Monthly Archives: maio 2016

O muro e a ponte
   28 de maio de 2016   │     20:00  │  0

Outro dia (27 de fevereiro de 2016) escrevi na coluna Mercado Alagoas, da Gazeta de Alagoas, que Eduardo Cunha é o “muro” e Renan Calheiros a “ponte”. Essa diferença entre os dois talvez explique porque o presidente do Senado, mesmo alvo de grampos em série, resiste. Já o presidente da Câmara Federal virou unanimidade. Todos, exceto alguns aliados, querem vê-lo afastado.

Veja as notas:

O muro e…

Na crise econômica, a política tem um peso maior nos rumos da economia. Pode afundar ainda mais – levando o país para o atoleiro – ou pode construir caminhos para a retomada do crescimento. Os dois principais líderes do Congresso Nacional, Eduardo Cunha e Renan Calheiros puxam a corda, hoje, em lados opostos. Um mira o buraco, o outro pede estrada firme.

…a ponte

Enquanto o presidente da Câmara Federal usa sua inquestionável inteligência política para travar o governo – e por tabela o país – o presidente do Senado, não menos sagaz, trabalha para viabilizar uma agenda econômica de retomada do desenvolvimento.

Na definição de um importante político alagoano, um é muro, o outro ponte.

Temer pode afastar Maurício Quintella e outros ministros “enrolados” com a Justiça
     │     0:29  │  4

A passagem de alguns ministros pelo governo provisório pode ser mais curta do que se poderia imaginar. Contaminado pelos grampos em série de Sérgio Machada, o presidente interino teme a divulgação de novos áudios e tem sido orientado a promover uma “limpeza” no governo.

Depois da exoneração de Romero Jucá, no começo da semana, e da divulgação de novos áudios, Michel Temer foi aconselhado, segundo reportagem da Folha de São Paulo, pelos seus assessores diretos a afastar nos próximos 30 dias ministros investigados na lava jato ou que respondam a ações judiciais.

Segundo a Folha de SP, os assessores sugerem como “vacina”, que Temer “se blinde de potenciais dores de cabeça e afaste em até 30 dias ministros citados na Operação Lava Jato ou que respondam a acusações judiciais, como Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Maurício Quintella (Transportes)”.

A Folha continua: “Alves é alvo de dois pedidos de inquérito, ainda sem aval da Justiça, por suposto envolvimento no esquema de desvios ligados à Petrobras. Quintella (PR) é suspeito de participação em desvios de verba destinados ao pagamento de merenda escolar em Alagoas. Ambos negam as acusações”.

Não há sinais, por enquanto, de mudanças nos ministérios. Mas em Brasília, já se espera para o começo da semana uma onda de denúncias contra Henrique Alves e Geddel Vieira Lima, que pode resultar em novas baixas no ministério do governo provisório já no começo da próxima semana.

Veja aqui a reportagem da Folha, na íntegra:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1775132-temor-de-novos-audios-preocupa-gestao-temer-dizem-assessores.shtml

Biu de Lira é citado por fazer pressão contra Michel Temer
   27 de maio de 2016   │     16:46  │  0

O governo provisório não cede apenas às pressões do maestro do impeachment, Eduardo Cunha. O presidente interino também está “sensível” aos pedidos dos senadores.

Enquanto não se define o destino de Dilma Rousseff, Michel Temer parece disposto a atender as demandas de senadores. Não é para menos. Bastam dois votos e a presidente afastada volta ao cargo e o governo dele será de fato provisório.

O site o Antagonista revela que  uma das histórias envolve o senador Benedito de Lira e o seu filho, o deputado Arthur Lira.

“Michel Temer queria colocar na presidência da Comissão Mista de Orçamento o deputado Sérgio Souza, do PMDB, e um tucano como o seu segundo. No entanto, ameaçado por Benedito de Lira, viu-se obrigado a colocar Arthur Lira na presidência”.

Veja o texto:

A chantagem contra Temer

Brasil 27.05.16 14:25

Michel Temer está sendo chantageado por senadores que ameaçam votar contra o impeachment, caso o presidente interino não atenda aos seus interesses.

Uma das histórias envolve o senador Benedito de Lira e o seu filho, o deputado Arthur Lira.

Michel Temer queria colocar na presidência da Comissão Mista de Orçamento o deputado Sérgio Souza, do PMDB, e um tucano como o seu segundo. No entanto, ameaçado por Benedito de Lira, viu-se obrigado a colocar Arthur Lira na presidência.

O Congresso passou, assim, a ter um investigado na Lava Jato chefiando a principal comissão do Congresso Nacional. Benedito, aliás, também é investigado.

Esse tipo de chantagem continuará a ocorrer até que, se tudo der certo, Dilma Rousseff seja afastada definitivamente.

 

 Áudios revelam: MBL foi financiado por partidos envolvidos na corrupção
     │     16:29  │  0

Outro dia deixei aqui a pergunta: onde está o MBL? O movimento, que foi às ruas a favor do impeachment de Dilma Rousseff, movido pelo combate à corrupção, recebeu ajuda financeira de vários partidos.

Na lista dos financiadores do MBL estão DEM, PSDB, Força (do deputado Paulinho) e PMDB.

Os áudios foram revelados pelo UOL. Veja o texto:

Áudios mostram que partidos financiaram MBL em atos pró-impeachment

O MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o Solidariedade. Quando fundado, o movimento se definia como apartidário e sem ligações financeiras com siglas políticas. Em suas páginas em redes sociais, fazia campanhas permanentes para receber ajuda financeira das pessoas, sem ligação com partidos.

Em uma gravação de fevereiro de 2016 a que o UOL teve acesso, Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em mensagem a um colega do MBL que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as “máquinas deles também”.

Renan diz ainda que o MBL seria o único grupo que realmente estava “fazendo a diferença” na luta em favor do impeachment de Dilma Rousseff.

Veja aqui a reportagem, com o áudio, na íntegra: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/27/maquina-de-partidos-foi-utilizada-em-atos-pro-impeachment-diz-lider-do-mbl.htm

Na contramão da crise, RF tenta reabrir fábrica da Pedra e evitar fechamento de novas usinas
   26 de maio de 2016   │     21:25  │  7

Demorou, mas Alagoas começou a sentir fortemente o efeito da crise na economia. Em abril, pelo quinto mês consecutivo, segundo dados do Caged, o Estado perdeu postos formais no mercado de trabalho.

Estancar a sangria no desemprego, não é tarefa fácil. A atração de novas empresas, também prejudicada pela crise, é um caminho que só trará resultados no médio e longo prazos. Talvez por isso, Renan Filho tenha mudado de estratégia no tratamento deste problema. A prioridade do governador, agora, é evitar o fechamento de novas empresas no estado, especialmente as maiores geradoras de mão de obra.

Renan Filho coordena nacionalmente um esforço para assegurar a liberação de um empréstimo internacional de US$ 500 milhões (R$ 1,8 bilhão) para usinas de cana-de-açúcar do estado. A operação está na fase final de avaliação pelo Credit Swiss Bank e pode sair nas próximas semanas.

Sem o financiamento, pelo menos metade das usinas de Alagoas que operaram na safra 15/16 corre fisco de não entrar em operação na próxima moagem. Com o crédito, as empresas devem iniciar uma fase de recuperação, a partir da renovação dos canaviais.

O governador também passou a cuidar pessoalmente da paralisação da Fábrica da Febra. Desde 28 de março a indústria está fora de operação, depois que sofreu corte no fornecimento de energia.

Renan Filho procurou diretores do Grupo Carlos Lyra, controlador da fábrica, e colocou o governo à disposição para encontrar uma solução que assegure a volta á atividade da indústria no menor espaço de tempo. A fábrica, maior indústria do sertão do Estado, como se sabe, tem cerca de 600 funcionários diretos e todos eles estão em férias coletivas há quase dois meses.

O governador também atua em outras frentes para tentar reabrir a Usina Guaxuma, que pertence a massa falida da Laginha Agroindustrial, e a Usina Triunfo, que pertence à família Tenório.

Para Renan Filho, a reabertura ou manutenção em atividade de grandes indústrias é melhor caminho para estancar o crescimento do desemprego no estado. A tarefa não é fácil. O governador e sua equipe terão que ter muita criatividade e emprenho para conseguir reverter a desativação de empresas em plena crise.