Category Archives: Agronegócios

Inédito: pela 1a vez em 66 anos, Pindorama tem fábrica em nova cidade
   13 de abril de 2023   │     15:53  │  0

Desde que foi foi criada em 1956, a Pindorama se transformou no maior complexo agroindustrial cooperativista do Norte e Nordeste do Brasil, com faturamento previsto de R$ 600 milhões em 2022, podendo chegar a R$ 1 bilhão em 2023.

Atualmente, a cooperativa opera na produção de açúcar, etanol anidro e hidratado, levedura, etanol de milho além de um complexo de fabricação de alimentos, entre os quais derivados de coco, sucos concentrados, sucos em pó, leite pasteurizado, molhos, vinagre, doces e flocão de milho.

São 12 unidades industriais, todas operando na sede da cooperativa, que fica localizada no município de Coruripe, litoral sul de Alagoas.  Agora, pela primeira vez em mais de 66 anos de história, Pindorama vai operar em uma nova cidade. A cooperativa acaba de adquirir uma unidade de beneficiamento de arroz em Igreja Nova, município localizado na região do baixo São Francisco, distante cerca de 70 km  de Coruripe.

A fábrica de arroz de arroz que será operada pela Pindorama foi adquirida do grupo Santana, empresa agroindustrial com sede no Rio Grande do Norte. Antes disso, a unidade pertencia ao governo de Alagoas e foi operada por outra cooperativa, a Caraio,.de Santana do Ipanema-AL

A unidade foi montada, inicialmente, com incentivos da Codevasf e  foi criada para beneficiar a produção de arroz do projeto Boacica. O projeto de irrigação que está localizado em Igreja Nova, tem hoje pouco mais de 3 mil hectares implantados. O arroz produzido no local é beneficiado, principalmente,  fora do Estado ou por pequenas beneficiadoras instaladas no povoado Ipiranga, no mesmo municipio.

O investimento da Pindorama na nova planta foi de cerca de R$ 15 milhões. De acordo com o presidente da cooperativa, Klécio Santos, a unidade deve começar a produzir arroz com a marca da cooperativa já neste mês de abril. “Estamos apenas esperando chegar as embalagens, mas já estamos prontos para operar e devemos começar essa produção com marca própria nos próximos 15 dias”, aponta.

A Pindorama já começou a comprar arroz dos produtores locais. “Temos hoje em estoque cerca de mil toneladas de arroz em casca, o suficiente para rodar a fábrica durante quase 30 dias”,  diz Klécio, acrescentando que parte do arroz que será processado na indústria também virar de outras regiões,  exemplo do Rio Grande do Sul.

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Pindorama adquire unidade de beneficiamento de grãos, em Igreja Nova

Um encontro promovido pela Secretaria da Agricultura do município de Igreja Nova, na região do Baixo São Francisco alagoano, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e a diretoria da Cooperativa Pindorama, reuniu rizicultores locais para apresentação do novo investimento da empresa: uma unidade de beneficiamento de grãos que absorverá a produção local e incrementar o desenvolvimento da região.

A reunião ocorreu no auditório da Secretaria de Educação de Igreja Nova, contou com as presenças de cerca de 150 rizicultores, vereadores, o ex-prefeito da cidade, Neilton Silva; o secretário municipal de Agricultura, Vanderlei Dantas; a prefeita Vera Dantas, a secretária de Estado da Agricultura, Carla Dantas, além dos diretores Klécio Santos (presidente), Carlos Roberto Santos (vice-presidente) e Antônio de Oliveira (secretário), todos da Cooperativa Pindorama.

Localizada em Igreja Nova, a nova unidade fabril da Pindorama foi adquirida no início deste mês, resultado de um investimento em torno de R$ 15 mi. A fábrica vai absorver a produção de arroz dos rizicultores locais, gerando emprego e renda na região do Baixo São Francisco.

De acordo com o diretor-secretário da Cooperativa, Antôniode Oliveira, a unidade de beneficiamento de arroz da Pindorama tem capacidade de armazenamento de cerca de 5 mil toneladas de grãos, podendo ser potencializada, caso haja essa necessidade.

“Esse investimento vem nos possibilitar a ampliação de leque de desenvolvimento que nossa Cooperativa tem pleiteado. A atual capacidade condiz com a necessidade de momento, mas pode ser ampliada a partir do aumento da produção, que é nossa perspectiva”, disse Oliveira.

De acordo com o diretor técnico da Secretaria de Agricultura de Igreja Nova, Edvaldo Muniz, o município tem em sua área rural cerca de 700 lotes no perímetro irrigado do Rio Boacica, que é ideal para o cultivo de arroz.

“São aproximadamente 3 mil hectares de terras aproriadas para a rizicultura”, afirmou Muniz.

Apesar do expressivo número de lotes, em apenas 255 deles são cultivados o grão. “A área onde há cultivo, atualmente, chega a 1 mil hectares, com uma capacidade para produzir cerca de 7 mil toneladas de arroz por ano”, garantiu Muniz.

O presidente da Cooperativa Pindorama Klécio Santos, avaliou que, com a Pindorama tomando as rédeas do negócio, pela capacidade administrativa e a força da marca, logo essa produção ganhará ainda mais força.

“A representatividade e a confiança que a Pindorama conquistou no mercado certamente farão com os produtores de arroz de Igreja Nova ampliem seus cultivos, trazendo muito mais renda para a região, ampliando o cultivo de grão e a oferta de empregos diretos e indiretos, que é o nosso principal objetivo”, falou Klécio Santos.

A Pindorama já conta em seu mix de produtos como os arrozes parboilizado e branco, passando, em breve, a também comercializar o arroz tipo 2, que será envasado na unidade de Igreja Nova, e o flocão de arroz, que será fabricado na Unidade de Beneficiamento de Milho e Cereais, localizada na Usina Pindorama.

 

 

Se o “tempo” deixar Alagoas terá maior safra de cana em mais de 5 anos
   27 de março de 2023   │     15:30  │  0

A corrida é contra o tempo – literalmente. E em dose dupla. A colheita no ciclo 2022/2023 foi prejudicada pelo excesso de chuvas no período de verão. Com vários dias de parada, a moagem atrasou na maioria das 15 unidades industriais que estão em operação em Alagoas, atrasou mais de um mês.

Para conseguir tirar toda a cana-de-açúcar do campo as usinas de Alagoas mudaram de estratégia e ampliaram o tempo de moagem. Normalmente a safra era encerrada entre fevereiro e março, mas neste ciclo a moagem deve continuar até 15 de abril em pelo menos 13 das 15 unidades. Apenas duas usinas já encerraram a moagem em Alagoas, a Taquara (Colônia Leopoldina) e Leão (Rio Largo).

“O esforço em todas as unidades é o mesmo. Todos trabalham diuturnamente para tirar toda a cana do campo. E isto só não correrá se o tempo não permitir”, aponta o presidente do Sindaçúcar-AL Pedro Robério Nogueira.

Tempo, neste caso, reforça o presidente do Sindaçúcar-AL é uma “equação” que leva em conta o clima (chover ou não faz toda diferença) versus a quantidade de dias que faltam para o encerramento previsto da moagem.

“Se o tempo se mantiver seco até lá, certamente conseguiremos tirar toda a cana do campo, atingindo algo em torno de 20 milhões de toneladas de cana, nossa maior moagem em mais de cinco anos”

A expetativa, aponta Pedro Robério Nogueira, a partir de agora é ter moagens na faixa de 20 milhões de toneladas, deixando para trás a “pior safra da história”, a de 2017/2018, quando foram esmagadas apenas 13,7 milhões de toneladas de cana.

Trajetória

A agroindústria da cana-de-açúcar de Alagoas está em fase de retomada da produção. O setor viveu seu pior momento na safra 17/18, com a menor produção da história. A moagem foi de apenas 13,7 milhões de toneladas de cana – praticamente metade da média histórica alagoana (de 25 a 26 milhões de toneladas por ciclo).

A crise deixou suas sequelas. Até a safra 14/15, quando esmagou 23,1 milhões de toneladas de cana, o Estado tinha 21 usinas em operação. Atualmente apenas 15 usinas operam a cada ciclo.

Desde a safra 2017/2018, Alagoas vem tentando retomar, safra após safra sua produção histórica. E tem mostrado potencial para chegar lá. Depois do “fundo do poço”, em 17/18, com 13,7 mi de toneladas, a moagem foi a 16,5 mi em 18/19, depois 16,9 mi em 19/20, chegou a 17,03 mi em 20/21 e de 18,2 milhões de toneladas na safra 21/22.

Pedro Robério, presidente do Sindaçúcar-AL (Foto: Edivaldo Junior)

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Safra 22/23 deve seguir até abril com expectativa de moer 20 mi de toneladas de cana

Com mais seis meses de moagem e diante de um cenário com a proximidade das chuvas, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, afirmou que a expectativa do setor é finalizar a safra 22/23 até a segunda quinzena de abril com um esperado aumento na quantidade de cana processada.

“A depender do clima, a data estimada pelas unidades para encerrar a moagem é 15 de abril, tendo a expectativa de moer toda a cana disponível no campo. Se isso ocorrer, vamos passar de 20 milhões de toneladas de cana beneficiadas”, declarou Nogueira.

De acordo com o dirigente do setor em Alagoas, que representa 14 das 15 unidades industriais em operação no estado, em outras safras, no período que corresponde a segunda quinzena de março, muitas unidades já teriam encerrado a moagem. Contudo, no momento atual, apenas uma usina finalizou o ciclo.

Segundo Pedro Robério, até o dia 15 de março, de acordo com o levantamento feito junto as unidades industriais constatou que a diferença em relação ao mesmo período do ciclo passado era de apenas 1%. O acumulado era superior a 17 milhões de toneladas de cana processadas.

“As usinas estão conseguindo tirar o atraso. Agora, pode ser que já tenha empado a produção entre as duas safras. Caminhamos para a superação da produção e torcemos para chegar aos 20 milhões de toneladas a depender das chuvas”, finalizou.

 

Um caso inédito no país: fundo de agricultores familiares de AL salva “banco” de falência
   6 de março de 2023   │     21:07  │  1

Na prática cooperativa de crédito é um banco. A diferença é que cada cooperado ou “correntista” também é dono ou “banqueiro”. E como tal está sujeita a regras do Banco Central.

Grosso modo, o que vale para Banco do Brasil, Bradesco ou Itaú também vale para uma pequena cooperativa de agricultores familiares do agreste ou sertão de Alagoas. Por regra, qualquer instituição do sistema financeiro precisa ter uma carteira de crédito no “azul” – literalmente.

Se um banco ou cooperativa de crédito não consegue comprovar que tem capacidade de pagamento no curto e médio prazos, corre o risco de entrar em liquidação – ou seja, fecha as portas – e seus diretores ou proprietários serão penalizados.

Isso já ocorreu com bancos bem conhecidos dos alagoanos, a exemplo do Produban ou nacionais, caso do Bamerindus, que tiveram sua liquidação decretada pelo Banco Central.
O Produban, que era o Banco do Estado de Alagoas, teve sua primeira liquidação extrajudicial decretada em 1988, mas o processo só foi encerrado – literalmente – 33 anos depois. Nesse período, ex-diretores e acionistas enfrentaram várias restrições.

Uma pequena cooperativa de crédito do agreste alagoano, a Coopcral, que era sediada em Arapiraca, fechou suas portas a partir de 2020 porque passou a registrar prejuízos e não conseguia mais comprovar sua viabilidade financeira.

Alagoas tem, hoje, apenas 5 cooperativas de crédito. A maior delas, o Sicredi Expansão, tem mais de 40 mil cooperados e uma carteira de mais de R$ 1 bilhão. Além dela, tem Sicoob e Cresol que funcionam de formas semelhantes – vinculadas a uma grande rede nacional de cooperativas e, por isso, tem estrutura de serviços mais completa.

Outras duas cooperativas de crédito existentes no Estado funcionam isoladamente, é o caso da Coplan, Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana, instituição sólida, sediada em Maceió, que tem mais de 80 anos de “estrada”.

A outra “isolada” é a Cooperativa de Crédito Rural do Agreste de Alagoas (Cooperagre), sediada em igaci. Fundada há 16 anos, a instituição que reúne hoje 1.183 cooperados esteve á beira da “falência” – ou liquidação pelo Banco Central em 2022.

A Cooperagre, em situação semelhante à Coopcral, vinha registrando balanços com patrimônio líquido negativo. Com prejuízos registrados mês a mês e uma carteira que não dava sequer para pagar as despesas mensais, a cooperativa recebeu um “ultimato” do Banco Central em agosto do ano passado. Se não conseguisse comprovar sua viabilidade, seria fechada. Seria…

Um caso inédito – que não deixa de ser também uma feliz coincidência – ajudou a tirar a Cooperagre da “UTI” do Banco Central.

O então presidente da cooperativa, Alexandre Lima, procurou a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária em Alagoas em busca de ajuda. Ele encontrou o presidente da Unicafes-AL, num momento único.

“Alexandre chegou para conversar com a gente no momento em que a Unicafes-AL estava preparando o lançamento do Funcafes, que é um fundo financeiro formado por cooperativas de produção para financiamento da agricultura familiar. Nós entendemos o problema e avaliamos que poderíamos ajudar a salvar uma cooperativa que tem uma história e um importante papel na agricultura familiar do agreste alagoano”, aponta.

O Funcafes foi autorizado a fazer um aporte de capital na Cooperagre da ordem de R$ 680 mil. O valor ajudou a transformar o que seria uma liquidação em uma recuperação.
Antonino lembra que o lançamento do Funcafes foi feito pelo governador Paulo Dantas e pela Unicafes-AL, durante a Expobacia Leiteira, em setembro de 2022.

“Dissemos na época ao governador que esse fundo é um importante instrumento para financiar a agricultura familiar e para fomentar projetos de economia solidária. E de fato é. Agora mesmo recebemos a informação de o plano de recuperação da Cooperagre junto ao Banco Central, que antes era de 48 meses foi reduzido para 18 meses”, aponta Cardozo.

A parceria da Unicafes-AL com a Cooperagre deu tão certo que Antonino Cardozo foi convidado para ajudar no seu processo de reestruturação. Ele aceitou a missão e nesse domingo (05/03) foi eleito presidente da cooperativa e terá Alexandre como seu vice.

“Vamos trabalhar para, em breve, transformá-la numa cooperativa de abrangência estadual num primeiro momento. Para começar, a Unicafes e todas as usas cooperativas vão abrir contas na Cooperagre. Nós também vamos cooperar a base de todas as nossas cooperativas. No caso da Coopaíba (da qual também Antonino é presidente) devemos ter entre 600 e 1,2 mil novos cooperados nas próximas semanas. Nossa meta é chegar ao final deste ano com pelo menos 3 mil cooperados na Cooperagre”, adianta.

Além disso, explica Antonino, o objetivo é ampliar a ofertas de produtos e serviços da Cooperagre, com o uso de aplicativos e novas linhas de crédito. “Pensamos, por exemplo, em lançar uma linha de crédito para de atender as mulheres que são cooperadas e que fazem parte do Bolsa Família”, afirma.

Para a expansão da rede de atendimento, o plano é abrir escritórios ou agências em outras cidades. “Queremos transformar a Cooperagre num instrumento de financiamento da agricultura familiar não só de Igaci, mas de toda Alagoas. Para isso, vamos recuperar e reorganizar a cooperativa, transformando-a numa referência para o país e mostrando que é possível sim parcerias importantes como a realizada aqui em Alagoas entre Unicafes-Al e Cooperagre”, aponta.

Assembleia da Cooperagre reuniu mais de 400 pessoas em Igaci (Foto: assessoria)

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Cooperagre elege nova diretoria e anuncia foco na expansão do crédito para agricultura

A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Cooperativa de Crédito do Agreste Alagoano (Coopeagre) oficializou, no domingo (6), a nova fase da Unidade, que atualmente opera em Igaci, atendendo também aos agricultores de Estrela de Alagoas e Craíbas. Durante o evento, que contou com mais de 400 pessoa, Antonino Cardozo, atual presidente da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária de Alagoas (Unicafes-AL), foi eleito para a presidência da cooperativa.

O plano faz parte de um projeto de retomada da cooperativa, que voltará a consolidar suas operações plenas, conforme as ações de recuperação apresentadas pela nova diretoria e pelo grupo de Conselheiros.

Com 1.190 cooperados e fundada em 2007, a Cooperagre passará por um processo de fortalecimento em parceria com a Unicafes-AL para a filiação de cooperados de todas as cooperativas da agricultura familiar. Com a nova configuração da Cooperagre, a expectativa é que serão abertas novas janelas de investimento e multiplicadas as oportunidade de acesso ao crédito para todo Estado.

A nova proposta de administração da Cooperativa, foi aprovada por unanimidade durante a AGO, e tem como um dos seu objetivos transformar a Cooperativa em instrumento de acesso ao crédito para agricultore familiares, associações comunitárias e grupos de produtores.

Segundo a vice-presidente da Unicafe-AL, Maria José Alves, o novo momento da Cooperagre deverá contribuir diretamente para o processo de bancarização nos municípios. Em 2022, a Unicafes-AL concretizou o aporte de R$680 mil na Cooperagre através do Fundo de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar e Economia Solidária (FUNCAFES).

“A Unicafes vai propor a filiação dos associados das nossas cooperativas para estimular a base de negócios. Estamos convictos de que a operação plena da Cooperagre vai fazer enorme diferença no crescimento do cooperativismo da agricultura familiar, que vai poder , muito mais, acessar ao crédito de investir”, enfatizou Maria José Alves.

Antonino Cardozo, novo presidente da Cooperagre, falou sobre os detalhes do projeto. “É um projeto muito focado nas necessidades produtivas das cooperativas e dos agricultores familiares. Com essa expansão pelo estado, teremos à disposição aplicativo e agências para suprir as necessidades dos cooperados”, explicou.

Nova diretoria da Cooperagre foi eleita por aclamação (Foto: assessoria)

Primeiro de AL e do NE: Domício assume Girolando nacional com “foco na genômica”
   3 de março de 2023   │     19:52  │  0

Uma das principais entidades da pecuária leiteira do Brasil, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando é delegada do Ministério da Agricultura para a execução do Registro Genealógico e do Programa de Melhoramento Genético da raça responsável por 80% do leite produzido no Brasil.

Na prática, a Girolando é responsável por projetos e programas que ajudam a levar leite de melhor qualidade para o consumidor e com custo menor o consumidor. E desde que foi criada, em 1978, a entidade, com sede em Uberaba/MG, será presidida pela primeira vez por um criador de Alagoas e do Nordeste.

Domício Silva, presidente da Associação dos Criadoresde Alagoas (ACA), vice-presidente da Faeal e presidente do Conselho do Sebrae-AL, assumiu nessa quinta-feira (02/03) o comando da Girolando.

No ato, Silva destacou os novos projetos para o avanço da raça no país e no mercado mundial. A solenidade ocorreu em Uberaba/MG, cidade onde está localizada a sede da entidade, e contou com a presença de diversas lideranças do setor e políticas, criadores e empresas do agro.

“Queremos que a genética Girolando esteja cada vez mais acessível aos criadores de todo o país. Podemos, a partir do melhoramento genético, dar uma importante contribuição aos produtores e ao país, reduzindo custos e aumentando a produtividade”, aponta.

“Vamos trabalhar para ampliar o banco de dados genômicos, o que nos permitirá gerar avaliações e índices para um número cada vez maior de características, investimentos que trarão bons resultados e ganhos genéticos para toda a pecuária leiteira nacional já que o Girolando responde por 80% do leite produzido no Brasil. Vamos nos empenhar para que todos os produtores, sobretudo os pequenos, tenham acesso a essa genética”, destacou o presidente.

Domício Silva assume presidência da Girolando (Foto: assessoria)

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Com foco na genômica, Domício Arruda Silva assume a Associação de Girolando

Outras prioridades da nova diretoria serão o acesso de pequenos produtores à genética melhoradora da raça e certificação internacional de rebanhos

Primeiro criador nordestino a presidir a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda Silva tomou posse ontem (02/03) e destacou os novos projetos para o avanço da raça no país e no mercado mundial. A solenidade ocorreu em Uberaba/MG, cidade onde está localizada a sede da entidade, e contou com a presença de diversas lideranças do setor e políticas, criadores e empresas do agro.

De acordo com o presidente, fomentar, desenvolver e consolidar o Girolando no país, visando dar sustentabilidade à pecuária leiteira, será a missão da nova diretoria. “Vamos trabalhar para ampliar o banco de dados genômicos, o que nos permitirá gerar avaliações e índices para um número cada vez maior de características. É importante destacar que esses investimentos trarão bons resultados e ganhos genéticos não só para os selecionadores da raça, mas também darão uma importante contribuição para toda a pecuária leiteira nacional já que o Girolando responde por 80% do leite produzido no Brasil. Vamos nos empenhar para que todos os produtores, sobretudo os pequenos, tenham acesso a essa genética”, destacou o presidente.

O ex-presidente Odilon de Rezende Barbosa Filho, que passou o cargo para Domício Arruda, pontou os diversos investimentos realizados nos últimos três anos que levaram a um avanço dos índices da raça. “Publicamos avaliações genéticas/genômicas para 15 novas características e outras 16 características avaliadas genomicamente serão entregues em 2023. A associação ainda vai custear a genotipagem e controle leiteiro de sete mil vacas, filhas de touros Girolando. Todos esses investimentos trarão mais confiabilidade ao Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando, refletindo no campo, com animais extremamente produtivos e eficientes”, disse.

Dados da Embrapa Gado de Leite mostram que os investimentos feitos em melhoramento genético estão colocando a raça na liderança da produção sustentável de leite. Nos últimos 18 anos, houve um aumento de 60% na produção das vacas Girolando enquanto as emissões de metano reduziram 40%.

A solenidade de posse contou com a presença de diversas autoridades, dentre elas o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Almeida Pereira Fernandes, os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Bosco, o deputado federal Emidinho Madeira, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) Antônio Pitangui de Salvo, a prefeita de Uberaba Elisa Araújo, a vereadora de Uberaba Lu Fachinelli, a chefe-geral da Embrapa Gado de Leite Elisabeth Nogueira, o presidente da Abraleite Geraldo Borges, o presidente da ABCZ Gabriel Garcia Cid, o superintendente federal de Agricultura, Pecuária de Minas Gerais Marcílio Magalhães.

Perfil- Natural de Palmeira dos Índios, em Alagoas, o novo presidente da Girolando é engenheiro agrônomo e selecionador da raça desde 1986, na Fazenda Cachoeirinha, localizada em Major Isidoro/AL. Também ocupa os cargos de presidente da Associação dos Criadores de Alagoas e de vice-presidente da Federação de Agricultura do Estado de Alagoas. Ele foi eleito em dezembro de 2022 e permanecerá no cargo até 2025.

Sobre a Associação de Girolando

Uma das principais entidades da pecuária leiteira do Brasil, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando é delegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a execução do Serviço de Registro Genealógico e do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando. A raça é responsável por 80% do leite produzido no Brasil.

Fundada em 20 de dezembro de 1978, em Uberaba/MG, ainda realiza eventos, cursos e exposições, sendo a principal delas a Megaleite. A entidade atende criadores em todo o país e é pioneira na adoção de novas tecnologias, sendo a primeira associação a incorporar

O começo de uma nova história: Alagoas começa a produzir etanol de milho
   27 de fevereiro de 2023   │     23:21  │  6

Com tradição de mais cinco séculos no cultivo de cana-de-açúcar, Alagoas tornou-se referência mundial na produção de açúcar e de álcool.

O açúcar alagoano é exportado para os cinco continentes e é considerado de excelente qualidade.

O estado abastece, através de suas destilarias, não só os tanques dos automóveis, mas também fornece álcool para as indústrias de alimentos e de bebidas. Além da cachaça e do aguardente, é comum encontrar o álcool produzido em Alagoas em boas marcas de vodca.

O que poucos sabem é que ó Estado foi um dos pioneiros, no mundo, na produção de etanol como combustível. “Na década de 1930, Carlos Benigno Lyra, dono da usina Serra Grande (fundada em 1894), a qual estava em poder de seu filho Salvador Lyra, possibilitou que o país conhecesse a moderna tecnologia do aproveitamento do álcool como combustível e patenteou-a como USGA, as iniciais do nome de sua própria usina”, registra histórico do setor que pode ser acessado na página do Sindaçúcar-AL (veja aqui)

Alagoas também liderou, especialmente no Nordeste, a implantação do ProÁlcool, a partir dos anos 70, um programa que transformou o Brasil em exemplo de geração de energias renováveis para o mundo.

Hoje, o etanol segue como um dos mais importantes combustíveis do planeta e passou a ser produzido em vários outros países, a exemplo dos Estados Unidos.

E se o Brasil inspirou os americanos a produzir álcool de milho, agora os brasileiros inovam ao transformar várias de suas destilarias em usinas flex.

A produção de etanol de milho, já presente em indústrias do Centro Oeste ou Sudeste do Brasil, acaba de chegar ao Nordeste.

Alagoas colocou em operação, na última semana, a sua primeira indústria com capacidade de processar ao mesmo tempo etanol de cana e de milho. É o começo de uma nova história para o setor sucroenergético alagoano.

A usina da Cooperativa Pindorama passou a operar, de forma experimental a primeira destilaria de etanol de milho do Norte e Nordeste do país  no dia 15 de fevereiro deste ano.

Nessa segunda-feira (27/02) o presidente da cooperativa, Klécio Santos, avisou: “deu certo”. Tudo está funcionando como planejado. “Estamos produzindo uma média de 75 mil a 80 mil litros de etanol de milho por dia. O projeto é um sucesso”, aponta.

O rendimento também é considerado acima das expectativas. “Estamos conseguindo produzir cerca de 415 litros de etanol a cada tonelada de milho. Além disso temos um produção superior a 500 kg de WDG”, aponta Klécio Santos.

A nova atividade na usina, de acordo com o presidente da cooperativa, vai possibilitar o fortalecimento da avicultura, suinocultura e pecuária de leite em Alagoas. “O WDG é uma excelente fonte de proteína. Hoje alguns criadores compram esse produto em outras regiões do Brasil, com um alto custo de frete. Teremos a oferta desse produto, a partir de agora, com custo menor e um valor de logística reduzido”, aponta.

A nova destilaria de milho, adianta o presidente da cooperativa, deve funcionar durante todo o ano, diferente da produção tradicional de etanol que opera entre seis e sete meses durante a safra de cana. “Devemos ampliar nossa produção anual de etanol de 50 milhões para 95 milhões de litros por ano, o que vai tornar a Pindorama na maior produtora de etanol do Norte e Nordeste”, afirma Santos.

Silo de milho em fase de operação na usina Cooperativa Pindorama (Foto: Blog do Edivaldo Junior)

Fazendo história

A Usina Pindorama, localizada no município de Coruripe, litoral Sul de Alagoas, refaz sua história no setor sucroalcooleiro. A cooperativa, que já produz etanol de cana, começou a produzir etanol de milho a partir de 15 de fevereiro, tornando-se a primeira usina Flex do Norte-Nordeste do Brasil. Utilizando toda a estrutura de equipamentos, maquinário e suporte técnico e energético já existente na planta, a produção de etanol de milho foi viabilizada a um custo menor do que se a usina fosse autônoma.

Segundo Klécio Santos, a estrutura de balança, laboratório, caldeiras, energia e gestão foi fundamental para alcançar a viabilidade do projeto em Alagoas. “Isso tem um peso enorme, se não fossemos fazer do jeito que estamos fazendo, com custos mais baixos, o projeto não seria viável. Isso nos dá a certeza e segurança de que o projeto nasceu e foi pensado com viabilidade fantástica”, explicou.

Para viabilizar a produção de etanol de milho, a usina Pindorama ampliou a capacidade de geração de vapor, o que levou três anos de investimento e montagem de uma nova caldeira. A usina ainda está construindo quatro novos silos com capacidade de 50 mil sacos de milho cada um, além de um elevador para transporte do grão, para armazenar a produção e a matéria-prima. Com isso, a usina terá entre 30 e 40 dias de moagem em pleno funcionamento.

A produção de etanol de milho passará por cinco etapas, incluindo uma pré-limpeza antes de ir para o silo, trituração e um tratamento químico chamado liquefação para preparar o caldo que vai para a fermentação. Além da produção de etanol, a cooperativa está construindo uma fábrica de flocão de milho ao lado da destilaria para aumentar o portfólio de produtos. A cooperativa espera que o projeto tenha um “payback” rápido e se pague dentro de um ano.

Klécio Santos, presidente da Cooperativa Pindorama (Foto: Blog do Edivaldo Junior)

Klécio Santos, ostra onde foram montadas as novas colunas de etanol de milho na destilaria da Cooperativa Pindorama, (Foto: Blog do Edivaldo Junior)