Monthly Archives: fevereiro 2015

ALE dá ‘carta branca’ para Renan Filhofazer reforma administrativa
   19 de fevereiro de 2015   │     19:58  │  1

Agora é com o governador e sua equipe. Do número de secretarias de estado, passando pela denominação de cada uma e até pela criação de novos cargos de confiança, Renan Filho terá poderes para legislar e mudar ao seu modo a estrutura administrativa do estado.

A ‘carta branca’ para o governador é fruto da ‘Lei Delegada”.  A Resolução nº 548/15, assinada pelo presidente da ALE, Luiz Dantas , foi publicada no Diário Oficial de Alagoas, na sexta-feira, 13 e que delega ao Governador do Estado a atribuição para elaborar leis destinadas a alterar a estrutura da administração direta e indireta do Poder Executivo.

Renan Filho fica liberado, pelos próximos 180 dias, para mudar, como quiser, a estrutura do Estado. Depois disso, terá que submeter qualquer mudança ao Legislativo.

O que pode

Segundo a assessoria da ALE, o “governador poderá, de acordo com a resolução, elaborar leis destinadas a permitir a implantação de uma nova organização administrativa condizente com a execução das políticas públicas a serem implementadas no Poder Executivo do Estado de Alagoas, com poderes limitados a:

I – criar, incorporar, transferir, extinguir e alterar órgãos públicos, inclusive autônomos, ou unidades da Administração Direta, bem como modificar a estrutura orgânica das entidades da Administração Indireta, definindo suas atribuições, objetivos e denominações;

II – criar, transformar e extinguir cargos de provimento em comissão e funções de confiança dos órgãos e entidades a que se refere o item anterior, alterar-lhes as denominações e atribuições, definir a natureza de seu recrutamento e fixar-lhes os vencimentos;

III – proceder à realocação de atividades e programas no âmbito do Poder Executivo e ao remanejamento de dotações orçamentárias;

IV – alterar as vinculações das entidades da administração indireta.

A resolução deixa claro ainda que, a delegação de atribuição ao Governo do Estado estende-se por um período de seis meses, a contar de sua vigência, e não abrange as empresas públicas e as sociedades de economia mista integrantes da administração indireta estadual.

Após a promulgação das Leis Delegadas e no prazo máximo de dez dias, as Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, em reunião conjunta, emitirão, se for o caso, Projeto de Decreto Legislativo, sustando os atos que exorbitarem dos limites da delegação ora concedido.

Leitor faz desafio em defesa do carnaval de Maceió
     │     15:29  │  3

Deixo aqui o registro feito, em comentário, pelo leitor Renato Rocha. Ele faz um desafio em defesa do carnaval de Maceió.

“É lastimável, mesmo sem carnaval na cidade os comandantes do município estarem longe do seu povo, foram gozar nas festas dos outros. Mas vamos lá, eu simples cidadão alagoano – terra sem igual – estou conclamando amigos como Ediberto Ticianelli, Carlito, Pedro Cabral, Geraldo Magella, Marcos Davi e Lyra – homens do Pinto (da madrugada) – representantes das ligas de escola de samba e blocos, empresários, inclusive hoteleiros que fazem questão de divulgar que Maceió é cidade de descanso, representantes do folclore alagoano, para que possamos ter no carnaval um dia de desfile do folclore, com a participação do interior, o dia da escola de samba, o dia de blocos, o dia da fantasia com premiação, o dia dos bois.

É difícil mas não impossível, onde será o corredor da folia? Na nossa avenida Paz, iniciando-se nas lojas americanas com final no grande parque de Jaraguá, onde cada dia com apresentação de cantores da terra – talentos alagoano- e um cantor ex: Alceu, Elba, entre outros, um palco como antigamente ao lado Fênix onde todos desfiles por lá passariam, com linda decoração, enfeites e adereços ao longo da avenida. Vamos fazer um fórum para devidas concretizações desse sonho tornando uma realidade, estou lançando a semente e ela vai germinar. Avante sem medo de dizer “Maceió tem carnaval sim senhor!”. A quem interessar possa tels: 9981-5614/8844-5614/9114-2021, Renato Rocha.

Tá dado o recado. E podem contar comigo também.

Fora de Maceió, prefeito e vice não vêem nem carnaval, nem chuvas
   18 de fevereiro de 2015   │     23:07  │  5

O Carnaval de Maceió, registrei aqui (http://wp.me/p2Awck-2nL), foi ignorado – mais uma vez e literalmente – pelos gestores públicos do estado e do município. Nada de novo.

Sem os ‘holofotes’ que marcam as prévias de momo na capital, realizadas uma semana antes, a festa parecer não despertar o interessem, nem político e eleitoral.

Quem viu o desfile das escolas de samba de Maceió, no sábado, 14, deve ter percebido a penúria a que os grupos são submetidos. A demora entre a passagem de uma escola e outra era de mais de meia hora. Isso porque todas as escolas usaram o mesmo carro de som – de baixa qualidade, é bom que se diga – cedido por um vereador. Era preciso esperar um grupo terminar seu desfile, por inteiro, para poder fazer uso do carro.

Não faltou apenas apoio material. Nenhum gestor de “peso” da prefeitura apareceu no carnaval da cidade.

Pelo que se  fala nas redes, o prefeito e o vice estavam fora da capital. Rui Palmeira estaria nos EUA, segundo boa fonte. Segundo a Secom ele não estava em Maceió, ontem.  Marcelo Palmeira que apareceu em algumas redes sociais ao lado do senador Benedito de Lira, no carnaval da Sapucaí, no Rio de Janeiro.

A ‘pausa’ para o carnaval é até compreensível, na maioria dos casos. Mas as vezes acontecem  fatos inesperados. Foi o caso da chuva que caiu em Maceió, de terça para quarta. A chuva em si já era esperada. Mas na versão oficial do município a surpresa foi a intensidade: choveu quatro vezes mais que o esperado.

O fato é que nem prefeito, nem vice tinham aparecido para ver os estragos, até esta quarta a noite – pelo menos que se saiba. Apesar disso, pelo que se sabe, tanto Marcelo quanto Rui estão acompanhando o trabalho das equipes da prefeitura por telefone.

Apesar do contratempo, Rui Palmeira deverá está de volta o mais breve possível e tomará todas as providências possíveis em relação aos estragos feitos pela chuva. Já o carnaval…

Alerta

O prefeito compartilhou em sua página no Facebook um alerta da Defesa Civil:

“A previsão é de chuva forte até a manhã de amanhã (19). No bairro do Farol, por exemplo, o pluviômetro instalado na sede da Defesa Civil de Maceió registrou 107 milímetros, quatro vezes mais do que o esperado para hoje (18).

Orientamos aos moradores de áreas de risco que deixem o local e procurem abrigo em casa de parentes, enquanto estiver chovendo forte. Da mesma forma, orientamos para que as pessoas não saiam de carro e evitem trafegar em locais da parte baixa de Maceió, onde historicamente são registrados alagamentos.

Ainda pior: AL aumenta ‘estouro’ da LRF para 49,7% em dezembro
     │     18:16  │  0

O limite de gastos do Estado com pessoal  é de no máximo 49% da Receita Corrente Líquida. Isso é o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal.  Alagoas, como já se sabia, ultrapassou esse limite no segundo quadrimestre (agosto) de 2014 ao registrar gastos de 49,44%.

Na semana passada saiu o relatório de gestão fiscal  com dados do terceiro quadrimestre (setembro a  dezembro) de 2014. A situação piorou – nada diferente do esperado.

O Executivo fechou 2014 com despesas de pessoal da ordem de R$ 2,967 bilhões, ultrapassando em R$ 42,4 milhões o limite máximo (R$ 2,925 bilhões). Os gastos chegaram 49,71%, acima do limite máximo (49%) e muito acima do limite prudencial (46,5%) e de alerta (44,10%).

Não será fácil reverter essa situação no curto prazo. Por ora só resta ao governo de torcer para arrecadação crescer. Toda a economia que será gerada com o corte de 30% nos cargos comissionados (algo entre R$ 15 e R$ 20 milhões no ano), não será suficiente sequer para cobrir o impacto do aumento dos militares, que deve chegar a  R$ 60  milhões somente em 2015.

O que fazer?

O governo está proibido, por decisão judicial, de aumentar gastos com pessoal até que cumpra os limites da LRF. Por isso o governador buscou o entendimento com MPE e TJ/AL em torno do aumento dos militares, retroativo a janeiro.

O governo fechou acordo com os poderes que decidiram “abrir uma exceção”. Na prática, isso significa que o governo terá de fazer novos cortes de gastos com pessoal.

É importante lembrar que a própria lei que aprovou o aumento deixou o  reajuste condicionado ao cumprimento da LRF.  Não é fácil dizer não para os militares – ainda mais num momento em que o governo faz um grande esforço para reduzir a violência.  Mas ao fazer isso, o governador Renan Filho abre um precedente que pode lhe custar caro, tanto na negociação salarial com outras categorias, quanto para o equilíbrio fiscal do estado.

Frustração

O ex-governador Téo Vilela sempre usou a LRF como justificativa para não dar reajustes maiores ou contratar novos servidores. E logo ele entregar o Estado com o limite estourado? Justiça se faça. Apesar do “esforço do governo”, Alagoas enfrentou duas grandes frustrações de receita em 2014, que em parte explicar o problema: foram R$ 170 milhões a menos de FPE e R$ 150 milhões a menos de ICMS.

A perda de FPE é um problema nacional, resultado da desaceleração da economia e que atinge todos os estados e prefeituras. No caso do ICMS, a situação de Alagoas reflete também o fechamento de quatro usinas, ocorrido na safra 2013/2014.

Se o quadro se repetir esse ano, a relação de Renan Filho com o funcionalismo não será das melhores.

 

lrf dezembro 2014

Ima pode atenuar crise que afeta produtores de mandioca de AL
     │     15:23  │  1

No dia 5 de novembro de 2014, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) interditou,  duas casas de farinha em Girau do Ponciano.  Cercada de uma grande pirotecnia, “a interdição ocorreu depois de constatado que os locais lançavam efluentes tóxicos no meio ambiente”, disse,à época a assessoria do Ministério Público Estadual.

No dia seguinte, mais três casas de farinhas foram fechadas na ação (FPI) realizada em parceria por órgãos como o Ministério Público Federal, o Ministério Público de Alagoas, Ibama, IMA e Polícia Militar, entre outros.

A ação foi desproporcional. Até mesmo os gestores públicos que participaram do ato admitem que houve exageros. Isso porque, do outro lado, os prejudicados não estão grandes empresários ou mega indústrias, mas centenas de trabalhadores rurais e agricultores familiares ligados à cadeia produtiva da mandioca que viram, de uma hora para outra, sua situação se agravar.

De acordo com Eloisio Lopes Junior, presidente da Câmara Setorial da Mandioca em Alagoas, cada casa de farinha atende pelo menos uma centena de agricultores familiares. “Ao fechar essas pequenas agroindústrias, o IMA agravou as  dificuldades  que o setor enfrenta. Hoje a mandioca é vendida abaixo do  custo de produção e tem muita gente sem trabalhar e passando fome por conta disso”, lamenta.

Atualmente a tonelada de mandioca é comercializada a R$ 140, abaixo do custo de produção que é estimado entre R$ 180 e R$ 200.

“Eu hoje estou pagando para produzir”, desabafa o presidente da Associação dos Beneficiadores de Mandioca de Alagoas (Abeman/Al), Renildo Moura.ele defende um diálogo com todos os órgãos envolvidos antes da interdição para conseguir amenizar a situação.

Alagoas tem, atualmente, 26 mil famílias de produtores de mandioca apenas na região agreste onde a FPI foi realizada. Essas famílias trabalham com prejuízos, em função da queda do preço da mandioca. “Sem as casas de farinha, temos que vender nossa mandioca para Sergipe e Pernambuco, por um baixo preço, ajudando a gerar emprego e renda em outros estados”, lamenta.

Sensibilidade ambiental e social

A situação dos agricultores familiares do agreste foi discutida em reunião realizada pela Secretaria de Agricultura do Estado, em Arapiraca, na quinta,12. O encontro, realizado no Teatro Planetário, com mais de 200 produtores, foi em clima tenso. Mas a reunião foi considerada positiva. A  Seapa mobilizou os produtores, criou uma comissão de técnicos para tratar do assunto e abriu um canal de diálogo com  o IMA.

Na sexta-feira, 13, o novo presidente do IMA, Gustavo Lopes, atendeu uma comissão de produtores e prometeu tratar a questão com celeridade.

A polêmica, originada na gestão anterior, estava esquecida. “Enquanto as casas de farinha permanecem fechadas, centenas de famílias de agricultores familiares enfrentam dificuldades para escoar sua produção”, alertou o presidente da Coopeagro,  Eloizio Junior, na reunião no IMA.

Gustavo Lopes promete dar uma resposta definitiva sobre a situação até o final deste mês.  Ele quer uma solução rápida para a crise “política” que afeta os mandiocultores do agreste de Alagoas,  que estão em “pé de guerra” com o órgão por conta do fechamento de cinco casas de farinha por falta de licenciamento ambiental.

“Considero o problema das casas prioritário, porque envolve o sustento de famílias de agricultores. Vamos encontrar uma solução que atenda os produtores, dando a eles condições de trabalho, e que esteja dentro da legislação”, adianta.

REUNIAO IMA