Se o lençol é curto não tem jeito. Dá para cobrir a cabeça, mas o pé fica de fora. Para pagar o 13º a todos os servidores do estado – uma folha líquida de R$ 162 milhões – o governo do estado decidiu “atrasar” o pagamento de contratos a fornecedores e prestadores de serviço.
O Natal do funcionalismo está garantindo. O sacrifício (não se sabe quanto o governo está deixando de pagar) para o setor privado será revertido em benefício para a categoria. Todos os servidores (são cerca de 70 mil entre ativos e inativos) receberão o abono natalino nesta quinta, 20, anunciou hoje o governador.
Mais uma vez Téo Vilela usou o Twitter: “Neste dia 20, estaremos pagando integralmente o 13º salário de todo o funcionalismo estadual”.
Antes o governo havia anunciado que pagaria os servidores que ganham até R$ 4 mil na próxima quinta, o que atenderia cerca 90% dos funcionários. Com o atraso no pagamento dos fornecedores – que segundo o governo ocorre pela primeira vez em seis anos – todo o funcionalismo receberá no dia 20, data máxima para o pagamento, de acordo com a legislação.
O atraso no pagamento aos fornecedores é justificado pela crise financeira. O único problema – é importante registrar isso aqui – é que as empresas que vendem produtos ou prestam serviços para o Estado também tem salários e 13º para pagar a seus colaboradores. Ou não têm?
O texto da Agência Alagoas sobre o pagamento do 13º pode ser lido no link a seguir:
Determinado a “juntar” o dinheiro necessário para pagamento do 13º dos servidores do Estado, equivalente a R$ 162 milhões líquidos, Téo Vilela mandou suspender todos os pagamentos do Estado. Todos.
“Peço desculpas aos fornecedores do governo do Estado, porque, pela primeira vez em seis anos, estamos atrasando o pagamento em alguns dias”, disse o governador pelo Twitter.
Em outras palavras, até que o governo conclua a folha do 13º, os prestadores de serviços e outros fornecedores do Estado que esperavam receber pagamentos ainda esse ano ficarão sem nada e terão, certamente, um natal magro.
O governo promete pagar até a próxima quinta (20) o décimo para quem ganha salário até R$ 4 mil. Até o Natal todos os servidores devem receber o pagamento. Já os fornecedores terão uma espera bem maior.
Como o Siafem (sistema de pagamento do Estado) já foi fechado, quem tem dinheiro a receber do governo terá de recorrer a um padrinho forte ou a muita sorte. “Ainda é possível pagar por ofício, mas essa medida só é adotada em casos especiais”, explica um secretário estadual.
Quem não conseguir receber pagamentos agora terá de esperar até a reabertura do Siafem, prevista para 25 de janeiro. Até lá, empresas de vários setores que atendem o governo enfrentarão dificuldades. Agora resta aos empresários torcer por uma solução rápida para a crise financeira do Estado ou buscar negócios em outras áreas.
Não foi por falta de aviso. Há várias semanas que eu tenho alertado, aqui no blog, que o governo teria de suspender alguns pagamentos para pagar o 13º em dia.
Explicando
Pelo Twitter, o governador deu mais algumas explicações: “Determinei a suspensão dos pagamentos pelo Estado até que o 13º salário de todo o funcionalismo esteja depositado na conta de cada servidor. Essa é minha prioridade, neste final de ano de crise financeira. Espero contar com a compreensão de todos para esse momento de dificuldades”.
E mais: “Na próxima quinta-feira, dia 20, o décimo – terceiro para quem ganha salário até R$ 4 mil, estará depositado. Estou fazendo todos os esforços possíveis para pagar nesta data, a todos os servidores, mas, até o Natal, todos receberão seu 13º”.
Meu irmão, Edmo, adora ver a TV Senado. Tanto que fez uma assinatura da NET só para acompanhar de “perto” a atuação dos senadores alagoanos. Os representantes de Alagoas naquela Casa sempre tiveram atuação destacada.
Biu, Collor e Renan são oradores frequentes no plenário e nas comissões da casa e participam das discussões mais importantes do meio político em Brasília.
Vez por outra ele também gosta de dar uma olhada na TV Câmara. Não é comum, mas dá para ver um deputado federal de Alagoas “aparecendo” entre os mais de 500 parlamentares. A tarefa não é fácil, mas alguns deputados – caso do Carimbão e Renan Filho – conseguem ter atuação mais forte no plenário.
Assim como meu irmão, muitos alagoanos que vivem em Maceió até que gostariam de acompanhar as atividades dos nossos parlamentares, mas não tem acesso a TV Senado, porque em Maceió o canal é exibido apenas em TV fechada.
A boa notícia é que isso muda e logo. Nesta segunda-feira o presidente da Câmara de Maceió, Galba Novaes, assinou protocolo de intenções com o presidente da TV Senado, José Sarney. Em breve Maceió vai ganhar um canal de TV aberta que vai transmitir não só a TV Senado, mas também a TV Câmara (federal) e a TV Câmara de Maceió. De quebra, Maceió também ganhará a rádio Senado.
As transmissões, segundo Galba e Sarney, devem ser iniciadas no começo de 2013 e foram viabilizadas por conta da atuação dos senadores alagoanos. No link a seguir tem um áudio do programa Direto de Brasília.
Reproduzo a seguir texto da assessoria do senador Renan Calheiros sobre o tema:
Senado e Câmara de Maceió firmam acordo para transmissão de TV
Protocolo foi assinado pelos senadores José Sarney, Renan Calheiros e o vereador Galba Novaes
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e o presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Galba Novaes (PRB), assinaram nesta segunda-feira, 17, em Brasília, o Protocolo de Intenções destinado a implantação conjunta das transmissões da TV Senado, TV Câmara Municipal, TV Câmara dos Deputados e Rádio Senado na capital alagoana. A assinatura do Protocolo de Intenções aconteceu no gabinete da Presidência do Senado.
Galba Novaes lembrou que a Câmara de Maceió é a primeira do país a celebrar este convênio com o Senado Federal e agradeceu o esforço dos senadores de Alagoas. “O senador Renan Calheiros foi fundamental para firmar esta parceria”, reconheceu Galba. No mesmo tom, o presidente do Senado, José Sarney, reconheceu o empenho dos senadores Fernando Collor, Benedito de Lira e, em especial, do senador Renan Calheiros para efetivação desta parceria.
Um momento de descontração ocorreu durante a assinatura do Protocolo de Intenções entre o Senado e a Câmara de Maceió. Ao reconhecer o esforço dos senadores de Alagoas para efetivar a parceria, o presidente José Sarney afirmou que seus ouvidos já não suportavam os insistentes apelos feitos pelo senador Renan para garantir as transmissões da TV e Rádio Senado para Maceió. A previsão é que as transmissões sejam iniciadas no começo de 2013.
Para o senador alagoano Renan Calheiros, com este gesto, o Senado se aproxima ainda mais do cidadão brasileiro ao garantir a democratização no acesso as informações. Foi durante sua passagem na presidência do Senado que Renan iniciou o processo para levar a transmissão da TV Senado para seu estado natal, o que veio a ocorrer a partir de agora com a assinatura do protocolo entre os presidentes da Casa e da Câmara de Maceió.
Este é o décimo acordo que o Senado firma dentro do projeto da expansão da TV e da Rádio, sendo o primeiro com uma câmara municipal. As demais entidades parceiras são oito assembleias legislativas e o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Na visão do presidente Sarney, o acordo fecha o ano de 2013 com “chave de ouro”, pelo fato de ser o primeiro com uma câmara municipal.
Sarney disse que o projeto de comunicação do Senado faz parte de uma concepção política, para que o Legislativo tivesse seus próprios veículos de comunicação. Para o presidente do Senado, com o acordo, ganha o cidadão de Maceió, que vai poder acompanhar os trabalhos da câmara municipal, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Sarney ainda anunciou a aquisição de novos equipamentos para a TV Senado e disse que encara a expansão da área de comunicação da Casa como um legado de seu mandato como presidente.
– É uma forma de transparência e de prestação de conta aos eleitores – declarou Sarney. A cerimônia foi acompanhada ainda pela diretora-geral do Senado, Dóris Marize, pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), pelos deputados distritais Agaciel Maia (PTC) e Wasny de Roure (PT) e por vereadores de Maceió.
Mesmo em plena safra de cana-de-açúcar, as exportações de Alagoas voltaram a cair em novembro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento. No mês foram exportados pelo US$ 130,5 milhões, com variação negativa de -17,3% não a comparação com igual período de 2011, quando foram exportados US$ 157,7 milhões.
No acumulado dos 11 primeiros meses do ano Alagoas exportou US$ 917,1 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 1,14 bilhão), o Estado deixou de exportar US$ 230 milhões, registrando variação negativa de -20,1%.
O impacto da queda das exportações na economia de Alagoas é, até agora, de meio bilhão de reais. Esse é o valor aproximado, convertido dólar em real, que deixou de circular no estado – principalmente no setor sucroalcooleiro.
O impacto negativo atinge toda a economia, mas em especial o setor sucroalcooleiro, que é responsável por mais de 90% das exportações alagoanas. O fraco desempenho da balança comercial reflete as dificuldades enfrentadas pelo principal setor da nossa economia. Com problemas de mercado e enfrentando a pior seca dos últimos 20 anos, as usinas devem perder mais de 20% de sua produção.
Importações também caem
As importações do estado também registraram queda. No mês foram importados US$ 48,06 milhões, com variação negativa em ralação a novembro de 2011 (US$ 40,8 milhões) de -15%. No acumulado do ano as importações somaram US$ 383,8 milhões, um recuo de -2% ante o mesmo período do ano passado (US$ 390,7 milhões).
No link a seguir você pode acessar o volume exportado e importado por Alagoas até novembro deste ano:
Em reunião, hoje, no Conselho de Desenvolvimento Econômico (Conedes) será apreciado a proposta de incentivos fiscais para duas novas indústrias em Alagoas: a fábrica da Tigre-ADS e da Portobello. Os projetos de incentivos fiscais, creditícios e locacionais serão apreciados e aprovados encontro, nesta manhã.
Com a decisão da Portobello de instalar uma unidade no Estadop, Alagoas vai ganhar uma das maiores indústrias de cerâmica do país. A área destinada a empresa é de um milhão de metros quadrados. O investimento é de R$ 200 milhões e deve gerar mais de 700 empregos diretos.
A vinda da nova unidade para Alagoas deve-se ao trabalho do empresário e médico Fábio Farias. Ele trabalhou a quatro mãos com o governo para trazer a fábrica para o Estado. Ele é conselheiro da Portobello Shop e diz que seu interesse foi de ajudar a trazer para Alagoas um empreendimento capaz de gerar empregos e renda para os alagoanos.
Negociações
As negociações para a vinda da Portobello foram iniciadas em junho deste ano, com a visita do governador Teotonio Vilela Filho e do secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, a sede do grupo, no município de Tijucas, em Santa Catarina.
A Agência Alagoas divulgou, à época, informações das negociações:
“A comitiva se deslocou até a sede da cerâmica Portobello, e foi recebida pelo presidente da empresa, César Gomes Júnior. Lá, além de conhecer a linha de produção da empresa, a maiores do setor na América do Sul, o secretário Luiz Otavio Gomes explicou aos executivos as diretrizes do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin), que oferece benefícios creditícios, fiscais e locacionais a empreendimentos que desejam se instalar em Alagoas.
“ Já contamos com diversos setores consolidados em Alagoas, como a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico, contar com uma das líderes nacionais na área de revestimentos cerâmicos seria muito importante”, pontuou o secretário Luiz Otavio Gomes.
“Temos total interesse no empreendimento e vamos tomar as medidas cabíveis para tornar concreto investimento em Alagoas”, destacou o empresário César Gomes Júnior, após a explicação sobre o Prodesin,
A Portobello atua no mercado desde 1979 e fechou 2011 com um faturamento anual de R$ 500 milhões. Sua produção de 23,5 milhões de m² atende a demanda de países do cinco continentes e também ao mercado interno, por meio de revendas da multimarcas Portobello Shop. São 10 fábricas em todo o país, que geram cerca de dois mil empregos.
Empresa de capital aberto integrante do Novo Mercado da Bovespa, a Portobello, maior empresa do segmento de revestimentos cerâmicos da América do Sul, com faturamento anual superior a R$ 500 milhões. Sua produção de 23,5 milhões de metros quadrados atende países dos cinco continentes e também o mercado interno, por meio de revendas multimarcas e da Portobello Shop. São 10 fábricas nas quais trabalham quase dois mil colaboradores, responsáveis pelo design e inovação de itens que lançaram tendência na arquitetura e decoração no Brasil.
