Monthly Archives: abril 2013

Emergência sem fim: a seca prolonga agonia no agreste e sertão
   21 de abril de 2013   │     17:40  │  1

A cada dia os estragos provocados pela seca aumentam. As perdas são incalculáveis – ao menos no caso de Alagoas. Aqui, como quase tudo, o improviso é a regra.

O estado de Pernambuco, por exemplo, contratou a USP para realizar um levantamento das perdas do rebanho.  Com o estudo, será possível planejar ações após a volta da chuva.

Em Alagoas ninguém sabe quantos animais morreram. Vai no “chute”. A Associação dos Criadores estima que as perdas chegam a 30% no gado leiteiro, sendo 15% de morte por conta da seca e o restante por abate precoce.

Os números que temos são esses: perdas de R$ 500 milhões no setor sucroalcooleiro, com prejuízos maiores para os pequenos produtores, redução de 30% do rebanho e quebra de 60% a 80% na produção de milho e feijão. São apenas estimativas, que apesar disso podem ajudar a reforçar pleitos do estado em Brasília.

Asituação se agravou a tal ponto que a bancada federal de Alagoas quer um encontro, esta semana, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para pedir reforço das ações federais no estado.

O deputado federal Maurício Quintella, PR-AL, está articulando a reunião com Gleise. Ele adianta que toda a bancada vai participar: “será um encontro por Alagoas. Vamos deixar de lado as diferenças partidárias e trabalhar para garantir a efetividade das ações do governo federal no estado”.

Emergência será prorrogada

O governo de Alagoas deve renovar esta semana – pela terceira vez em um ano – o decreto reconhecendo estado de emergência em 37 cidades do agreste e sertão por conta da seca.

A validade do decreto é de seis meses. Mas o secretário executivo do Comitê Integrado de Combate a Seca avisa que, mantidas as previsões dos meteorologistas, a emergência deverá ser prorrogada pelo menos mais uma vez, para perdurar até março de 2014.

A novidade no próximo decreto é a inclusão de novos municípios na emergência por conta da seca. É o caso de Viçosa, Teotonio Vilela e Campo Alegre. “Do jeito que vai, é capaz de não ficar nenhum município de Alagoas de fora”, desabafa Napoleão Casado.

Téo desiste de desistir e a dúvida que persiste fortalece Nonô
   20 de abril de 2013   │     17:21  │  2

O governador Teotonio Vilela Filho tinha avisado a parentes e amigos que não seria mais candidato ao Senado em 2014. Ele chegou a anunciar a decisão a vários políticos logo após a visita de Dilma Rousseff a Alagoas ( no último dia 12 de março) para inaugurar o primeiro trecho do Canal do Sertão.

À época um dos mais próximos assessores do governador confirmou a decisão e disse que ele já estava liberando as bases.

Agora, tudo parece ter mudado. Téo Vilela desistiu de antecipar a desistência publicamente e vai continuar fazendo mistério até o começo do ano que vem.

“Ele está dividido, entre os conselhos da família e amigos e de alguns políticos”, aponta, agora, este assessor.  Um dos mais influentes secretários do governo arrisca um palpite: “tem 50% de chances para sim e para não”.

Enquanto permanecer, a dúvida tende a fortalecer o vice-governador. José Thomaz Nonô quer sair candidato ao governo, mas seu projeto só tem chances de vingar se ele pegar a “caneta carregada de tinta” a partir de abril do ano que vem.

“Se o Téo Vilela sair é uma coisa, se não sair é outra”, repete sempre.

A permanência de Téo Vilela no governo poderia beneficiar Benedito de Lira, o senador sonha com o governo e não vê outra chance – até por conta da idade – a não ser 2014.

Permaneça ou não no governo, Vilela vai manter a dúvida como estratégia para minar pressões políticas de aliados e adversários.

Essa situação, queira Téo ou não, beneficia Nonô. Quem está no governo e não quer deixar seu posto nove meses antes vai começar a olhar e a tratar o vice governador cada vez mais com mais atenção e presteza.

Alguém aí duvida disso?

MD nasce forte em AL e já sonha com chapa puro sangue em 2014
     │     14:56  │  0

Nascido da fusão do PPS com PMN, o partido “Mobilização Democrática” começa forte nacionalmente e promete se transformar numa das maiores forças da política de Alagoas.

No estado o novo partido começa com dois deputados estaduais, um deputado federal, três prefeitos e 106 vereadores. Nas próximas semanas MD deve ganhar o reforço de mais um federal (Será Rosinha da Adefal? Será Alexandre Toledo?) e alguns deputados estaduais.

Nesse cenário, o partido já sonha com candidatos em chapa puro sangue, de cabo a rabo, em 2014. “É uma forte possibilidade”, aponta o deputado Federal Francisco Tenório, MD/AL,  ex-PMN.

Claro que é muito cedo para qualquer suposição, mas Régis Cavalcante, que era presidente do PPS em Alagoas, diz que o MD está sendo procurado por muitos políticos com mandato: “tem alguns políticos que estão decepcionados com a atuação de suas legendas no cenário nacional e vão vir para cá”, aponta.

A janela de 30 dias, que será aberta pelo MD após registro no TSE, permitirá a filiação de políticos sem risco de perda de mandato por infidelidade partidária.

No plano nacional, o MD fará oposição a presidente Dilma Rousseff e deve marchar ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco.

No plano local, Tenório defende que o MD seja independente, embora o fizesse parte do governo de Téo Vilela.

Maceió tem 300 imóveis abandonados que são usados para consumo de crack
   19 de abril de 2013   │     21:38  │  4

Um levantamento feio pela prefeitura de Maceió e Secretaria Estadual da Paz mostra que pelo menos 300 imóveis abandonados estão sendo utilizados para o consumo de drogas, especialmente para o consumo de crack.

Os números foram apresentados numa reunião que contou com a participação da Guarda Municipal, secretarias (saúde e assistência social) e outros órgãos municipais.

O objetivo é formar uma força tarefa com participação do MP, secretarias estaduais e os órgãos da prefeitura para exigir que os donos desses imóveis impeçam o acesso aos locais para o consumo de drogas: “quem não fizer isso poderá ter o imóvel lacrado pela prefeitura”, aponta um dos participantes.

Outro tema do encontro foi o mapeamento das áreas públicas que são usadas para o consumo de crack. Existem pelo menos 40 pontos já mapeados na cidade.

A assessoria da Sepaz confirma que o secretário da Sepaz, Jardel Aderico, participou do encontro, mas não deu maiores detalhes: “existem trabalho de prevenção que será realizado em parceria com a prefeitura de Maceió, mas por enquanto não podemos antecipar como será a operação”.

Eu apurei com um dos participantes que a ação deve começar até a primeira quinzena de maio e terá caráter permanente.

MD nasce com 3 deputados, 3 prefeitos e 106 vereadores em Alagoas
     │     17:10  │  0

 A fusão do PPS com PMN transforma o MD numa força política considerável em Alagoas. O novo partido nasce com dois deputados estaduais (Marcos Barbosa e Severino Pessoa), um deputado federal (Chico Tenório), três prefeitos e pelo menos 106 vereadores.

É provável que a nova legende engorde ainda mais em Alagoas nos próximos dias, com a possível filiação de deputados federais e estaduais. A partir da criação do MD, quem tem mandato eletivo pode mudar de partido, sem o risco de cassação, durante um período de 30 dias.

O ex-presidente do PPS, Régis Cavalcante, e o deputado federal Francisco Tenório, ex-PMN, devem liderar a construção do MD no estado em ritmo de pleno entendimento.

Conversei com os dois e o discurso é o mesmo. “Vamos nos entender. Vou trabalhar junto com o Régis para fortalecer o partido e construir uma chapa forte para 2014”, anuncia Chico Tenório.

Régis diz que um dos objetivos, a partir de agora, é garantir a presença do MD em todos os municípios do Estado. “Só o PPS tinha 80 diretórios. Agora com o reforço do PMN e as novas filiações poderemos chegar aos 102 municípios rapidamente”, adianta.

Qual o tamanho da chapa de 2014, se  ela será ou não “puro sangue”, com quem quase partidos poderá ser formada aliança? Essas são respostas que ficarão para depois.

Por enquanto, Régis e Tenório que trabalham em bases diferentes em Alagoas e no plano nacional (um é do governo e o outro faz oposição a Téo Vilela), mas devem unificar o discurso  rapidamente: “acredito que o MD será independente, tanto aqui no estado como no Brasil”, avalia Tenório.

No Brasil, 147 prefeitos, 13 deputados federais e 58 estaduais

O partido “Mobilização Democrática” começa forte nacionalmente, com 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Os números são do seu presidente nacional, deputado federal Roberto Freire, de São Paulo, que era presidente do PPS.

O novo partido abre janela no prazo de 30 dias, a partir do seu registro no TSE, para que filiar políticos sem risco de perda do mandato por infidelidade partidária.

O MD, avisa Freire, nasce comprometido com a candidatura Eduardo Campos, governador de Pernambuco a presidente da República.

A vice-presidência do MD ficará com Telma Ribeiro, ex-deputada por São Paulo, que era presidente do PMN.