado.

Se os ânimos continuarem alterados pode chegar ao fim nos próximos dias uma aliança de mais de dez anos. A não ser, é claro, que a presidente ceda as pressões e dê mais poder a Temer e ao PMDB.

A “briga” entre PT e PMDB ganhou repercussão em vários sites. A seguir, deixo alguns links com mais informações sobre o assunto.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/109922/PMDB-ameaça-com-PEC-para-limitar-ministérios-a-20.htm

http://poderonline.ig.com.br/index.php/2013/07/29/esquerda-do-pt-pede-saida-do-pmdb-do-governo-federal/

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/109957/Esquerda-do-PT-quer-PMDB-fora-e-vê-Temer-‘sabotador’.htm

Link  

A pesquisa CNI/Ibope, divulgada na última semana, mostrou nova queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff: despencando de 55% em Juno para 31% em julho.

A pesquisa mostra ainda que a área com o pior desempenho, na visão da população, é a Saúde. Essa opção foi assinalada como uma das três de pior desempenho por 71% da população. Em seguida têm-se Segurança pública (com 40%) e Educação (37%). Também aparecem com destaque o Combate às drogas  e o Combate à corrupção com, respectivamente, 24% e 21% de assinalações.

O que o Ibope revelou qualquer político sabe. E não é de hoje. Daí a insistência da presidente em implantar, a toque de caixa, o programa Mais Médicos.

O governo está de olho mesmo é na reeleição. Se a Saúde não melhorar, Dilma Rousseff não terá chances em 2014.

Se o programa der certo, o governo Dilma Rousseff terá dado o primeiro passo para atender a “voz das ruas”. Até porque aquela história de plebiscito é conversa pra boi dormir. Se não, ela terá de chamar Lula de volta.

Adesão em Alagoas

O Mais Médicos vai atender cidades que tem carência de médicos no PSF. O governo federal vai pagar basicamente o salário do médico, R$ 10 mil e dar mais R$ 4 mil de ajuda para as prefeituras. Mas na conta do presidente da AMA, Marcelo Beltrão, a conta termina sobrando para as prefeituras: “uma equipe do PSF custa, por baixo, R$ 40 mil. Hoje a União entra com R$ 10 mil, o estado com R$ 1 mil e o município tem que arcar com o resto da conta”, aponta.

Alagoas tinha 65 cidades aptas a inscrever no Mais Médicos. Destas, 53 aderiram ao programa e apresentaram a necessidade de contratação de 183 médicos para atuação na atenção básica à saúde.

No Brasil, mais de 3,5 mil cidades se inscreveram no Programa – 63% das prefeituras do país, das quais 92% das consideradas prioritárias. As cidades cadastradas solicitaram mais de 15,4 mil médicos.

Link  

Renan Calheiros deixou “escapar” na conversa com jornalistas, sexta-feira, 26, que vai visitar nos próximos dias o governador Teotonio Vilela Filho e o prefeito Rui Palmeira.

Será uma visita “institucional” em que ele vai aproveitar para se colocar mais uma vez à disposição do estado e da prefeitura, como presidente do Senado .  Mas será apenas isso?

Na conversa com jornalistas o presidente do Senado teve várias oportunidades de criticar o governo do estado, mas decidiu poupou críticas a Téo Vilela.

Ao ser provocado por jornalistas, o senador não quis fazer uma avaliação do governo do estado. “Não me cabe fazer avaliação de governo. Me contento como senador da república a ajudar. Eu tenho boa relação com o governador, mas a ajuda que eu dou a Alagoas ela não acontece em função da convivência que nós temos. Eu tenho boa convivência o governador, com o senador Fernando Collor, o senador Benedito de Lira, com o prefeito Rui Palmeira, mas minha ajuda acontece em função do cargo que eu exerço na representação de Alagoas no Senado Federal”.

Sobre as eleições de 2014, Renan Calheiros, disse que tem muitas dúvidas do que é que será melhor para Alagoas. Se é a minha continuidade como senador e presidente do Senado ou se é minha candidatura como governador. Mas essa não é uma decisão que não cabe a mim. Porque o que interessa na pergunta não é saber o que é melhor para o senador Renan, mas o que é melhor para o estado de Alagoas. Quem tem que responder essa pergunta é sobretudo o alagoano.

Para Dilma, um conselho: padrão Fifa

Em seguida, ao falar sobre a presidente Dilma Rousseff o senador fez críticas, ainda que indiretas. “Eu acho que o governo Dilma está vivendo uma circunstância posta pelas manifestações. A Copa é uma referência e o padrão Copa tá sendo exigido para todos os setores da vida nacional. Acho que ela precisa dar rápidas respostas e o Congresso colaborará com qualquer resposta que ela entenda que deva ser dada”.

Para o presidente do Senado, o governo precisa adotar o padrão Copa: “Eu acho que algumas respostas precisam ser dadas, sobretudo com relação a melhoria dos serviços públicos, em relação a saúde, educação, segurança pública”.

O que o senador quis dizer?

O presidente do Senado mandou um claro recado para o governo federal. Pode ir, com o PMDB, para a oposição. Isso, claro, se as relações com o  Palácio do Planalto não melhorarem. Quanto a eleição em Alagoas, como o próprio já disse, é cedo para arriscar qualquer palpite.

Link  

O empresário Fernando Farias é o presidente do Grupo Carlos Lyra, hoje com quatro usinas Caetés – sendo três unidades em Alagoas (São Miguel dos Campos, Igreja Nova e Maceió) e uma em São Paulo (Paulicéia).

Mesmo com todos os negócios do grupo concentrados na cana-de-açúcar, ele tem um olhar especial para o eucalipto. O empresário enxerga na arvore uma opção para ocupar as áreas que se tornaram inviáveis economicamente para a cana em Alagoas, principalmente as áreas de encosta.

Alagoas já teve mais de 650 mil hectares de cana, hoje tem apenas 420 mil. Estamos falando de uma área de mais de 200 mil hectares que pode ser ocupada pelo eucalipto. É o caso de parte das terras da Usina Cachoeira, de onde a cana parte e o eucalipto chega.

Encontrei Fernando em São Paulo, há algumas semanas. Quis saber se ele continuava acreditando no eucalipto: “claro que sim. Vejo o eucalipto como um futuro, um investimento para nossos filhos e netos”.

Provoquei:  como apostar na cultura, se não tem indústria? Com a experiência de quem sabe do que está falando e de que enxerga longe, Farias reagiu com tranquilidade: “se tiver o eucalipto, a indústria chega”.

E não é que ele tem razão.  A empresa Energias Renováveis do Brasil (ERB) pretende construir uma fábrica para a produção de pellets e a exploração de eucalipto em uma área de 12 mil hectares em Alagoas.

Mas anote. Esse é apenas o primeiro grupo que anuncia negócios na área. Empresários local já estão montando pequenas empresas e grandes grupos estudam investimentos em Alagoas. E com a área plantada de eucalipto tende a crescer rapidamente, não vai demorar para a chegada de novas indústrias desse setor em Alagoas .

Empresário anuncia investimento em Alagoas

O anúncio da vinda da empresa para Alagoas foi feito pelo diretor-executivo e fundador da ERB, Emilio Rietmann, durante a 21ª reunião ordinária do Conselho Estadual de Politicas Energéticas (Cepe), que aconteceu na Seplande, nesta sexta-feira, 26.

O objetivo da ERB é extrair o eucalipto para geração de energia elétrica em usinas de açúcar e outras empresas do setor sucroalcooleiro. “Essa fábrica de pellet precisa ser construída entre os estados da Bahia e de Pernambuco. Dentro das cogitações do ponto de vista logístico, por estar perto da costa marítima e ter uma estrutura portuária adequada, acreditamos que Alagoas é o local ideal”, explicou Rietmann.

O secretário de Planejamento avalia que “Esse empreendimento é extremamente inovador e contempla a política de desconcentração dos investimentos no Estado, pois vai atuar em duas regiões, Zona da Mata e Litoral Norte. O Governo não medirá esforços para garantir as condições necessárias para o desenvolvimento deste negócio”, afirmou .

Mais informações

O texto completo sobre a reunião e o empreendimento, distribuído pela Ascom da Seplande você pode ler neste link: http://migre.me/fBMYI

Link