É difícil avaliar hoje qual será, de fato, o peso das redes sociais – especialmente o Facebook e o Instagran – nas eleições deste ano. Botar a cara na internet pode  até não acrescentar votos aos  candidatos, mas ninguém que sonhe em disputar voto  de opinião pode ficar defota.

De olho nesse filão eleitoral, os principais nomes na disputa ao governo de Alagoas estão caprichando nos seus perfis nas redes sociais.

Até o momento o deputado federal Renan Filho (PMDB) lidera essa corrida no Face com certa folga. Até as 13h desta sexta-feira, 23 ele tinha 42.293 curtidas. Ele vem seguido pelo senador Benedito de Lira (PP), com 11.494 curtidas. Os dois estão com suas páginas ativas desde o início de 2013.

O “estreante” nas redes,como candidato, é Eduardo Tavares (PSDB). Ele começou bem, se comparado  com os outros candidatos. Em menos de um mês ET já conseguiu 5.714 curtidas. Como seu ritmo tem sido mais intenso, mantido o quadro atual, ele deve alcançar Benedito de Lira nos próximos 30 a 40 dias.

Mostrando a cara

As páginas oficiais funcionam como agenda positiva e mostram o dia a dia dos candidatos. Quem visitar o Face de ET vai perceber que ele tem andado muito pelo interior, participando de encontro com lideranças comunitárias e políticos. O candidato do PSDB passa cumprir uma agenda similar a de Benedito de Lira. No momento ele leva vantagem porque é o único que está 100% dedicado à campanha, enquanto Renan Filho e Benedito de Lira precisam passar pelo menos três dias da semana no Congresso Nacional, em Brasília.

Talvez por conta desse “detalhe” o deputado federal Renan Filho já tenha anunciado que deve tirar uma licença para se  dedicar à campanha. Já Benedito de Lira não deu sinais de que fá o mesmo.

O bem e o mal

Na minha opinião,  as redes sociais podem não dar votos, mas certamente tem o poder de tirar votos, constrangendo eleitores e candidatos. Tanto é que, como antecipou o jornalista Luiz Vilar, “Benedito de Lira (PP) anda atento ao que é divulgado contra sua candidatura nas redes sociais. O pepista entrou com uma ação, junto ao TRE/AL, contra a rede social Instagram para que o perfil @conhecabiu fosse retirado do ar. A ação foi impetrada pelo advogado Marcelo Brabo e teve liminar apreciada e deferida”.

O advogado explica que o as informações do perfil que divulga notícias negativas em relação Biu “são inverídicas”. Renan Filho (PMDB) também vem sendo criticado por outros perfis: @forarenan e @renaofilho.

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O ‘recado’ do secretário do Gabinete Civil de Alagoas não chegou, nem vai chegar aos ouvidos dos maiores interessados: os dirigentes do PR e o PPS em Alagoas. As secretarias do Meio Ambiente e da Pesca estão, respectivamente, na cota das duas legendas e se depender da sugestão de Álvaro Machado serão entregues ao governador.

“Eu não trato dessa questão com emissários. Sempre tratei da aliança política com o governador. Tem sido assim nos últimos sete anos e agora não será diferente. Estive com Téo Vilela e ele não disse nada, não pediu nenhum cargo”, pondera Régis Cavalcante,  presidente do  PPS  ex-secretário da Pesca.

O presidente do PR, Maurício Quintella também manda avisar que não entregar os cargos. Ele já teria feito isso antes e o governador não aceitou. Agora, adianta o deputado, se quiser, Téo Vilela terá de pedir os cargos.

Embora não tenha sido citados por Álvaro Machado, o PSB e o PP também decidiram adotar a mesma postura.

Recentemente Arthur Lira, PP, me disse que essa questão já tinha sido resolvida com o governador e que tinha ficado definido que Eduardo Tavares era candidato do PSDB e não do governo. “Ninguém vai mais entregar cargos. Se quiser, o governador terá de pedir”, aponta o deputado federal que é o principal articulador da candidatura de do senador Benedito de Lira ao governo.

PSB e PP tem, respectivamente, as secretarias do Trabalho, da Mulher e Cidadania, Ação Social e Educação.

Entre os dissidentes tem ainda o caso do PROS (Sepaz). O deputado federal Givaldo Carimbão ainda não decidiu para onde vai e ainda está em entendimentos com Teotonio Vilela Filho.

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O governo resolveu endurecer o jogo político em torno do processo de composição da pré-candidatura de Eduardo Tavares, PSDB, ao governo.

Depois do ‘recado’ do vice-governador de que a responsabilidade na viabilização da chapa de Eduardo Tavares é “100% de Teotonio Vilela Filho”, o secretário Álvaro Machado, do Gabinete Civil, emitiu publicamente uma opinião que já vem defendendo há vários dias no “núcleo duro” do governo.

Ele sugere que os partidos “dissidentes” entreguem os cargos no governo. O secretário me disse isso ontem a noite e hoje pela manhã ele deu “nomes aos bois” em declaração ao jornalista Ricardo Mota.

“Eu acho que o PPS e o PR vão deixar o governo, entregando os cargos que possuem na administração estadual”, pontuou Machado.

Quanto ao PSB e ao PP, que também controlam secretarias, ele pondera que “estes partidos têm candidatos majoritários, o que não é a mesma situação das legendas citadas”.

A opinião, explica o secretário, é sua, mas a decisão final cabe ao governador. Claro que ele não emitiria uma opinião destas sem a aprovação ou, no mínimo, conhecimento do governador. Quem conhece o secretário sabe que ele trabalha em completa sintonia com Téo Vilela.

Só vai ficar, se ficar, o PP

Anote: uma importante fonte do  Palácio dos Palmares me assegurou que o governador vai esperar que PR, PPS e PSB entreguem os cargos até a próxima semana. Se isso não ocorrer ele vai promover algumas mudanças – entre elas a fusão de algumas secretarias.

Por razões que não me foram explicadas só o PP de Benedito de Lira ficaria com os cargos no governo, independente do processo eleitoral.

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Na semana passada quando esteve com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, o empresário e deputado federal João Lyra recebeu recomendações expressas para fechar uma aliança – em Alagoas – com o PMDB, de Renan Calheiros.

A posição do partido foi explicada a JL e ao senador Benedito de Lira (PP) que o acompanhou na reunião. “Temos um compromisso com o PMDB em Alagoas”, avisou Kassab.

JL fez, literalmente, ouvido de mercador. Pior. Além de declarar apoio ao pré-candidato do PP, o deputado que é presidente do diretório do PSD em Alagoas fez provocações contra o vice-presidente do partido, o deputado estadual Dudu Holanda.

Depois de tomar conhecimento “dos fatos” Kassab convocou Dudu para uma reunião, nesta quarta-feira em Brasília. Eles avaliam, juntos, qual a melhor alternativa para honrar o compromisso do PSD nacional, sem intervir no diretório estadual.

A intervenção, no entanto, parece ser a única saída e pode resultar numa briga judicial pelo controle do partido em Alagoas.

Dudu antecipa que uma posição será anunciada nos próximos dias: “não dá para ficar muito próximo da convenção, senão pode inviabilizar a eleição proporcional e o partido precisa eleger um federal em Alagoas”, pondera.

O deputado não antecipa que medidas devem ser tomadas, mas reafirma que o compromisso de Kassab será cumprindo: “se João Lyra quiser concorrer a Câmara Federal, terá a legenda, mas o compromisso é fechar com o PMDB”, adianta.

Dudu confirma que será candidato a Câmara Federal, num compromisso já acertado com

Kassab e o presidente  do PMDB em Alagoas, senador Renan Calheiros.

 Problemas de saúde

Dudu Holanda diz que vai evitar o embate pessoal com João Lyra e não vai responder as acusações de é bêbado com passagem por delegacias: “ele tem problemas de saúde e  está com idade avançada, acredito que pode não ter  clareza do que disse, por isso não vejo necessidade de responder”, ponderou.

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Omissa, irresponsável e incompetente. Foi exatamente com essas palavras que o vereador Silvânio Barbosa, PSB, traduziu, nesta quarta-feira, a atuação da SMTT, órgão da prefeitura de Maceió, responsável pelos transportes públicos e trânsito de Maceió.

“O prefeito precisa de coragem para enfrentar o problema e dar um jeito na SMTT”, dispara o vereador.

E porque tanta “revolta”? Além dos problemas que o cidadão de Maceió enfrenta, no dia a dia da cidade, a maior queixa de Barbosa é com o transporte público no Benedito Bentes, bairro do qual o vereador é “prefeito comunitário”.

Barbosa dispara: “faltam ônibus, faltam empresas rodoviárias e falta fiscalização. Quem sofre na pele por conta da omissão do poder público é o trabalhador que precisa se deslocar todos os dias para outros bairros e esperam horas para conseguir um ônibus”, reclama.

Até o dia 10

Quanto ao seu destino político,  Barbosa avisa que vai demorar um pouco mais para decidir sua vida: “estou conversando com o partido e com minhas bases e só decidido se sou ou não candidato a deputado federal este ano a partir do próximo dia 10”, avisa.

Barbosa é, a princípio, candidato a deputado estadual, mas vem sofrendo pressão do PSB para disputar uma vaga para a Câmara Federal. Ele vinha se queixando muito dessa “movimentação”, mas acalmou um pouco mais depois que conversou com Kátia Born.

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