Téo Vilela e Marcos Fireman, como adiantei ontem, seguiram a recomendação de assessores e decidiram “mandar” uma carta resposta para ser lida no programa de Ronaldo Lessa. Governador e secretário foram eminentemente burocráticos. Os dois se limitaram a rebater as alfinetadas de Almeida e prometeram continuar trabalhando por Alagoas.
Já o senador Benedito de Lira, que também ganhou direito de resposta em tempo igual, de um minuto, preferiu o estilo “olho no olho”. Biu botou a cara na TV e falou direto, mandando recado para Cícero Almeida.
“A justiça que lhe tirou da TV é a mesma justiça que me deu o direito de resposta”, disse o senador, se referindo a acusação de que teria sido o responsável pela proibição de Almeida aparecer no guia eleitoral durante mais de duas semanas.
O senador do PP lembrou que ajudou Maceió com recursos para diversas obras e encerrou sua fala de um minuto na TV garantindo que vai continuar trabalhando para trazer recursos para “o prefeito Rui Palmeira”. Ele nem sequer usou a palavra “futuro” e já tratou o candidato tucano como prefeito. Será vidência?
Quem te viu, quem te vê
Até meados deste ano, Cícero e Biu eram aliados e grandes amigos pessoais. A relação dos dois ficou estremecida com o processo eleitoral de 2010. Depois das eleições o prefeito passou a reclamar de que acordos não teriam sido cumpridos nem pelo senador, nem pelo governador Téo Vilela.
Agora em 2012 os dois passaram a atuar em campos opostos, estremecendo a relação – até mesmo em nível pessoal.
Os dois – é bom lembrar – tem sangue quente e língua nervosa. Se entrarem em confronto aberto, como se ensaia, poderemos ouvir de tudo. Menos afagos.