Com trânsito em diferentes setores da sociedade e bom relacionamento com a equipe do governador Teotonio Vilela Filho, Fábio Farias terá um papel especial na equipe de transição do governador eleito, Renan Filho (PMDB).
Médico, empresário, suplente do senador Renan Calheiros e dirigente do PMDB, Fábio Farias já passou alguns cargos públicos, tendo sido, inclusive, secretário de Educação do Estado.
Este ano ele realizou um sonho: ganhar a eleição para o governo, como coordenador de campanha. Fábio Farias já havia coordenado várias outras campanhas, tendo registrado várias vitórias, exceto para o governo. A tarefa lhe deu ainda mais experiência e capacidade de diálogo, características que certamente vão lhe ajudar na nova missão.
Convidado para integrar a equipe de transição, Fábio aceitou o desafio e terá, entre outras, a tarefa de “construir pontes” entre o atual e o novo governo e o diálogo com diversos setores da sociedade.
Na transição, além de desempenhar tecnicamente suas funções, levantando informações que vão ajudar o governador eleito na tomada de decisões, Farias atuará mantendo o equilíbrio entre as equipes do atual e do futuro governo.
O que ele tem dito aos amigos mais próximos é que vai contribuir com o trabalho da transição, assim como fez na campanha, buscando resultados, mas sem se preocupar com a ocupação de cargos no governo.
Futuro
Pela proximidade com o governador eleito, Fábio Farias terá papel importante no próximo governo, ocupe ou não cargo público. No governo, poderá atuar como gestor. Fora, pode se tornar uma espécie de conselheiro e de interlocutor para ajudar o governador em todos os momentos.
Renan Filho (PMDB) anunciou no final da tarde desta sexta-feira, 31, em sua página no Facebook, os nomes que vão integrar a equipe de transição do novo governo. O governador eleito confirmou informação antecipada pelo blog de que o vice-governador eleito, Luciano Barbosa, será o coordenador da transição.
A equipe será integrada ainda pela advogada Fernanda Marinela de Souza Santos, professora de direito, pelo empresário Fábio Farias, que foi o coordenador da campanha ao governo do PMDB e por Carlos Christian Reis Teixeira, ex-assessor especial do gabinete do prefeito de Maceió.
“Quero apresentar a todos nossa equipe de transição, que será formada por José Luciano Barbosa da Silva (Coordenador) – Engenheiro Civil e mestre em Economia, Vice Governador Eleito de Alagoas, Prefeito de Arapiraca (2005/2008) e (2009/2012), Ministro da Integração Nacional (2001/2002); Fernanda Marinela de Souza Santos – Advogada e Professora de Direito especializada em Direito Administrativo; Fábio Luiz Araújo Lopes de Farias – Médico e empresário, suplente de senador (2010/2018), Secretário de Educação do Estado de Alagoas (2005); Carlos Christian Reis Teixeira – Advogado, ex-Assessor-Especial do Gabinete do Prefeito de Maceió (2013/2014) e ex-Procurador-Chefe de Licitações, Contratos e Convênios da Prefeitura de Maceió (2009/2012)”, disse Renan Filho.
O governador eleito acrescentou, ainda: “As transições de governos são importantes para que os novos governantes conheçam com profundidade necessária a situação financeira e econômica do Estado, identifiquem a amplitude das polícias públicas, de forma que não haja solução de continuidade”.
Renan filho informou também que “o nosso trabalho começa agora. Vou montar uma equipe preparada. Capaz de usar toda força da nossa bancada federal em Brasília, que ficou ainda mais forte depois das eleições. E assim garantir condições técnicas, econômicas e políticas para implantarmos as mudanças que os alagoanos querem, especialmente na saúde, na segurança e na educação.”
O vice-governador eleito, Luciano Barbosa (PMDB) aceitou o convite do governador eleito, Renan Filho, e será o coordenador da equipe de transição.
O anúncio do nome de Luciano e dos outros quatro integrantes da transição será feito nesta sexta-feira, a partir das 14h, depois que Renan Filho conversar com o governador Teotonio Vilela Filho. “O governador eleito vai comunicar a Teotonio Vilela Filho os nomes escolhidos para formar sua equipe de transição e em seguida eles serão divulgados”, aponta um importante interlocutor.
A escolha de Luciano como coordenador confirma o perfil da equipe de transição: “será formado por técnicos ou por políticos que tem o perfil do Luciano, que consegue unir a atuação política a uma capacidade técnica”, revelou o interlocutor.
Outra características dos integrantes da transição deve ser o conhecimento de direito administrativo. Além da equipe principal, a transição terá subcomissões temáticas.
Barbosa, é importante lembrar, já foi secretário de Estado da Administração do Estado, ministro da Integração Nacional e prefeito de Arapiraca.
Estrutura
Renan Filho disse hoje que “a equipe já está definida e não é fixa, ela pode crescer a depender do andamento das nossas atividades”, reforçando que a equipe montada para o trabalho de transição será escolhida para essa tarefa, especificamente. “É bom deixar claro que estes nomes poderão ou não fazer parte do governo, mas, neste momento o trabalho é pontual”, adiantou.
O governador eleito disse que ainda não conhece o trabalho que vem sendo realizado pela equipe de transição do governador Teotonio Vilela Filho, mas sabe que a situação do Estado é difícil. “Temos os piores índices em educação, saúde e segurança pública. Tivemos alguns avanços mas, vamos aguardar o começo da transição para saber o que receberemos”, reforçou.
O trabalho da equipe de transição será fundamental para a tomada de decisões no começo do governo, adianta o governador eleito: “Nestes dois meses que a equipe estiver trabalhando vamos fazer uma análise do que recebemos para pensar o que será feito por Alagoas”, disse governador em a entrevista a um site local.
Recentemente o governador Teotonio Vilela Filho anunciou que a sua equipe de transição está trabalhando no Centro Empresarial Barão de Penedo, no Centro de Maceió, um local com estrutura de 11 salas, sendo oito de reuniões, uma sala de coordenação, além de espaços reservado para a imprensa.
A equipe de transição do atual governo é coordenada por Álvaro Machado, secretário do Gabinete Civil e formada pelos secretários da Seplande, Poliana Santana; de Gestão Pública, Alexandre Lages e da Fazenda, Maurício Toledo.
Depois de passar os últimos dias em Brasília, participando de sessões na Câmara Federal, o deputado federal e governador eleito, Renan Filho (PMDB/AL) retorna para Alagoas nesta quinta-feira, 30, com a missão de fechar a equipe de transição.
O governador eleito não tem se queixado muito do assédio pós-eleitoral. A pressão em torno de cargos, nomeações e coisas do, avisa um interlocutor, é menor do que se imagina: “Renan Filho não tem recebido pedidos nem cobranças no volume que se fala por aí”.
O mais importante, avisa o interlocutor, é que Renan Filho terá toda a liberdade para escolher sua equipe: “não houve negociação de cargos ou compromissos eleitorais envolvendo essa ou aquela Secretaria. Isso permitirá a escolha dos melhores nomes técnicos e políticos”, reforça o interlocutor.
O governador eleito tem demonstrado uma paciência surpreendente. Ele evita se antecipar aos fatos, espera a hora certa para falar e se movimenta como usando o tempo e os movimentos ao seu favor. Por isso mesmo Renan Filho esperou a confirmação da reeleição de Dilma Rousseff para começa a montar o seu governo.
Analfabetismo, taxa de homicídios, mortalidade infantil, população urbana e rural, Produto Interno Bruto, estabelecimentos de saúde e até o número de agências bancárias existentes no Estado e em seus municípios. Esses são apenas alguns dados que constam no Anuário Estatístico de Alagoas. A publica acaba de ser atualizada com o lançamento de sua 20ª edição, que inclui dados e informações sobre Alagoas, suas cidades e regiões relativos até o ano de 2013.
A publicação, de responsabilidade da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas (Seplande), revela, por exemplo, que até 2013 Alagoas tinha 200 agências bancárias em funcionamento, sendo 74 (ou 37%) apenas em Maceió. A segunda maior cidade do Estado, Arapiraca, tem apenas 11 agências bancárias enquanto 44 cidades do Estado (os menores municípios, principalmente) não tem nenhuma agência bancária. O Banco do Brasil, com 71 agências, tem maior presença em Alagoas, seguido da Caixa Econômica, com 46 e Banco do Nordeste, com 11. Os bancos privados, principalmente Bradesco e Itaú, tinham 72 agências bancárias no Estado até 2013.
Repasses para as prefeituras
O Anuário Estatístico também mostra quanto cada município de Alagoas recebeu de transferências constitucionais em 2013. Nesses tempos de crise os dados oficiais mostram que a choradeira de alguns prefeitos pode ser exagerada. Os repasses de FPM para os 102 municípios de Alagoas somaram R$ 1,399 bilhão em 2013, um crescimento de 7% quando comparado ao volume transferido em 2012, que foi de R$ 1,303 bilhão. O total de repasses constitucionais federais, incluindo o Fundeb, foi de R$ 2,743 bilhões, em alta também de 7% na comparação com os R$ 2,555 bilhões repassados para as 102 cidades de Alagoas em 2012.
Os repasses de recursos estão aumentando, portanto, ano após ano, ligeiramente acima da inflação. talvez seja o caso das prefeituras iniciarem um programa de controle de gastos.
Ensino médio: a força do Estado
Apesar das dificuldades, a rede pública de educação do Estado continua exercendo papel fundamental no ensino médio em Alagoas. De acordo com o anuário estatístico dos 129 mil alunos do ensino médio mais de 105 mil alunos, o que corresponde 81% do total, estavam matriculados em escolas estaduais em 2013, enquanto 18,6 mil alunos estavam matriculados em escolas privadas e 5,6 mil em escolas federais.
O anuário revela, ainda, que a única escola municipal de ensino médio de Alagoas funciona em Igaci e tinha 164 alunos em 2013. Na capital dos 35.153 alunos matriculados no ensino médio em 2013, 1.868 estavam em escolas federais, 11.940 em escolas privadas e 21.705 em escolas da rede estadual. O anuário revela que as escolas públicas continuam tendo papel fundamental na formação dos alunos na faixa do ensino médio
Já a Educação profissional – nível técnico tinha 1.075 alunos em escolas federais, 598 em escolas estaduais e 3.199 em escolas privadas, totalizando 4.872 alunos em 2013.
Em 2012, de acordo com dados do Anuário Estatístico, Alagoas tinha 74.694 alunos em cursos presenciais de ensino superior. Do total, apenas 25% ou 18.968 alunos estudavam em cidades do interior, enquanto os demais 55.726 alunos (75%) estudavam em faculdades ou universidades de Maceió. Na prática, de cada 4 alunos do ensino superior matriculados em Alagoas, 3 estudam na capital e um em alguma cidade do interior.
Entre os alunos de nível superior 36.118 estudavam instituições públicas, sendo 27.477 em instituições federais e 8.641 em instituições estaduais.
Em 2013 as instituições privadas de ensino superior tinham 38.576 alunos matriculados, sendo 33,6 mil na capital e 4,9 mil no interior. A interiorização do ensino superior fica por conta da força das instituições públicas que tinham 14.018 alunos matriculados em cidades do interior em 2013 e 22.100 em Maceió, num percentual de 38% no interior e 62% na capital, enquanto nas instituições privadas essa relação é de 12% de alunos no interior e 88% na capital.
A Agência Alagoas divulgou texto sobre o anuário. Veja o texto:
Anuário Estatístico do Estado de Alagoas é lançado
Nesta terça-feira (28), foi lançada a 20º edição do Anuário Estatístico do Estado de Alagoas. A publicação faz um levantamento detalhado dos municípios do Estado e visa garantir o acesso às informações embasadas em dados estatísticos. O documento está disponibilizado no Portal Alagoas em Dados e Informações, dados.al.gov.br. Apresentando os dados de 2013, o anuário contempla aspectos diversos nas áreas de geografia, demografia, educação, saúde, saneamento, segurança pública, movimento eleitoral, mercado de trabalho, atividades agropecuárias, atividades industriais, serviços, finanças, comércio de bens, instituições financeiras e sistema de contas.
“Procuramos disponibilizar os dados mais atuais para dar uma informação mais segura aos usuários do Portal, que já possui um público composto, basicamente, por acadêmicos que estão em busca de informações para produção de pesquisas”, comenta o editor do documento, Gilvandro Freitas, gerente de Estatísticas da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).
A grande novidade da publicação está na disposição das informações, que, agora, seguem o padrão do Portal. “Organizamos todos os dados da publicação por ordem alfabética, e não mais por mesorregião, como na anterior. Assim, o usuário sabe exatamente o que e onde procurar, extraindo o máximo de informações que precisa de forma clara e objetiva”, explica Gilvandro.
O Anuário Estatístico do Estado de Alagoas é resultado do esforço da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Seplande.
