Alagoano, ex-ministro de Lula e Dilma, vira secretário em SP para ‘combater’ nome da esquerda à prefeitura
   20 de fevereiro de 2024   │     0:08  │  0

Um alagoano que fez carreira política em São Paulo, ganhou os holofotes e Brasília, mas nunca cortou os laços com sua terra.

Ex-militante do PCdoB, egresso do movimento Aldo Rebelo é natural de Viçosa, AL e sempre manteve relacionamento próximo com políticos progressistas alagoanos, a exemplo de Téo Vilela e Renan Calheiros.

Em 2017, depois de 40 anos de militância, Rebelo deixou o PCdoB. De comunista, passou a ser admirado também por setores mais conservadores – inclusive em Alagoas – em função de posicões ‘nacionalistas’.

Agora, aos 67 anos, Aldo vai reforçar a equipe do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. E chega ‘rasgando o verbo’. Na posse ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem já foi ministro, por suas críticas a Israel.

No governo de São Paulo, SP, ele entre para fortalecer a ideia de “frente ampla”, que inclui setores mais democráticos a bolsonaristas.

Veja trechos de reportagem da Folha de São Paulo:

  • A posse de Aldo Rebelo, 67, como secretário de Relações Internacionais na Prefeitura de São Paulo, marcada para esta segunda-feira (19), dá início à reconfiguração do secretariado de Ricardo Nunes (MDB) com vistas à eleição municipal e ajuda o prefeito em duas tarefas —acenar ao bolsonarismo e sinalizar amplitude em seu arco de apoiadores.
  • Ex-ministro dos governos Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) e ex-deputado federal (1991-2015), Aldo tem uma trajetória que permite as duas leituras contraditórias. Por um lado, o militante comunista, que fez carreira no PC do B, é listado por Nunes e aliados entre os nomes da esquerda que o apoiam, o que seria uma evidência da frente ampla que o prefeito reivindica, que tem Jair Bolsonaro (PL) na outra ponta.
  • Ao mesmo tempo, a escolha de Aldo por Nunes foi elogiada por bolsonaristas, inclusive Fabio Wajngarten, que se identificam com valores que o ex-ministro prega, como nacionalismo, soberania da Amazônia e direito de defesa. O futuro secretário também tem boa relação com os militares (foi ministro da Defesa) e com o agronegócio.
  • Aldo Rebelo e Bolsonaro foram colegas na Câmara dos Deputados, jogaram futebol juntos e mantiveram convergência em pautas como o questionamento da atuação de ONGs estrangeiras na Amazônia.

Retorno abortado

Rebelo, segundo a Folha, estava de mudança de volta para Maceió. Mas desistiu após ser convencido por emedebistas – incluindo o deputado federal Isnaldo Bulhões Jr que esteve com ele em São Paulo no final de semana.

“Entraram em campo para convencer Aldo, que estava de mudança para Maceió e com planos de escrever novos livros, o presidente do MDB, Baleia Rossi, e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Na Secretaria de Relações Internacionais, Aldo quer dar continuidade aos projetos de Marta, incluindo a agenda antirracismo, mas também pretende incluir o tema do desenvolvimento na pauta ambiental e tratar de segurança alimentar e combate à fome.”, diz trecho da reportagem

 

Leia aqui na íntegra

Aldo Rebelo reconfigura gestão Nunes com aceno a bolsonarismo e amplitude

 

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