Monthly Archives: janeiro 2016

TJ e MP pagam R$ 15 milhões de auxílio-moradia para juízes e promotores em 2015
   26 de janeiro de 2016   │     15:54  │  2

Os magistrados e promotores de Alagoas receberam uma ajudinha extra para driblar a crise em 2015. No ano passado, o Tribunal de Justiça destinou mais de R$ 13 milhões para o pagamento de auxílio-alimentação aos magistrados, como antecipei aqui (). No Ministério Público de Alagoas, foram mais de R$ 3 milhões com a mesma finalidade.

No ano passado, das despesas com auxílio-moradia para esses servidores também foram generosos. Juntos, o TJ/AL (R$ 7,26 milhões) e o MPE/AL (R$ 7,7 milhões) destinaram mais de R$ 13 milhões magistrados e promotores com essa rubrica (veja tabela).

Em relação a 2014, as despesas com a  auxílio-moradia aumentaram 186,92% no TJ/Alagoas e 243,85% no MPE. Na média, os gastos dos dois poderes com essa rubrica cresceram 223,62% em 2015.

Quanto é

O valor do auxílio-moradia é de R$ 4,37 mil por juiz, mensalmente. O direito foi estendido a magistrados de todo o país a partir de decisão liminar do ministro  do STF, Luiz Fux, em outubro de 2014,  pedido da Associação dos Magistrados do Brasil. Posteriormente o benefício foi regulamentado pelo CNJ..

O auxílio é pago mesmo para quem possui imóvel, não tem descontos, entra líquido na conta do beneficiário, independente do teto legal e, “melhor”, cada um pode usar o dinheiro como quiser.

“Ameaça”

Na Justiça Federal, o auxílio-moradia, no entanto, pode não ser pago em 2016. O orçamento da União, já sancionado pela presidente Dilma Roussef, não assegura recursos para o pagamento. O orçamento traz somente R$ 52,5 mil para cada tribunal na rubrica “auxílio-moradia”, suficiente para atender apenas um juiz por tribunal.

Em Alagoas, o Orçamento de 2016 ainda não foi votado pela Assembleia Legislativa. Só depois da votação é que será possível saber quanto o TJ e o MP vão destinar nessa rubrica.

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Folha de aposentados do Estado cresce o dobro da folha de servidores ativos
     │     1:21  │  7

Em janeiro de 2015, Renan Filho inaugurou sua gestão pregando a otimização do serviço público. Se antecipando à crise, o governador convocou sua equipe a “fazer mais com menos”.

Agora, mais do que antes, ele vai precisar levar à frente seu slogan. A crise da economia nacional está se agravando, com reflexos negativos na arrecadação do Estado. Com a queda nos repasses do FPE e com a receita de ICMS estabilizada, o governo enfrenta um agravante: o aumento da folha de pessoal  em 2015 superou a variação da inflação e o desempenho da arrecadação do Estado.

Pior: a folha de aposentados cresceu, proporcionalmente duas vezes mais  a folha de servidores ativos. O “aumento” não tem relação apenas com o reajuste salarial. É, na verdade, reflexo de um problema que tende a se agravar durante a gestão de Renan Filho: o crescimento do número de aposentados e, consequentemente, a redução do número de servidores efetivos.

O Portal da Transparência mostra que em dezembro de 2014 Alagoas tinha 42,4 mil servidores efetivos. Um ano depois, em dezembro de 2015, eram 40,4 mil servidores uma redução de 5% na força de trabalho do Estado. Entre 2014 e 2015,  o número de aposentados de pensionistas aumentou de 28,6 mil 29,9 mil.

Por conta da redução no número de efetivos de outros fatores como o “crescimento vegetativo”, que é maior nas últimas faixas salariais, a folha de inativos cresceu 12,11% entre dezembro de 2014 e igual mês do ano passado. No mesmo período, a folha bruta dos servidores ativos cresceu 6,9%. A folha total, ativos e inativos, cresceu 9,37% (veja tabela).

A “desidratação” da PM

Renan Filho participou, nessa segunda-feira, 25, da aula inaugural dos cursos de formação de soldados e oficias da PM. Serão, ao final do treinamento, 240 militares. O número não será suficiente sequer para repor o efetivo que o governador encontrou na sua posse, em janeiro de 2015.

Em janeiro de 2014, o efetivo era de 7.866 PMs. Em janeiro de 2015, eram 7.504 militares. Em dezembro do ano passado, o efetivo já havia sido reduzido para 7.219 PMS. Somente este mês de janeiro, o governador autorizou a “aposentadoria” (reserva remunerada) de mais 112 militares.

Até o final de 2018 a expectativa é ainda pior. Mais de 2,5 mil PMs devem se aposentar nos próximos três anos. Nesse cenário, o governo terá de encontrar meios para contratar novos policiais.

Concurso inevitável

Inevitavelmente o governo terá de encontrar alternativas para repor o quadro de servidores, que diminui a cada dia. O secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, adianta que trabalha, junto com George Santoro, da Fazenda, e com o governador, para viabilizar novos concursos públicos no estado ainda este ano. A prioridade para a contratação de pessoal será, anote aí, na área de segurança.

evolução da folha de servidores

De uma só ‘tacada’, RF veta 17 projetos de lei da Assembleia Legislativa  
   25 de janeiro de 2016   │     13:52  │  1

O Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 25, veio recheado. De uma só vez, o governador Renan Filho decidiu vetar totalmente ou parcialmente 17 projetos de autoria de deputados estaduais, aprovados  pela Assembleia Legislativa  em dezembro passado.

Entre os vetos parciais estão projetos importantes, a exemplo do Plano Estadual de Educação e a lei que dispõe sobre o Programa Estadual de Organizações Sociais.

Ao todo foram 6 vetos parciais e 11 vetos totais, entre eles o Programa Escola Livre, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios e torna obrigatória a oferta de acompanhamento médico nas especialidades de geriatria e gerontologia nos asilos, instituições de longa permanência para idosos e similares.

O governador também vetou, aparentemente duas vezes, um mesmo  projeto,  que “Altera o art. 2º da Lei Estadual nº 7.472, de 09 de maio de 2013”.

Prazo de votação dos vetos

Pela lei, os deputados terão 30 dias para votar os vetos, a partir da retomada das sessões na Assembleia Legislativa . O recesso acaba no dia 15 de fevereiro.

Não será fácil manter tantos vetos ao mesmo tempo. O líder do governo, Ronaldo Medeiros, e o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, que atua como coordenador político, terão que gastar muita saliva para convencer os deputados a votar contra projetos de sua própria autoria.

A votação dos será, na prática, o primeiro grande teste do governo na Assembleia Legislativa. É esperar para ver até onde vai a força e o controle de Renan Filho sobre o Legislativo.

Veja os vetos.

Veja aqui tabela com o resumo dos vetos do governador: Vetos de RF.

Para acessar as mensagens na íntegra, acesso o Diário Oficial: http://www.doeal.com.br/

TJ paga mais de R$ 13 milhões de auxílio-alimentação para magistrados em 2015
   24 de janeiro de 2016   │     15:31  │  7

A crise não chegou à mesa de alguns servidores públicos, especialmente os mais privilegiados. Os gastos com auxílio-alimentação do Estado de Alagoas aumentaram mais de 55% em 2015, ano que foi marcado por dificuldades na arrecadação.

No ano passado, os gastos com auxílio-alimentação de todos os poderes chegaram a R$ 54,3milhões, um aumento de quase R$ 20 milhões ante despesas de R$ 34,9 milhões com essa mesma rubrica em 2014, segundo dados do Portal da Transparência de Alagoas.

O maior aumento de gastos foi registrado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, que pagou mais de R$ 25 milhões de auxílio-alimentação, um aumento de 100% na comparação com 2014.

Do total papo pelo TJ/AL no ano passado, mais de R$ 13 milhões (veja tabela) foram destinados ao pagamento de auxílio-alimentação aos magistrados, uma alta de mais de 1,2 mil %, enquanto o valor destinado ao auxílio-alimentação dos servidores sofreu uma leve redução.

Apesar da recomendação do governador Renan Filho, de cortar despesas, o Executivo também aumentou despesas com auxílio-alimentação na ordem de 19% na PM e Bombeiros e mais de 90% na Polícia Civil.

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Secretaria de Saúde de AL aumenta gastos sem licitação em mais de 130%
   23 de janeiro de 2016   │     22:20  │  11

Pela regra todas as despesas do poder público com o pagamento de serviços de terceiros deveriam ser realizadas a partir de procedimentos licitatórios.

A lei de licitações, no entanto, permite exceções. Mas em algumas situações, a exceção, ao que parece, ameaça virar regra. Em 2015 a área de saúde do governo do estado registrou mais de R$ 40 milhões de despesas por indenização – mais.

No total, os gastos do Executivo em despesas desta natureza aumentou mais de 30% em 2015 (R$ 66 milhões)  em relação a 2014 (R$ 50 milhões).

O aumento de gastos na modalidade foi puxado pelas áreas da Saúde e da Educação, que juntas registraram despesas de mais de R$ 53 milhões  de indenizações.

Com despesas de R$ 25 milhões a Secretaria de Saúde do Estado registrou aumento de 139% nesse tipo de despesas. Na Uncisal o aumento na modalidade foi de 36%.

No elemento “indenizações”, no caso de Sesau e Uncisal, tem de tudo entre os pagamentos. De “salários” a pessoa física, a compra de comida, contratação de serviço de vigilância, serviço de buffet até aluguel de táxi aéreo.

Na modalidade indenização, o gestor autoriza o serviço primeiro para fazer, depois, o contrato, sem a necessidade de licitação, porque normalmente o serviço é emergencial, mesmo para o pagamento, durante todo o ano, de serviços de limpeza.

Em parte, a indenização é feito com empresas cujos contratos já vencidos e  como “não houve tempo” para nova licitação, vai de qualquer jeito.

Terceirização

Em outra modalidade de gastos, a Uncisal registrou despesas de mais de R$ 25 milhões para o pagamento de serviços de terceiros pessoa física. Metade do pagamento foi para prestadores de serviço, principalmente profissionais de saúde. A outra parte foi para complementar a gratificações de diversos profissionais, entre eles médicos.

Não era pra ser assim

O secretário de Planejamento e Gestão disse outro dia que a orientação do governador Renan Filho é reduzir ao mínimo as despesas sem licitação, especialmente na modalidade de indenização (que se pressupõe ser emergencial) no Estado.

O esforço esse ano será para realizar chamadas licitações de registro de preço, modalidade que permite ao gestor, numa emergência, contratar uma das empresas com preço registrado em ata.

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