Monthly Archives: fevereiro 2014

Nonô com Gabeira na Globo News: violência é filha da exclusão social em Alagoas
   24 de fevereiro de 2014   │     22:13  │  5

“Sempre associei Alagoas a crimes políticos, tanto que a última vez que estive aqui foi para  cobrir o assassinato  de PC Farias e sua amante.. mas de repente Maceió foi se destacando numa estatística sinistra passou a ser a primeira cidade mais violenta do Brasil e uma das cinco mais violentas do mundo. O que houve com Maceió que tem apenas um milhão de habitantes? Ela não é muito diferente das outras cidades do Brasil, no entanto o craque teve aqui  um papel fundamental segundo as autoridades”

De costas para o mar, cabelos ao vento, encostado na mureta do mirantede  São Gonçalo,no bairro do Farol, Fernando Gabeira abriu seu programa semanal na Globo News  (Gabeira) dando uma nova abordagem ao clima de violência e insegurança que tanto incomoda o alagoano – em especial o de classe média alta.

Ele continua: “a maioria concorda, entretanto, que o atraso político e econômico tornou Maceió mais vulnerável ao crack por causa da falta de oportunidade para os jovens alagoanos”.

Gabeira mergulha por bairros como o Benedito Bentes, passa área nobre da cidade, mercado da produção  e nas favelas que margeiam a lagoa Mundaú.

Boa parte do material que foi  exibido no “Gabeira” de sábado a noite – e que pode ser vista em reprises ou neste link http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/02/capital-de-alagoas-e-apontada-como-cidade-mais-violenta-do-brasil.html – girou em torno de uma conversa do jornalista com o vice-governador.

“Perguntei ao vice-governador José Thomaz Nonô qual a explicação para o crescimento do processo (da violência)?”, disse Gabeira.

Nonô deu respostas diretas e de uma sinceridade tão profunda que nem parecia que ele também é governo.

“Olhe Gabeira, é fácil de ver. Alagoas é um estado fraco economicamente fraco, um processo de distribuição fundiária equivocada, enfim, com todas as deficiências de um estado Nordeste. Sempre fomos um estado onde o crime era político, era de mando, outro tipo de crime. De uns anos para cá houve aqui a chegada a chegada avassaladora do crack. Paralelo a essa invasão do crack nós tivemos um inchamento da capital, Maceió que pulou de 500 mil para um milhão de habitantes rapidamente e essa população é 100% marginalizada, mora nas periferias, nas grotas como nós chamamos aqui… esse estado também estagnou economicamente, passou vinte e tantos anos sem atrair uma empresa nova, sem gerar empregos, então nós definhamos economicamente de uma maneira acelerada e distorcemos socialmente na razão direta desse definhar”

Nonô continua: “…hoje o crack está nos 102 municípios, é um problema. O crack vicia rapidamente, degrada rapidamente,mata rapidamente e é acessível em todo o canto. E  o que aconteceu foi isso. Se olharmos esses números há de se ver que 90% estão na periferia e o estado por sua vez tem imensas dificuldades de combater isso”.

(…depois continuo essa história…)

Nonô conversa com Fernando Gabeira, no "Gabeira", da Globo News

Nonô conversa com Fernando Gabeira, no “Gabeira”, da Globo News

Benedito de Lira deve ser candidato mesmo sem apoio de Téo Vilela
     │     18:51  │  0

O senador Benedito de Lira mantém firme seus planos para ocupar a cadeira que hoje pertence a seu aliado, Téo Vilela.

Nome com maior densidade eleitoral no campo do governo, Biu ainda não recebeu nenhum sinal de que terá apoio do PSDB ou do governador.

Ao contrário disso, novos nomes surgiram na base do governo. Zé Thomaz Nonô, Alexandre Toledo, Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman entraram no páreo e trabalham para disputar o governo este ano, indicando uma pulverização da base governista.

Atualmente o grupo palaciano considera a possibilidade de lançar duas ou três chapas. Isso porque Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) precisam de um palanque em Alagoas.

Como Benedito de Lira apoia a presidente Dilma Rousseff, ele não poderá formar palanque para os dois presidenciáveis, complicando nesse caso a vida de Vilela.

Em meio a esse imbróglio, Benedito de Lira já mandou avisar: é candidato ao governo pelo PP com ou sem o apoio do governador.

A campanha já está na rua, o marqueteiro já está sendo contrato –  deve ser  mesmo Rui França, que fez a campanha de Biu para o Senado em 2010 – e o grupo de Benedito de Lira tenta fechar aliança com alguns partidos, entre eles PR, PROS e SDD, até que o grupo de Téo Vilela se defina.

Destino do Grupo JL sai em até 90 dias na Assembleia de credores
   23 de fevereiro de 2014   │     18:47  │  1

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, como se sabe, rejeitou, no último dia 19, o agravo de instrumento contra a convolação (transformação) do processo de recuperação judicial em falência do Grupo João Lyra.

Com a decisão fica valendo a determinação de primeira instância, tomada pelo juiz Sóstenes Alex, que era até o ano passado, titular da Comarca de Coruripe. O juiz nomeou um administrador judicial e autoriza que as empresas continuem funcionando até a realização da assembleia de credores que deve acontecer em até 90 dias.

A Assembleia de Credores é soberana e vai decidir o que fazer com o grupo, podendo vender ou arrendar as empresas.

O mais provável  é que as empresas sejam mantidas em operação mesmo após a assembleia dos credores. Isso evitaria um possível desmonte do patrimônio e evitaria o risco de invasões e novos processos judiciais.

Nesse caso parte dos empregos serão preservados – especialmente os considerados essenciais para a preservação do patrimônio e manutenção de atividades operacionais.

Enquanto durar o processo todas as decisões serão tomadas pelo administrador judicial, Ademar Fiel, não forma de gestão colegiada. Todos os recursos arrecadados  a partir de então entrarão para a massa falida e  a prioridade será o pagamento de salários e dívidas trabalhistas em atraso. Em seguida,  será feito plano de pagamento aos credores.

Venda de ativos

A Assembleia de Credores deve optar, num primeiro momento, pela venda de ativos. Pelo que se sabem existem vários grupos interessados no arrendamento ou aquisição das usinas a Guaxuma e Uruba em Alagoas. A situação nas usinas de Minas Gerais não é diferente. As duas unidades também devem ser  colocadas a venda.

A decisão

A seguir reproduzo trecho da decisão em que Ademar Fiel é nomeado administrador da massa falida.

“…considerando o descumprimento do compromisso de pagamento das verbas previstas no PRJ, convolo a recuperação judicial da LAGINHA AGRO INDUSTRIAL S/A em FALÊNCIA, assinalando como termo legal da falência o 90º dia anterior ao pedido de processamento da recuperação judicial. Mantenho no cargo de administrador judicial o já nomeado, o Dr. Ademar de Amorim Fiel, devendo ser intimado pessoalmente.  Autorizo a continuidade provisória das atividades da falida, na forma de gestão colegiada, sempre deliberando por maioria, colegiado esse composto pelo Sr. Administrador Judicial e pelos advogados CARLOS BENEDITO LIMA FRANCO DOS SANTOS e FELIPE CARVALHO OLEGÁRIO DE SOUZA. Determino a indisponibilidade e a arrecadação de todos os bens em nome da falida, expedindo-se os competentes ofícios. O produto dos bens a serem arrecadados que estejam penhorados ou apreendidos entrarão para a massa falida, expedindo-se os ofícios às autoridades competentes, determinando a sua entrega ou o cancelamento dos gravames judiciais existentes. Determino ao sr. Escrivão que expeça ofícios a todos os cartórios de registros de imóveis onde a falida mantinha atividades, para que informem a existência de bens e direitos dos falidos, sócios, gerentes e administradores…”

Licença de Implantação do estaleiro de Coruripe pode sair este mês
   22 de fevereiro de 2014   │     23:40  │  4

Depois de quase quatro anos e espera o Ibama liberou, no dia 27 de julho de 2013, a licença prévia para a construção do Estaleiro Eisa, em Coruripe. Isso depois de feito tanas exigências que terminaram na mudança da área original do projeto, que seria o Pontal de Coruripe para o povoado de Miaí de Cima.

Parecia que o processo iria andar mais rapidamente após a liberação da licença prévia. Parecia. As exigências foram tantas que a empresa encarregada pelo Grupo Synergy para a elaboração projeto ambiental, a  Acquaplan, levou mais 5  meses para apresentar o estudo complementar, em dezembro do ano passado.

Novas exigências foram feitas pela diretoria de licenciamento do Ibama – entre elas a antecipação de medidas compensatórias. Nesse meio tempo até o estaleiro mudou de nome e passou a se  chamar de Enor (Estaleiro do Nordeste).

Depois de reunião, na última quinta-feira, com o presidente do Conedes, Luiz Otávio Gomes, que passou a representar o governo de Alagoas no grupo que trabalha para viabilizar o projeto do estaleiro, o Grupo Synergy entregou, esta semana, no Ibama, o projeto com as chamadas “medidas compensatórias”.

Agora, a expectativa é que liberação da licença de implantação do Estaleiro do Nordeste, em Coruripe, saia até o final deste mês ou na primeira quinzena de março.

O projeto inclui ações que serão desenvolvidas pelo município e pelo estado nas áreas social, de infraestrutura, Saúde e Educação, entre outras.

Entre as medidas está o compromisso de aumentar a rede de saúde, de incentivo ao ensino técnico e a duplicação da rodovia que liga a Barra de São Miguel a Coruripe. “Todas as exigências do Ibama foram atendidas, inclusive com a apresentação de projetos que poderiam ser  apresentados depois do início da construção do estaleiro. Estamos confiantes na liberação da licença para os próximos dias, o que pode permitir o início da construção do estaleiro até meados deste ano”, aponta Luiz Otávio Gomes.

Aécio Neves quer viabilizar palanque para o PSDB em Alagoas
     │     17:59  │  1

O senador Aécio Neves, PSDB-MG, desembarcou em Maceió nesta sexta-feira a noite, para passar o final de semana em Alagoas.

Ele veio para as prévias de carnaval, neste sábado, e fica no estado até a próxima segunda-feira. Ao descer do avião Aécio avisou está confiante de que “o 45 terá palanque forte em Alagoas”.

O pré-candidato tucano à presidência avisou que a tarefa de montar o palanque do PSDB no estado será de Téo Vilela e Rui Palmeira. “Tenho certeza que eles irão resolver essa questão”.

Ele terá a missão de convencer o partido em Alagoas a lançar um candidato ao governo, embora os nomes que estão na disputa dentro no ninho tucano –  Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes – sejam pouco conhecidos do público.

Seguindo ‘deixa’ de Vilela, Fireman e Gomes procuram ganhar musculatura. Eles tem até maio para viabilizar seus nomes.

Gravidade

Zé Thomaz, que tem conversado muito com Aécio, está convencido de que as eleições em Alagoas serão influenciadas pelo cenário nacional. “Os interesses nacionais terão um peso decisivo nos rumos da política em Alagoas”, aponta Nonô.

O vice-governador também está no jogo e espera por uma decisão de Téo Vilela, mas sabe que nesse momento o que Aécio quer é mesmo um palanque que ajude a eleição no Estado – o que não será fácil. Além de Dilma, que lidera a preferência em Alagoas, Neve ainda terá de enfrentar Eduardo Campos que é bem avaliado em todos os estados do Nordeste.

Divisão

Não será fácil para Vilela atender Aécio. A base do governo está dividida e te hoje cinco pré-candidatos. Um deles, Benedito de Lira, já avisou que é candidato com ou sem o apoio do governador.

Outro candidato, Alexandre Toledo, já deu sinais de que não vai recuar, embora admita que ainda “está conversando”. Neste caso, o maior problemas seria garantir o palanque para Eduardo Campos.

Já os outros três nomes (Nonô, Fireman e Gomes) vão precisar, por conta da conjuntura, passar pelo crivo de Vilela.