Monthly Archives: março 2014

Rosiana Beltrão deixa o porto para ‘navegar’ em busca de votos
   31 de março de 2014   │     23:11  │  0

Rosiana Beltrão já decidiu. Na noite desta segunda-feira, 31, ela confirmou ao blog, em primeira mão, que vai se desincompatibilizar no próximo dia 4 para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Atualmente Rosiana é a administradora do Porto de Maceió e conseguiu dar visibilidade ao cargo, a partir da transformação do local num grande centro industrial. Durante a sua gestão a Tomé-Ferrostal se instalou no Porto, gerando mais de dois mil empregos diretos. Outra indústria em construção no porto é a Jaraguá Naval, que deve gerar mais de 500 empregos. Rosiana também deixa pronto projetos para construção de um terminal de passageiros e aprofundamento do calado no porto.

Nos últimos dias especulava-se que Rosiana deixaria o cargo para disputar um mandato – provavelmente de deputada estadual.

Agora ela confirma que vai navegar pelos mares dos votos: “Foi uma decisão pensada, discutida com meu partido (PT). Eu quero ficar em Alagoas, continuar aqui no estado, servindo minha gente. Gostei muito da experiência no porto e quero colocar meu nome à disposição dos alagoanos”, aponta.

A experiência como prefeita de Feliz Deserto e presidente da AMA, somadas a experiência na assessoria do ex-presidente Lula em Brasília e a administração do Porto de Maceió, são alguns dos itens que credenciam Rosiana para a disputa por uma vaga na ALE. Mas seu nome continua lembrado para a chapa majoritária. Tem gente no PT que vê espaço para a vaga de vice.

Continuando

Rosiana já definiu sua saída com o ministro dos Portos, Antonio Henrique Pinheiro Silveira. Sua expectativa é que ele escolha um nome técnico que dê continuidade ao trabalho que ela vem desenvolvendo no Porto de Maceió, com foco na ampliação de serviços e geração de empregos.

Lessa: “esta será uma semana decisiva na política em Alagoas”
     │     19:33  │  0

Quem quiser ser candidato e estiver ocupando algum cargo público – salvo algumas exceções, caso de militares – tem que se desincompatibilizar até o próximo dia 5.

A regra vale para ocupante de qualquer cargo de comissão ou cargos eletivos do executivo – governador e do vice.

Por conta do calendário e da expectativa que existe em torno da decisão de nomes como o governador Teotonio Vilela Filho e da administradora do Porto de Maceió, Rosiana Beltrão, a semana será decisiva, avalia Ronaldo Lessa.

“Será uma semana muito importante. Agora vamos  saber  quem de fato é candidato ou não, quem vai deixar o governo ou prefeitura para se candidatar”.

Na lista da desincompatibilização estão nomes conhecidos, como Pedro Vilela, Rodrigo Cunha e até alguns prefeito, caso de Fernando Pereira, que pode deixar a prefeitura de Junqueiro para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa (dependendo da decisão de Joãozinho Pereira, que quer concorrer a uma vaga na majoritária).

Fora do jogo

Para ex-governador Ronaldo Lessa mudou de expectativa em relação a Teotonio Vilela Filho: “agora começo a achar que ele não vai mais deixar o governo. Apesar do esforço ele não conseguiu melhorar a imagem e deve ficar fora da disputa. Resta saber se ele vai apoiar algum nome e quando vai anunciar esse apoio”, avalia.

Na disputa pelo governo, Biu de Lira pode romper com Téo Vilela
   30 de março de 2014   │     21:25  │  6

Aliado de Téo Vilela na campanha de 2010, Benedito de Lira ganhou o Senado e agora quer chegar ao governo. Ele acha que pode, com sua experiência, dar uma grande contribuição ao estado.

Ele foi o primeiro a colocar o nome na disputa, ainda em meados de 2013, e esperava – ainda espera  – contar com o apoio do atual governador.

Téo Vilela tomou conhecimento destes planos pelo próprio Biu, mas não disse sim, nem não. A posição do governador, de “neutralidade”, abriu espaço para que novos nomes fossem surgindo para o governo dentro do seu grupo. Alexandre Toledo, Nonô, Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman também entraram no jogo.

O governador não deu até agora nenhum sinal de que vá apoiar Benedito de Lira e passou a estimular a disputa entre Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes no PSDB.

Enquanto isso, Benedito de Lira seguiu avançando. Fez uma grande reunião em Maceió e outra em Arapiraca e segue com uma agenda cheia de compromissos.

Além do PP, Biu já selou acordo com o PSD, SDD, PR e deve fechar com PROS, PHS,PEN e PSL. Mesmo assim o esperado apoio de Vilela não chega. Talvez por isso o próprio senador e seus conselheiros mais próximos venham dando sinais de impaciência.

A insatisfação, que tem sido declarada nos “bastidores” tende a se tornar pública nos próximos dias se o apoio de Téo Vilela não vier.

Portanto que ninguém  se surpreenda com um “rompimento” de Benedito de Lira com Téo Vilela. Existe sim essa possibilidade e o governador sabe disso.

O plano B do governo seria convencer Biu e os outros nomes do grupo a disputar em palanques diferentes no primeiro turno, com  a promessa de união num eventual segundo turno. Resta saber se biu vai aceitar. Basta lembrar como terminou a relação dele com o ex-prefeito Cícero Almeida para saber da resposta.

Demora proposital: candidatos tentam reduzir gastos com eleitor
   29 de março de 2014   │     17:49  │  0

Quanto mais tardio for o lançamento das chapas majoritárias, melhor. Ao menos para os bolsos dos nossos políticos. Um dos principais nomes do tabuleiro eleitoral, que aparece cotado para a disputa majoritária me revelou: “está muito difícil conseguir dinheiro para financiar a campanha. Não é só em Alagoas, não. É em todo o Brasil”.

Talvez por isso uma especulação de bastidor ganhe força em Alagoas: Renan Calheiros e Téo Vilela teriam feito um pacto para só lançar seus candidatos em junho. Com isso, se livrariam da pressão financeira e do desgaste da pré-campanha.

A “espera” é conveniente nesse caso porque a frente de oposição reúne a maioria dos partidos  e tem o apoio de Dilma Rousseff. Como Renan Calheiros tem o “controle” do grupo, ele pode decidir a melhor para fazer o lançamento da chapa majoritária.

Para Vilela, as razões são outras: ele precisa de mais tempo escolher um nome e para tentar evitar a pulverização do seu grupo.

 Campanha milionária

A maior vantagem, de fato, na “demora” é a economia. Afinal decidir nomes agora pode implicar em antecipar gastos eleitorais. “Por enquanto ninguém, ou quase, tem dinheiro para bancar a campanha”, me disse um novato na política que está decidindo se encara ou não as urnas.

Ainda assim, os gastos serão consideráveis. Uma campanha para deputado federal não sairá por menos de R$ 5 milhões. E, dizem, quem quiser garantir o mandato com base no modelo tradicional (cabos eleitorais e cadastro) terá de gastar entre R$ 10 e R$ 20 milhões.

Os gastos nas campanhas majoritárias vai depender do candidato. Alguns, como é o caso de Marcos Fireman e Benedito de Lira, que querem chegar ao governo, já começaram a pré-campanha. Eles são os únicos, por enquanto, que estão com escritórios montados e com programação de rua.

 

Repetindo 2012, Vilela tende a apoiar dois candidatos ao governo
   28 de março de 2014   │     21:51  │  0

Dois é bom, três é demais. Partindo da premissa de que existe segundo turno, o governador Teotonio Vilela Filho sinaliza para os mais próximos que vai ajudar a montar dois palanques para as eleições deste ano.

Em 2012 a estratégia deu certo em Maceió – quase ao acaso.  Não foi de fato algo pensado para ser do jeito que foi. Na verdade foi mais uma espécie de efeito colateral de uma base, que  apesar de aliada nunca foi unida.

Nem mesmo a vitória do prefeito Rui Palmeira no primeiro turno conseguiu acabar com a divisão. Na verdade algumas “diferenças” só aumentaram. Os grupos continuam tão divididos quanto antes.

Benedito de Lira, Alexandre Toledo, Thomaz Nonô e o PSDB são elos que não conseguem se aglutinar na mesma corrente política.

Caberá portanto ao governador, com a caneta na mão, decidir. Uma coisa Téo Vilela já sabe. Ele não vai conseguir demover “facilmente” as candidaturas de Benedito de Lira e Alexandre Toledo.

Nesse cenário, Viela tem que decidir com quantos palanques vai trabalhar. Ele já disse que quanto menos, melhor. Por isso é possível que o governador trabalhe, no momento, com a formação de dois palanques – acomodando Benedito de Lira de um lado e Alexandre Toledo do outro. Dá para compor com nomes como o de Nonô, João Caldas (que é candidato ao Senado pelo PSD, mas pode ir para a vice), Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes, duas chapas completas.

Num jantar essa semana, em Brasília, o governador avisou que vai apressar o passo e pode começar a mexer nas peças do tabuleiro já em abril.