O governo de Alagoas vai ganhar novas caras a partir de 1º de julho tenha o governador – ou não – sucesso nas suas investidas políticas.  Teotonio Vilela Filho, como se sabe, trabalha para ampliar o tempo de TV de seu candidato, Eduardo Tavares, e as Pastas fazem parte do pacote eleitoral.

O PRB foi o primeiro a fechar com o PSDB e ficou com a Secretaria da Pesca. O DEM e o PROS que continuam no governo – não se sabe se permanecerão depois de 30 de junho – já tem em suas contas a Agricultura e a Sepaz, respectivamente.

Atualmente quatro secretarias (Semarh, Educação, Trabalho e Mulher e Cidadania) estão ocupadas por interinos em função do imbróglio político que envolveu Vilela e seus ex aliados: Maurício Quintella (PR), Benedito de Lira e Arthur Lira (PP) e Alexandre Toledo e Kátia Born (PSB).

Das 23 secretarias de Estado, o pacote administrativo de Vilela pode atingir mais quatro ou seis pastas. É provável que o PROS feche com a Frente de Oposição e o DEM continua de “namoro” com o PP.

Nesta quinta-feira pela manhã, depois de retornar de uma viagem a Brasília, onde encontrou Aécio Neves, Vilela prometeu uma grande surpresa até as eleições. Quanto as coligações ele avisa que continua trabalhando e que não fala nada antes do dia 30, quando seu partido, o PSDB, fará a convenção.

“Farei a nomeação dos novos secretários a partir do dia 1º (de julho). Não faz sentido nomear ninguém agora. A partir da próxima semana os novos secretários serão nomeados e vocês poderão ter muitas surpresas”, avisa.

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O grupo ZTT, empresa chinesa especializada fabricação de fibra óptica, anunciou a inauguração para outubro de uma unidade industrial no Pólo Multifabril de Marechal Deodoro.

Como resultado do investimento é de R$ 20 milhões está sendo construída no local a primeira indústria de fibra ótica do Nordeste. Depois de pronta a nova unidade vai gerar cerca de 100 empregos diretos.

A indústria é considerada estratégica num mercado que está em plena expansão e vai reforçar a cadeia da química e do plástico em Alagoas.

O presidente da ZTT, Tom Qu, que recebeu visita de autoridades nesta quinta-feira no local onde a indústria está sendo construída, “no primeiro ano, a empresa vai fabricar os cabos no estado e importar as fibras ópticas da China, mas a meta é fabricar a fibra em Alagoas nos próximos três anos e, com isso, nos tornarmos o maior fabricante de fibra óptica no Brasil e na América Latina”, revelou.

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, André Paffer, acredita que a grande demanda de fibra ótica colocará Alagoas na liderança desse setor. “Até 2022, a fibra óptica será o único material definitivo de transmissão de dados na comunicação e boa parte utilizada no Brasil deverá ser substituída. Assim, o estado estará pronto para atender a demanda do mercado brasileiro e da América Latina”, avaliou.

Com 34 fábricas distribuídas mundialmente, a empresa chinesa é considerada uma das maiores fabricantes de material de fibra óptica no mercado mundial, com faturamento anual superior a R$ 7 bilhões. Em Alagoas, a expectativa é de R$ 70 milhões somente no primeiro ano.

O governador Teotonio Vilela Filho também esteve com os empresários chineses e lembrou que instalação da fábrica foi facilitada pelos incentivos do Programa de Desenvolvimento Integrado de Alagoas, concedidos por meio do Conedes.

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Um novo complicador pode surgir na “vida” do DEM em Alagoas. O partido, como se sabe, faz convenção no próximo dia 30 e está, até agora, sem rumo definido. Por conta das coligações proporcionais as conversas estão a “abertas” com o PMDB, com o PSDB e com o PP.

Com o vice-governador afastado da presidência do partido, por 120 dias, a decisão deverá ser tomada, por consenso, pelos candidatos proporcionais.

Mas é possível que tanto José Thomaz Nonô quanto os outros dirigentes do partido ouçam um apelo nos próximos dias capaz de levar o partido a uma decisão antecipada. O candidato a presidente do PSDB, Aécio Neves, encontrou Téo Vilela nesta quarta-feira, 25, em Brasília e prometeu ajudar a costurar a aliança entre o DEM e o PSDB em Alagoas.

O que Vilela diz sobre isso? “É o caminho natural”.

Bom no jogo político, com fortes laços com Thomaz Nonô e os Democratas, Aécio pode decidir o jogo a favor dessa aliança. Anote: se ele não conseguir, ninguém mais consegue.

 

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O suplente de Senado Euclydes Mello não esconde de ninguém a irritação com Galba Novais Filho no imbróglio em torno da coligação do PRB em Alagoas: “a atitude dele foi uma verdadeira traição”, desabafa.

Presidente do diretório provisório do partido no estado, Galba teria fechado acordo com Téo Vilela para indicar o secretário da Pesca em troca da coligação com o PSDB. “Há quem diga que o acordo não se resume apenas a cargos. Eu não sei de nada porque não participei dessa trama”, reage.

Euclydes, é bom lembrar, foi eleito pelo PTB e foi para o PRB atendendo pedido da direção nacional do partido. Ele assumiu o comando do partido no estado desde 2008 e diz que só passou a presidência do PRB para Galba, recentemente, para ajudá-lo na campanha para a Câmara Federal.

Como soube que Galba não será mais candidato a federal, Euclydes vai lutar para retomar o controle do PRB em Alagoas.

“Procurei o presidente nacional do partido, o Marcos Pereira, e pedi que ele resolva essa questão, do contrário deixarei de disputar a suplência do Senado. Vou lutar até o último segundo para reverter essa situação”, avisa.

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Zé Thomaz não esconde de ninguém que queria mesmo era disputar o governo. Ainda assim “namorou” a disputa pelo Senado até a última sexta-feira, 20. Ele tentava unir o grupo do governo em torno de um único palanque.

Depois de conversar com partidos que dão apoio a Benedito de Lira, especialmente o PSB, ele decidiu desistir.

“Conversei com o Alexandre Toledo e ele me disse que a candidatura dele ao Senado era irremovível. Para mim foi uma grande surpresa”, aponta.

Até o dia 20, quando o vice-governador anunciou sua posição numa coletiva, o PP oferecia a vaga de vice para o DEM, mas a proposta não evoluiu porque Nonô era candidato ao Senado ou nada. No dia seguinte Eduardo Campos, numa passagem relâmpago por Alagoas mudou a história e avisou que Alexandre Toledo seria o vice de Benedito de Lira.

Quanto ao convite do PP para que o DEM dispute o Senado, o vice-governador é direto: “chegou fora de tempo, veio atrasado. Já temos convite para disputar o Senado, feito pelo PSDB. A majoritária não está mais em questão. O que pesa, agora, é a coligação proporcional”.

A quem interessar possa, Nonô manda avisar que não vai interferir na decisão do partido, desde que exista consenso. “Existem conversa as com todos os grupos, com o PMDB, com o PP e com o PSDB. Nada vai ser definido antes do dia 30. Será uma decisão para o último segundo do último minuto”, avalia

Se não houver entendimento entre os candidatos proporcionais já ficou decidido que Nonô vai atuar como “árbitro”. Será  ele, então, que dará a palavra final. E nesse caso, ressalta Nonô, não foi uma escolha ditatorial: “essa é uma decisão democrática. Se não houver consenso eu ajudarei na condução do partido”, enfatiza.

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