O Palácio dos Palmares confirmou a posse do empresário Arthur Albuquerque na Secretaria do Trabalho do governo nesta terça-feira (21).
A posse do novo secretário de Estado do Trabalho e Emprego, Arthur Albuquerque, que substitui a Sérgio Figueiredo, será conduzida pelo governador Renan Filho.
O novo secretário foi indicado para o cargo pelo deputado federal Nivaldo Albuquerque, mantendo o critério” do governo RF de contemplar a bancada federal com cotas no primeiro escalão. Todos os deputados e senadores da base aliada tem indicações semelhantes no governo.
A solenidade está marcada para as 10h, no Palácio República dos Palmares.
A substituição de Figueiredo por Albuquerque acontece, segundo Renan Filho, em momento de mudanças no Governo de Alagoas.
Essa é a terceira mudança no primeiro escalão do Executivo somente este ano. Christian Teixeira deixou o Planejamento para assumir a Saúde; e Fabrício Marques assumiu a Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).
O ex-secretário do Meio Ambiente de Maceió, David Maia, ganhou generosos espaços na imprensa ao responsabilizar a Casal e, por tabela, o governo do Estado, por esgotos irregulares e até por línguas negras nas praias de Maceió.
David foi secretário da Sempma entre 2015 e 2016 e deixou o cargo para assumir, em março do ano passado, a superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM).
Ainda como secretário de meio ambiente e depois como superintende da Slum, Davi andou trocando farpas com dirigentes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e outros órgãos do Estado.
Agora na nova função, ao que parece, ele também virou vidraça.
Essa semana coube a Maia cumprir intimação do IMA contra a prefeitura de Maceió, que foi obrigada a limpar o sargaço das praias da cidade, sob pena de ser autuada.
A história ganhou repercussão e a prefeitura, cumprindo a determinação do órgão estadual, fez a limpeza das praias.
Do outro lado dessa história está o presidente do IMA, Gustavo Lopes, outro jovem que tem muito em comum com David. Ambos são filhos de políticos, tem boa formação técnica e conseguem se destacar nas funções que exercem.
Em outras palavras, estamos vendo apenas mais um capítulo da “briga” entre prefeitura da capital e governo do estado na área ambiental. Não faltará munição aos dois lados para ocupar espaços na mídia daqui por diante. É só uma questão de “vontade política”.
Veja a remoção do bagaço na versão do Ima e da Slum:
Após ser intimada prefeitura de Maceió retira sargaço da praia
Após passar quase 10 meses desde a realização de uma reunião entre técnicos, para tratar do problema com o sargaço na orla de Maceió, e o recente envio de uma intimação pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), a prefeitura da capital passou a retirar o material orgânico que se acumulava na areia junto com grande quantidade de lixo e causava desconforto aos usuários, na região da Ponta Verde.
Prefeitura remove sargaço das areias da Ponta Verde
Desde a última terça-feira (14), a Prefeitura, por meio da Superintendência de Limpeza Urbana(Slum), está realizando a operação de limpeza do sargaço na orla da Ponta Verde. O órgão já havia procurado o Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) para que fosse encontrada a melhor solução para a remoção do sargaço, considerando os transtornos causados ao turismo e à população.
Foram quase dois anos de espera. Mas nesta nesta quinta-feira, 16, o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig) aprovou a operação de empréstimo internacional para as usinas do Nordeste, com aval do Fundo Garantidor de Exportações (FGE).
A aprovação era o que faltava para viabilizar o empréstimo internacional que deve beneficiar as usinas de Alagoas com a captação de até US$ 300 milhões (mais de R$ 900 milhões pelo câmbio atual), de um total de US$ 500 milhões que podem ser negociados com as empresas da região Nordeste.
Com a decisão tomada, segundo um importante executivo do setor sucroalcooleiro de Alagoas condições da operação são conhecidas e já é possível começar a fazer a contratação da operação com os bancos.
O empréstimo será negociado com o agente financeiro – o Credit Swiss Bank – individualmente pelas empresas. De Alagoas, pelo que se sabe, tem interesse na operação a Coopeertrading (Cooperativa dos Usineiros), Caeté, Santo Antônio e Coruripe.
A aprovação das regras da securitização pelo Cofig era, na prática, o que faltava para tirar a operação financeira do papel e assegurar a captação dos recursos pelas usinas. O empréstimo será garantido pelas exportações dentro da cota americana de açúcar.
Importante passo
A operação de empréstimo internacional foi a saída para tentar salvar as usinas do Nordeste da grave crise financeira – agravada pela seca -em que se encontram. As empresas não tem acesso a outras linhas de crédito.
A inclusão do açúcar no FGE foi uma iniciativa que contou com a mobilização de políticos alagoanos, especialmente o governador Renan Filho, o senador Renan Calheiros e a bancada federal de Alagoas. A normatização foi instituída através de Medida Provisória, aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Michel Temer em junho de 2016.
“Considero fundamental essa operação para a recuperação da agroindústria canavieira de Alagoas. Com os recursos, as empresas vão renovar seus canaviais, que estão envelhecidos e com baixa produtividade, além de normalizar seus pagamentos, beneficiando a economia do estado”, aponta o governador Renan Filho.
O presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) Edgar Filho também comemora a informação: “esse empréstimo é a esperança de recuperação do setor, de forma mais rápida. Com mais recursos, as usinas, além de regularizar seus compromissos, podem fortalecer a parceria com os fornecedores de cana. Toda a atividade canavieira de Alagoas será beneficiada com essa operação”, enfatiza.,
Quanto é
A operação de empréstimo internacional para as usinas do Nordeste, negociada com o Credit Swiss Bank, gira em torno de US$ 500 milhões para as empresas da região Nordeste. Deste toral, entre US$ 200 milhões e US$ 300 devem ser captados pelas usinas de Alagoas. Os documentos alertam que o processo já se arrasta por quase dois anos.
Não existe prazo para a liberação do financiamento. Mas como todas as etapas legais foram superadas, o que se espera é que a negociação com o banco seja rápida. As empresas, pelo que se sabe, já adiantaram todo a documentação necessária e deve iniciar a fase de contratação ainda durante este mês de fevereiro.
O deputado estadual Inácio Loiola (PSB) tem sido apontado como candidato a deputado federal em algumas projeções que estão sendo feitas para as eleições de 2018 em Alagoas.
A “lembrança” em parte se dá pelo fato do deputado ter sua base política no sertão de Alagoas, região que segue sem nenhum representante na Câmara dos Deputados.
Contrariando especulações de bastidores e de sites locais, o deputado nega essa possibilidade e avisa “de uma vez por todas” que vai seguir trabalhando pela sua reeleição em 2018.
“Quero continuar a defender e representar os interesses da comunidade, assim como venho fazendo ao longo dos últimos seis anos na Assembleia Legislativa do Estado”.
Loiola tem percorrido vários municípios para comunidade a decisão pessoalmente aos aliados. Isso porque, após as especulações, muitos destes aliados tem procurado seu gabinete na Assembleia Legislativa para saber dos seus planos: “vou para a reeleição. Não há mais dúvidas disso”, enfatiza.
Além de reafirmar sua candidatura a deputado estadual para as próximas eleições, Loiola nega a existência de qualquer rusga com o seu irmão Washington Luiz e toda a família.
A liberação da subvenção da cana-de-açúcar para produtores do Nordeste foi tema de nova reunião na última quarta-feira, 15, em Brasília. Articulado pela Associação dos Planadores Asplana, o encontro que contou, desta vez com a participação dos senadores, tratou de medidas que podem ajudar a salvar milhares de fornecedores do estado.
Participaram da reunião os senadores Renan Calheiros, Benedito de Lira e os deputados Ronaldo Lessa, Rosinha da Adefal e Givaldo Carimbão, foi traçada a estratégia para assegurar a liberação dos recursos.
O senador Fernando Collor não pode participar da reunião, mas ligou para avisar que os fornecedores de cana de Alagoas e do Nordeste contam com seu apoio. Collor adiantou que também vai trabalhar junto com a bancada federal para viabilizar a subvenção.
A subvenção, estabelecida por medida provisória e aprovada pelo Congresso Nacional, ainda no governo de Dilma Roussef, deveria ter sido paga até o final de 2015. O prazo expirou, sem que o governo liberasse cerca de R$ 187 milhões que beneficiariam mais de 20 mil do Nordeste.
No encontro, o senador Renan Calheiros sugeriu começar a articulação pelos ministérios do Planejamento e Fazenda. O primeiro esforço é para resgatar o pagamento com base na lei já existente. Se isso não for possível, a bancada de Alagoas vai pedir que o presidente Michel Temer edite uma nova MP.
O encontro, articulado pelo presidente da Asplana, Edgar Filho, também contou com a participação de representantes de plantadores de cana de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia.
“Além de já termos recebido o apoio dos nossos deputados, contamos agora com o compromisso dos nossos senadores na defesa de uma nova edição do programa de subvenção da cana para socorrer os fornecedores nordestinos. Foi uma reunião extremamente positiva”, afirmou Edgar Filho.
Segundo Edgar Filho, senadores e deputados federais de Alagoas também ficaram de estudar outras socorro aos fornecedores de cana castigados pela seca. “Nossa mobilização está apenas começando”, disse.
