O jogo continua aberto – especialmente no ‘campo do governo’ onde a movimentação partidária continua intensa. Mas mesmo que perca o apoio de um ou dois dos sete partidos que hoje lhe dão apoio, o pré-candidato do PP ao governo, Benedito de Lira parece ter conseguiu viabilizar o necessário para a sua campanha: o disputado tempo de TV.

Mantida a formação atual, Biu vai garantir um tempo de TV entre 4 e 7 minutos.  Explico. Com os partidos “garantidos”  (PP, PSB,PPS e PR) o grupo fecha  quatro minutos. Essa conta garante a Biu – ao menos por enquanto – o segundo maior tempo de TV nas eleições deste ano, ficando apenas atrás de Renan Filho – pré candidato da frente de oposição.

O SDD tem mais um minuto e o PSD quase dois. Dos sete partidos que formam o bloco do Biu, são justamente estes dois que podem “escorrer pelas mãos”: o Solidariedade abriu diálogo com o PSDB e com o PMDB  e a situação do PSD é cada vez mais instável, especialmente depois  das declarações de João Lyra conta Dudu Holanda.

Logo após participar do lançamento das candidaturas de Biu e Alexandre, JL que é presidente do partido acusou Dudu, seu vice, de ser um bêbado acostumado a frequentar delegacias. Resta saber o que Kassab, chamado por João Lyra, de “aquele rapaz”, vai fazer.

A aliança agora consolidada com o PPS e o PSB mesmo resultando no rompimento com Dilma Rousseff para o apoio a Eduardo Campos garante ao PP quase 1miuto e 4 segundos. É um tempo precioso em qualquer eleição – especialmente nesta que será mais curta. Talvez por isso mesmo Benedito de Lira tenha resolvido correr o risco.

Sem volta

Os demais partidos seguem firme na aliança. PSB e PPS por conta do palanque para Eduardo Campos e o PR e PSL (que não tem tempo de TV) em função da reeleição de Maurício Quintella, que deve ficar onde está.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que vai participar das eleições em Alagoas e deve fazer uma visita ao estado logo após as convenções, entre julho e agosto. O que ninguém esperava é que ele entrasse em campo tão cedo.

Num encontro que ele, Lula, teve na noite desta terça-feira, 19, com senadores do PMDB, no Hotel Gran Mercury, em São Paulo – lá estavam Eduardo Braga (AM), Renan Calheiros (AL) e Eunicio Oliveira (CE), entre outros – adiantou que vai apoiar, junto com Dilma Rousseff a Frente de Oposição em Alagoas.

Lula prometeu participar, em Alagoas, de um comício da Frente de Oposição e aprovou a escolha dos nomes de Renan Filho e Fernando Collor, para o governo e o Senado – e disse o PT pode indicar o vice da chapa peemedebista.

O ex-presidente também teria criticado o senador Benedito de Lira por conta do rompimento com a presidente e do apoio ao pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos.

“Temos um compromisso com Renan Filho, não iremos dividir palanque”, disse o ex-presidente, segundo interlocutores que participaram o encontro que contou com a presença de vários peemedebistas.

Benedito de Lira, como se sabe tem (ou tinha) bom trânsito no governo federal, mas o apoio a Campos deve azedar as relações com Lula e Dilma. Isso porque o ex-presidente não perdoa Campos a quem quer derrotar “pessoalmente” em Pernambuco.

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“Quem vai definir o jogo é Téo Vilela. É dele a responsabilidade de viabilizar a chapa do candidato do governo. Como governador, pode contratar e demitir e tem poder para fechar alianças com outros partidos. Vamos esperar para ver no que vai dar”, pondera o vice-governador.

A pré-candidatura de Nonô ao Senado está posta, como proposta, mas daí a se materializar tem uma longa distância: “vamos esperar que seja viabilizada a chapa do candidato ao governo para que eu possa me posicionar”, adianta.

O que falta para a chapa? “O Téo assumiu toda a coordenação. Ele chamou para si a responsabilidade as coligações, de viabilizar o tempo de TV e de contratar o marqueteiro. Estamos todos esperando e temos certeza que ele vai conseguir encontrar uma boa solução”, pondera Zé Thomaz.

Nonô viu, “de longe”, o lançamento das candidaturas de Benedito de Lira e Alexandre Toledo, nesta segunda-feira. Para ele não existe nada definitivo: “esse jogo ainda está sendo jogado. Foi um ensaio, bem encorpado, mas ainda um ensaio”.

Quanto a relação pessoal com Alexandre Toledo, nenhum abalo, apesar da provável disputa pelo mesmo cargo: “Conversamos bastante e a amizade continua, independente de candidaturas”,  aponta.

E qual a opinião do vice-governador sobre o “racha” no governo, que tem atualmente vários secretários que votam contra Eduardo Tavares, candidato do PSBD?  “O governador sabe qual minha posição. Não vou falar nada até que ele decidida alguma coisa”, enfatiza.

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O lançamento das candidaturas de Benedito de Lira (PP) e Alexandre Toledo (PSB) ao governo  e ao Senado, nesta segunda-feira expôs a ferida aberta na base de sustentação de Teotonio Vilela Filho.

Pelo menos sete secretários estaduais apoia  a chapa. Alguns participaram do evento  e foram levar o apoio aos candidatos. A participação de praticamente metade do governo – ao menos a metade que tem peso político – é um sinal de prestígio para Biu e Alexandre, mas fragiliza Téo Vilela. Essa é pelo menos a visão de pessoas muito influentes junto ao governador.

O que é que muitos assessores e alguns pré-candidatos a vários cargos tucanos estão dizendo ao governador? Que ele precisa decidir logo a “peleja” com  Benedito de Lira.

“Ou Téo Vilela convence o Biu a apoiar seu  candidato ou Biu convence o Téo a lhe apoiar. O que não dá é para ficar do jeito que está”, pondera um influente político que tem conversado muito com o governador nos últimos dias.

Ao seu jeito e no seu ritmo Vilela tem agido. Passou o final de semana cortejando o Solidariedade e fez novas investidas no PROS. Ele trabalha para ganhar tempo para a chapa de Eduardo Tavares. O problema é que o tempo da conversa está perto do fim e pode ser que Téo tenha mais tanto tempo assim.

E quais são as Secretarias (ou secretários) que vão trabalhar contra os candidatos do governador? Educação, Ação Social, Trabalho, Mulher e Cidadania,  Pesca, Meio Ambiente e Fazenda.  Isso sem falar órgãos importantes – como o Iteral e o Ideral

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A frase nãoé minha. É de um importante site local: JL ‘rouba’ a cena no lançamento de Biu ao governo: ‘vão abraçar o diabo’, registra título matéria postada nesta segunda-feira, logoapós o lançamento das candidaturas de Benedito de Lira (PP) ao governo e Alexandre Toledo (PSB) ao Senado.

No ato que reuniu sete partidos, incluindo o  PSD, João Lyra avisou que é candidato à reeleição e mandou alguns recados.

“O deputado federal João Lyra – confirmou que tentará sua reeleição à Câmara Federal – disse que elementos “querem passar por Alagoas para tomar o poder”. JL disse que não ia citar nomes, mas que estas pessoas “deveriam abraçar o diabo”. A declaração provocou o riso generalizado”…

A declaração de JL é um recado. Só não sei para quem. Alguém aí sabe o endereço da mensagem?

Durante o lançamento das candidaturas de Biu e Alexandre Toledo (falo depois sobre isso) o grupo assumiu que o palanque será de Eduardo Campos, mas que não fará oposição a Dilma Rousseff. Resta saber como.

O destino do Grupo JL

Como registrei, neste blog ontem, a assembleia de credores do grupo João Lyra mudou para 4 de junho.No blog também tem novidades sobre o processo de falência, como a alienação de aeronaves do grupo e a liberação da subvenção da Conab para pagamento de salários. As informações estão nos links a seguir: http://wp.me/p2Awck-1Go ,  http://wp.me/p2Awck-1Gk

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