Monthly Archives: janeiro 2015

Lessa quer saber ‘onde estão as sementes e a colheita que Téo prometeu?’
   21 de janeiro de 2015   │     23:50  │  9

Tem “filmes” que são novos, mas parecem remakes. Há exatos oito anos Teotonio Vilela Filho acusava Ronaldo Lessa de ter deixado uma dívida (ou “rombo”) de R$ 480 milhões. Agora é ele quem enfrenta acusação semelhante.

A equipe do governador Renan Filho está levantando as dívidas deixadas pela gestão anterior. Até agora o débito é estimado em cerca de R$ 330 milhões – e pode aumentar.

O governo está fechando o levantamento de todos os empenhos de restos a pagar, que não haviam sido processados, para revelar os “números definitivos”. Só depois disso é que Téo Vilela deverá se pronunciar.

O ex-governador talvez precise incluir em seu repertório resposta para um questionamento que acaba de ser feito justamente pelo seu antecessor,  Ronaldo Lessa.

“Quero saber onde estão as sementes que ele plantou? Ele disse que Alagoas estava pronta para a colheita. De qual colheita ele estava falando?”, cutuca.

Novo governo

Ex-governador de Alagoas por dois mandatos, Lessa avalia com cautela as primeiras medidas adotadas pelo governador Renan Filho: “a maioria das medidas, apesar de duras, está certa. Outras, o tempo é que vai dizer”.

Para o deputado federal eleito pelo PDT, só será possível fazer uma avaliação real do novo governo depois de um período maior, de pelo menos 120 dias.

“O atual governo encontrou muitas dificuldades e está cuidando de arrumar a casa, de colocar a  máquina para funcionar. Esse período inicial é de ajustes, mas o governador está trabalhando muito, com muita disposição”, aponta.

Para Lessa, as dificuldades, especialmente financeiras, seriam provas de que propaganda feita pelo governo de Teotonio Vilela Filho, no final da gestão, era irreal: “o atual governo está mostrando verdadeiramente o que ele deixou”, aponta

Ronaldo Lessa diz que vai cobrar a “promessa” de Téo Vilela: “ele disse que a semente tinha sido plantada e o estado estava pronto para a colher. Eu pergunto,  colher o que? Ele deixou dívidas e problemas maiores do que qualquer um imaginava”.

Deputados de AL estão ‘divididos’ na eleição da Câmara Federal
     │     16:09  │  0

A eleição para presidente da Câmara Federal divide, literalmente, a preferência dos deputados eleitos para a nova legislatura, em Alagoas.

O ‘favorito’, Eduardo Cunha, do PMDB, teria pelo menos três votos. Com ele estariam, além de Marx  Beltrão (PMDB), Maurício Quintella (PR) e Arthur Lira (PP).

Já o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, teria o apoio de Givaldo Carimbão (PROS), Ronaldo Lessa (PDT) e Paulão (PT).

Pedro Vilela, do PSDB, deve acompanhar seu partido e votar em Júlio Delgado (PSB).

Os demais deputados estão  “indecisos”. Cícero Almeida (PRTB), da bancada do “eu sozinho”, adianta que não declarou, nem vai declarar voto em ninguém.

Cícero Almeida,aliás, avisa que não declarou voto em nenhum candidato a presidente da Câmara Federal. “Falaram por mim”, emenda. “Ainda não decidi e não vou decidir agora. É importante lembrar que, nesse caso, o voto é secreto”, aponta.

Tão secreto quanto a posição de Almeida deve ser o voto de JHC. O deputado é simpático a promessa de “maior independência” de Cunha e ao viés oposicionista de Delgado, embora considere que Chinaglia tenha, quando foi presidente da Câmara Federal, praticado ações moralizadoras.

Alagoas perde R$ 300 milhões em exportações em 2014
     │     5:07  │  2

O resultado nas exportações alagoanas de 2014 foi o pior desde 2005. É o que apontam os dados consolidados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

No ano passado o faturamento com o comércio exterior chegou a US$ 629,4 milhões. Na comparação com as exportações de 2013, quando o faturamento chegou a US$ 742,2 milhões, o estado registrou variação negativa de -15,2% em sua balança comercial.

A queda no comércio exterior é reflexo da crise que atinge o setor sucroalcooleiro de Alagoas, responsável por mais de 98% das nas exportações do estado. A situação das usinas começou a piorar a partir da seca de 2012 e se agravou com a perda de  competitividade do etanol ante a gasolina.

Somente no ano passado Alagoas perdeu o equivalente a cerca de R$ 300 milhões por conta da queda nas exportações.  Esse é o volume de recursos que deixou de circular no estado e explica, em parte, a desativação de unidades industriais do setor canavieiro alagoano.

As perdas desde 2011, se considerado o valor exportado naquele ano como base de comparação, chegam a US$ 1,7 bilhão ou R$ 4,4 bilhões. É esse volume que deixou de circular no setor sucroalcooleiro e no estado nos últimos 3 anos.

Os reflexos da crise no setor canavieiro atingem não só as usinas, mas também cidades inteiras. Nos últimos três anos, segundo estimativas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL) e do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL) é de que o estado tenha perdido de 20 mil a 30 mil postos de trabalho na agroindústria canavieira, somente nos últimos três anos.

A recuperação do setor sucroalcooleiro depende da competitividade do etanol e, no caso de Alagoas em especial, de uma política fiscal que não penalize o setor. Atualmente Alagoas tem a maior carga tributária sobre o açúcar e o etanol entre todos estados produtores de cana do Brasil.

Por conta da sobrecarga tributária, Alagoas não consegue mais escoar sua produção no mercado interno e mais de 70% de sua produção vai para exportação.

O Sindaçúcar-AL aposta na volta da Cide, que vai elevar o preço da gasolina e tornar o etanol mais competitivo, e na atualização da legislação estadual: “queremos apenas que Alagoas pratique tarifas semelhantes a estados produtores mais próximos, a exemplo de Pernambuco,  Paraíba e Rio Grande do Norte”, resume o presidente do Sindicato, Pedro Robério Nogueira.

As tabelas preparadas pelo blog mostram a evolução da balança comercial em Alagoas.

exportacoes

Polícia Civil volta a comandar inquéritos de homicídios em Maceió
   20 de janeiro de 2015   │     21:39  │  0

A Polícia Civil de Alagoas vai voltar a comandar os inquéritos de homicídios em Maceió ocorridos em Maceió a partir deste ano.  A decisão foi anunciada na noite desta terça-feira pelo delegado-geral da PC, Paulo Cerqueira.

A partir desta quarta-feira, 21, os crimes dolosos cometidos ocorridos na capital, que desde o dia 6 passado eram apurados exclusivamente por integrantes da Força Nacional, serão investigados pela Delegacia de Homicídios.

Paulo Cerqueira explica, em texto da Agência Alagoas, que presidência dos inquéritos policiais será exercida concorrentemente pelos delegados titulares da DHC e pelos delegados integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, num trabalho de integração das duas forças policiais.

A “exclusão” da PC foi tema de postagem aqui (http://wp.me/p2Awck-2kp). Para especialistas, o melhor caminho é o que passa a ser adotado, agora, o da integração. “A medida é acertada e fortalece o trabalho da segurança em Alagoas”, ponta um experiente agente de polícia.

Veja o texto da Agência Alagoas:

Polícia Civil e Força Nacional comandam inquéritos de homicídios na Capital

O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, publicará no Diário Oficial do Estado, nesta quarta-feira (21), portaria determinando que caberá à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) a investigação relativa a todo o crime de homicídio doloso cometido na Capital, inclusive no caso de a vítima vir a óbito no local da ocorrência, devendo ainda os autos de prisão em flagrante ser lavrados naquela especializada.

Pela portaria, em relação à presidência dos inquéritos policiais, sejam iniciados por portaria ou mediante auto de prisão em flagrante, será exercida concorrentemente pelos delegados titulares da DHC e pelos delegados integrantes da Força Nacional de Segurança Pública.

Fica estabelecido ainda pela portaria que os delegados da Força Nacional, após confeccionarem o relatório final, deverão remeter os autos para o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital que ratificará os autos e providenciará o devido encaminhamento para o Poder Judiciário.

Os delegados da Força Nacional, conforme o documento, ficam autorizados a requisitarem diretamente todas as diligências necessárias para a desenvoltura das investigações sob suas responsabilidades, tudo de conformidade com o art. 6º (e seus incisos) do Código de Processo Penal Brasileiro.

A decisão foi tomada em comum acordo com o secretário de Defesa Social e de Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça, e revoga portaria anterior que atribuía à Força Nacional a instauração de novos inquéritos de homicídios ocorridos a partir do dia 6 deste mês, e determinava que os delegados de Homicídio da Capital ficariam responsáveis pelo andamento dos inquéritos pendentes naquela especializada.

O delegado-geral explicou que, “diante da filosofia de integração, hoje predominante na segurança pública de Alagoas, resolvemos que o melhor seria trabalhar em parceria, e assim os delegados da polícia alagoana voltam a presidir inquéritos junto com a Força Nacional”.

Marcelo Beltrão quer consenso na AMA, mas descarta redução de mandato
     │     19:49  │  0

Candidato a presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Marcelo Beltrão, do PTB, defende o consenso. Foi assim quando disputou o cargo pela primeira vez, em 2013.

Em nome do entendimento, Marcelo fechou um acordo com o prefeito Jorge Dantas (PSDB), de Pão de Açúcar, atual presidente da AMA. Cada um assumiria o mandato por um ano.

A eleição em janeiro de 2013 foi em chapa única e os dois tiveram 83 votos,  dos 101 prefeitos associados à AMA.

A eleição para a nova diretoria da AMA acontece na próxima segunda-feira, 26. Marcelo avisa, desde já que é candidato a prefeito e que busca o consenso, mas descarta qualquer acordo para encurtar o mandato. “A maioria dos prefeitos não quer, não aceita mais esse arranjo”, adianta.

Se não houver consenso, Beltrão vai enfrentar, nas urnas, o prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Mateus (PMDB), que também faz parte, assim como ele, da base aliada do governo.

“Quero o entendimento, desde que não implique num mandato menor”, aponta. A negociação em torno do consenso, avalia Beltrão pode sim passar pela indicação do candidato a vice. “O nome do vice será escolhido por entendimento da maioria dos prefeitos e pode fazer partede qualquer grupo”, avalia.

Se for eleito presidente da AMA, o prefeito de Jequiá da Praia, promete fazer uma gestão democrática,  abrindo espaço para prefeitos de todos os partidos e mantendo o diálogo e o equilíbrio na relação com governo federal e governo do estado.

Em janeiro de 2013, Marcelo reuniu na sua posse como presidente da AMA, o então governador Teotonio Vilela Filho, o atual governador Renan Filho, os senadores Fernando Collor de Mello e Benedito de Lira, além de deputados estaduais e federais de vários partidos.

Se não houver interferência ou pressão externa, Marcelo deve ser o novo presidente da AMA. Ele tem o apoio da maioria dos prefeitos e bom trânsito no governo do Estado e na bancada federal.