Safra de cana-de-açúcar em Alagoas entra na reta final com perspectiva de redução
   5 de março de 2024   │     17:59  │  0

Levantamento realizado pelo Sindaçúcar-AL, com dados coletados junto às unidades produtoras do estado até 15 de fevereiro, revela que foram processadas 16,2 milhões de toneladas de cana na safra 23/24, provenientes de mais de 6,5 milhões de fornecedores.

De acordo com o levantamento, a produção aumentou cerca de 10% em comparação com o mesmo período do ciclo anterior. No entanto, a expectativa é que a safra atual termine com uma redução na produção agrícola, entre 5% e 10%.

Explicando o motivo, a safra 2022/2023 foi mais prolongada devido às chuvas durante o período de colheita, estendendo-se até meados de maio, quase dois meses além do período normal de encerramento no Estado. Na safra anterior, a produção agrícola atingiu 20,8 milhões de toneladas, enquanto no ciclo atual, estimativas do Sindaçúcar-AL e da Asplana indicam que será inferior a 20 milhões de toneladas.

Apesar disso, a produção de açúcar e etanol deve permanecer estável, graças a um maior rendimento da cana-de-açúcar. Segundo Edgar Filho, presidente da Asplana, o ATR (Açúcar Total Recuperável) da cana está maior nesta safra: “O rendimento industrial aumentado, que significa maior produção de açúcar por tonelada, compensa a queda na produção agrícola, que será reduzida, especialmente devido à queda na produtividade”, explica.

A safra 2023/2024 deve encerrar no período tradicional no Estado, entre meados de março e início de abril. “Acreditamos que será uma safra menor, com previsão de alcançar 19,5 milhões de toneladas”, destaca o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.

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