Monthly Archives: março 2014

Na dúvida: PT decide apoiar candidato da base aliada em AL
   23 de março de 2014   │     20:28  │  0

Em reunião realizada neste sábado, em Maceió, o Partido dos  Trabalhadores decidiu não decidir nada por enquanto em Alagoas.

A única definição tomada é que o partido vai apoiar um candidato ao governo de um dos partidos da base aliada em Alagoas. Nesse caso pode ser um nome de qualquer partido – inclusive do próprio PT.

Um grupo do partido queria definir desde já o apoio ao candidato do PMDB. A proposta que chegou a ser apresentada pelo ex-presidente do partido no estado, Joaquim Brito, só não aprovada porque o PMDB, como se sabe, ainda não tem candidato.

A definição do PT vale também para o Senado. Na prática, o partido não decidiu nada de importante e deixou aberta a possibilidade para diferentes composições no encontro estadual de estratégia que será realizado em maio.

Em relação a outros estados, o PT de Alagoas está atrasado na sua decisão. Isso porque em Alagoas o partido acompanha, em parte, as orientações do senador Renan Calheiros. Para o presidente do Senado, quanto mais demorar a decisão da  chapa majoritária, melhor.

Em Pernambuco, por exemplo, o  PT decidiu, neste sábado, apoiar a candidatura ao governo do empresário Amando Monteiro, que vai disputar o governo pelo PTB. No Rio e  em São Paulo, o PT terá candidatos próprios.

Déficit do AL previdência chegou a R$ 658 milhões em 2013
   22 de março de 2014   │     23:05  │  0

Esta semana O Núcleo Especial de Prevenção e Combate às Fraudes contra a Previdência Estadual (NEFP) tornou pública a “Operação Zumbi 1”, que resultou  ma descoberta defraudes da ordem de R$ 5 milhões que lesaram o AL Previdência em 2013.

O trabalho de investigação prossegue. Mas esqueceram de dizer que uma coisa: o valor economizado até agora é “fichinha” diante dos problemas da previdência estadual.

Do ponto de vista financeiro, a previdência estadual é um poço sem fundo e só  sobrevive por que o déficit é coberto com recursos do Tesouro Estadual.

Pior: o presidente do AL Previdência, Marcello Lourenço, admite que o quadro tende a se agravar nos próximos 5 anos, quando o número de aposentados deve crescer fortemente.

Hoje o Estado tem 28,7 mil aposentados. Somente de 2011 para cá cerca de 4 mil servidores estaduais se aposentaram. “Nos próximos 5  anos o número de aposentados deve crescer em função de que grande parte dos servidores da ativa entraram no Estado antes de 1998”, pondera o presidente do AL Previdência.

Quase R$ 100 milhões por mês

Em fevereiro a folha do AL Previdência foi de R$ 96 milhões pagos a 28,7 mil aposentados e pensionistas. O valor da folha há um ano era de R$ 80 milhões. O aumento se dá pelo número de aposentados e pelos reajustes salariais.

Em 2013 a folha do AL Previdência foi de R$ 1,144 bilhão. Como o valor foi pago? Com a contribuição previdenciária dos servidores ativos (R$ 137,6 milhões) e inativos (R$ 25,9 milhões), contribuição patronal (R$ 258,8 milhões), parcela patronal do Fundeb (R$ 63,5 milhões) e, para cobrir o déficit, desembolso do Tesouro Estadual (R$ 658,8 milhões).

É dinheiro que deveria ir para áreas como saúde, segurança e educação e vai para cobrir o pagamento dos inativos.

Marcello Lourenço iniciou o trabalho de combate as fraudes no ano passado. Além dos R$ 5 milhões, outros R$ 4,5 foram economizados com atos administrativos.  “A cada mês conseguimos tirar pelo menos 30 pagamentos de pessoas falecidas da folha previdenciária. Isso é fundamental porque cada real que economizamos poderá ser utilizado pelo tesouro estadual para investir em áreas essenciais”, explica.

Luz no fim do túnel

Solução tem, mas não é pra já. A partir de 2007, com a criação do fundo de previdência, Alagoas reformulou seus sistema previdenciário e os servidores que entraram no estado, desde então, vão se aposentar pelo novo modelo.

“O fundo tem hoje cerca de R$ 183 milhões em caixa. Esse dinheiro é aplicado, gera rendimentos e cresce a cada mês por conta das contribuições dos servidores e do estado. O dinheiro que existe em caixa é suficiente para pagar a aposentadoria de todos os servidores que entraram no estado desde 2007 e ainda deveremos ter uma sobra. Mas para ter efeito para o Estado serão pelo menos mais 30 anos. Até lá, o Tesouro Estadual vai continuar bancando o déficit previdenciário”, aponta Marcello Lourenço,

Renan nega indicação de Cerveró, envolvido em escândalo da Petrobras
     │     15:13  │  2

Apenas três dias depois de comemorar a indicação do alagoano Vinicius Lages para o Ministério do Turismo, o presidente do Senado foi envolvido no escândalo da  Petrobras.

Renan Calheiros teria indicado, segundo seu colega de Senado, Delcídio Amaral, do PT/MS,  Nestor Cerveró para diretoria internacional da Petrobras.

Foi Cerveró quem recomendou a compra de uma refinaria Pasadena (EUA) pela Petrobras no ano de 2006. O negócio,avalizado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, deu prejuízo a Petrrobras.

A história está em vários sites e blogs nacionais. Essa é do Blog do Camarotti:

Em conversa com o blog, o senador petista Delcídio Amaral (MS), ex-diretor da Petrobras, disse que a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da área internacional da estatal foi do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Delcídio admite que foi consultado pelo governo sobre a indicação no nome de Cerveró, já que tinha trabalhado na Petrobras.

“Eu fui consultado pelo governo por conhecer os quadros da Petrobras, mas foi o Renan quem bancou o nome do Nestor. O Nestor é uma indicação do Renan”, disse Delcídio Amaral.

Lauro Jardim, de Veja, também escreveu sobre “a guerra está aberta entre Renan Calheiros e Delcídio Amaral              “:

Para quem não ligou o nome à pessoa, é de Ceveró o parecer em que Dilma Rousseff se baseou para apoiar a compra da refinaria Pasadena pela Petrobras.

Como filho feio não tem pai, agora, Renan e Delcídio trocam chumbo sobre a paternidade da indicação. Renan afirmou que, ontem à noite, Delcídio tinha outro discurso:

– Numa reunião com Jorge Viana e outros parlamentares Delcídio prometeu sair em defesa da turma da Petrobras, disse que a presidenta Dilma havia se equivocado. Ou seja, as declarações dele, querendo atribuir a indicação a mim, são uma tentativa de transferência de responsabilidade.

Depois de 100 anos, Delmiro Gouveia ganha polo de confecções
     │     14:17  │  2

A única indústria têxtil ainda em pé em Alagoas, a Fábrica da Pedra, está prestes a completar um século. A indústria comemora 100 anos de fundação em junho deste ano – uma longa trajetória marcada pela inovação, pioneirismo e também momentos de crise.

A fábrica foi construída por Delmiro Gouveia no começo do século 20. Junto com a indústria veio a hidrelétrica, a vila operária e máquinas modernas para produção de linhas. Delmiro, o industrial, foi assassinado em 1917 e os ingleses, seus concorrentes da época, compraram e destruíram as máquinas.

A fábrica e o sonho de Delmiro Gouveia sobreviveram na indústria que passou a produzir tecidos e em torno dela nasceu uma das maiores e mais importantes cidades do sertão nordestino.

A vila da Pedra virou Delmiro Gouveia, hoje tem universidade, um forte comércio, população de quase 50 mil habitantes – conhecida pelo gosto por festas e pela alegria – e uma forte tradição na indústria da fiação e tecelagem.

Mas só agora, 100 anos depois, é que a cidade vai ganha seu primeiro polo de confecções. Antes tarde do que nunca. O polo pode ser – espero que sim – o começo de uma nova história para a Fábrica da Pedra. Quem sabe a indústria não tenha mais 100 anos pela frente…

O que é

A construção do Polo de Confecções de Delmiro Gouveia, viabilizado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), será concluída em abril deste ano. Com investimentos de R$ 3 milhões, do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep), o Polo vai beneficiar cerca de 400 costureiras do sertão alagoano.

O empreendimento conta com sete galpões, ocupando uma área de 219 mil m². O espaço vai receber 200 novas máquinas de costura, adquiridas por meio de convênio firmado pelo Governo do Estado, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e o Sebrae.

“Nossa proposta é oferecer toda estrutura para que o segmento possa crescer de forma consolidada e contínua. O Polo será um importante meio para a geração de emprego e renda de toda a região”, explica a secretária Poliana Santana, da Seplande.

Polo de Confecções de Delmiro Gouveia fica pronto em abril

Polo de Confecções de Delmiro Gouveia fica pronto em abril

Nonô sobre Vilela: ‘o tempo da escolha está perto do fim’
   21 de março de 2014   │     20:50  │  2

O vice-governador corre trecho interior afora e avisa, a quem ainda duvida, que é candidato a governador, mais do que nunca. “Não tem  esse  negócio de Senado como andam dizendo por aí”, cutuca. Mas o próprio Zé Thomaz pondera que “ninguém é candidato de si mesmo”.

Nonô adianta que espera por uma decisão do seu grupo, o “campo do governo” para se apresentar publicamente como candidato.

“Sou vice-governador. Como vou me apresentar como candidato autônomo? Eu não digo não abro nem para um trem, não tenho projeto pessoal, não tenho filho candidato. O que tenho é  boa experiência e quero  me colocar a disposição das pessoas. Meu partido lançou meu nome e eu estou me empenhando, mas sei que posso não ser o escolhido e se isso acontecer, fico tranquilo porque tenho do que viver”, explica Nonô.

Depois de observar muito e, principalmente de conversar com Téo Vilela, Zé Thomaz está convencido de que o governador irá se decidir antes do que a maioria imagina. “O  Téo sabe que não dá mais para esperar muito. Onde a gente chega as lideranças perguntam quem é o candidato a governador. Não posso responder que sou eu, o que é o Biu, o Marcos Fireman ou Luiz Otávio. As pessoas cobram essa resposta, que será dada pelo governador e isso vai desgastando de uma  certa forma a todos”, avalia.

Nonô acredita que os candidatos precisam de mais tempo para preparar a campanha. “Essa demora estressa o tecido político. O tempo da política é complicado. Cada candidato tem seu tempo e por isso acredito que o governador, experiente como é, levará essas questões em consideração. Sinto que ele vai decidir logo, até para evitar o desgaste e o esvaziamento do governo”.

E, seja quem for o escolhido de Téo Vilela, Nonô  acredita que ele terá chances de unir o grupo que hoje dá sustentação ao governo. “Quanto mais cedo for feita essa escolha, maior a chance de união em torno do nome escolhido”.

Torcendo, apenas torcendo

Com a aproximação do prazo para desincompatibilização aumentam as expectativas em torno da permanência de Téo Vilela no governo. O prazo para  a decisão do governador é 4 de abril. “Eu estou torcendo muito para o Téo sair e disputar o Senado”, descontrai Nonô, para emendar em seguida: “não acredito que isso vá acontecer. Eu tenho certeza  de que ele fica no governo até o fim”.

Mas seja qual for a decisão do governador, Nonô acredita que o prazo está se esgotando. Não só em relação permanência no governo, mas também em relação a escolha dos candidatos. “O tempo está acabando e isso me angustia bastante”, revela.