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Alagoas sob ameça: crise na agroindústria afeta presente e futuro do estado
   31 de março de 2017   │     22:04  │  0

Desde os tempos do Brasil colônia, a principal atividade da economia de Alagoas é a cana-de-açúcar. Mesmo com todos as resistências e críticas de alguns setores da sociedade, o estado sempre viveu desse setor. A diversificação da economia nunca saiu, de fato, do campo das propostas e até hoje não surgiu nenhuma atividade econômica capaz de substituir a agroindústria canavieira, com os mesmos níveis de emprego e renda.

Os 200 anos de Alagoas, comemorados em 2017, podem e devem servir de reflexão. Que tipo de atividade econômica queremos para nossa terra?

A resposta, seja qual for, precisa vir logo, até porque o setor sucroalcooleiro alagoano está – literalmente – definhando.

Sem perspectivas de retomada de sua capacidade produtiva no curto prazo, a agroindústria vai agonizar pelos próximos anos e, junto com ela, toda a economia do estado.

Levantamento feito pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas aponta para grandes e graves perdas para a economia alagoano.

Em função da queda de produção, as safras 13/14 e a safra atual deixaram de circular pelo menos R$ 8 bilhões na economia do estado.

O ciclo da cana é anual. A planta colhida em outubro precisa de água e adubo para voltar a crescer e ser colhida no mesmo mês do ano seguinte. Com a seca e falta e recursos para os tratos culturais, já se sabe que a próxima safra será até 30% menor do que a moagem 16/17, uma das menores da história.

Nesse cenário, vão deixar de circular mais R$ 4 bilhões na economia de Alagoas”, aponta Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL.

Faça as contas: são R$ 12 bilhões a menos circulando diretamente na economia.

Impacto no caixa do Estado

A crise na agroindústria canaveira afeta toda a economia alagoana. O setor emprega em média 80 mil trabalhadores por safra, é grande consumidor de insumos como combustíveis, fertilizantes, agroquímicos etc etc etc.

O secretário da Fazenda, George Santoro, adianta que o estado já começou a sentir a queda na arrecadação dos setores que atuam mais diretamente com a cana-de-açúcar. A preocupação, agora, é com o “contágio” de outros setores.

Quanto a questão do impacto do setor sucroalcooleiro vamos estudar. Uma queda de produção para 13 milhões de toneladas ou até para 10 milhões de toneladas é muito significativa e com certeza irá gerar impacto em toda a economia. Ainda não dá para precisar vamos começar a fazer os estudos, com diferentes cenários (10 milhões, 13 milhões, 15 milhões) e ver como isso refletirá em empregos, arrecadação, renda, comércio e retração”, pondera.

A produção histórica de Alagoas é de uma média de 28 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Os números atuais sugerem uma redução de quase 50%, para um setor que responde diretamente por mais de 20% do PIB do Estado. É sim preocupante.

Seca também futuro da pecuária

O estrago da seca não ameaça apenas o futuro do setor sucroalcooleiro. A pecuária de corte e leite do estado está totalmente comprometida, alerta o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas, Domício Silva: “em algumas regiões, a redução do rebanho chega a 40%”, pondera.

Quando a chuva voltar, aponta Domício, será preciso que o estado trabalhe num programa para recompor seus rebanhos, a começar pela recuperação de pastagens: “para isso será preciso que o produtor tenha acesso a novas linhas de crédito. Sem isso, nossa atividade será drasticamente reduzida”, enfatiza.

Federação da Agricultura de Alagoas entrega pauta de reivindicações a Michel Temer
     │     19:38  │  0

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas, Álvaro Almeida, quebrou o protocolo durante jantar promovido pela CNA com Michel Temer para entregar uma carta de reivindicações ao presidente.

Álvaro contou, para isso, com a ajuda do ministro Maurício Quintella (Transportes), que também participou do encontro. “O ministro ajudou na entrega do documento e vai acompanhar uma resposta. Pedimos ao presidente que prorrogue o pagamento das dívidas de produtores rurais do Nordeste nos bancos oficiais. Não pedimos nenhum outro benefício. Só a prorrogação, porque com a seca ninguém vai poder pagar nada este ano”, resume.

A assessoria da Faeal fez texto sobre o encontro entre Almeida e Michel Temer. Veja:

Álvaro Almeida entrega pauta de reivindicações a Michel Temer

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, participou nesta terça-feira, 28, de um jantar promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na sede da entidade de classe, em Brasília, com o presidente da República, Michel Temer.

Na ocasião, o líder dos produtores rurais alagoanos entregou ao presidente um documento contendo a pauta de reivindicações do setor agropecuário do Estado.

“Foi um material elaborado pela Faeal em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, pedindo à adoção de políticas públicas de curto, médio e longo prazo para o desenvolvimento sustentável do nosso setor primário alagoano”, declarou.

No documento, o presidente da Faeal reforça que o Nordeste tem enfrentado uma das piores secas da história. Em Alagoas, os efeitos acumulados durante os últimos seis anos, de forte estiagem, estão causando sérios impactos negativos na economia do Estado.

Além de dificultar, ou até mesmo impossibilitar, o desenvolvimento de atividades ligadas ao setor agropecuário, a falta de chuvas impõe uma grave restrição hídrica a famílias alagoanas.

“Açudes, riachos, lagoas, nascentes e até mesmo rios perenes estão totalmente secos. Esta situação não vinha sendo relatada há mais de um século em nosso Estado. A consequência direta desta situação climática é observada na redução de 50% na produção da principal cultura, cana- de-açúcar, que chegou a marca de 30 milhões toneladas em 2007 e, na atualidade, próximo de 15 milhões de toneladas, gerando uma queda de receita de estimada em R$ 2 bilhões”, alertou Álvaro Almeida.

Segundo o documento, nos demais setores da agropecuária, as consequências são proporcionalmente semelhantes. Na atividade de produção leiteira, predominantemente no semiárido, a redução da produção está por volta de 40%, mesmo nas propriedades cuja gestão planeja a disponibilidade de insumos produtivos para alguns anos de seca.

Na pecuária de corte, estima-se uma perda de ganho de peso de mais de 1.600.000 de arrobas de carne, só para o ano de 2017, havendo também a mortandade de milhares de animais, até nas regiões próximas do litoral onde normalmente as chuvas ocorriam em maior volume.

Na produção de grãos, o Estado enfrenta reduções de até 80%. “Estamos recorrendo às políticas publicas de proteção aos agricultores familiares, como o Garantia Safra, para garantia mínima de sobrevivência dessas famílias. Raízes e tubérculos, culturas importantes para a agricultura familiar, também sofrem com a redução na produção, produtividade, ou até mesmo a inviabilidade em plantio”, reforçou Almeida no documento.

Diante deste cenário, a Faeal apresentou as seguintes reivindicações: criação de linha de crédito especial; construção de reservas hídricas; recomposição de canaviais; recomposição de rebanhos; disponibilização de recursos para o Canal Adutor do Sertão Alagoano; consolidação da implantação do Centro de Pesquisa da Embrapa no Estado de Alagoas; publicação da Portaria Interministerial que regulamenta a venda subsidiada do milho para o Nordeste e uma novasubvenção da cana-de-açúcar, entre outros pontos.

Encontro

Acompanhado pelos demais dirigentes das federações brasileiras, o presidente da CNA, João Martins, apresentou ao chefe do Executivo Nacional um documentos com as demandas sobre infraestrutura e logística para o escoamento dos produtos agropecuários.

Na oportunidade, após receber as reivindicações do setor agropecuário nacional, Temer reafirmou o compromisso com o setor agropecuário e agradeceu aos representantes do segmento que sustentou a economia do país durante momentos de crise. “Nos momentos mais difíceis, pudemos perceber que vocês conseguiram sustentar a economia brasileira”, afirmou.

Veja aqui, o documento na íntegra: carta a Michel Temer

alvaro e mcihel temer

Reprovação a Michel Temer chega 67% no Nordeste e a 55% no país
     │     17:15  │  0

O Ibope divulgou pesquisa, nesta sexta-feira, 31, sobre a aprovação do governo do presidente Michel Temer. A média nacional de reprovação é de 55%, pior índice desde junho do ano passado. O levantamento aponta o Nordeste como a região do país onde o presidente tem os piores índices de popularidade. No Nordeste, 67% dos entrevistados disseram avaliar o governo como ruim ou péssimo.

A pesquisa divulgada hoje foi realizada entre os dias 16 e 19 de março e ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A baixa popularidade no Nordeste foi apontada pela pesquisa mesmo depois da visita do presidente à região, no dia 10 de março, quando inaugurou um trecho das obras de transposição do rio São Francisco.

Em dezembro, numa visita a Maceió, Temer afirmou que gostaria de ser lembrado, apesar de ser paulista, como o “melhor presidente nordestino” que o país já teve.

O Ibope divulgou hoje a pesquisa. Veja o texto:

Na pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o governo do Presidente Michel Temer é avaliado como ruim ou péssimo por 55% dos entrevistados, um aumento de 9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao levantamento realizado em dezembro de 2016. Esse percentual é o mais baixo observado desde a primeira pesquisa realizada após Temer ter assumido interinamente a Presidência, em junho de 2016 (39%). O crescimento da avaliação negativa é observado em praticamente todos os segmentos analisados, mas é maior entre os moradores dos municípios de até 50 mil habitantes (aumento de 17 p.p. na comparação com a pesquisa de dezembro), entre os que possuem até a 4ª série do ensino fundamental (13 p.p.), entre aqueles que têm entre 25 e 34 anos (13 p.p.) e de 45 a 54 anos (12 p.p.). Dentre as regiões brasileiras, o Nordeste continua sendo a mais insatisfeita com o governo do Presidente Michel Temer: 67% dos entrevistados avaliam seu desempenho negativamente. Aqueles que avaliam o governo do peemedebista de forma regular somam 31% (eram 35% em dezembro) e 10% o consideram como ótimo ou bom (em dezembro eram 13%).

Vale ressaltar que a proporção de entrevistados que não sabe avaliar o desempenho governo vêm diminuindo: eram 13% em junho de 2016, 12% em setembro, 6% em dezembro e agora representa 4% da amostra.

Em relação à forma de governar, observa-se a mesma tendência da avaliação negativa: 73% desaprovam a maneira como Temer governa o país (eram 64% em dezembro), enquanto 20% o aprovam. A desconfiança em relação ao Presidente também aumenta: 79% declaram que não confiam nele (contra 72% em dezembro), enquanto 17% confiam.

Comparando com o governo da ex-Presidente Dilma Rousseff, se em junho do ano passado 25% dos entrevistados acreditavam que o governo do peemedebista estava sendo pior, agora 41% fazem essa afirmação. Quase quatro em cada dez entrevistados acreditam que está sendo igual (38%) e 18% acreditam que está sendo melhor.

Mais da metade dos entrevistados (52%) acredita que o restante do governo de Michel Temer será ruim ou péssimo (eram 43% em dezembro), enquanto 28% acreditam que será regular (contra 32% há três meses). Aqueles que acreditam que o restante do governo será ótimo ou bom recuam de 18% para 14%.

Avaliação por área de atuação

A pesquisa investigou também a opinião dos brasileiros sobre diversas áreas de atuação do governo. O movimento identificado nas medidas de avaliação, aprovação e confiança, não é observado com a mesma intensidade na avaliação por áreas. No entanto, em todas elas, parcela significativa dos brasileiros desaprova a atuação do governo. Dentre todas as áreas avaliadas, nota-se que a insatisfação com a atuação do governo em relação aos impostos é a que mais cresce nesse período (eram 80% em dezembro contra 85% no atual levantamento). Além dos impostos, aparecem em seguida, a taxas de juros, a segurança pública e a saúde (80% de desaprovação para a primeira e 79% para as duas últimas).

Opiniões sobre o cenário político

Para mais da metade dos entrevistados (54%) as notícias relacionadas ao governo Michel Temer são mais desfavoráveis (eram 47% em dezembro). Aqueles que consideram as notícias nem favoráveis nem desfavoráveis foram de 25% para 21% e os que percebem as notícias mais favoráveis oscilam de 13% para 12%. Esse mesmo percentual é observado entre aqueles que não sabem opinar ou não respondem à pergunta.

As notícias sobre as discussões da Reforma da Previdência são lembradas por 26% dos entrevistados (foram citadas por apenas 2% em dezembro). Em um patamar inferior, são mencionadas as notícias envolvendo os acontecimentos recentes da Operação Lava Jato (9%), notícias sobre corrupção no governo em geral (5%) e notícias sobre manifestações pelo Brasil (4%). As notícias positivas acabam sendo ofuscadas pelas notícias negativas na memória dos respondentes, como por exemplo, o saque das contas inativas do FGTS que aparece com apenas 2% das menções. Quase dois quintos (36%) não sabem ou não mencionam espontaneamente nenhuma notícia relacionada ao governo do atual Presidente.

avaliação governo temer

Operação da PF na ALE chegou com atraso de mais de 3 anos
   30 de março de 2017   │     18:55  │  0

A informação está em todos os veículos da mídia local: a Polícia Federal (PF) cumpriu etapa, na manhã desta quinta-feira 30, da Operação Sururugate, numa ação conjunta com a Controladoria Geral da União em Alagoas (CGU/AL) para apurar desvios de até R$ 150 milhões entre 2010 e 2013, feitos através da folha de pagamento do Legislativo.

Nove deputados e um ex-deputado (atualmente conselheiro do Tribunal de Contas) são alvos da investigação de um esquema que desviava dinheiro público através de pagamentos a “servidores fantasmas”. A lista incluía beneficiários do Bolsa Família e até gente morta.

O que há de novo na operação? A julgar pelo que foi dito à imprensa, nada. A investigação chega com uma atraso de pelo menos 3 anos.

O esquema de pagamentos irregulares foi denunciado publicamente em junho de 2013 pelo deputado federal João Henrique Caldas, que era deputado estadual até 2014.

JHC também encaminhou a denúncia para vários órgãos públicos, entre os quais a CGU e o Ministério Público Estadual.

Segundo denúncias da época, transformadas em ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra membros da antiga Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pelo Ministério Público Estadual em dezembro de 2016 ALE, o ex-presidente da ALE, Fernando Ribeiro Toledo, o deputado estadual Marcelo Victor Correia – que está de volta ao mesmo cargo que ocupava no período das denúncias, o de 1o Secretário – e o ex-diretor financeiro da Casa Luciano Suruagy do Amaral Filho foram acusados de efetuar pagamentos desprovidos de qualquer amparo legal a servidores daquele.

De Brasília, o deputado federal JHC disse que não conhece detalhes da operação Srurugate, mas espera que ela aprofunde as investigações: “tive de dificuldades de ter acesso aos documentos e informações, ainda assim denunciamos um esquema que é semelhante ao que foi divulgado agora”, aponta.

Não se sabe se a operação é ou não reflexo das denúncias feitas por JHC. O que se sabe, com certeza, é que esta investigação demorou muito para começar. Desde as denúncias já se vão quase quatro anos.

Vai parar por aí?

Na sessão da ALE desta quinta-feira, 30, o deputado Rodrigo Cunha disse que irá solicitar formalmente que a Controladoria Geral da União (CGU) não pare a investigação em 2013: “Não posso fechar os olhos para o que está acontecendo dentro desta Casa”.

 

Qual o polítco que mais trabalha por AL? Veja o que diz pesquisa
     │     10:59  │  4

Qual o político você acha que mais trabalha por Alagoas? A pergunta foi feita por pesquisa do Ibrape, realiza entre os dias 6 e 9 de março, com 2 mil eleitores, em 49 cidades de Alagoas.

Divulgado aqui, em primeira mão, o levantamento circulando nas mãos de diferentes lideranças políticas do Estado.

De acordo com o levantamento espontâneo, Renan Filho é, na opinião do alagoano o político que mais trabalha por Alagoas. O governador foi lembrado por 9,1% dos entrevistados. Na sequência foram citados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 6%, o senador Renan Calheiros com 4%, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, com 2,7% e o senador Benedito de Lira, com 2,1%.

Outros nomes conhecidos da política alagoana também foram citados pelos entrevistados. É o caso de JHC (1,5%), Cícero Almeida (1,2%), Fernando Collor (1,2%), Teotonio Vilela (1,1%) e Ronaldo Lessa (1%).

Não sabe e não opinou, aparece com 63,8%.

Senadores

O Ibrape também perguntou, em questão estimulada, qual o senador que mais trabalha por Alagoas. O senador Renan Calheiros com ficou em primeiro, seguido de Fernando Collor (17%) e Benedito de Lira (13%). Não sabe e não opinou, aparece com 41%.

Governo, Senado e presidência

A pergunta foi feita na mesma pesquisa que chegou aqui através de um dirigente partidário inclui a opinião do alagoano sobre as eleições para governo do estado, presidência da república e Senado.

Se as eleições fossem hoje, segundo o levantamento estimulado para a presidente, Lula (PT) teria 43%, Marina (Rede) 11%, Aécio (PSDB) 9%, Bolsanaro (PSC) 7%, Serra (PSDB) 5%, Temer (PMDB) 2%, Ciro (PDT) e Alckmin (PSDB) 1% cada, sendo 8% indeciso e 13% de branco e nulo.

Para o governo do estado a pesquisa traçou vários cenários, sempre com o governador Renan Filho como candidato. Num confronto direto com Rui Palmeira (PSDB) Renan Filho (PMDB) teria 42% contra 25% do prefeito de Maceió, numa diferença de 17 pontos.

Para o Senado, a pesquisa fez simulações com 4 nomes. No resultado geral, com a soma primeiro e do segundo votos, Renan ficou com 35%, Téo com 27%, Marx com 23%, Biu com 21%.ibrape2

ibrape21