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Você paga para usar e não sabe: Pix só é grátis em alguns serviços; entenda
   4 de junho de 2023   │     18:50  │  1

Lançado em outro de 2020, o Pix se transformou no principal meio de pagamentos do Brasil, superando cheques, cartões de débito e crédito, por exemplo.

Em junho de 2021 foram registradas 735 milhões de transferências via Pix no país, segundo Banco Central do Brasil. Em março deste ano foram 3 bilhões de operações, número que deverá ser superado em maio, cuja estatísticas ainda estão incompletas na página do BCB.

Os números do Pix impressionam. Em maio deste ano, eram registrados 149 milhões de usuários, sendo 137 milhões pessoa física (PF) e 12 milhões pessoa jurídica (PJ), além de 418 milhões de contas cadastradas – quase três em média para cada usuário.

Entre os motivos que fazem o Pix tão popular estão a velocidade e a disponibilidade:

  • Transações via Pix são feitas 24 horas por dia, 7 dias por semana (incluindo feriados e dias santos), ou seja, o todo dia o dia todo.
  •  compensação para empresas e pessoas físicas terem o dinheiro em suas é imediata. Diferente de cartões de crédito, débito, cheques, TEDs ou Docs, que vão de minutos a dias, o recebimento via Pix acontece em poucos segundos.
  •  Outro motivo, senão o mais importante, é a percepção generalizada de que as tarifas do Pix são grátis.

Pix só é grátis em alguns casos:

Na verdade, as transações com Pix já são cobradas taxas das empresas. Pela regra do BCB, o serviço é grátis apenas para contas pessoa física, MEI e empresas individuais. Mas atenção: a gratuidade é limitada a 30 operações por mês e só é garantida em operações de pessoa física para pessoa física.

A cobrança do Pix, dependendo da instituição bancária, também pode ser feita nas operações com QR Code dinâmico (considerada comercial), mesmo que o recebedor seja pessoa física ou de quem receber com QR Code de um pagador pessoa jurídica.

Veja o que diz o BCB

Segundo a resolução BCB n° 19 de 1/10/2020, para pessoas físicas, empreendedores individuais e MEIs, não existe cobrança de taxa Pix. Contudo, existe uma exceção. Esse mesmo grupo pode ser tarifado ao receber via Pix se configurada situação de compra.

Para que a cobrança possa acontecer, a pessoa física, o empreendedor individual ou o MEI têm que:

  • Receber mais de 30 Pix por mês, via inserção manual, chave Pix, QR Estático ou serviço de iniciação de transação de pagamento
  • Receber com QR Code dinâmico;
  • Receber com QR Code de um pagador pessoa jurídica;
  • Receber em conta definida em contrato como de uso exclusivo para fins comerciais.

Empresas (PJ) pagam taxa; veja quanto é hoje

Para contas pessoas jurídicas existe a incidência de uma taxa por operação, que varia normalmente de banco para banco. O empresário deve ficar atento. A taxa Pix é menor que TED ou DOC, mas em alguns casos o pagamento de boletos ou transferência conta a conta, no caso da mesma instituição, não é tarifada.

Veja quanto os grandes bancos cobram de taxa PIX

O Banco Central não definiu uma tabela, portanto o valor da tarifa Pix para empresas varia de acordo com a instituição. Veja quanto os maiores bancos tradicionais convencionais cobram de taxa PIX

Tarifa Pix cobrada para transferências (PJ):

  • Banco do Brasil: 0,99% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 10.
  • Bradesco: 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 0,90 e o valor máximo é de R$ 9,00.
  • Itaú: 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1,75 e máxima de R$ 9,60
  • Santander – 1% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 10.

Tarifa Pix cobrada para recebimento (PJ)

  • Bradesco: 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 1,65 e o valor máximo é de R$ 145,00.
  • Banco do Brasil – QR Code: 0,99% do valor da transação, com tarifa máxima de R$ 140.
  • Itaú: até 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150.
  • Santander – QR Code estático ou dinâmico: R$ 6,54; QR Code via checkout: 1,4% do valor transação, com tarifa mínima de R$ 0,95.

Só um grande banco não cobra taxa Pix de empresas

A maioria das instituições financeiras não oferece o Pix gratuitamente para PJs. Entre as instituições tracionais apenas a Caixa não cobra nenhuma tarifa. Outros cinco bancos digitais também não cobram a tarifa: Nubank; Banco Inter; Banco Original; C6 Bank; Linker.

Em outras plataformas, é possível fazer com custo menor. O Transfeera cobra R$ 0,85 e R$ 0,30, a depender da quantidade de pagamentos, para fazer a transferências mesmo de pagamentos realizados a partir de contas em bancos tradicionais.

Fique de olho no extrato:

Para saber se a sua empresa ou você está pagando alguma taxa pelo uso do Pix, consulte o extrato da sua conta ou fale com o gerente do seu banco.

Algumas empresas que migraram seus meios de pagamentos para o Pix estão dando um passo atrás e revisando caso a caso, para evitar custos adicionais. Afinal, o Pix é cobrado para transferência.

Fique atento para Pix Saque e Pix Troco

O BB cobra tarifas para empreas (Pix Saque Saque 2,90 – Pix Troco Saque 2,90), praticamente iguais ao valor do uso do cartão no terminal de autoatendimento (R$ 3,00) a cada operação.

De acordo com o Banco Central, “o valor a ser recebido pelo estabelecimento comercial que disponibiliza Pix Saque e Pix Troco varia entre R$ 0,25 a R$ 1,00 cada transação, dependendo do acordo alcançado com a instituição que contratar para facilitar o serviço.

Quem é pessoa física pode usar o Pix Saque e/ou o Pix Troco até oito vezes durante o mês de maneira gratuita. Depois disso, é aplicada uma taxa no valor de R$ 7,50 sobre os serviços.

Para evitar surpresas é bom ficar de “olho” no extrato ou limitar suas operações até 8 vezes por mês, fazendo ressalva que são 8 vezes ao todo nos dois serviços, ou seja pode ser 4 Troco e 4 Saque, ou 7 Saque e 1 Troco. Acima disso, paga R$ 7,50 por operação.

Fique por dentro;

Pix

Por que usar o Pix no meu negócio?

Estatísticas do Pix

Reprodução (BCB)

   1 de junho de 2023   │     20:46  │  0

Como Paulo vai lidar com insatisfação de servidores,  maior desafio da sua gestão até agora?

O governador Paulo Dantas (MDB) passou a atuar diretamente para tentar minimizar os efeitos de uma decisão dura. A de não conceder a reposição salarial dos servidores, prevista para o mês de maio deste ano.

Não é segredo para ninguém que o Estado de Alagoas perdeu receita com mudanças na tributação dos combustíveis, energia e telecomunicações a partir de junho de 2022.

O Estado, no entanto, deixou para avisar na última hora, que o reajuste anual não seria concedido. A equipe técnica fez reuniões com sindicatos e associações de servidores para apresentar os números e apontar para o risco da concessão da reposição salarial num momento em que o governo visivelmente tem dificuldades para pagar pela realização de serviços na saúde ou para manter o ritmo das obras.

Por mais reais que sejam os números, não é fácil convencer o trabalhador de que ele não terá direito ao reajuste salarial. O argumento de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, por mais verdadeiro que seja, não comove ninguém – literalmente.

Em meio a um cenário de arrecadação estagnada, com incertezas pela  frente, a exemplo da reforma tributária e novas mudanças no ICMS da gasolina, a equipe econômica recomendou ao governador não conceder o reajuste agora. Paulo Dantas levou mais de um mês para tomar a decisão. Até o último momento reluto e disse várias vezes para a equipe que seu desejo era dar o aumento. Ao fim e ao cabo, preferiu não correr o risco de contaminar as finanças do Estado.

A decisão, no entanto, terá danos colaterais. Além da insatisfação, o governo passa a lidar com a possibilidade real de greve de várias categorias, inclusive, na área de segurança pública.

A insatisfação já começou a provocar mudanças na agenda do governador. Nesta quinta-feira (01/06), um dia depois da reunião entre a equipe econômica do governo com sindicatos dos servidores, o governador recebeu representantes do funcionalismo para anunciar um reajuste de 5,79% para os servidores. O problema é o prazo. O reajuste só seria concedido em abril e maio do próximo ano.

O governador passou a administrar diretamente a crise. E sabe, como qualquer um, que os servidores querem o aumento “agora”.

Com a entrada de Paulo em cena, o governo encurta o caminho – tanto da insatisfação, quanto para a solução. Depois de lidar com problemas de atraso no pagamento de prestadores de serviços, caso da saúde, ou de obras, com boa capacidade de resolução, Paulo Dantas passa a lidar certamente com o maior desafio da sua gestão – a insatisfação do servidor.

O governador continuará tentando um caminho para equilibrar as contas e dar o reajuste, mas tudo aponta para o enfrentamento da crise, até onde for possível.

O que está em jogo, para Paulo, é todo o seu governo, tudo que planejou fazer. Dar o aumento agora, pode comprometer a capacidade de investimento do Estado pelos próximos quatro anos. Não dar, por outro lado, pode tornar seu governo impopular.

Paulo terá que ter mais do que jogo de cintura para lidar com essa crise. Seu governo será colocado a prova como nunca. Como ele vai se sair? Aguardem as próximas reuniões do governador com os servidores. Elas vão voltar a ocorrer. E logo.

Paulo se reúne com servidores (Foto: agência Alagoas)

Versão oficial

Veja texto da Agência Alagoas

Paulo Dantas sinaliza com reajuste de 5,79% para servidores estaduais

Medida seria enviada à Assembleia Legislativa, com implantação prevista para abril e maio de 2024

O governador Paulo Dantas se reuniu com representantes de entidades sindicais dos servidores públicos estaduais nesta quinta-feira (1º) e apresentou estudos da equipe econômica que sinalizam para uma reposição inflacionária de 5,79%, referente ao IPCA 2022. O reajuste deve ser aplicado a partir de abril e maio de 2024, em razão das limitações legais impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 “O reajuste será dado. Esperamos que encontremos, junto com os sindicatos, um caminho justo para os servidores e viável para o Estado”, afirmou o governador, já anunciando a manutenção da mesa de negociação com o movimento unificado. O governo do Estado deve enviar a proposta como projeto de lei para a Assembleia Legislativa assim que forem finalizadas as negociações.

Uma nova reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) já foi agendada para a próxima segunda-feira (5), às 10 horas. Paulo Dantas reafirmou que o governo do Estado tem o compromisso de valorizar os servidores públicos, lembrando que, no ano passado, foi concedido um reajuste de 10%, com um acréscimo de mais 5% para os servidores da área de segurança pública, indo na contramão da economia nacional que, em 2022, registrou uma queda de 2,1% no Produto Interno Bruto. “Hoje, os servidores públicos de Alagoas têm a segunda melhor média salarial do país”, salientou.

O governador lembrou que as receitas do Estado sofreram grande impacto financeiro com duas leis complementares de compensação de ICMS. Atrelado ao último aumento de 10,06%, o Governo de Alagoas reestruturou 24 carreiras, em março do ano passado. O projeto beneficiou servidores dos níveis elementar, médio e superior, valorizando o trabalhador ao diminuir distorções salariais. Conforme os dados da Secretaria do Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), as carreiras que tiveram maiores impactos salariais com a reestruturação foram as de bombeiro militar, auditor fiscal, policial civil, delegado, professores e servidores da Saúde.

O governo realizou ainda concursos públicos que deram um incremento de mais de seis a sete mil servidores no Estado, principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança pública. “Administrar é ter condições de ouvir todo mundo e identificar prioridades para planejar e buscar atender a todas as reivindicações”, disse o governador, que se mostrou aberto a manter sempre o diálogo com os servidores.

 “Não queremos colocar o Estado em risco, mas queremos atender a cada servidor público do Estado”, afirmou a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rilda Maria Alves, que contou com o apoio de outros representantes de sindicatos e associações militares e civis.

De acordo com a equipe econômica do governo, as estratégias tomadas ao longo dos anos que favoreceram os últimos aumentos salariais em Alagoas, como os registrados em 2018 (+2,95%), 2021 (+4,52%) e os já mencionados em 2022 (+10,06%) foram a renegociação da dívida pública com a União, a arrecadação obtida com a negociação do ex-banco oficial do Estado, o Produban, e o novo regime previdenciário no AL Previdência.

Os acordos entre os setores público e privado para a realização conjunta de serviços ou obras de interesse da população, como as Parcerias Público-Privadas (PPPs), também tiveram participação fundamental no desenvolvimento econômico e na valorização do servidor do estado de Alagoas, a exemplo do leilão da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), em 2020, que gerou R$ 2 bilhões para os cofres públicos na época.

Inédito: usina de AL quebra três recordes de produção de etanol na mesma safra
   31 de maio de 2023   │     17:24  │  1

No setor sucroenergético nacional é comum a quebra múltipla de recordes de produção. De cana, açúcar, etanol e em alguns casos de energia (cogeração).

Normalmente, a “maior” produção agrícola é acompanhada de recordes na indústria, excetuando-se os casos em que há um menor rendimento da matéria-prima.

E essa foi a regra nos canaviais de Alagoas na safra 2022/2023 que terminou tardiamente, após nove meses, na sexta-feira 26/5.

Na safra 22/23 o ATR médio em Alagoas foi de 121,99 kg, ante 126,85 kg ATR na safra 21/22. NO ciclo anterior a cana chegou a 132,95 kg de ATR, um número próximo da “média” do Estado que fica em torno de 135 kg de ATR.

Em meio a esse cenário, a usina da Cooperativa Pindorama, sediada no município de Coruripe, região sul de Alagoas, não escapou da queda de ATR. A média das canas moídas na indústria caíram de 136,03 Kg/ATR na safra 20/21, para 132,27 Kg/ATR na safra 21/22 e para 126,74 Kg/ATR 22/23.

Ainda assim, Pindorama conseguiu fechar a safra 2023 quebrando, de forma inédita, diversos recordes históricos de produção:.

– Recorde de produção agrícola, com 1,2 milhão de toneladas de cana.

– Recorde na produção de etanol anidro de cana com 26.170 m3

– Recorde na produção de etanol hidratado de cana com 33.635 m3

– Recorde na produção de etanol total de cana com 59.805 m3

– Recorde na produção de etanol de milho com 5.300 m3

A quebra do próprio recorde nas produções de etanol de cana (hidratado e anidro) e de milho, produzido pela primeira vez em Alagoas, levaram a Pindorama a quebrar outra marca histórica.

Pela primeira vez, desde que a sua destilaria de álcool hidratado foi inaugurada em 1982, há 41 anos, com produção diária de 120 mil litros, a cooperativa terminou uma safra com a maior produção de etanol total de Alagoas.

Somadas as três produções, Pindorama fabricou um volume total de 65,1 milhões de litros de etanol, superando a usina Coruripe, sediada no mesmo município, que normalmente é maior produtora de etanol de Alagoas e na safra 2022/2023 produziu 62,591 milhões de litros de etanol.

Maior do Nordeste

O presidente da Cooperativa, Klécio Santos, revela que o crescimento da produção de etanol faz parte da estratégia de negócios da Pindorama. “Nossa meta é tornar a nossa cooperativa na maior produtora de etanol do Norte e Nordeste, o que esperamos já alcançar na próxima safra, com uma produção que certamente deverá passar de 80 milhões de litros”, aponta.

A operação da nova planta de etanol de milho, a partir de fevereiro deste ano, é considerada uma “virada de chave” para a Pindorama. “Em pouco mais de 100 dias conseguimos fabricar mais de 5 milhões de litros de etanol, com o processamento de 350 mil sacos de milho. Essa produção foi encerrada agora (dia 26) com o fim da safra de cana, em função da falta de bagaço para geração de energia, e será retoma daqui a pouco mais de dois meses, quando iremos começar a nova safra de cana. Esperamos no próximo ciclo produzir mais etanol de milho e de cana, atingindo volume que ficará acima de 80 milhões de litros, podendo se aproximar dos 90 milhões”, adianta.

O que é

A quantidade de ATR (Açúcar Total Recuperável) pode aumentar ou diminuir dependo do nível de maturação ou de umidade do canavial, o que influencia diretamente no rendimento industrial da cana, que pode variar em até mais de 10%, impactando na produção de açúcar ou etanol.

A última, de fato

Não, não foi a Sumaúma, a última usina a terminar a moagem desta safra em Alagoas. Foi sim a Pindorama, a primeira a começar e a última encerrar a safra 2022/2023. A “falha” de registro se deu, em parte, em função da novidade que é a produção de etanol de milho no Estado.

Pindorama também deve ser a primeira a começar a próxima safra, entre a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro, com a expectativa de se ultrapassar a marca de toneladas de cana moídas entre 5% a 10%.

“Trabalhamos para sempre aprimorar nossa capacidade. Os obstáculos existem para serem vencidos. Com os esforços de cada um, com preparação e prevenção, nós conseguimos, mais uma vez, superar nossas próprias expectativas, e assim continuaremos a fazer, garantindo o crescimento contínuo de nossa empresa”, disse Klécio Santos.

Klecio Santos, presidente da Cooperativa Pindorama (Foto: Blog do Edivaldo Junior)

Versão oficial

Veja texto da assessoria

Usina Pindorama supera dificuldades climáticas e encerra safra com recorde de moagem

A Cooperativa Pindorama chegou ao final de mais um período de safra, no fim da tarde desta sexta-feira, marcando a moagem 22/23 como a mais extensa da história da empresa e com recorde de toneladas de cana processada, alcançando o expressivo número de 1.204.416,706 toneladas. A Pindorama foi a última indústria sucroenergética em Alagoas a encerrar sua moagem na safra atual.

Iniciada em meados de agosto do ano passado, esta moagem da Usina Pindorama durou exatos 267 dias, cerca de 9 meses, o que é considerado uma anormalidade, já que a logística de colheita, transporte e processamento da cana-de-açúcar dura, em média, 6 meses.

De acordo com o gerente Industrial da Pindorama, Erikson Viana, esse excedente de tempo da safra 22/23 é resultante das condições climáticas anormais do período.

“Com a ocorrência de chuvas acima da média, há o aumento da produtividade do campo, mas, também, a imposição de dificuldades na colheita e transporte da cana”, disse.

Essas dificuldades não foram uma exclusividade da Usina Pindorama. O volume excessivo de chuvas acometeu todo o estado de Alagoas, impondo às usinas muitos obstáculos para a realização da logística da moagem.

Recorde

A safra 22/23 da Usina Pindorama é a maior de sua história também em toneladas de cana moída. A indústria alcançou significativas 1.204.416,706 toneladas de cana moídas, ultrapassando o recorde estabelecido na safra 21/22, quando chegou a 1.052.071,730 toneladas, um aumento de 13% na produção, superando a expectativa de 5% gerada após upgrade tecnológico e melhoria na estrutura do maquinário da usina, implementados pela diretoria durante a entressafra passada.

A quantidade de cana processada gerou uma produção de 63.850.991 litros de álcool e 1.017.417 sacas de açúcar de 50kg, resultando em 50.870 toneladas.

Previsão

Segundo previsão feita pelo presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, a safra 23/24 está prevista para ter início em entre a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro, com a expectativa de se ultrapassar a marca de toneladas de cana moídas entre 5% a 10%.

“Trabalhamos para sempre aprimorar nossa capacidade. Os obstáculos existem para serem vencidos. Com os esforços de cada um, com preparação e prevenção, nós conseguimos, mais uma vez, superar nossas próprias expectativas, e assim continuaremos a fazer, garantindo o crescimento contínuo de nossa empresa”, disse Klécio Santos.

 

Dono de posto acusa distribuidores por “queda lenta” do preço da gasolina em Alagoas
   30 de maio de 2023   │     17:53  │  0

A cantilena é sempre a mesma. Na hora de subir o preço da gasolina (e não só dela), os posto não perdem tempo. Quando é para baixar, a história é outra. Já se vão quase duas semanas que a Petrobas anunciou a redução dos valores, mas o repasse ainda não chegou integralmente aos consumidores, nem em Maceió, nem em Alagoas ou no Brasil.

O preço da gasolina caiu 40 centavos de real na Petrobrás desde o dia 17 de maio, mas até o momento os preços só caíram, em média, 20 centavos nos postos do país em média. Em Alagoas, a redução foi de 18 centavos e na capital alagoana de 19 centavos.

O consumidor reclama, com razão. Mas os donos de postos avisam que não tem culpa. E quem é o responsável? O proprietário de posto em Alagoas com quem conversei esta semana dá uma “dica”. Ele manda nota explicativa da Fecombustíveis (veja abaixo) e pede para fiscalizar os distribuidores.

“Amigo , Edvaldo! Segue nota da Fecombustiveis que talvez ajude a entender o momento que passa a revenda e os preços dos combustíveis no país! Só p lembrar q os donos de postos não estão nadando em mares de dólares, não ! Assim como todos os brasileiros que trabalham honestamente estão lutando pela sobrevivência ( salvo algumas exceções). Abraço sempre cordial!”, disse em mensagem de aplicativo.

Fique atento

A diferença de preços nos postos de Maceió chega, em média, a 10 centavos. Em alguns postos da parte baixa da cidade o combustível estava sendo vendido por R$ 5,37 em média. Em outros postos, o valor segue ainda em R$ 5,45. O consumidor deve ficar atento e procurar um posto confiável, que tenha um preço mais baixo.

Veja quanto caiu o preço da gasolina de acordo com a Agência Nacional do Petróleo

GASOLINA COMUM

Preço médio de revenda de acordo com pesquisa realizada pela ANP nos postos de combustíveis:

14/5/2023 20/5/2023

BRASIL R$/l 5,46

ALAGOAS R$/l 5,69

MACEIO R$/l 5,64

21/5/2023 27/5/2023

BRASIL R$/l 5,26

ALAGOAS R$/l 5,51

MACEIO R$/l 5,45

Faça sua pesquisa: Faça aqui a sua pesquisa na página da ANP

Posto de combustível (Foto: EBC)

Veja a nota

Nota da Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informa que o mercado de combustíveis no Brasil segue regime de preços livres e não de preços controlados. Hoje, os postos de todo o país estão sendo fiscalizados pelos Procons, demandados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que criou um canal para receber denúncias de postos que não estejam cobrando preços justos de gasolina e óleo diesel ou sob alegação de preços abusivos.

O que são preços abusivos?

No regime de preços livres em que se pauta o mercado de combustíveis, não há qualquer tipo de tabelamento, valores máximos e mínimos, participação do governo na formação de preços, nem necessidade de autorização prévia para reajustes de preços.

Desde 1997, o governo federal deixou de controlar o preço dos combustíveis comercializados nos postos de combustíveis. A partir da edição das Portarias Interministeriais 294/97 e 240/2001, os preços são livres e devem se formar de acordo com a dinâmica de oferta e demanda, em um ambiente de livre mercado.

Como funciona o mercado

Os postos de combustíveis compram gasolina e óleo diesel das distribuidoras e não das refinarias. Portanto, não se pode cobrar o repasse integral da queda de preços nas refinarias da Petrobras de R$ 0,40 da gasolina e de R$ 0,44 do óleo diesel nos postos porque as distribuidoras incluem outros custos, além do preço da Petrobras.

As refinarias vendem gasolina A (pura) e óleo diesel A (puro) para as distribuidoras. Quando os produtos chegam nas bases de distribuição são adicionados os biocombustíveis. No caso da gasolina é acrescentado 27% de etanol anidro. Esta gasolina com a mistura recebe o nome de gasolina C, que é a vendida nos postos. O mesmo ocorre com o óleo diesel que recebe adição de 12% do biodiesel, tornando o diesel B, comercializado nos postos. Considerando apenas a composição do combustível (sem impostos): 73% da gasolina é o custo das refinarias e 27% é o custo do etanol anidro. No caso do diesel, 88% é o custo das refinarias e 12% inclui o preço do

biodiesel.

Além dos custos dos biocombustíveis, as distribuidoras também incluem os custos de logística para realizarem todo suprimento de combustíveis no país.

Para reduzir os preços, os postos dependem dos preços cobrados pelas distribuidoras, que dificilmente será na mesma proporção dos custos das refinarias pelas características de funcionamento deste segmento. Ou seja, um terço do custo total dos combustíveis pagos pelo consumidor é referente à refinaria.

Outro importante aspecto é que a Petrobras também não é única supridora dos combustíveis, há outras refinarias privadas, cuja referência é a cotação do petróleo no mercado externo, como é o caso da Ream (Norte do país) e da Refinaria Mataripe, controlada pela Acelen (Bahia).
Além disso, deve-se considerar o volume de produtos importados, que não seguem os preços da Petrobras, mas, sim, da cotação do mercado internacional. Em torno de 20% do óleo diesel e mais de 10% da gasolina são importados.

Vale destacar que a competição no setor da revenda de combustíveis é muito acirrada, são cerca de 42 mil postos de combustíveis no país, cujas margens são bem apertadas e, na grande maioria das capitais, estão abaixo de 10% bruto. Portanto, dificilmente, o consumidor será explorado com preços fora do patamar do mercado, já que num regime de preços livres quanto maior a competição, melhor será o preço ao consumidor final.

Com 130 anos, órgão público de AL vira referência nacional em digitalização e agilidade
   29 de maio de 2023   │     19:56  │  0

Na sexta-feira (26/05) a Junta Comercial de Alagoas (Juceal) completou 130 anos de fundação. É um dos órgãos públicos mais antigos em atividade em Alagoas. E apesar da longa trajetória é também um dos mais modernos, referência nacional em digitalização e na agilidade de processos.

Atualmente, a Juceal tem a mais completa plataforma de serviços on line de Alagoas. “A digitalização acabou com as filas. Hoje, raramente uma pessoa vem até a sede da junta (no bairro do Farol, em Maceió). Tudo se resolve pelo computador ou celular”, aponta o presidente da Juceal, Ricardo Dória.

Dória explica que a abertura de empresas em Alagoas é uma das mais eficientes e mais rápidas do Brasil. Ainda assim a Juceal deve anunciar mudanças nos próximos dias para ganhar ainda mais agilidade. “Estamos integrando nossa plataforma a outros órgãos, a exemplo do IMA e Bombeiros. Isso permitirá um ganho de tempo no processo. Além disso, também estamos alinhando ações com várias prefeituras, tudo para facilitar a vida dos empresários, que poderão abrir sua empresa de casa, em qualquer local de Alagoas”, aponta Dória.

“Os 130 anos da Juceal representam muito mais do que a evolução do registro de empresas, é um período de desenvolvimento do ambiente de negócios em Alagoas, isso porque nenhuma empresa existe sem antes passar pela Junta Comercial. Com a premiação, queremos exaltar os parceiros do dia a dia, aqueles que ajudam a Juceal e a Redesim evoluírem para tornar o trabalho do empresariado alagoano mais fácil e sem grandes burocracias”, explicou o presidente da Junta Comercial, Ricardo Dória.

Números de empresa em Alagoas

Pelos números da Junta Comercial de Alagoas atualizados até 2 de maio, o Estado tem atualmente considerando o “porte” 175.014 microempreendedores individuais (MEIs) ativos. Juntos, eles representam 64% do universo de empresas no estado.

Considerando o porte, Alagoas tem ainda 63.576 microempresas (ME) e 13.665 empresas de pequeno porte (EPP), além de outras 18.656 empresas ‘sem porte’, que inclui cooperativas, sociedade anônima e até empresas públicas.

Por natureza jurídica, a Juceal apresenta os seguintes dados: Empresário Individual: 213.902; Sociedade Empresária Limitada: 53.000; Sociedade Anônima Fechada: 2.326; Sociedade Anônima Aberta: 547; Cooperativa: 356; Sociedade de Economia Mista: 318; Empresa Pública: 233; Consórcio de Sociedades: 103; Sociedade Empresária em Nome Coletivo: 57; Associação Privada: 23; Sociedade Simples Limitada: 15; Cooperativa de Consumo: 5: Sociedade Simples Pura: 5; Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira: 4; Fundação Privada: 3.

Pra comemorar

A Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal) completou 130 anos no próximo dia 26 e, com o intuito de integrar as ações em comemoração à data, o órgão alagoano de registro empresarial criou premiação para homenagear prefeituras, empresas, profissionais e entidades ligadas à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).

A comemoração, antes prevista para o dia 26, foi transferida para o próximo dia primeiro de junho, em função da agenda do governo: “o governador Paulo Dantas fez questão de participar do evento, num reconhecimento ao para importante papel que tem a Juceal na economia e no desenvolvimento de Alagoas”, aponta Dória.

Ao todo, serão 16 premiados, divididos em quatro categorias, que analisam o trabalho promovido pelas prefeituras alagoanas em relação ao registro empresarial, os clientes que utilizam melhor as ferramentas em prol de um registro ágil e eficiente, as empresas mais antigas com registro ativo e as entidades com ações em benefício da Redesim em Alagoas.

Ricardo Dória, presidente da Juceal (Foto: Blog Edivaldo JUnior)