Monthly Archives: março 2014

Renan Filho descarta lançamento de candidatura na reunião do dia 11
   28 de março de 2014   │     17:31  │  1

Cada coisa a seu tempo. O momento, acredita o provável candidato do PMDB ao governo de Alagoas nas eleições deste ano, é de pensar em propostas e de trabalhar. Portanto esses devem ser os temas próxima reunião da frente de oposição – embora, é claro, a expectativas sejam outras.

Renan Filho avisa que já está praticamente pronto o diagnóstico que será apresentado no próximo dia 11, na reunião em Penedo. “O documento é um estudo profundo da realidade econômica e social de Alagoas feito a partir de um trabalho criterioso da Fundação Ulysses Guimarães”, adianta.

Que ninguém espere o lançamento de nenhuma candidatura na reunião do próximo dia 11. O encontro, adianta o deputado federal do PMDB, será de trabalho: “vamos fazer o que fizemos em todos os outros encontros, apresentando ideias e ouvindo as lideranças da região. O primeiro encontro, realizado em Santana deu resultados que estão sendo colhidos até hoje”, aponta.

De acordo com Renan Filho,a subvenção da cana-de-açúcar, a garantia de recursos para os carros pipa e a renegociação das dívidas rurais foram  algumas das demandas atendidas a partir o encontro realizado em 2013 em Santana do Ipanema. “Em Penedo o foco será com as questões regionais e toda a bancada federal vai encaminhar as demandas que forem apresentadas lá”, avisa.

Concorrido

Mesmo com Renan Filho dizendo que não vai tratar de candidaturas, o encontro deve reunir – como admite o próprio  – o maior número de pessoas de todos as reuniões do chapão realizadas até agora.

No encontro será possível saber a quantas anda a temperatura interna da frente de oposição e se as rusgas com nomes de peso, como Cícero Almeida, já foram superadas.

Será também mais uma demonstração de forças, um recado para os adversários – ou possíveis adversários – de que o grupo quer o governo, o Senado e a maioria da Câmara Federal e Assembleia Legislativa.

Quem será o candidato a senador de Benedito de Lira: Nonô ou JC?
   27 de março de 2014   │     22:01  │  1

A medida que o processo político começa a se afunilar novas possibilidades começam a surgir. E quanto mais possibilidades, maiores devem ser as dificuldades para a composição. No “campo do governo” a situação que já não anda fácil, pode se complicar.

O PSB lançou o deputado federal Alexandre Toledo para o governo. Ele sonha com o apoio do grupo, mas se não conseguir parece disposto a encarar um voo solitário. O DEM também lançou a candidatura de Nonô ao governo, assim como fez o PP com Benedito de Lira.

No PSDB, Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes continuam disputando espaço e querem disputar o governo como apoio de Téo Vilela.

A composição mais consolidada até agora é liderada pelo senador Benedito de Lira. Pré-candidato ao governo ele já conta com o apoio do Solidariedade, do PSD e do PR e tem tudo para fechar com o PROS.

O que Biu quer mesmo para se viabilizar é conquistar os outros partidos da base de apoio a Téo Vilela que estão fora de sua influência: o DEM e o PSDB. Quanto ao PSB e PPS, a conversa seria mais improvável – embora não seja impossível.

Uma especulação que vem sendo feita nos últimos dias seria Biu governador, Marcos Fireman vice e Nonô senador.

“Essa é uma chapa possível e pode ser viabilizada pelo Biu”, arrisca o deputado federal Givaldo Carimbão, do PROS. Carimbão, cujo nome também é lembrado para disputar o Senado já avisou que vai disputar a reeleição.

Mas eis que surge um novo complicador: o deputado federal João Caldas, do SDD, avisa que também quer disputar o Senado. Ele é aliado de Benedito de Lira no cenário local e vota Aécio Neves para presidente. Ontem, ele encontrou o tucano em Brasília e perguntou se ele lhe apoiaria.

De imediato Aécio pegou o telefone, ligou para Téo Vilela e avisou: “nosso candidato (do PSDB) ao Senado em Alagoas será o João Caldas. Ele está me ajudando muito e nós temos que apoiá-lo”.

Resta saber agora o que Vilela que já tem cinco nomes querendo disputar o governo com seu apoio, fará. “O governador disse que quer conversar comigo assim que eu voltar do Vaticano, na próxima semana”, disse João Caldas.

Enquanto isso Biu de Lira não esconde de ninguém que gostaria mesmo era de disputar o governo ao lado do senador Fernando Collor, que é candidato à reeleição. Só não fará isso porque no momento a  conjuntura não permite.

Este, pelo jeito, será mais um nó para ser desatado pelos articuladores de plantão.

Renan vai instalar CPI da Petrobras: ‘agora não tem mais jeito’
     │     16:19  │  0

A oposição conseguiu, com a ajuda de senadores do próprio governo, protocolar o pedido de criação da CPI da Petrobras. Dono do maior número de cargos no governo federal, o presidente do Senado bem que tentou barrar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar denúncias de corrupção, pagamento de propinas e desvios de recursos na estatal, mas não conseguiu.

Ainda assim, Renan Calheiros não hoje entregou os pontos. Ele vai encaminhar a criação da CPI, mas continua jogando contra: “Fazer a CPI agora seria erguer um palanque eletrônico em pleno período eleitoral em cima da Petrobras, isso não é bom para o Brasil”, disse Calheiros.

O senador não parece preocupados com as críticas que tem recebido nem com o fato  de parlamento que ele próprio preside precisa exercer o poder de fiscalizar e investigar o governo, um de suas prerrogativas mais importantes.

A Agência Senado distribuiu texto com a posição do senador, que reproduzo a seguir:

Renan vai discutir com os líderes instalação da CPI da Petrobras

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse, em entrevista, que vai conversar com os líderes dos partidos para encaminhar a leitura do requerimento e a posterior instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de má gestão e irregularidades na Petrobras.

Embora considere que, em ano eleitoral, uma CPI “mais atrapalha do que facilita a vida do Brasil”, o senador disse que “agora não há mais o que fazer”. Ele explicou que 28 senadores protocolaram requerimento pedindo a CPI, com fato determinado.

– Nós vamos marcar a data, fazer a conferência dos nomes e instalar a comissão – informou Renan, que apenas mencionou, como ressalva, a possibilidade de retirada de assinaturas até a meia-noite do dia em que o requerimento for lido em Plenário.

O requerimento foi protocolado na manhã desta quinta-feira (27) pelos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Cyro Miranda (PSDB-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Agora, a Secretaria-Geral da Mesa fará a conferência das assinaturas e entregará o requerimento ao presidente do Senado, para que ele possa fazer a leitura no Plenário. Renan não tem, no entanto, um prazo regimental para esse procedimento.

– Eu pretendo fazer isso agora. Eu vou conversar por telefone e ver com eles, do ponto de vista do encaminhamento, da necessidade de nós instalarmos rapidamente, quando é que nós iremos fazer. E quando fizer a leitura, você tem até meia noite do dia da leitura para que os partidos coloquem ou retirem nomes – disse Renan.

O senador Alvaro Dias disse não acreditar que os colegas retirem suas assinaturas por pressão do governo. Para o senador do Paraná, seria uma desmoralização para quem desistir da CPI. Além disso, ele acredita que todos os que assinaram o requerimento estão convictos de que precisa haver investigação para o bem da empresa.

– Nós não podemos permitir que o patrimônio da Petrobras seja dilapidado por algumas pessoas. O objetivo não é atacar a empresa, é responsabilizar aqueles que eventualmente estejam contribuindo para dilapidação desse patrimônio.

Integrante da base de apoio ao governo e um dos que também assinou o requerimento, o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) disse ter recebido pedidos para que retire a assinatura, mas assegurou não pretender recuar da decisão.

– Conversaram comigo alguns colegas senadores, alguns líderes, mas todos me conhecem. Eles mesmos disseram: “Eduardo, eu estou pedindo porque eu tenho que pedir, mas eu sei como você age.” Então, eu pauto a minha vida baseado em princípios e valores, e não volto atrás – afirmou.

Para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, além do número mínimo de assinaturas de um terço dos senadores, é preciso que o requerimento contenha o fato concreto a ser investigado.

No caso do requerimento da CPI da Petrobras, o senador Alvaro Dias explicou que serão quatro fatos. Em primeiro lugar, a oposição quer investigar a “negociata” da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.  Os senadores também pretendem averiguar se houve o recebimento de propina por parte de funcionários da Petrobras paga por uma empresa holandesa para fechar contratos de aluguel de plataformas do pré-sal. O terceiro fato a ser investigado é a suspeita de superfaturamento de refinarias e o quarto, o superfaturamento de plataformas.

No jogo: “só não serei candidato de mim mesmo”, diz Luiz Otávio Gomes
   26 de março de 2014   │     20:32  │  4

Presidente do Conedes,o ex-secretário de Planejamento e Desenvolvimento não está, definitivamente, fora do jogo.

Em resposta a texto publicado neste blog – “Fora do jogo? Luiz Otávio abre caminho para Marcos Fireman no PSDB” – nessa quarta-feira, 26, o ex-secretário mandou um texto em que deixa claro que continua no páreo.

Luiz Otávio Gomes está disposto encarar o desafio, mas não quer trabalhar nos moldes da política tradicional.

O blog reproduz o texto, na íntegra: Caro Edivaldo Junior, eis a minha resposta aos seus comentários sobre candidaturas ao governo de Alagoas. Agradeço a Publicação e estou pronto para as perguntas. Abs, Luiz Otavio.

Aprendi com Teotonio Vilela Filho que política é um processo e existe hora certa para tudo.

Acredito que uma candidatura a governador só vale a pena se representar um projeto de desenvolvimento transformador. Um projeto capaz de fazer convergir esforços, recursos, inteligências, lideranças e pessoas em torno de causas coletivas, como a superação da pobreza extrema, a diminuição da pobreza, da violência e da desigualdade crônica que ainda existe entre nós – essa a mãe de todas as injustiças.

Quando convocado pelo amigo, e Governador, Teotonio Vilela, para liberar o meu nome como um dos seus pré-candidatos ao governo, o atendi. Vislumbrava a remota possibilidade de ser candidato, não para fazer política nos moldes tradicionais, mas para representar as ideias que vêm transformando a paisagem do desenvolvimento econômico e do planejamento no nosso Estado.

Não cultivo ilusões, mas estou pronto  para o debate. Vamos provar aos alagoanos que nenhum outro governo fez mais por Alagoas do que o governo Teotonio Vilela Filho, nesses quase oito anos. Tenho consciência de que estamos numa encruzilhada – entre continuar para avançar muito mais, ou correr o risco de retroceder, perdendo tudo o que foi conquistado até aqui!

Concluo afirmando novamente: nunca disse que era candidato a governador, como também nunca declarei que não o era. Só não serei candidato de mim mesmo.

E, se escolhido fosse, pelo grupo de apoio ao atual governo, como candidato a governador, pediria 24 horas para decidir, pois, como executivo, não trabalho com hipóteses e conjecturas e sim sobre análises da realidade. Até porque lutamos para mudá-la para melhor.

Renan barra CPI da Petrobras no Senado: “não seria bom para o Brasil”
     │     18:07  │  3

Se os peemedebistas da Câmara Federal ainda precisam ser “domados” pelo governo, no Senado a história é outra.

Sob a batuta de Renan Calheiros, o PMDB que tem o maior número de senadores (20) garante a defesa do governo e vai barrar qualquer projeto ou iniciativa que contrarie o governo Dilma Rousseff.

No Senado, não existe, portanto a menor possibilidade para que a CPI da Petrobras prospere. “Não seria bom para o Brasil”, avalia o presidente do Senado.

Pior seria para o governo federal, para a presidente Dilma Rousseff que está envolvida  diretamente em algumas denúncias e para o próprio senador e o PMDB que tem vários diretores da Petrobras indicados por se partido. Afinal, a quem interessa passar a limpo as denúncias de corrupção, propina e superfaturamento?

Em declaração dada a Agência Brasil nesta quarta-feira, 26, Renan Calheiros deu sinais de que não vai deixar a CPI avançar.

 RENAN: CPI DA PETROBRAS NÃO SERIA BOM PARA O BRASIL

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (26) que a tentativa de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar a compra pela Petrobras da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), não deve avançar.

“Os fatos estão sendo todos investigados. Nós precisamos cobrar o andamento da investigação. Fazer a CPI agora seria erguer um palanque eletrônico em pleno período eleitoral em cima da Petrobras, isso não é bom para o Brasil”, disse Calheiros.

No Senado, a coleta foi intensificada em uma reunião, ontem à tarde, entre o PSDB e o DEM, com o apoio de parlamentares de partidos aliados ao governo, mas que se consideram independentes, como Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS) e Pedro Taques (PDT-MT). Para instalar a comissão mista, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

“Quando um tema tão nebuloso aparece sem explicação e quando a própria presidenta diz que a história que o governo negava que existia é verdadeira, todos os canais de investigação tem que existir”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos signatários do pedido de abertura de CPI.

O senador Pedro Taques (PDT-MT) também reagiu à declaração do presidente do Senado. Segundo ele, apesar das investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal, as esferas de Poder são independentes. “O Parlamento não pode abrir mão de sua função de fiscalizar”, disse.

(Karine Melo – Repórter da Agência Brasil)