A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) deve aprovar o novo marco do gás natural no Estado, projeto de iniciativa do Poder Executivo, até a próxima semana. A nova legislação poderá contribuir para aumentar a geração de energia no estado.
A partir da nova lei, novas empresas devem entrar no setor de comercialização do gás, através do mercado livre, o deve ampliar os investimentos na produção e distribuição em Alagoas.
Os números ainda hoje impressionam. Mesmo depois de ter enfrentado, a partir de 2016, uma crise que levou ao fechamento de 9 de 24 indústrias que operavam em Alagoas, o setor sucroenergético conseguiu se recuperar parcialmente e ressurge como o mais importante da economia alagoana.
Ao mesmo tempo, os problemas climáticos (seca), de mercado (depressão de preços internacionais) e financeiros (perda da capacidade de financiamento decorrente de questões globais) levaram a agroindústria de Alagoas a enfrentar uma crise sem precedentes, culminando na safra 2017/2018 com pior desempenho da história recente do setor, com o beneficiamento de apenas 13,7 milhões de toneladas de cana.
Desde então, o setor ensaiou um processo de recuperação. A partir da safra 2017/2018, Alagoas vem tentando retomar, sua produção histórica (média de 25 milhões de toneladas). E tem mostrado potencial para chegar lá. Depois do “fundo do poço”, em 17/18, com 13,7 mi de toneladas, a moagem foi a 16,5 mi em 18/19, depois 16,9 mi em 19/20, chegou a 17,03 mi em 20/21, 18,2 milhões de toneladas na safra 21/22 e a 20,8 mi na safra 22/23.
No atual cenário, a atividade canavieira gera 60 mil empregos diretos e outros 24 mil postos de trabalho durante o período da safra. É de longe o setor que mais gera empregos formais em Alagoas (exceto o público).
Os números da safra foram apresentados ao governador Paulo Dantas (veja abaixo) no Palácio dos Palmares.
Com participação de representantes de 15 indústrias, a reunião serviu também para renovar a parceria entre a cadeia produtiva da cana e o governo de Alagoas
A expectativa do setor é continuar o processo de retomada da produção com a manutenção de incentivos dados pelo governo.
Sim. Foi o incentivo dado à época pelo governador Renan Filho, nu trabalho coordenado por George Santoro, em grande parte responsável pela retomada da cana no Estado. A equalização tributária (mesma carga fiscal) com outros Estados do Nordeste, deu as empresas de Alagoas condições de competir no mercado regional, possibilitando novos investimentos.
O encontro, depois de ouvir a apresentação de pleitos feitas pelo presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, Paulo Dantas decidiu manter os atuais incentivos e ainda criou um grupo de trabalho para estudar outras medidas que podem tornar o setor ainda mais competitivo.
“Vocês são os maiores geradores de riqueza, de emprego e de oportunidade para o estado e de antemão eu digo que o meu estilo de trabalhar é com muita objetividade, falando a verdade com previsibilidade. Então o que a gente puder fazer para tirar os obstáculos do caminho para que a equipe econômica seja uma verdadeira aliada do setor, para que vocês continuem produzindo com a mesma eficiência, mesma produtividade, e continuem promovendo crescimento para o nosso estado, podem contar integralmente com o nosso apoio. Para nos aproximarmos cada vez mais porque eu entendo que o setor produtivo tem que andar lado a lado com o setor público”, disse o governador durante o encontro.
Pedro Robério faz apresentação de números do setor sucroenergético ao governador Paulo Dantas (foto: assessoria)
Versão oficial
Veja texto da Agência Alagoas
Governador se reúne com Sindaçúcar e reforça apoio ao setor
O governador Paulo Dantas recebeu nessa quarta-feira (21), no Palácio República dos Palmares, integrantes do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL). O objetivo do encontro foi discutir as demandas do setor e reforçar o apoio do governo para sanar as suas necessidades.
Esse foi o primeiro encontro do governador com o setor. O presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério, fez uma apresentação dos resultados da safra 22/23. Com um crescimento de 14,5% em comparação ao ciclo passado, o levantamento mostra que foram beneficiadas 20,8 milhões de toneladas de cana pelas 15 usinas em operação em Alagoas, destacando que, na moagem passada, foram processadas 18,2 milhões de toneladas.
O Sindaçúcar apontou ainda que foram produzidas 1,5 milhão de toneladas de açúcar, o que representa um aumento de 8,7% em face da moagem passada, quando a produção final foi de 1,4 milhão de toneladas. A produção de etanol também registrou números positivos na safra 22/23 com 484.455 milhões de litros do biocombustível. Ante a safra 21/22, quando a produção final foi de 447.187 milhões de litros, houve uma variação positiva de 8,3%.
“Nós sempre tivemos uma ótima relação com todos os governadores, e com o Paulo não está sendo diferente. Ele vem dando continuidade aos benefícios para a categoria e sei que só temos a avançar trabalhando unidos em prol do estado. Voltaremos, tranquilamente, a moer 20 a 23 milhões de toneladas de cana, que é um número que já fizemos no passado, pois teremos o apoio do governo”, disse o presidente do Sindaçúcar.
No Twitter, o senador Rodrigo Cunha (União) disparou mais uma crítica ao governo de Paulo Dantas (MDB). Os dois disputaram o segundo turno das eleições de 2022. Desde então mantém a rivalidade política.
O motivo, agora, foi o pedido de empréstimo enviado pelo governo para a Assembleia Legislativa de Alagoas nesta terça-feira (13/6). O Estado quer autorização para contratar até US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bi) no Banco Mundial (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD).
O “objetivo é a reestruturação e a recomposição das dívidas das operações de crédito contratadas pelo estado com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal”, diz o governador na mensagem enviada ao Legislativo.
No Twitter, Cunha disparou. ““É um absurdo atrás do outro! O governador Paulo Dantas acabou de pedir autorização à Assembleia para tomar um novo empréstimo de R$ 1,5 bi de reais, meses atrás já havia solicitado outros R$ 1 bilhão, somando R$ 2,5 bilhões ao todo!”.
A fala do senador ganhou repercussão na mídia local. Mas ao que parece, faltou uma leitura mais detalhada da proposta. O que o governo pede, explica a Secretária da Fazenda de Alagoas, não é dinheiro novo.
“O senador está no mínimo desinformado. Não posso imaginar que ele tenha dito o que disse por outro motivo. Ele precisa conversar melhor com sua assessoria. Está mal assessorado”, alfineta Renata dos Santos.
A proposta, reforça a secretária, trata na verdade de gestão da divida já existente, “como ocorre em qualquer estado. Na verdade a equipe da Sefaz identificou a oportunidade junto do Banco Mundial para reestruturação de dívidas, nacionais atreladas a Selic. O que a gente está fazendo vai proporcionar ecnomia no serviço da divida (juros) e estoque da dívida (valor total)”, aponta.
Na prática, o Banco Mundial vai “comprar” dívidas de Alagoas com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que têm taxas de juros maiores e prazo mais longo e vai renegociar essas dívidas por um prazo maior com taxas menores. Esse tipo de operação é muito comum no setor público e também no privado.
“Tudo passou pela equipe técnica do Banco Mundial e a premissa principal era ter redução de estoque e dos serviços. Não fica bem ir para o twitter e fazer verborragias antes de entender o que é. Mas eu prefiro achar que é falta de conhecimento mesmo”, aponta Santos.
“Se o senador quiser pode vir na Sefaz que a gente explica. Se for o caso vou com a equipe do banco Mundial no gabinete dele, para ele entender que neste caso estamos fazendo uma economia e melhorando os indicadores fiscais de Alagoas”, apota.
É um absurdo atrás do outro! O governador Paulo Dantas acabou de pedir autorização à Assembleia para tomar um novo empréstimo de R$ 1,5 bi de reais, meses atrás já havia solicitado outros R$ 1 bilhão, somando R$ 2,5 bilhões ao todo!
EdiçMENSAGEM Nº 18/2023 Maceió, 12 de junho de 2023.
Senhor Presidente,Tenho a honra de submeter à consideração dessa Egrégia Casa Legislativa o Projeto de Lei que “Autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito com garantia da União, e dá outras providências.”Esta proposição objetiva viabilizar a contratação de operação de crédito junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, até o valor de US$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de dólares), com aplicação dos recursos no âmbito do Programa Alagoas Mais Sustentável, cujo objetivo é a reestruturação e a recomposição das dívidas das operações de crédito contratadas pelo estado com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.A operação tende a favorecer a melhoria da situação fiscal do Estado, gerar maior suavização dos fluxos de caixa, maior eficiência de gastos públicos e contribuir para melhoria dos indicadores fiscais estaduais e criação de espaço fiscal para a continuidade dos investimentos públicos.Assim, solicito que a apreciação da propositura ocorra em caráter de urgência, nos termos do caput do art. 88 da Constituição Estadual.
Na certeza de contar com a valiosa atenção de Vossa Excelência e vossos dignos Pares para a aprovação do Projeto de Lei em questão, aproveito o ensejo para renovar protestos de consideração e apreço.
Maior produtora de cloro e soda da América do Sul, a Unipar Carbocloro fez uma oferta de compra do controle acionário da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem.
Em aproximação com bancos, Petrobras e Novanor há cerca de um ano e meio, a Unipar divulgou fato relevante para o mercado no sábado (10/6) à noite, informando que está negociando com a Novonor e os bancos credores da Braskem a aquisição do controle acionário, através de uma oferta não vinculante.
No fato relevante (veja aqui) a Unipar deixa claro que antes da conclusão das negociações espera que a Braskem chegue um acordo final sobre os danos geológicos em Alagoas. Na prática isso quer dizer que a Unipar pode comprar Braskem deixando o passivo ambiental no estado para os atuais acionistas.
“Adicionalmente, caso ainda haja alguma questão em aberto sobre o dano geológico em Alagoas, a Companhia espera haver a negociação final de uma solução, de forma satisfatória a todos os agentes públicos e partes prejudicadas”, diz trecho do fato relevante.
Leia a esse respeito trecho de reportagem da Revista Exame:
“Foi fechado acordo só com a esfera municipal e não teve nada com a esfera estadual. Ninguém vai entrar nesse negócio para pagar a conta do que foi feito no passado. Isso é uma responsabilidade dos acionistas atuais da Braskem. Ninguém vai assumir esse risco”, diz uma pessoa familiarizada com a negociação. O interesse da Unipar é que seja contratada uma auditoria externa à Braskem para apuração e levantamento de todos os valores a serem indenizados, apurou a EXAME Invest. O entendimento é de que o valor provisionado terá de ser revisado para cima. Até março, o saldo em provisão era de R$ 6,08 bilhões. Em abril a Justiça bloqueou R$ 1 bilhão das contas da Braskem a pedido do Governo do Estado.
A proposta
A Unipar anunciou no sábado proposta não vinculante para aquisição indireta do controle acionário da Braskem, atualmente de titularidade da Novonor (ex-Odebrecht) – que detém 50,1% do capital votante e 38,3% do total do capital social.
Esta é a segunda proposta de compra da Braskem nas últimas semanas.
A proposta prevê pagamento parcial dos bancos credores. A dívida é de cerca de R$ 15 bilhões.
A Unipar também quwr negociar a participação da Petrobras na operação, na sequência, “buscando um formato satisfatório para todas as partes envolvidas”. A estatal detém 36,1% da Braskem.
Segundo o presidente do conselho da Unipar, Bruno Uchino, a proposta prevê um equilíbrio entre os interesses e necessidades da Novonor, Petrobras, acionistas minoritários e bancos credores da Braskem. “Temos uma postura de composição que resulta de mais de um ano de estudos e considerações, até chegarmos ao formato atual, que representa a melhor alternativa em um cenário com tantos stakeholders”, diz em nota enviada pela empresa.
Credores
A operação prevê o pagamento parcial dos bancos credores e uma renegociação para o saldo da dívida remanescente. Hoje, cinco bancos detém as ações de controle da Braskem como garantia: Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Itaú Unibanco.
Não vinculante – o que é:
Quer dizer que ainda não há um compromisso definitivo, e as condições de negociação podem se alterar, ou mesmo uma das partes desistir, sem que haja nenhuma de espécie de ônus para ambas as partes.
O movimento é de queda. Mas é lento. Muito lento. Passadas mais de três semanas desde que a Petrobras anunciou redução em R$ 0,40 no preço da gasolina nas refinarias, o valor só caiu, em média, R$ 0,22 nos postos de Maceió.
Ou seja, o valor recuou somente um pouco mais da metade (o equivalente a 55%) do que deveria ter caído.
Normalmente, quando a Petrobras anuncia aumento, o valor é repassado imediatamente para consumidor. Se não mesmo dia, no seguinte.
O Procon (Alagoas e Maceió) fez várias fiscalizações nos postos as últimas semanas, mas não viu “nada demais”. Para o órgão de fiscalização a demora no repasse da redução é considerada “normal”.
Fique atento
O preço da gasolina caiu 40 centavos de real na Petrobras desde o dia 17 de maio, mas até esse sábado (10/6) os preços só caíram, em média, 25 centavos nos postos do país em média. Em Alagoas, a redução foi de 21 centavos e na capital alagoana de 22 centavos.
O consumidor que sempre reclama – e com razão – também pode fazer sua parte. Em alguns postos de Maceió a gasolina está sendo vendida a R$ 5,19 enquanto outros seguem vendendo a R$ 5,39. Escolher um posto que tenha valor menor pode ajudar a acelerar o “movimento” de queda do preço da gasolina.
A diferença de preços nos postos de Maceió chega agora, em média, a 20 centavos. ara quem enche o tanque, fica acima de R$ 8,00 a cada abastecimento.
Veja quanto caiu o preço da gasolina de acordo com a Agência Nacional do Petróleo
Preço médio da gasolina comum
Confira a evolução oo preço médio de revenda de acordo com pesquisa realizada pela ANP nos postos de combustíveis:
Maceió:
28/5/2023 a 3/6/2023: R$/l 5,42
21/5/2023 a 27/5/2023: R$/l 5,45
14/5/2023 a 20/5/2023: R$/l 5,64
Alagoas
28/5/2023 a 3/6/2023: R$/l 5,48
21/5/2023 a 27/5/2023 R$/l 5,51
14/5/2023 a 20/5/2023: R$/l 5,69
Brasil
28/5/2023 a 3/6/2023: R$/l 5,21
21/5/2023 a 27/5/2023: R$/l 5,26
14/5/2023 a 20/5/2023: R$/l 5,46
AVISO: Em virtude do feriado de Corpus Christi, no dia 8/6/23, e do ponto facultativo estabelecido pela Portaria MGI nº 2.386/2023, no dia 9/6/23, a ANP publicará na próxima terça-feira, dia 13/6/23, o resultado do Levantamento de Preços de Combustíveis referente ao período de 4/6/23 a 10/6/23.