O PP nacionalmente fechou com Dilma e no Estado vai de Eduardo Campos. O PTdoB nacional fechou com Aécio Neves mas em Alagoas o partido está na Frente de Oposição, que apoia Dilma Rousseff.
Liberadas para composições locais, outras legendas – a exemplo do Solidariedade, PR, PSC e PRB – estão montando coligações diferentes da nacional em Alagoas.
É o caso também, a partir de agora, do PTB. A direção nacional decidiu fechar com o candidato tucano, mas a decisão não vai afetar coligações em Alagoas. O partido vai continuar onde já estava: na Frente de Oposição, que apoia Dilma Rousseff.
Eraldo Firmino, dirigente estadual do PTB, lembra que “Os estados ficam liberados para manter os acordos locais e esta decisão será apresentada à convenção nacional do PTB, no próximo dia 27 de junho, em Salvador”.
O senador Fernando Collor continua, sem dificuldades de qualquer ordem, defendendo a reeleição da presidente. Ele repete posição assumiu em 2010, quando o PTB ficou com Serra e ele votou com Dilma e mantém coerência com sua atuação nos últimos quatro anos. Esse, aliás, é o comportamento que se espera de todos candidatos.
Durante reunião com integrantes do diretório estadual do Democratas nesta segunda-feira, 23, José Thomaz Nonô pediu afastamento da presidência do partido Estado por 120 dias. “A licença é necessária para que eu possa me dedicar a coordenação no Nordeste da campanha de Aécio Neves”, explicou.
Na verdade ao se afastar de suas funções no partido, faltando apenas uma semana para a convenção, Nonô vai deixar os candidatos do DEM mais à vontade para se decidir. O que pesa, no momento, são as coligações proporcionais.
Se prevalecer a posição política de Nonô, não restará outra opção ao DEM senão fechar com o PSDB. Até porque Zé Thomaz é o coordenador da campanha de Aécio Neves no Nordeste. Pegaria mal ele ficar na presidência do partido que negocia a coligação com palanques que apoiam Eduardo Campos e Dilma Roussef.
O fato é que, pelo que se sabe, Benedito de Lira quer o DEM e para atrair o partido teria oferecido a vaga de senador para Omar Coêlho. Se esse convite se confirmar Biu deve perder de vez o Solidariedade. O partido voltou a trabalhar a candidatura de João Caldas, que deve disputar o Senado. Ou em aliança com o PSDB ou com o PP.
A convenção do DEM será no próximo dia 30. Até lá muitas conversas vão rolar. O partido agora está divido em três frentes. Um grupo mais próximo a Nonô defende aliança com Eduardo Tavares, Omar Coelho prefere Benedito de Lira e Jeferson Morais adoraria ver o DEM coligando com a Frente de Oposição.
A assessoria do DEM mandou texto sobre a reunião desta segunda:
Candidatos do Democratas/AL debatem coligação para pleito eleitoral
Membros do diretório estadual do Democratas em Alagoas estiveram reunidos, na manhã desta segunda-feira (23), para discutir os rumos do partido para o pleito eleitoral de 2014. Durante a reunião, José Thomaz Nonô solicitou o afastamento da presidência da sigla no Estado por 120 dias. “A licença é necessária para que eu possa me dedicar a coordenação no Nordeste da campanha à presidência da República de Aécio Neves”, explicou Nonô.
Após uma conferência entre os pré-candidatos a deputados estadual e federal, o partido apresentou 5 postulantes ao cargo na Câmara Federal e 9 à vaga na Assembleia Legislativa. Os correligionários acordaram em dar continuidade à determinação do diretório na ampliação dos diálogos com as demais correntes políticas, a explicou que o objetivo da reunião foi debater entre os correligionários as diretrizes do partido. “O cenário das eleições está em aberto e o Democratas busca fomentar e fortalecer seu espaço. Uma comissão partidária está conversando sobre as possíveis coligações”, disse.
Com a licença de José Thomaz Nonô, o vice-presidente de Assuntos Econômicos Rainor Marinho assume interinamente a presidência do Democratas em Alagoas.
A passagem de Eduardo Campos por Alagoas, no último sábado, provocou uma crise inesperada no grupo que dá apoio à candidatura do senador Benedito de Lira ao governo.
Presidente nacional do PSB, Campos frustrou o seu partido ao “recomendar” que Alexandre Toledo deixasse a disputa ao Senado para concorrer a vaga de vice na chapa de Benedito de Lira. Teria o presidenciável tentado, com o gesto, agradar sua vice, Marina Silva que é amiga e aliada de Heloísa Helena.
O gesto de Campos também abriu crise com o DEM, partido que Benedito de Lira tentava atrair oferecendo a vaga de vide para Omar Coêlho. Biu teve que retirar o convite, de “última hora”.
A maior crise no entanto foi aberta com o PPS. O presidente do partido, Régis Cavalcante, foi pego de surpresa com a decisão e reagiu: “quando fechamos a aliança com o PSB existia o compromisso de que tudo teria que ser discutido no grupo, nenhuma decisão seria tomada unilateralmente. A mudança foi feita sem nos consultar. Fomos apenas comunicados no dia seguinte”.
Por conta do descontentamento, o PPS já marcou nova convenção para o próximo dia 30. O partido caminha para o rompimento com Benedito de Lira e, pelo que se sabe, reabriu diálogo com o PSDB.
“Vamos reavaliar essa aliança e estudar novas alternativas. Temos até o dia 30 para tomar uma decisão”, adianta Régis.
Já disse aqui e repito: até 30 de junho, último dia permitido pela Justiça para realizar as convenções, tudo pode acontecer na política alagoana.
Alguns partidos já haviam marcado para essa data suas convenções. É o caso de PSDB, DEM, SD e, agora, PROS.
Líder da bancada na Câmara Federal e presidente do PROS em Alagoas, Givaldo carimbão explica porque mudou a data da convenção, que aconteceria no último dia 20: “depois da decisão do TSE, que aumentou o número de vagas para deputado estadual achei melhor rediscutir as coligações proporcionais e por isso mudamos o dia”.
Givaldo Carimbão adianta que o objetivo é eleger ao menos dois deputados estaduais pelo PROS: “estamos conversando com alguns partidos e o tempo extra vai nos ajudar a arrumar melhor nossa chapa”.
Carimbão poderia fazer como alguns partidos que só entregam a ata alguns dias depois da convenção e mudam a decisão. “Propus uma lei para que a ata seja entregue até 6 horas depois da convenção, para acabar com isso. Convoquei outra convenção para ser coerente”.
Na oposição
Carimbão evita falar sobre chapa majoritária, mas o PROS deve confirmar mesmo a aliança com a Frente de Oposição. O que estaria faltando, além de um entendimento dele com o governador Teotonio Vilela Filho seria detalhes acerca das coligações proporcionais.
Na campanha de 2012 a Saúde ganhou atenção de todos os candidatos à prefeitura da capital. Era o setor – e continua sendo- apontado com um dos piores pelo maceioense.
Depois que assumiu, o prefeito Rui Palmeira avisou que a situação era pior do que ele e sua equipe imaginavam.
Gente trabalhando sem contrato, unidades de saúde em situação de penúria… faltava de tudo, até perspectivas para resolver o imbróglio, por conta do desarranjo administrativo e da falta de experiência dos primeiros gestores da Pasta no serviço público.
Ao nomear, no começo de maio deste ano, a médica Sylvana Medeiros para a Secretaria de Saúde de Maceió Rui Palmeira parece ter feito uma nova aposta. Depois de tentar com dois secretários escolhidos dentro do seu grupo, ele foi buscar “fora” uma profissional experiente na gestão da saúde pública. Sylvana estava na secretaria adjunta da Saúde do Estado quando foi convidada para o cargo.
Agora, quase dois meses depois, o prefeito de Maceió acredita ter encontrado na médica Sylvana Medeiros o “remédio” para curar o “calo” de sua gestão: a Saúde.
“Acredito que a Sylvana vai avançar rumo as melhorias que nossa cidade tanto precisa”, aponta.
Além de reformar e equipar 34 postos de saúde que “herdou” aos frangalhos, Rui Palmeira espera melhorar a gestão na saúde partir do recenseamento de servidores que será feito no segundo semestre: “vamos começar o processo pela Saúde, onde enfrentamos as maiores dificuldades”
Por conta dos limites da LRF e das dificuldades em contratar pessoal, Rui vai administrar as UPAs através de OS: “no momento é nossa única opção”, diz. A UPA do Trapiche que já está sendo equipada deve funcionar ainda no segundo semestre do ano.
Um papo sobre tudo
Coversei com Rui Palmeira essa semana sobre vários temas – inclusive sobre política. Nos próximos dias vou postando, aqui, o conteúdo da entrevista que realizei com o prefeito em seu gabinete.
