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Renan Filho prepara novas mudanças no 1º escalão do governo
   30 de abril de 2016   │     21:24  │  5

O governador Renan Filho realizou, nessa sexta-feira, 30, a segunda reunião de secretariado do governo neste ano. Foi um encontro para avaliação do desempenho de cada pasta.

Para alguns secretários, caso de Antônio Pianud da Assistência Social, foi a primeira reunião. Para outros, pode ser a última. É o caso de Pablo Viana, da Ciência e Tecnologia.

Embora não sinalize nada publicamente, Renan Filho avalia a necessidade de novas mudanças no primeiro escalão do governo, além das que já foram realizadas este ano (Assistência Social, Trabalho, Segurança, Desenvolvimento Econômico e Turismo).

A troca na Ciência e Tecnologia, embora dada como certa (o cargo já está a disposição do governador), pode demorar mais algumas semanas.

As mudança no governo de Alagoas devem refletir a nova conjuntura política local e um pouco mais. Renan Filho deve esperar a situação nacional se definir – o que acontece até a segunda quinzena de maio.

O novo rearranjo de forças que deve acontecer em função de um eventual governo de Michel Temer, terá inevitavelmente reflexos na política alagoana.

Alguns deputados federais, caso de Maurício Quintella, do PR, devem ganhar força no governo provisório. Outros, a exemplo de Ronaldo Lessa e Paulão e partidos como o PCdoB, perdem espaço.

O realinhamento de forças políticas deve acontecer não somente no plano nacional, mas também no plano local.

É importante lembrar: no início de sua gestão, Renan Filho definiu alguns secretários pelo princípio da verticalização, pareando politicamente, na medida do possível, Secretarias de Estado com Ministérios.

A estratégia, que não foi de todo abandonada, pode motivar mudanças a partir de um eventual governo de Michel Temer.

Após desocupação, Porto de Maceió vai precisar de alguns dias para voltar a normalidade
     │     21:00  │  1

Os policiais civis desocuparam o Porto de Maceió neste sábado. Ainda assim as atividades por lá só começa a ser normalizadas depois de dois dias, no mínimo. A ocupação causou prejuízos e transtornos para trabalhadores portuários, transportadores, para o próprio porto e para empresas de diferentes setores do estado, a exemplo do sucroalcooleiro e combustíveis.

Cerca de 120 trabalhadores portuários perderam diárias de 150 R$/cada por turno de 6hs de trabalho. Segundo o Sindicato dos Estivadores, a ocupação prejudicou diretamente 500 trabalhadores que só recebem se trabalhar.

Em função do desabastecimento local, os postos de combustíveis de Maceió tiveram de trazer gasolina de Suape. O produto ficou mais caro para o consumidor, com aumentos de 20 a 30 centavos por litro.

Segundo a administração do porto, dois navios de longo curso com, 11,6 mil ton e 7,4 mil fertilizantes estavam atracados sem poder descarregar a carga pagando demourrage de cerca de US$ 30 mil/dia cada.

No diálogo

A desocupação do porto foi definida, ontem, em reunião intermediada pela Justiça, com os grevistas, a administração do Porto, sindicatos de agentes portuários e trabalhadores portuários: “agradecemos a todos os setores do governo como gabinete civil, SSP, PGE, mas sobretudo à atuação firme do judiciário, através de Ivan Brito e Washington Luiz, pela volta à normalidade”, diz Tadeu Lira, administrador do Porto.

Temer não deve criar dificuldades para Alagoas, diz governador
   29 de abril de 2016   │     20:42  │  2

A eventual mudança de comando no Palácio do Planalto não preocupa o governador de Alagoas. O Estado, como se sabe, é um dos mais pobres do país e para governá-lo é preciso recorrer sempre a algum tipo de ajuda federal, especialmente para realização de obras e manutenção dos serviços essenciais, a exemplo da saúde.

Renan Filho divide o seu tempo como governador de Alagoas entre o Palácio dos Palmares, em Maceió, e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em média, o governador viaja três vezes por mês para a capital federal, sempre em busca de recursos ou para tratar de questões como a renegociação da divida com a União, venda do Produban etc.

O governador de Alagoas não tem muito o que reclamar do tratamento governo de Dilma Rousseff. Alagoas conseguiu manter em andamento obras importantes, a exemplo do Canal do Sertão e está iniciando outras obras como a duplicação da rodovia AL 101 Norte.

O que se espera é que o tratamento seja igual – ou melhor – num eventual governo de Michel. E não é só porque o governador e o vice-presidente estão no mesmo partido, o PMDB, mas também pela boa relação existente entre Renan Filho e Temer.

O governador tem dito que se dá bem com o vice-presidente. E não é só isso. O “peso” do senador Renan Calheiros, que exerce um papel de liderança na política nacional e é presidente do Congresso Nacional também contribui – e muito – para preservar Alagoas de qualquer tipo de dificuldade, além das que já existem hoje.

Sem tiros, sem confronto: governo quer vencer greve da PC no diálogo
     │     10:54  │  1

O Palácio dos Palmares decidiu persistir no apelo ao bom-senso e no convite para o diálogo, no enfrentamento com os grevistas da Polícia Civil.

Como se trata de servidores públicos legalmente armados, a ordem do governo é evitar qualquer ato que possa resultar em confronto. Não é para menos. Cumprir uma ordem de desocupação do Porto de Maceió com a Polícia Militar poderia não terminar bem. Basta um tiro para cima e a confusão estaria armada.

Renan Filho passou a acompanhar pessoalmente os desdobramentos do movimento orientou seus assessores a enfrentar a “guerra” nos meios de comunicação e nas redes sociais.

Em nota, o governo classificou a proposta da categoria, que pede reajuste de 172,68%, de impraticável, “sobretudo em uma situação de crise aguda que afeta toda a economia”.

A “ofensiva” do governo nessa quinta-feira, 29, produziu algum resultado. Pela primeira vez os policiais civis recuaram no movimento, liberando a entrada de caminhões de combustíveis no Porto de Maceió.

Greve deixa trabalhadores “com fome”

A ocupação, no entanto, ainda causa prejuízos, não só a administração do Porto, que perde faturamento de mais de  US$ 100 mil por dia, mas também para os trabalhadores que atuam no local.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Alagoas, João Epifânio, disse em sites locais que que os trabalhadores portuários só recebem quando trabalham: “somos a única categoria do Brasil que age dessa forma. Logo, com esse tempo sem trabalhar, os pais de família voltam para casa sem dinheiro para dar o que comer a família”, desabafa.

Segundo os sindicalistas ligados são mais de 500 trabalhadores nessa situação

Policiais mudam proposta

O Sindpol/AL fez texto sobre a liberação da entrada de caminhões de combustíveis no porto e informa que a categoria decidiu mudar a proposta. Agora a reivindicação é de um piso salarial de R$ 5,5 mil .

Veja o texto, na íntegra, aqui: http://www.sindpol-al.com.br/2016/04/policiais-civis-decidem-permanecer-porto-e-liberar-entrada-de-caminhoes-de-combustivel/

Renan avisa que não vai participar de eventual governo de Michel Temer
   28 de abril de 2016   │     18:58  │  1

O presidente do Senado está levando a sério – mais do que parece – o seu papel de “magistrado”.

Desde o início do processo do impeachment, na Câmara Federal, o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) avisou que não iria se “envolver” para preservar o seu papel institucional.

Diferente do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a postura “republicana” do senador tem fortalecido o seu papel como presidente do Congresso Nacional, a ponto dele ter recebido na residência oficial do Senado a visita do vice-presidente Michel Temer duas vezes nas últimas semanas.

Há quem diga que Cunha, que é vizinho de Renan Calheiros, anda se queixando de não ter recebido, apesar de seu esforço no impeachment, nenhuma visita ou aceno público de Temer.

As conversas de Renan Calheiros, no entanto, vão além do seu partido. Essa semana, além de encontrar Temer e Aécio Neves, ele teve reuniões com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Após encontro, que chegou a ser classificado como de “reconciliação” entre Renan e Temer, o presidente do Senado diz que terá com um eventual novo governo a mesma relação que tem com Dilma Rousseff. Será uma relação institucional.

“Eu vou ter, como presidente do Senado, a mesma relação com o novo governo, se for o caso, que tive com a presidente Dilma. Eu entendo que é incompatível participar da formação de governo sendo presidente do Senado Federal”, afirmou Renan.

Além de não participar do novo governo, Renan não fará indicações e, para preservar seu papel, não votará no processo de admissibilidade do impeachment no Senado.

“Nesta primeira votação, eu não vou votar e não devo votar, porque a isenção que o cargo [de presidente do Senado] requer para que eu tenha condições de continuar conversando com todo mundo não me permite exatamente ter lado. Ao final, cada senador será transformado em julgador”, antecipou Renan.

O comportamento do senador, ao menos em público, tem agradado tanto governo quanto oposição. Resta saber se ele conseguirá manter a postura depois da posse de Temer, prevista para 13 de maio. Até porque Michel “foi” à procura de Renan, como fez com  vários deputados, antes da votação do impeachment.

O que se sabe em Brasília é que o vice-presidente já “esqueceu” os deputados federais e só tem olhos para os senadores. Com a “caneta na mão”, Temer terá força política, ao menos nos primeiros dias do governo tampão, suficiente para manter a governabilidade e talvez não precise do “papel institucional” de Renan Calheiros.

Repercussão

O papel, os conselhos e o comportamento de Renan Calheiros na mudança de governo ganhou destaque na mídia nacional. A seguir, alguns links sobre a relação com Dilma, Temer e a decisão de não votar no impeachment:

http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/04/renan-diz-que-relacao-com-eventual-novo-governo-sera-como-com-dilma.html

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/renan-diz-que-nao-votara-sobre-afastamento-de-dilma-e-conversa-com-temer-e

http://extra.globo.com/noticias/brasil/renan-diz-temer-que-hora-de-superar-pauta-de-ocupacao-de-cargos-19182011.html

http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/04/renan-diz-que-relacao-com-eventual-novo-governo-sera-como-com-dilma.html