Category Archives: Geral

   1 de junho de 2023   │     20:46  │  0

Como Paulo vai lidar com insatisfação de servidores,  maior desafio da sua gestão até agora?

O governador Paulo Dantas (MDB) passou a atuar diretamente para tentar minimizar os efeitos de uma decisão dura. A de não conceder a reposição salarial dos servidores, prevista para o mês de maio deste ano.

Não é segredo para ninguém que o Estado de Alagoas perdeu receita com mudanças na tributação dos combustíveis, energia e telecomunicações a partir de junho de 2022.

O Estado, no entanto, deixou para avisar na última hora, que o reajuste anual não seria concedido. A equipe técnica fez reuniões com sindicatos e associações de servidores para apresentar os números e apontar para o risco da concessão da reposição salarial num momento em que o governo visivelmente tem dificuldades para pagar pela realização de serviços na saúde ou para manter o ritmo das obras.

Por mais reais que sejam os números, não é fácil convencer o trabalhador de que ele não terá direito ao reajuste salarial. O argumento de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, por mais verdadeiro que seja, não comove ninguém – literalmente.

Em meio a um cenário de arrecadação estagnada, com incertezas pela  frente, a exemplo da reforma tributária e novas mudanças no ICMS da gasolina, a equipe econômica recomendou ao governador não conceder o reajuste agora. Paulo Dantas levou mais de um mês para tomar a decisão. Até o último momento reluto e disse várias vezes para a equipe que seu desejo era dar o aumento. Ao fim e ao cabo, preferiu não correr o risco de contaminar as finanças do Estado.

A decisão, no entanto, terá danos colaterais. Além da insatisfação, o governo passa a lidar com a possibilidade real de greve de várias categorias, inclusive, na área de segurança pública.

A insatisfação já começou a provocar mudanças na agenda do governador. Nesta quinta-feira (01/06), um dia depois da reunião entre a equipe econômica do governo com sindicatos dos servidores, o governador recebeu representantes do funcionalismo para anunciar um reajuste de 5,79% para os servidores. O problema é o prazo. O reajuste só seria concedido em abril e maio do próximo ano.

O governador passou a administrar diretamente a crise. E sabe, como qualquer um, que os servidores querem o aumento “agora”.

Com a entrada de Paulo em cena, o governo encurta o caminho – tanto da insatisfação, quanto para a solução. Depois de lidar com problemas de atraso no pagamento de prestadores de serviços, caso da saúde, ou de obras, com boa capacidade de resolução, Paulo Dantas passa a lidar certamente com o maior desafio da sua gestão – a insatisfação do servidor.

O governador continuará tentando um caminho para equilibrar as contas e dar o reajuste, mas tudo aponta para o enfrentamento da crise, até onde for possível.

O que está em jogo, para Paulo, é todo o seu governo, tudo que planejou fazer. Dar o aumento agora, pode comprometer a capacidade de investimento do Estado pelos próximos quatro anos. Não dar, por outro lado, pode tornar seu governo impopular.

Paulo terá que ter mais do que jogo de cintura para lidar com essa crise. Seu governo será colocado a prova como nunca. Como ele vai se sair? Aguardem as próximas reuniões do governador com os servidores. Elas vão voltar a ocorrer. E logo.

Paulo se reúne com servidores (Foto: agência Alagoas)

Versão oficial

Veja texto da Agência Alagoas

Paulo Dantas sinaliza com reajuste de 5,79% para servidores estaduais

Medida seria enviada à Assembleia Legislativa, com implantação prevista para abril e maio de 2024

O governador Paulo Dantas se reuniu com representantes de entidades sindicais dos servidores públicos estaduais nesta quinta-feira (1º) e apresentou estudos da equipe econômica que sinalizam para uma reposição inflacionária de 5,79%, referente ao IPCA 2022. O reajuste deve ser aplicado a partir de abril e maio de 2024, em razão das limitações legais impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 “O reajuste será dado. Esperamos que encontremos, junto com os sindicatos, um caminho justo para os servidores e viável para o Estado”, afirmou o governador, já anunciando a manutenção da mesa de negociação com o movimento unificado. O governo do Estado deve enviar a proposta como projeto de lei para a Assembleia Legislativa assim que forem finalizadas as negociações.

Uma nova reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) já foi agendada para a próxima segunda-feira (5), às 10 horas. Paulo Dantas reafirmou que o governo do Estado tem o compromisso de valorizar os servidores públicos, lembrando que, no ano passado, foi concedido um reajuste de 10%, com um acréscimo de mais 5% para os servidores da área de segurança pública, indo na contramão da economia nacional que, em 2022, registrou uma queda de 2,1% no Produto Interno Bruto. “Hoje, os servidores públicos de Alagoas têm a segunda melhor média salarial do país”, salientou.

O governador lembrou que as receitas do Estado sofreram grande impacto financeiro com duas leis complementares de compensação de ICMS. Atrelado ao último aumento de 10,06%, o Governo de Alagoas reestruturou 24 carreiras, em março do ano passado. O projeto beneficiou servidores dos níveis elementar, médio e superior, valorizando o trabalhador ao diminuir distorções salariais. Conforme os dados da Secretaria do Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), as carreiras que tiveram maiores impactos salariais com a reestruturação foram as de bombeiro militar, auditor fiscal, policial civil, delegado, professores e servidores da Saúde.

O governo realizou ainda concursos públicos que deram um incremento de mais de seis a sete mil servidores no Estado, principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança pública. “Administrar é ter condições de ouvir todo mundo e identificar prioridades para planejar e buscar atender a todas as reivindicações”, disse o governador, que se mostrou aberto a manter sempre o diálogo com os servidores.

 “Não queremos colocar o Estado em risco, mas queremos atender a cada servidor público do Estado”, afirmou a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rilda Maria Alves, que contou com o apoio de outros representantes de sindicatos e associações militares e civis.

De acordo com a equipe econômica do governo, as estratégias tomadas ao longo dos anos que favoreceram os últimos aumentos salariais em Alagoas, como os registrados em 2018 (+2,95%), 2021 (+4,52%) e os já mencionados em 2022 (+10,06%) foram a renegociação da dívida pública com a União, a arrecadação obtida com a negociação do ex-banco oficial do Estado, o Produban, e o novo regime previdenciário no AL Previdência.

Os acordos entre os setores público e privado para a realização conjunta de serviços ou obras de interesse da população, como as Parcerias Público-Privadas (PPPs), também tiveram participação fundamental no desenvolvimento econômico e na valorização do servidor do estado de Alagoas, a exemplo do leilão da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), em 2020, que gerou R$ 2 bilhões para os cofres públicos na época.

Servidores do Estado devem ficar sem reajuste salarial em 2023: “queda na receita”
   31 de maio de 2023   │     20:49  │  1

O governo de Alagoas vai manter as negociações com os servidores estaduais, mas ficou praticamente definido, desde já, que provavelmente não haverá concessão de reajuste salarial este ano.

A queda de receita do ICMS, provocada pela mudança na tributação dos combustíveis, energia e telecomunicações, afetou negativamente a arrecadação própria de Alagoas a partir de junho de 2022, com uma perda de até R$ 100 milhões por mês.

Esse seria o principal motivo para o governo não conceder a reposição da inflação. Mas não o único. O governo também lida com a pressão de despesas provocada pelo aumento na contratação de novos servidores concursados, especialmente na área de segurança, além da implantação do piso da enfermagem.

Pela regra, o reajuste geral deveria chegar a 5,8%, que corresponde a variação do IPCA em 2022 e deveria ser concedido em maio, dada base da categoria. Mas, de acordo com os estudos apresentados nesta quarta-feira (31/5) pela equipe econômica do governo (veja abaixo), o reajuste poderia comprometer a capacidade de pagamentos e levar o Estado a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A concessão do reajuste diante do atual cenário elevaria, segundo o estudo o gasto com pessoal para 51,37% da arrecadação da Receita Corrente Líquida (RCL) – “ultrapassando significantemente o limite da LRF e implicando em consequências graves para Alagoas”, diz trecho do estudo.

Na reunião, que contou com participação de representantes dos servidores, a secretária especial do Tesouro Estadual, Monique Souza de Assis, fez uma análise técnica das despesas fiscais e de pessoal do estado, com base no IPCA de 2022 com exercício para 2023. “Na Despesa Bruta de Pessoal (DBP), o Estado pulou de R$ 5,4 bilhões em 2021 para um pouco mais de R$ 6,4 bilhões em 2022 – ano em que diversas carreiras públicas foram reestruturadas beneficiando os servidores”, diz texto da Agência Alagoas.

A secretária da Fazenda de Alagoas, Renata dos Santos, não participou da reunião porque está em Brasília participando de discussões sobre a reforma tributária. Por aplicativo, ela confirma que existe um esforço de toda a equipe para equilibrar as contas, especialmente diante da perda de arrecadação do ICMS dos combustíveis, energia e telecomunicações.

Como exemplo, cita o ICMS da gasolina, que até junho de 2022, antes da lei que foi aprovada no Congresso Nacional com articulação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), era de cerca de R$ 1,72 por litro.

“Infelizmente o golpe que sofremos no ICMS em 2022 trouxe dificuldades para esse ano. Para você ter uma ideia, se pegarmos a gasolina, a preços de dez/21 e convertermos para a metodologia Adrem o valor (do ICMS) seria R$ 1,74 por litro. O que vai entrar agora em vigor (monofasia, a partir de 01/6) é de R$ 1,22”, pondera,

Sobre o estudo, Renata explica que ele “está muito bem-feito” e que “mesmo tomando todas as providências” seria arriscado arcar com o reajuste agora. A expectativa dela e do governador Paulo Dantas é buscar alternativas para conceder, assim que possível, o reajuste ao funcionalismo.

“Para o governador e toda a sua equipe, o servidor é prioridade. Ele determinou todo o esforço para que a gente busque uma solução e estamos trabalhando nisso, mas não podemos correr o risco de desequilibrar a capacidade de pagamento do Estado, de colocar em risco tudo que foi conquistado até agora. Vamos continuar trabalhando para encontrar caminhos que levem ao aumento da receita e, dessa forma, possibilite sem ferir a LRF, a concessão do reajuste para todos os servidores”, aponta.

Estudo foi apresentado durante reunião com servidores na Seplag (Foto: Secom)

Versão oficial

Veja texto da assessoria

Reajuste dos servidores: Governo de Alagoas confirma queda na arrecadação, mas mantém diálogo com categorias

Durante reunião nesta terça-feira (30), o Comitê de Negociação Sindical do Estado de Alagoas (CONES) apresentou um panorama da atual situação fiscal demonstrando a inviabilidade de reajuste para os servidores estaduais. A queda na arrecadação de ICMS provocou uma reorganização nas finanças já que o Governo de Alagoas garantiu as reestruturações de carreiras, a realização de concursos e o natural crescimento vegetativo da folha de pagamento.

O anúncio assegurou que o limite de gastos com pessoal não será ultrapassado, para que o Estado não vá de encontro ao que define a Lei de Responsabilidade Fiscal. Caso o Estado conceda o reajuste diante do atual cenário estaria gastando 51,37% da arrecadação – ultrapassando significantemente o limite da LRF e implicando em consequências graves para Alagoas.

A secretária especial do Tesouro Estadual, Monique Souza de Assis, fez uma análise técnica das despesas fiscais e de pessoal do estado, com base no IPCA de 2022 com exercício para 2023. Na Despesa Bruta de Pessoal (DBP), o Estado pulou de R$ 5,4 bilhões em 2021 para um pouco mais de R$ 6,4 bilhões em 2022 – ano em que diversas carreiras públicas foram reestruturadas beneficiando os servidores.

Monique constatou ainda que existe um crescimento em termos de valores em relação à despesa bruta de pessoal. Em apenas um ano, o aumento na folha deu um salto de R$ 1 bilhão. Houve um aumento valoroso na Despesa com Pessoal e uma queda na Receita Corrente Líquida, onde os indicadores apontam que o Estado está se aproximando cada vez mais nos limites estabelecidos da LRF. Outro impacto que está nas contas do Estado é a aplicação do Piso da Enfermagem, além das convocações dos novos concursados.

Além disso, em 2021 houve aumento salarial de 4,52% e em 2022 de 10,06%, como também uma revisão especial para os profissionais da área da Segurança Pública em 15%. Outro exemplo apresentado foi a Instituição do Teto Remuneratório Único, o qual traz um impacto de R$ 242 milhões até 2025, sendo que 24 carreiras foram beneficiadas pela reestruturação salarial.

Essa queda na arrecadação desde o ano passado pode ser facilmente atribuída a “perda brutal” de receita com o ICMS sobre combustíveis, desde a chegada das Leis Complementares 192 e 194 de 2022, que foram decisivas na redução da arrecadação dos entes federativos.

SEGURANÇA FINANCEIRA

O CONES analisou que caso o Governo de Alagoas conceda reajuste em 2023 assumiria riscos futuros como a possibilidade de atrasos na folha de pagamento dos servidores estaduais; dificuldades de caixa para pagamentos de fornecedores; necessidade de reavaliação de investimentos; cortes em despesas fixas e, no caso das sanções da LRF, a demissão de servidores não estáveis e até mesmo a improbidade administrativa do Gestor.

O Comitê recomendou o acompanhamento constante do desempenho da receita estadual nos próximos meses, observando a variação da despesa ao longo do exercício para uma posterior leitura da situação e do cenário.

Renan quer TCU no caso Braskem: “que se apure o valor total do dano ambiental”
     │     13:36  │  0

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) entrou uma nova  representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Braskem.

No texto, apresentado no dia 26 de maio, o pedido é para a a instauração de processo de Tomada de Contas Especial, “para que se apure tempestiva e corretamente o valor total do dano ambiental a ser reparado pela Braskem S/A”.

A representação tem como causa o dano ambiental provocado pela empresa em vários bairros de Maceió, atingindo mais de 20 mil famílis em 2018. O senador acusa a empresa de se esquivar de responsabilidade em desastre ambiental por meio de acordos fraudulentos.

Na representação, o senador insiste que o TCU  tem competência para atuar na fiscalização e determinar os valores reais que devem ser pagos pela Braskem, a título de reparação dos danos provocados ao Estado de Alagoas,a prefeitura de Maceió e as vítimas do “acidente”, que ele trata como crime ambiental.

“Ante o exposto, reitera-se o provimento in totum dos pedidos suscitados na presente Representação, tendo em vista a inegável competência desta Corte de Contas para apurar os danos ambientais causados à União pela empresa Braskem S/A”, diz trecho do documento.

Na prática, Renan Calheiros solicita a intervenção do TCU na análise dos acordos celebrados entre o Ministério Público Federal (MPF) e a empresa Braskem S/A, relacionados aos danos ambientais causados pela exploração de Sal-gema em Alagoas.

O senador argumenta que a participação dos órgãos competentes, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), foi ausente nos acordos, resultando em prejuízos para a União e o erário público.

Renan destaca ainda a responsabilidade da União na quantificação correta dos danos ambientais, citando a legislação que atribui a competência à União para legislar, fiscalizar e apurar danos decorrentes da atividade de mineração.

Além disso, ressalta que a ausência da Advocacia-Geral da União (AGU) nas negociações comprometeu a adequação e eficácia dos acordos.

O senador também menciona a legitimidade da União para propor ação civil pública e realizar acordos com o causador do dano, conforme a Lei 7.347/85. Ele destaca que o MPF não possui competência para representar a União em demandas judiciais, sendo essa atribuição exclusiva da AGU.

Além disso, ressalta que a União possui responsabilidade objetiva nos casos de danos ambientais e que a omissão do Estado no dever de fiscalização pode levar à cobrança do débito em desfavor da própria União.

O senador enfatiza a competência do TCU na apuração dos danos ambientais causados e destaca a importância de uma correta análise dos valores e condições dos acordos celebrados.

Leia aqui a representação na íntegra:Manifestação – Instrução – Braskem

 

 

O “presentinho” da Aneel para AL: o 2o mais pobre terá a 4a energia mais cara do Brasil
   26 de maio de 2023   │     11:33  │  1

Em tempos de governo Lula, a Petrobras acabou com a paridade internacional do petróleo e baixou os preços do gás de cozinha e dos combustíveis. O governo federal também está reduzindo os impostos para baratear os carros novos.

Na contramão do governo federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acaba de dar de “presentinho” para os alagoanos um lugar mais alto no pódio das maiores tarifas de energia do Brasil.

Até este sábado (27/5) a tarifa comum residencial cobrada em Alagoas de R$ 0,75409 kwh é a sétima maior do Brasil. A partir do próximo domingo 28, a conta de energia terá aumento médio de 17,59%, com reajuste de 14,57% para os consumidores residenciais.

A Aneel, que deu o reajuste atendendo pedido da Equatorial Alagoas, não se deu ao trabalho sequer de informar o valor da nova tarifa. O blog fez os cálculos. Considerando o reajuste, a tarifa vai passar para R$ 0,85983.

Para entender melhor, calculamos o efeito em uma conta residencial com 189 kw em Maceió. O valor pago em abril deste ano foi de R$ 187,73 pelo consumo da energia já com impostos, mais R$ 28,22 que é cobrado em separado e vai para a prefeitura. O valor total da conta checou a R$ 215,95. A aplicação do reajuste nesta mesma deve provocar um impacto de R$ 27, calculado a partir da elevação linear de 14,5% somente sobre o consumo. Neste caso o consumo seria de R$ 214 mais os mesmos R$ 28 da taxa de iluminação pública, totalizando R$ 242.

No bolso de 1,3 milhão de alagoanos

A Equatorial Alagoas tem 1,3 milhão de unidades consumidoras, com faturamento de R$ 2,43 bilhões. Em 2022, o reajuste teve efeito médio de 19,8%. A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu em reunião no 2 de maio prorrogar por 15 dias as tarifas da Equatorial Alagoas. O reajuste deveria ser aplicado a partir de 3 de maio.

Durante a apresentação, o representante do conselho de consumidores da concessionária, Carlindo Lins, lembrou que apesar dos índices de qualidade estarem dentro do limite regulatório, a tarifa atualmente era a sétima mais cara do país e poderia ser a quarta com o reajuste. Outro ponto sinalizado é que o PIB per capita do estado é o 26º do país e que 41% dos consumidores residenciais é de baixa renda.

Ou seja, para a Aneel, o mais pobres devem pagar mais caro para garantir os lucros dos acionistas das distribuidoras de energia desestatizadas. Justo o contrário do que começa a ocorrer na Petrobras. Mas essa é outra história.

Fique por dentro

Aprovado Reajuste Tarifário Anual de 2023 da Equatorial Alagoas

Aneel prorroga por 15 dias tarifas da Equatorial Alagoas

 

Procon “bonzinho” acha normal demora no repasse da redução da gasolina em Alagoas
   24 de maio de 2023   │     8:16  │  0

O Procon em Alagoas deu, nesse terça-feira (23/5) uma grande demonstração de compreensão com a demora dos distribuidores e revendedores de combustíveis em repassar a queda de preços ao consumidor em Alagoas.

O preço da gasolina caiu 40 centavos de real na Petrobrás desde o dia 17 de maio, mas até o momento os preços só caíram, em média, 10 centavos nos postos de Maceió

Apesar da demora em repassar a queda no preço – quando é para aumentar o repasse é praticamente imediato – o Procon de Alagoas vê com naturalidade esse processo e prevê que só ao final deste mês a redução do valor dada pela Petrobras chegará ao consumidor.

E não é só o Procon Alagoas. O Procon Maceió e o Procon Arapiraca também foram fiscalizar os preços nos postos. E todos, aparentemente compreendem a “dificuldade” que os postos tem de repassar o preço ao consumidor. Em alguns casos alegam que um dos problemas é o “estoque” dos postos.

Um detalhe, no entanto, deveria ser observado pela fiscalização: os estoques dos postos, especialmente de Maceió, duram em média de 24 a 48. E lá se vão 168 horas que a gasolina da Petrobras está sendo entregue no Porto de Maceió 40 centavos mais barata. Custava R$ 3,115 por litro até 16 de maio e passou a custar R$ 2,715 a partir de 17 de maio.

Nos postos de Maceió, a queda é na média de 10 centavos até agora, embora o Procon “bonzinho” tenha encontrado postos que está praticando uma redução maior.

“Tabelado”

Em Maceió, a redução média verificada em alguns postos da parte baixa da cidade, a partir de levantamento do blog, em cerca de 10 centavos por litro, o que que corresponde a uma variação de apenas -1,7% no preço ou quatro vezes menor do que os 40 centavos de queda nas refinarias.

Na maioria dos postos de bairros como Farol, Jaraguá, Centro e Trapiche, era vendida entre R$ 5,57 e R$ 5,59 por litro, o combustível está oscilando neste sábado (20/5) entre R$ 5,47 e R$ 5,49.

Pode até não ser, mas o movimento de preços, lembra um “tabelamento” informal ou pode não passar de mera coincidência.

Procon de Alagoas fiscaliza postos de combustíveis (Foto: assessoria)

Confira o posicionamento dos Procons (leia abaixo, na íntegra)

Procon Alagoas

  • Nossa competência é a de averiguar os valores atuais e, mais adiante, fazer um comparativo dos preços finais para garantir que até o final deste mês de maio os preços nas bombas estejam de acordo com o que a lei determina e sejam cobrados de forma justa aos consumidores”, diz o diretor-presidente do Procon-AL, Daniel Sampaio.
  • Para o coordenador de fiscalização do órgão, João Lessa, mesmo que alguns postos já estejam cobrando valores menores em relação aos praticados no último final de semana, só no final do mês é que o período de adequação estará finalizado. Desde a semana passada o Procon vem fiscalizando postos na capital e no interior, como nesse último final de semana, no Governo Trabalhando, no Alto sertão de Alagoas:.

Procon Maceió

  • “Estamos realizando durante toda a semana uma série de fiscalizações para certificar que os postos de combustíveis estão aplicando a nova política de preço. Em algumas situações essa redução do valor acontece de maneira gradativa, por conta do estoque, mas logo em breve o consumidor irá sentir em sua totalidade o novo valor nas bombas”, afirmou o coordenador de fiscalização, Daiwison Alves.
  • Em casos de reclamações ou denúncias, a população pode entrar em contato com os canais de atendimento do Procon Maceió pelo 0800 082 4567 ou no WhatsApp (82) 98882-832

Procon Arapiraca

  • De acordo com o coordenador-executivo do Procon, João Pedro Oliveira, a equipe constatou uma redução de R$ 0,10 A R$ 0,15 no valor da gasolina e de R$ 0,30 no valor do Diesel S10, conforme as notas fiscais de compra. “É importante salientar que essa redução de R$ 0,40 anunciada pela Petrobras foi para a gasolina pura, que não é a que chega os postos, que ainda tem toda a composição e mistura até chegar às bombas e ao consumidor final. Vamos continuar acompanhando pelos próximos dias para ver se vai haver algum desconto a mais ou alteração. Estamos atentos e atuando”, diz ele.

Redução

  • A Petrobras anunciou na terça-feira (16/5) mais uma redução do preço do diesel e da gasolina para as distribuidoras. A medida passou a valer a partir da quarta-feira (17).
  • Segundo a Petrobras, o litro do diesel passa de R$ 3,46 para R$ 3,02, uma redução de R$ 0,44 por litro ou 12,8%. Já o litro da gasolina será reduzido de R$ 3,18 para R$ 2,78, um recuo de R$ 0,40 ou 12,6%.

 

Veja aqui o posicionamento dos Procons na íntegra:

Procon Maceió fiscaliza postos de combustíveis após anúncio da nova política de preços

PROCON ARAPIRACA INVESTIGA PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS EM 14 POSTOS DO MUNICÍPIO

PROCON ALAGOAS PARTICIPA DE FORÇA-TAREFA NO DIA DO MUTIRÃO DO PREÇO JUSTO NESTA QUARTA-FEIRA (24)