Ao estilo, Renan vence nova batalha contra Arthur: tiranete x bobo

A discussão sobre a volta das comissões mistas (Senado e Câmara dos Deputados) foi um capítulo a parte na política nacional esta semana.

Dois dos principais líderes políticos nacionais trocaram farpas, saindo num primeiro momento de um tom mais civilizado para “xingamentos” explícitos.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) “brigaram” pelo Twitter, com acusações diretas e indiretas. O senador chamou o deputado de “tiranete” e o deputado classificou do senador de “bobo”.

Renan quer a volta das comissões mistas, Arthur não. Em meio as alfinetadas de parte a parte, sobrou para a “política local”.

Em entrevista na quinta-feira (23/03), Arthur Lira deu sinais de que estava perdendo terreno na disputa e afirmou que “o Senado não pode ser refém de Alagoas ou do Amapá. O Senado é muito maior, uma casa federativa”, disse. Em outro ponto questionou se “quem manda ou quem dirige o Senado se são as questiúnculas de Alagoas ou se são posicionamentos políticos”.

Em resposta, no Twitter, Renan disparou: “O rito das MPs é constitucional, não paroquial. Sou defensor das diretas, desde as Diretas-Já, ao contrário dos meus adversários em Alagoas que gostam de indiretas. Aliás, os derroto em eleições diretas e, por isso, Arthur delira sem compreender o tamanho do cargo que ocupa”.

Ao estilo, Renan apresentou uma questão de ordem no plenário do Senado, aprovada pelo colégio de líderes, o que levou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a determinar O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), determinou, na quinta-feira (23/03), a retomada das comissões mistas para análise de medidas provisórias (MPs).

Ao fim e ao cabo, Renan vence mais uma ‘batalha’ contra Arthur Lira em Brasília. Claro que vai ter revanche. Aqui e lá em Brasília. Afinal, os dois seguem sendo os adversários de sempre. E com todo o protagonismo que têm no momento, deveremos ver muitas “questões paroquiais” de Alagoas respingando em Brasília até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consiga um “armísticio” entre os dois. Mas essa é outra história.

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