Monthly Archives: junho 2015

Desigualdade salarial cria abismo entre servidores do Estado
   26 de junho de 2015   │     17:28  │  3

Pego carona no leitor que assina, em comentário postado aqui, como Carlos Ferro. Ele toca numa ferida, talvez a maior do serviço público estadual: as desigualdades salariais.

Um delegado de polícia ganha de seis a oito vezes mais que um policial civil em começo de carreira. Não é muito diferente da comparação entre o salário de  um coronel e um solado da PM. Um começa ganhando R$ 2,8 mil, o outro ganha mais de R$ 16 mil em começo de carreira.

Recortes quase aleatórios feitos pelo blog na folha de salário do Estado de março de 2015 mostram, no entanto, que o problema é maior.

As diferenças salariais criam um abismo cada vez mais profundo entre servidores do estado. Servidores com mesmo nível (superior) e as vezes com a mesma profissão ganham até seis vezes mais que o ‘colegas’ apenas porque estão em órgãos diferentes.

A concessão de reajustes salariais lineares anuais só agrava as distorções e diferenças. Um servidor que ganha R$ 1 mi, terá R$ 50 reais de reajuste pela atual proposta do governo (5%). Já o servidor que ganha R$ 20 mil terá um reajuste de R$ 1 mil. E a diferença vai aumentar ainda mais.

Categorias mais influentes ou com maior poder de pressão conseguem remuneração média de 20 a 30 salários mínimos mensais. É o caso  de delegados, coronéis, fiscais de tributo e especialmente procuradores.

Enquanto isso, merendeiras, datilógrafos, motoristas e auxiliares administrativos amargam vencimentos  que mal passam de um salário mínimo.

O “abismo” divide muitas vezes profissionais da mesma categoria. Na Saúde, médicos ganham entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, em média. Odontológos recebem ganham de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil, enquanto, os salários de professores podem variar de R$ 1,4 até mais de R$ 4 mil.

Um advogado ganha R$ 2,8 mil na Carhp e mais de R$ 11 mil na Uncisal. Dá para explicar isso?

Não é diferente do engenheiro que ganha R$ 2,5 mil no antigo Ipaseal enquanto seu colega ganha mais R$ 12 mil no Serveal, fazendo a mesma coisa.

Não fosse uma utopia para o atual momento político em que vive o país, o que o leitor sugere seria o ideal: dar um aumento maior para quem ganha menos. Do ponto de  vista da justiça social, nada mais correto, nada mais jutos. Mas quem ganha mais, quer mais e mais e mais e mais. Não lhe faltam argumentos para justificar os altos salários.

Quero ver é um servidor que ganha seus R$ 30 mil livres por mês explicar porque outro servidor tem que ganhar 30 vezes menos que ele.

Excluídos

Nessa discussão entre governo e servidores públicos está faltando a participação do cidadão, da sociedade civil organizada.

Alguém precisa lembrar que quem paga a conta, no final, é o contribuinte. É preciso que ao discutir a remuneração dos serviços, que deve ser justa, o estado também cumpra com o dever de dar a contrapartida aos cidadãos, de forma efetiva.

O desabado do leitor

Veja o que diz o leitor Carlos Ferro:

Caro Edivaldo!

Será que Renan conseguirá ser pior que Téo Vilela?Dê o ipca aos servidores que estão com os salários altamente defasados.Se fosse um governo sério congelaria os altos salários(acima de 20 salários mínimos) e daria reajustes acima da inflação para os que ganham menos. Com isso diminuiria a grande desigualdade salarial que existe em nosso estado. Os servidores da saúde por exemplo com nível superior 20 horas recebe R$:1.500,00 é justo isso?É melhor vender banana no mercado.

Veja os exemplos

Na tabela, alguns recortes de salários dos servidores públicos do mês de março. Você também pode montar a sua tabela.

No Portal da Transparência dá para ver quanto ganha cada servidor do estado. É só pesquisar.

http://transparencia.al.gov.br/pessoal/servidores-ativos/base-de-dados/2015/marco-2015/view

http://transparencia.al.gov.br/pessoal/servidores-ativos

salarios março 20153

Pior que em 2003, arrecadação federal preocupa prefeitos
     │     15:47  │  0

Não é segredo para ninguém. Municípios de estados mais pobres, a exemplo de Alagoas, dependem unicamente do FPM e de outros repasses federais e estaduais para pagar suas contas.

Nos últimos anos, a reclamação dos prefeitos vem aumentando. E, parece, com certa razão. O governo federal fica mais da metade da arrecadação, enquanto os estados e municípios ficam com o atendimento direto ao cidadão.

Assegurar serviços como saúde,  educação e segurança está cada vez mais caro. E como acompanhar o aumento de custos num momento em que a receita está em queda?

E se está ruim, vai ficar pior. “A arrecadação em 2003 (no governo  Lula) foi difícil, mas neste ano a dificuldade está maior ainda”. A declaração é do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e serviu para aumentar ainda mais a preocupação dos prefeitos.

“A notícia acendeu o sinal vermelho para os municípios que passam por dificuldades financeiras pela grande carga de serviços impostos pelo governo, sem definição de fonte de financiamento”, reage o presidente da AMA , Marcelo Beltrão.

Os municípios estão recorrendo, mais uma vez, a ajuda federal, como informa a Associação dos Municípios Alagoanos. “Esta semana a Confederação Nacional de Municípios (CNM) pediu oficialmente ao governo federal R$ 1 bilhão, na forma de Apoio Financeiro aos Municípios (AFM)”.

Versão oficial

Essa história está em texto distribuído pela AMA. Leia

Chefe da Receita diz que arrecadação está pior que em 2003

Em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid , disse que a “ arrecadação em 2003 foi difícil, mas neste ano a dificuldade está maior ainda.” Rachid  também estava à frente do fisco no primeiro mandato do presidente Lula.

Os novos dados da arrecadação do governo federal deverão ser divulgados nos próximos dias –até abril, houve recuo de 4,4%. “Mas estamos trabalhando em uma série de estratégias com o ministro Joaquim, tomando medidas para aumentar a receita.”

…Esta semana a Confederação Nacional de Municípios (CNM) pediu oficialmente ao governo federal R$ 1 bilhão, na forma de Apoio Financeiro aos Municípios (AFM).

….O montante esperado era de R$ 1,850 bilhão. No entanto, pelo entendimento do Tesouro Nacional, o valor determinado na Emenda Constitucional 84/2014 é referente aos meses de janeiro de 2015 a junho de 2015. Isso fará com que o total esperado pelos Municípios caia pela metade – pois considera apenas seis meses e não doze.

 

..A promulgação da Emenda 84 ocorreu em dezembro de 2014 e desde então os prefeitos de todo o Brasil esperam este repasse para amenizar a crise financeira das prefeituras. A EC alterou o artigo 159 da Constituição e elevou de 23,5% para 24,5% a composição do FPM. Pela negociação, a elevação seria assim: 24,0% este ano e 24,5% ano que vem.

Em julho de 2016, esta elevação no FPM vai representar R$ 4,2 bilhões a mais, estima a CNM.

Leia aqui o texto na íntegra:

http://www.ama.al.org.br/2015/06/prefeitos-solicitam-apoio-financeiro-ao-governo-federal/

Negociação salarial: Fábio Farias  pede ‘compreensão’ de servidores   
   25 de junho de 2015   │     21:17  │  5

A operação padrão dos militares acontece num dos piores momentos para o governo de Alagoas, ao menos em relação a negociação com o funcionalismo estadual.

Essa é mais uma frente que se soma as várias outras já abertas: agentes penitenciários, professores  e funcionalismo ‘geral’.

Talvez por isso o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias tenha decido fazer um novo apelo para que o Movimento Unificado dos Servidores aceite a proposta apresentada pelo  governo.

“É preciso entender o atual momento do país. Muitos estados não estão dando reajuste nenhum e na maioria o índice proposto é menor do que o de Alagoas. O governo não tem como ir além dos 5%”, aponta.

FF defende a retomadas das negociações, para dar encaminhamento à parte burocrática:  “vamos precisar mandar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa. E isso só poderá ser feito depois que chegarmos a um entendimento com o movimento dos servidores”, pondera.

“Meu apelo é que os servidores fechem o acordo em torno do reajuste anual o quanto antes. Isso no entanto não vai significar o fim das negociações ou diálogo. O governo é aliado e parceiro dos servidores e o diálogo será permanente”, enfatiza.

ALE deve entrar em recesso sem votar reajuste do servidor do Estado  
     │     16:52  │  0

Ao esticar as negociações em torno do reajuste salarial anual, governo e servidores do estado de Alagoas perdem um tempo que pode fazer toda a diferença no encaminhamento prático da solução do problema.

Seja qual for o índice aprovado – se os 5% apresentado pelo governo ou os 6,41% exigido pelo Movimento Unificado dos Servidores – será preciso mandar um projeto de lei com a proposta de reajuste salarial para a Assembleia Legislativa.

Pelo Regimento Interno, o Legislativo entra em recesso de 30 de junho a 1º de agosto. Apesar disso, a ALE tem sessão na próxima terça-feira, quando deverá zerar a pauta. Nesse período, se for necessário, o Legislativo terá que ser convocado extraordinariamente pelo governador ou presidente da Casa para votar qualquer matéria.

“Se depender da Mesa Diretora, nós convocaremos a ALE extraordinariamente se for necessário”, avisa Luiz Dantas, presidente da ALE.

Antes do recesso ele promete colocar em votação o projeto da LDO, que foi debatido em audiência pública nesta quinta-feira, 25.

“Vamos votar a LDO de terça (30) para quarta (1º)”, avisa Luiz Dantas.

LDO é debatida em audiência pública

O site da ALE publicou texto sobre a realização da audiência pública, realizada nessa quinta-feira, 25. Veja:

Lei de Diretrizes Orçamentária é debatida em audiência pública

Com a participação expressiva de parlamentares em plenário, a Assembleia Legislativa promoveu nesta quinta-feira, 25, audiência pública para debater o projeto, de origem governamental, que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2016. A reunião foi aberta pelo o presidente da Casa, deputado Luiz Dantas e posteriormente conduzida pelo presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Planejamento, deputado Ricardo Nezinho (PMDB). O relator da matéria é o deputado Inácio Loiola (PSB), que é vice-presidente da Comissão de Orçamento.

Veja aqui o texto completo:

http://assembleia.al.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/1846/lei-de-diretrizes-orcamentaria-e-debatida-em-audiencia-publica

De ‘namoro’ com PSB, Rui Palmeira pode deixar ninho tucano, diz revista
   24 de junho de 2015   │     23:42  │  1

Que o prefeito de Maceió vem conversando com o PSB, não é novidade. Depois das eleições de 2014, a legenda socialista tem se aproximado de Rui Palmeira e tudo indica que fará parte de sua base política.

Até aí nenhuma novidade. Ele próprio revela que já conversou com o partido e só não definiu uma aliança porque espera as definições da reforma política que está sendo votada no Congresso Nacional, em Brasília.

“Não dá para fazer nenhuma composição, não dá para tomar nenhuma decisão enquanto a reforma não sair”, me disse recentemente.

Mas surge um fato novo e relevante nessa história: o prefeito estaria de malas prontas para deixar o PSDB e negociando sua filiação ao PSB. A informação é de um dos mais importantes veículos de comunicação do país, a Revista Época.

Oficialmente, não existe nada sobre isso. Prefeito e assessores, mantém a versão anterior. Mas todos sabem que Rui Palmeira tem se aproximado de Renan Filho. E não custa lembrar que ele nunca morreu de amores pelo presidente do PSDB alagoano, o ex-governador Teotonio Vilela Filho.

Não será fácil para Rui Palmeira deixar o PSDB. Mas se for, o PSB é de fato uma boa alternativa. O partido anda buscando um novo rumo em Alagoas não é de hoje. O deputado federal JHC (SD/AL) já foi convidado pela direção nacional para migrar para a legenda socialista, mas até hoje não decidiu.

Pelo andar da carruagem, o PSB pode trocar de comando em Alagoas tão logo  a PECUÁRIA da reforma política seja promulgada – o que deve acontecer até setembro próximo.

 Versão de Época

Leia na íntegra o texto divulgado pela Época:

Prefeito de Maceió negocia ida para o PSB

Transferência prevê reeleição de Palmeira em 2016 e depois disputa ao governo

LEONEL ROCHA E MURILO RAMOS

Atualizado 16/06/2015 13h49

Prefeito de Maceió, o tucano Rui Palmeira está negociando a sua transferência para o PSB. Com a vitória do governador Renan Filho, do PMDB, Palmeira ficou isolado politicamente e enfrenta dificuldades para conseguir ajuda federal no Congresso Nacional para a sua gestão. O PSB está animado com a transferência e até sonha com uma candidatura própria do partido nas eleições de 2018. Rui é filho do ex-senador Guilherme Palmeira, que foi filiado ao PFL e ao PSDB, e hoje aposentado como conselheiro do TCU.

http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2015/06/prefeito-de-maceio-negocia-ida-para-psb.html

rp na revista epoca