Monthly Archives: maio 2015

Cícero Almeida ‘tenta de tudo’ por legenda para ser candidato a prefeito  de Maceió
   27 de maio de 2015   │     10:33  │  1

A vida de Cícero Almeida como deputado federal tem prazo de validade. Ele avisa, sem pedir segredos, que é um mandato só. “Isso aqui não é pra mim”, diz ao falar da Câmara e de Brasília.

Seu próximo destino político, se “Deus” quiser será a prefeitura de Maceió. Se não der para prefeito em 2016, avisa, ele volta  para Maceió para fazer qualquer outra coisa depois que terminar o mandato federal.

Chegar a prefeitura não será fácil, reconhece Almeida, apesar de citar as pesquisas que o colocam a frente do atual prefeito, Rui Palmeira. O maior problema para o deputado, pasmem, é que ele se tornou um “estranho no ninho” do PRTB (partido de Levy Fidélix e Adeilson Bezerra), embora seja o único representante da legenda na Câmara Federal.

O mandato de Almeida é um excelente “negócio” para o PRTB. Por conta de sua eleição, o partido terá mais tempo de TV e, diz o deputado, R$ 5 milhões do fundo partidário. Mas o que ele quer saaber mesmo é da prefeitura.

“Estou bem nas pesquisas que eles fizeram (diz numa referência a Rui), mas no momento não tenho legenda. Tenho vários convites para disputar a prefeitura e no momento certo vamos mudar”, aponta.

O que Almeida chama de momento certo é a ‘janela legal’, que poderá ser aberta para troca de partido sem risco de perda de mandato.

Uma dessas janelas ele perdeu na votação da reforma política, nesta terça-feira, 26. Seria o ‘Distritão”. As outras janelas que ele espera é a criação do PL, novo partido do ministro Kassab, das Cidades, “com quem tenho ótimo relacionamento” ou a fusão de partidos como DEM e PTB.

Fora disso, restará a Almeida ser expulso do PRTB ou algo parecido. Que as relações com Adeilson Bezerra, presidente do diretório regional em Alagoas andam ruim, não é novidade. Mas ainda podem piorar. “Ele me destituiu da presidência sem mandar aviso. Mas deixe ele fazer o que quiser que não vou me manifestar”, resume.

A judicialização da troca de partidos pode ser o último caminho de Almeida, que poderá enfrentar o risco de perder o mandato. Mas ele só deverá fazer isso se os “grandes” que prometem lhe apoiar mantiverem o compromisso.

Entre as opções partidárias para Almeida estão, além do PTN, que já está sob seu “comando”, o PL e, “quem sabe”, o PMDB, afinal Renan Calheiros sinalizou que o apoiaria em 2016. Mas essa, bem essa é outra história.

Renan Filho ‘bate de frente’ com a Chesf por causa de mancha no rio São Francisco’
     │     2:27  │  0

A redução da vazão do São Francisco no trecho alagoano do rio, a “mancha” e o desabastecimento de água para água para algumas cidades alagoanas , motivaram uma ligação do governador Renan Filho para o presidente da Chesf, nesta terça-feira, 26.

O que Renan Filho disse? Não foi, como se pode imaginar, uma simples reclamação. Foi, na verdade, uma “observação”, mas que deu resultados. O governador alertou para os riscos ambientais, econômicos e principalmente para os transtornos causados à população pela redução da vazão do rio, uma manobra técnica para juntar água na barragem de Sobradinho.

A “observação” do governador surtiu efeito. Tanto que ele recebeu, algumas horas depois, a o uma ligação do ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para tratar do assunto. Feitas as mesmas observações, os dois vão tratar do assunto numa audiência na próxima semana em Brasília.

Mas o governador não vai ficar apenas na “conversa”. Nesta quarta-feira Renan Filho vai a Delmiro Gouveia para anunciar algumas medida. Por conta da mancha, o abastecimento de água na cidade sertaneja vem sendo realizado nos últimos dias através de carros pipa.

O governador deve anunciar medidas que vão garantir a volta do abastecimento através do sistema da Casal, vai fazer visita de inspeção no trecho do rio afetado pela “mancha” e se reunir com lideranças da região.

Cobrando pressa

Renan Filho também vai visitar obras que estão sendo executadas na região, entre elas uma adutora e o canal do sertão. Por causa da escassez de recursos, as obras estão num ritmo muito lento – quase parando. “Vou cobrar a liberação de mais recursos do governo federal, para que o ritmo das obras volte ao normal”, avisa.

 

Renan faz ministro passar ‘vexame’ em sessão do Senado
   26 de maio de 2015   │     22:36  │  0

Decifrar Renan Calheiros é, como disse aqui outro dia, impossível – ou quase isso. Ele manda recados, quando é preciso, até mesmo através de atos “simples”, como a composição de mesa de uma solenidade.

Nesta terça-feira, 26, ele fez questão de “barrar” o ministro da Integração Nacional, (“alagoano por adoção”) Gilberto Occhi ao formar a mesa para a sessão solene realizada no Senado para entrega do diploma José Ermírio de Morais a empresários que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.

O presidente do Senado convidou para mesa oito pessoas, incluindo o ex-governador Téo Vilela, o prefeito de Maceió Rui Palmeira, o ministro Humberto Martins, do STJ e o ex-ministro Guilherme Palmeira (só para citar os alagoanos) e deixou de fora o ministro da Integração Nacional.

Não foi por esquecimento. Antes de preencher a oitava cadeira vaga, Renan citou a presença de Occhi em plenário.

Fora da mesa da solenidade, apesar do protocolo recomendar em contrário, o ministro ficou visivelmente desconcertado e deixou a sessão antes de ser encerrada, após boa parte do evento em pé, sendo abordado por quem passada do seu lado.

Seria um recado para Dilma Roussef? Desafeição, pura e simples, com o governo federal ou ainda rusgas da campanha de 2014?

Occhi foi indicado pelo PP do senador Benedito de Lira, que enfrentou Renan Filho nas eleições do ano passado.

Ou seria um recado para o planalto de que ele, Renan, não aceita o fato de ter perdido o Ministério do Turismo enquanto Biu, seu opositor, como se sabe, gosta de dizer que ajudou a indicar o ministro da Integração Nacional?

 

João Tenório é homenageado pelo Senado Federal
     │     22:29  │  0

O Senado Federal entregou, na manhã desta terça-feira, 26, em Brasília, o Diploma José Ermírio de Moraes aos empresários que contribuíram para o progresso do país. O conselheiro do Sindaçúcar-AL e ex-senador da República, industrial João Tenório, foi um dos homenageados com a premiação realizada durante sessão especial do plenário da casa legislativa.

O prêmio, criado pela Resolução do Senado Federal nº 35 de 2009, é entregue desde 2010 a empreendedores considerados referências em produção, responsabilidade social, cultural e ambiental e na contribuição para o desenvolvimento nacional.

Natural do município de Atalaia, João Tenório é formado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP), além de ex-senador da República, o empresário tem uma carreira atuante voltada ao desenvolvimento industrial do Estado, em especial, do setor sucroenergético.

João Tenório foi diretor Comercial da Triunfo Agro-Industrial S/A; presidente da Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas (CRPAAA); presidente do Conselho de Acionistas da Socôco S/A; presidente do Conselho de Acionistas da Socôco da Amazônia S/A; presidente do Conselho de Acionistas da Rio Norte Representações Ltda e superintendente da AGREL – Agro Estrela Ltda.

Na oportunidade, a premiação também foi dada aos empresários Armando de Queiroz Monteiro Filho, Albano do Prado Pimentel Franco, Carlos Alberto da Veiga Sicupira e Nevaldo Rocha.

Os empresários que receberam a homenagem foram escolhidos pelo Conselho do Diploma que é formado por um grupo com 13 senadores.

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João Tenório, ao lado de Pedro Robério e Jorge Toledo, no Senado

 José Ermírio

O diploma recebe o nome do empresário e ex-senador José Ermírio de Moraes (1900-1973), que criou o Grupo Votorantim a partir da expansão de uma indústria de tecelagem e que deixou um legado de humildade, carisma, dedicação ímpar ao trabalho e desejo incansável de transformar o mundo.

(com assessoria)

 

Mandato de 2 ou 4 anos? Reforma política começa a ser votada na Câmara Federal
     │     10:22  │  0

A proposta de reforma política começa a ser votadada nesta terça,26, na Câmara Federal. Por decisão dos líderes dos partidos e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o trabalho da comissão especial não vale mais. Os deputados vão apreciar as mudanças diretamente no plenário. Um novo relator foi instituído para a reforma política.
Veja texto da Câmara Federal sobre a reforma:
Líderes partidários decidiram votar a reforma política diretamente no Plenário da Câmara dos Deputados
Os líderes partidários decidiram nesta segunda-feira (25) que a reforma política será discutida por temas em Plenário e terá um novo relator, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O texto do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), relator da comissão especial destinada a analisar o tema, não foi votado pela comissão, que teve a reunião desta segunda-feira cancelada.
O Plenário se reúne nesta terça-feira (26), em sessão extraordinária, a partir das 12 horas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que a decisão de não votar a reforma política na comissão especial não foi tomada por ele, mas pelos líderes partidários. “A comissão especial tem uma representatividade que não expressa a proporcionalidade do Plenário, e o objetivo é que tudo seja votado”, disse.
A proposta teve o aval da maioria dos líderes partidários, de acordo com o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). “Há a compreensão majoritária de que, regimentalmente, a não votação na comissão permite mais acordos ao longo do Plenário. Permite alguma chance de pontos negociados artigo a artigo. A votação na comissão levaria a outro tipo de procedimento que deixaria poucas alternativas de negociação no Plenário”, explicou.
A decisão foi criticada pelo líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), para quem a comissão foi “assassinada”. “Jamais vimos uma comissão especial não concluir os seus trabalhos querendo discutir, querendo votar o relatório do Marcelo Castro. Essa votação final era uma obrigação regimental.”
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acusou o presidente da Câmara de “golpe”. “Foi uma ação autoritária do presidente da Câmara que, de forma imperial, decidiu cancelar os trabalhos da comissão e usar a mão de ferro para impor a vontade dele”, disse Fontana.
Eduardo Cunha respondeu às críticas acusando Fontana de inviabilizar a reforma em legislaturas anteriores. “Ditatorial é colocar um único modelo, como Henrique Fontana foi relator no passado da reforma política e ditatorialmente colocou apenas aquilo que ele entendia que era a reforma. Jamais permitiu que outros modelos fossem votados. A razão pela qual a reforma política não saiu na legislatura passada foi única e exclusivamente culpa de Henrique Fontana”, rebateu Eduardo Cunha. Fontana nega ser o responsável pelo fracasso de tentativas anteriores.
Temas em votação
De acordo com a reunião de líderes, o projeto da reforma política será votado por grupo de artigos, em que a primeira opção que tiver o voto favorável de 308 deputados prevalecerá, de acordo com os seguintes temas:
1. Sistema eleitoral para eleição de deputados: proporcional com lista; distrital misto; distritão; e distritão misto.
2. Financiamento de campanhas: público e privado extensivo a pessoa jurídica; público e privado restrito a pessoa física; e público.
3. Fim ou não da reeleição;
4. Tempo de mandato de cargos eletivos;
5. Coincidência de mandatos: 2 anos para o próximo ano; 6 anos para o próximo ano; 2 anos para 2020;
6. Cota para as mulheres;
7. Fim das coligações;
8. Cláusula de barreira;
9. Outros temas independentes: voto obrigatório e data da posse presidencial.
Ainda não está claro se outros temas que sejam objeto de outras propostas de emenda à Constituição que foram analisadas pela comissão especial e tramitam em conjunto poderão ser discutidos por meio de destaques. Há deputados que admitem essa possibilidade, enquanto outros dizem que apenas os temas da lista serão analisados pelo Plenário.

Obstrução
Também não há acordo sobre se prevalecerá a proposta dos líderes de não obstrução. O líder da Minoria, Bruno Araújo, disse que dificilmente será uma votação tranquila. “Houve o acordo de não haver obstrução velada, mas é óbvio que, pelo tensionamento do debate, haverá votações em que os partidos irão usar instrumentos como destaques para tentar detalhar ao máximo a matéria. Parece pouco provável que, na prática, não haja um processo de votação lenta”, disse.

Henrique Fontana disse que vai usar o Regimento Interno para impedir a aprovação de temas como o financiamento de empresas e o distritão – sistema que acaba com o voto proporcional e torna eleitos os candidatos a deputado e vereador mais votados. “Dependendo do relatório, vamos apresentar destaques supressivos para retirar empresas do financiamento, vamos usar todo o tempo de debate”, explicou.