Qual o tamanho real da bancada do governo de Renan Filho na Assembleia Legislativa de Alagoas? O governador tem, como se sabe, ampla maioria. Mas mesmo dentro de sua bancada existem insatisfeitos.
Quem anda pelos corredores da ALE acredita que o governo pode contar com algo entre 16 e 20 deputados na votação da maioria das matérias.
Mas em algumas situações, é preciso um engajamento do governador para evitar “derrotas”.
Esse é o caso da PEC do Orçamento Impositivo, que está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Alagoas.
Quem conhece a Casa, avisa que o governador Renan Filho terá de se empenhar pessoalmente para que a proposta, que assegura mais de R$ 80 milhões em emendas parlamentares obrigatória não seja aprovada. O projeto foi apresentado com a assinatura de 12 deputados e precisa apenas de 16 votos para ser aprovada.
Um experiente parlamentar da bancada governista, avalia que “ou o governador se engaja pessoalmente nesta questão ou a PEC será aprovada”.
O que a PEC significa politicamente? Uma maior independência dos deputados em relação ao Palácio dos Palmares. Cada um terá direito a emendas parlamentares de 2,7 milhões que serão, obrigatoriamente, executadas pelo governo. É dinheiro que o deputado poderá destinar para qualquer área. Um verdadeira tentação.
Embate
A tramitação da PEC ajuda a esquentar os debates em torno da eleição da Mesa Diretora da ALE, que acontece em fevereiro de 2017. O atual presidente da Casa, Luiz Dantas, teria hoje pelo menos 17 dos votos, mas outros grupos estão sendo formado pelos deputados Antônio Albuquerque, Francisco Tenório, Marcelo Victor, Galba Novais e Jaizirnho Lira. É provável que a eleição conte com duas chapas diferentes.