Monthly Archives: maio 2015

Para governo, greve da PC acontece em “momento inoportuno”
   26 de maio de 2015   │     0:03  │  3

O governador foi vencido pelos números. Em temos de vacas magras, ele dobrou-se, literalmente, à realidade imposta pela LRF.

Não vai dar reajuste aos servidores públicos porque a lei não permite e porque não tem dinheiro em caixa. E ponto final (ou quase).

Renan Filho sabe que essa decisão significa um imenso desgaste com o funcionalismo, setor que se já não tem mais o mesmo peso de antes ainda é muito importante no mundo político e eleitoral.

No entanto, a maior preocupação do governador e sua equipe é com os “efeitos colaterais” que serão provocados pela insatisfação generalizada do funcionalismo e pela paralisação de servidores, a começar pela greve por tempo  indeterminado da polícia civil, decretada na sexta-feira, 22.

Para o governo, avalia um importante servidor do Palácio dos Palmares, a greve da PC foi decretada num “péssimo” momento: “a greve vem justo agora, quando o estado está conseguindo reduzir os índices de violência e de homicídios fortemente”, aponta.

Dados que chegaram ao governador apontavam, até a semana passada, para uma queda de 50% no número de homicídios neste mês de maio. A redução seria mais acentuada em Maceió, onde poderia chegar a mais de 60%.

A equipe do governador avalia que a greve da polícia civil pode prejudicar o trabalho que vem sendo realizado na segurança, justo a área em que o governo tem tido, até o momento, melhor desempenho.

Apesar do “inconveniente”, o governo não parece disposto a ceder nas reivindicações feitas pelo Sindipol. Os policiais querem a implantação do PCCS para todos os policiais, reposição das perdas salariais e um piso de 60% do salário de delegado.

Impacto

O comando de greve apresentou ao delegado geral, Paulo Cerqueira, a pauta de reivindicações dos policiais: pagamento retroativo das progressões do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), o enquadramento dos aposentados, o fim do número de cotas para progressão, IPCA mais ganho real, piso salarial de 60% da remuneração dos delegados de polícia, pagamento de risco de vida (periculosidade e insalubridade), entre outros.

Somente com a implantação de 40 processos de PCCS, em média, por mês, o impacto,segundo o “importante servidor”, chega a R$ 100 mil. Se desse o retroativo a janeiro, como querem os policiais, o governo calcula que o impacto real seria de R$ 1,2 milhão por mês: “o estado não tem caixa para isso”, resume.

Mesa da ALE convoca votação de veto da 17a para esta terça
   25 de maio de 2015   │     17:41  │  0

A mesa diretoar da Assembleia Legislativa acaba de definir a votação do veto da 17a Vara para esta terça-feira, 26. O ato de convocação da sessão, com esta pauta, já foi assinado pelos integrantes da mesa e será publicado no Diário Oficial de Alagoas amanhã.

A expectativa da bqncada do governo é manter o veto com margem apertada. Para derrubar o veto são necessários 14 votos.

Volto depois com mais Detalhes.

Atraso de pagamentos deixa Secretaria de Saúde á beira do caos em AL
     │     14:09  │  0

Base do tripé de prioridades do governo, ao lado de educação e segurança, a saúde do Estado está mergulhada numa crise sem precedentes.

O atraso no pagamento de fornecedores mudou a rotina da Sesau – nesta segunda-feira, 25, mais um protesto de fornecedores foi realizado em frente a sede da Sesau, em Maceió – e ameaça o funcionamento de serviços de urgência como o Samu e do HGE.

Apesar dos protestos crescentes a Secretaria de Saúde não consegue dar uma resposta clara sobre a situação. Na quarta-feira, 20, a secretária Rozangela Wyszomirska, disse que o pagamento referente ao ano anterior será efetuado seguindo orientação da Controladoria Geral do Estado (CGE), responsável pela auditoria.

A secretária também informou que iria iniciar o processo de pagamento dos débitos com os fornecedores a partir do dia 20, pagando os processos em ordem crescente.

“Serão quitados os débitos, respeitando a ordem crescente dos valores acumulados por CNPJ “, explicou a secretária.

A falta de informação clara só serviu para aumentar oi imbróglio. A Sesau não disse quanto vai pagar, quando e muito menos a quem vai pagar. Outra dúvida é sobre o pagamento dos processos de 2014. A Secretaria da Saúde de Alagoas diz que tem dívida de R$ 118 milhões relativa ao ano passado.

O que a Sesau promete, no caso das dívidas contraídas sem o devido trâmite legal é a apuração “das responsabilidades e posterior responsabilização”. As irregularidades constatadas nos procedimentos serão encaminhadas ao MPE.

As explicações não resolvem o problema. A Secretaria de Saúde não deixa claro sequer se os fornecedores que estão na sua porta, cobrando, tem dívidas a receber deste ano, do ano passado ou dos dois. Enquanto não der uma resposta clara e não informar como será o pagamento, efetivamente, a situação tende a se agravar.

 “Interdição ética do HGE”

A situação do HGE foi levantada numa coletiva de imprensa pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), Fernando Pedrosa, no último dia 21. Ele tornou público o caos que o Hospital Geral do Estado vem passando com a falta de materiais básicos de saúde e espaço para o alojamento de macas.

Wellington Galvão, presidente do Sindicato de Médicos de Alagoas, também participou da coletiva e concorda que o HGE deveria sofrer uma “interdição ética”.

“Se não fosse o único hospital de urgência e emergência que temos aqui, ele hoje teria tido uma interdição ética. Se fosse um hospital privado que estivesse nessas condições, o governo já teria ido interditar, como fez com o hospital de Pão de Açúcar. Não lembro de ter visto nunca uma situação como esta”, lamentou Wellington Galvão.

Mais informações sobre o diagnóstico do Cremal neste link: http://www.cremal.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21621%3Ahge-hoje&catid=3%3Aportal&Itemid=454

 

Greve da polícia civil avança e causa ‘surpresa’ ao governo
   24 de maio de 2015   │     20:45  │  2

Até sexta-feira, 22, a noite, antes de encerrar o expediente no Palácio dos Palmares, o secretário do Gabinete Civil aguardava a “comunicação oficial” sobre a greve dos Policiais Civis, decretada na tarde do mesmo dia, em assembleia da categoria.

“Fomos pegos de surpresa”, resumiu o secretário ao comentar a greve com um dos assessores.

É claro que FF não foi pego de surpresa pela greve da PC. O que faltou, é bom frisar, foi o  comunicado oficial. Mas qualquer um já sabia, especialmente ele que participou das negociações com a categoria, que a greve seria decretada.

A comunicação oficial tem um formal, burocrático. É a partir dela que o governo vai definir o que fazer. O estado está estudando como reagir ao movimento, mas o esforço, avisa Fábio Farias, é para manter o diálogo com a categoria: “de nossa parte, continuamos na mesa de negociação”, pondera.

Terminada a assembleia, um grupo de policiais foi protestar em frente ao Palácio dos Palmares. Quem conhece sabe que os policiais civis de Alagoas são organizados, tem poder de mobilização e conseguem sustentar uma greve por um longo período. Ah! Eles também conseguem fazer “ecoar” suas reivindicações “alto e bom som”.

Os efeitos da greve, no entanto, serão sentidos a partir desta semana.

O comando do movimento percorreu as delegacias avisando o que “pode” e o que não “pode” funcionar durante a greve, segundo orientação do Sindipol:

O que os agentes vão fazer:

1 – Lavrar auto de prisão deflagrante, autos de apreensão em flagrante, BOCs;
2 – Buscar as refeições dos presos (somente através de viatura descaracterizada);
3 – Entrega dos procedimentos e materiais aos órgãos de destino (somente através de viatura descaracterizada);
4 – Lavratura do procedimento relativo a cumprimento de mandados de prisão.

O que os agentes não vão fazer:

1 – Boletins de Ocorrência;
2 – TCOs:
3 – Apreensão de materiais sem autoria;
4 – Levantamento preliminar de local de crime (acionar a Força Nacional);
5 – Remoção de presos (acionar o Bope).

Veja o que diz texto publicado na página do Sindipol

Comando de greve orienta Centrais e se reúne com Delegado Geral

Neste final de semana, o Comando de Greve está intensificando as mobilizações e fortalecendo o movimento paredista dos policiais civis, deflagrado na última sexta-feira (22).

No sábado, o comando de greve esteve nas Centrais de Flagrantes I, II e III e definiu as orientações aos policiais civis sobre a realização dos serviços durante greve, como lavrar auto de prisão deflagrante, de apreensão em flagrante, BOCs e lavratura do procedimento relativo ao cumprimento de mandados de prisão.

Veja aqui o texto completo:

http://www.sindpol-al.com.br/2015/05/comando-de-greve-orienta-centrais-e-se-reune-com-delegado-geral/

‘Onda de demissões’ aumenta e Alagoas perde  mais de 15 mil empregos em 2015
   23 de maio de 2015   │     18:05  │  0

A crise econômica nacional começa a afetar fortemente o mercado de trabalho formal em Alagoas, setor que “nadava de braçadas” até 2013 e teve desempenho acima da média nacional em 2014 no Estado.

Em abril deste ano, segundo dados do relatório do Caged/ Ministério do Trabalho e Alagoas registrou 8.504 admissões e 21.773 demissões, fechando ou com saldo negativo de -13.269 empregos postos de trabalho com carteira assinada, com variação negativa de -3,63% em relação ao estoque do mês anterior.

Os dados do Ministério do Trabalho  mostram que somente nos quatro primeiros meses deste ano Alagoas registrou 40.173 admissões e 55.607 demissões, registrando saldo negativo de -15.434 empregos em 2015. A redução sobre igual período do ano anterior é -4,19%.

A ‘onda de demissões’ que começou a ser sentida em abril, com a perda de 2,1 mil postos de trabalho, tende a se agravar, não somente com os dados de abril, mas também pela falta de perspectivas no curto prazo de geração de empregos em setores significativos da economia.  A expectativa, infelizmente, é de aumento das demissões até o final do primeiro semestre.

Em parte o saldo negativo se deve aos desligamentos registrados no setor sucroalcooleiro, que encerrou a safra, na maioria das usinas do estado,  em abril. Mas não é só.

Os efeitos mais negativos da desaceleração da economia podem ser percebidos em segmentos específicos como a indústria de transformação (no caso alagoano, principalmente setor sucroalcooleiro) e comércio. Esses setores são os que mais fecharam postos de trabalho no Estado.A construção civil fechou o mês com saldo positivo, mas registra saldo negativo no acumulado do ano (veja tabela)

As maiores baixas foram registradas nos setores da agropecuária (-238 vagas),  indústria de transformação (-13.064) e comércio (-193). Os setores que criaram mais vagas em março foram construção civil (104 vagas), e serviços (59) e serviços de utilidade pública (37).

Setor de serviços perde capacidade de gerar novos empregos

O setor de serviços foi um dos poucos que registrou saldo positivo, mas parece ter perdido sua capacidade de gerar novos empregos. Em abril foram gerados apenas 59 novos postos de trabalho neste setor no estado.

Em março, o setor de serviços gerou 1.571 postos de trabalho no Estado. No acumulado do ano o saldo positivo é de 3.322 empregos e nos últimos doze meses o setor gerou 8.685 empregos. É justo neste dado – o de geração de empregos em doze meses – que a desaceleração fica evidente. Até março de 2015, o saldo de doze meses era de 9.112 e caiu em abril para 8.685.

caged al abril

Maceió e Arapiraca

As duas maiores cidades de  Alagoas tiveram comportamento semelhantes no mercado de trabalho, fechando com pequeno crescimento.

Arapiraca que registram bom saldo no ano (1.889 novos empregos), no entanto só gerou 5 novos empregos com carteira assinada em abril, uma variação de apenas 0,02% em relação ao mês anterior. A capital do agreste parece começar a sofrer os também com os efeitos da crise nacional.

Maceió apresentou em abril uma leve recuperação. No mês a capital do Estado gerou 365 novos empregos formais, o que  ajudou a diminuir o saldo negativo de empregos no ano, que caiu, no primeiro quadrimestre para -55 vagas, em situação de estabilidade. No entanto, nos últimos doze meses a capital alagoana gerou 3.803 novos postos de trabalho, mais da metade dos postos de trabalho gerados no estado.

 

 caged maceio e arapis abril