Dinheiro que governo economizou em Hospital dá para construir 5 UPAs
   27 de março de 2017   │     22:30  │  5

É uma questão de matemática pura e simplesmente. O governo de Alagoas deu a ordem de Serviço na construção do Hospital Metropolitano de Maceió nesta segunda-feira, 27.

A obra que deveria custar R$ 91 milhões foi licitada por R$ 64 milhões. A diferença, anote, foi de R$ 27 milhões. É dinheiro em caixa e no Orçamento que estão “sobrando”.

Com a economia seria possível construir pelo menos 5 UPAs do tipo III (as maiores), com capacidade para 450 atendimentos dia – igual a do Trapiche, em Maceió. A construção desta UPA saiu por R$ 4,7 milhões. Com o que “sobrou” do Metropolitano, a Secretaria de Saúde poderia construir 5 Upas tipo III (R$ 23,5 milhões) e ainda teria “troco” para construir uma UPA menor, tipo I ou II.

A construção de novas UPAs já está prevista no plano de expansão da rede estadual de saúde. Serão mais quatro, pelo menos, segundo o secretário de Saúde, Christian Teixeira: duas em Maceió e duas em Arapiraca.

Mas, estas quatro UPAs já estão incluídas dentro do plano de expansão e o governo tem dinheiro em caixa para sua construção. Da mesma forma, estão dentro do plano de expansão os hospitais de Delmiro Gouveia, Porto Calvo e União dos Palmares, que devem custar juntos cerca de R$ 60 milhões.

Os R$ 27 milhões que o governo gastará a menos na obra do Metropolitano poderão ser usados para construir novas UPAs ou hospitais no interior ou na capital, obras que ainda não foram anunciadas pelo governo. 

A carência é grande. O déficit  na rede estadual, segundo a própria Secretaria de Saúde, é e 2 mil leitos. Com as novas obras anunciadas (risco habitual, metropolitano e os hospitais regionais, o governo deve ampliar a oferta em mais 500 leitos).

O Estado pode usar a “sobra” para novas UPAs (que faz apenas atendimento de urgência) ou para ampliar a capacidade de leitos.  A decisão, agora, é do governador.

COMENTÁRIOS
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  1. Luiz Paulo sodr

    Sr. Edivaldo,fico muito grato,que o senhor tenha tido a consideração e me explicado sua posição perante centenas de leitores que possui,mas discordo em parte do exposto,tenho certeza que o senhor já percebeu os inúmeros comentários de quem o acompanha,à respeito da sua parcialidade quando se trata de promover e defender os maus feitos desse governador e o pai dele, com todo respeito é disso que falo,não é justo,que o senhor use seu blog que é seu mas é público e o senhor sistemáticamente,mesmo sabendo que tem um custo essa parcialidade para a sua credibilidade,para promover essas pessoas que tenho certeza não merecem,o povo fala no futebol,que juíz bom é aquele que não é notado, e na política se fala que o governo não precisa propagar o feito,seus atos serão sentidos pelo povo,de qualquer forma,muito obrigado pela consideração,continuo lhe respeitando muito,mas gostaria de vê-lo praticando outro tipo de jornalismo e à propósito também lhe acompanho no que acontece em nosso estado à respeito de economia. um Abraço.

    1. Edivaldo Júnior Post author

      Caro Luiz, respeito sua opinião – assim como a de todos os leitores. Por isso, explico: por regra, publico informações de todos partidos, de todas as cores. Note bem: informação. Opinião, no meu caso, é exceção.
      Acompanho prioritariamente política e economia. Nesse campo, é natural que a presença do governador ou da bancada federal seja um pouco maior, em função do poder de decisão.
      Ainda assim, note que meus textos normalmente se limitam a destacar fatos, levando a informação ao leitor.
      Um exemplo: todos os meses divulgo o ICMS, seja positivo ou negativo. E sabe o que é interessante? Nenhum governante que eu conheço gosta que a receita seja divulgada, ainda mais quando está em alta.
      É tudo uma questão de leitura.
      A “sobra” de R$ 27 milhões pode ter várias interpretações. Para quem é gestor da Sesau, a economia pode valer como bom exemplo, nesses tempos em as obras sempre ficam mais caras. Já o Roberto, que fez comentário aqui, sugeriu que esse dinheiro sirva para pagar os credores, ao mesmo tempo que acusa o governo de “quebrar” os pequenos fornecedores. Um prefeito, ao ler a informação pode pedir para o governo investir na saúde da sua cidade. E o cidadão, informado, pode cobrar melhorias no atendimento da saúde.
      Em resumo Luiz, meu esforço é deixar aqui informação. Cada um fará dela o uso que achar melhor.
      Assim como você, meus leitores têm senso crítico e opinião própria e certamente vão “filtrar” tudo que leem neste blog ou em outros meios de comunicação.
      Outra regra por aqui: posto todos os comentários, desde que não sejam ofensivos. De preferência, os comentários devem ser sobre o fato, a notícia e não sobre quem a escreve.

  2. Roberto

    Se esse governo é tão probo e tão correto, porque que não usa esse dinheiro para pagar aos fornecedores da saúde? Esse governo continua quebrando os pequenos empresários desses estado e dos de fora também. Não dá para acreditar neste governo de Renan Filho. É muita mentira sendo contada. Enquanto isso nós empresários seguimos quebrando. #ForaRenanFilho

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