Disputa entre Rui Palmeira e Renan pode ‘quebrar’ Associação dos Municípios de AL
   24 de abril de 2017   │     21:53  │  3

Sobrou para a Associação dos Municípios Alagoanos. A prefeitura de Maceió é o maior contribuinte da AMA. Ou melhor, era. A partir deste mês, a contribuição mensal de cerca de R$ 100 mil deve ser reduzida para R$ 35 mil.

Além de Maceió, outras prefeituras poderiam reduzir suas contribuições à AMA, provando uma crise sem precedentes na associação. Nos “bastidores”, a aposta é que o “boicote” poderia inviabilizar a AMA, provocando inclusive a redução do seu quadro de servidores e técnicos

O motivo oficial da redução d contribuição da prefeitura de Maceió? A crise.

Nos bastidores, no entanto, a versão é outra. A redução seria mais um desdobramento da briga política entre o grupo do prefeito Rui Palmeira (PSDB) e do senador Renan Calheiros (PMDB).

O presidente da AMA, Hugo Wanderley (PMDB), que tem laços com só Calheiros, confirma que recebeu o comunicado da prefeitura de Maceió no início deste mês.

Desde então, Hugo pediu audiência para conversar com Rui Palmeira sobre a importância da contribuição: “A AMA vai continuar seu trabalho mesmo com esse corte. No entanto, quero conversar com o prefeito sobre o papel da instituição e estou aguardando que ele me receba em audiência”.

Wanderley, que prefere ficar com a versão “oficial” diz que a AMA está e sempre esteve de portas abertas para todos os partidos e grupos políticos: “no começo deste mês, por exemplo, trouxemos o presidente do FNDE, Silvio Sousa Pinheiro, que é ligado ao PSDB. Além disso já pedi ao deputado federal Pedro Vilela (PSDB) que traga o ministro das Cidades, Bruno Araújo. O ministro dele tem muitos projetos de interesse das prefeituras. Aqui nós trabalhos pelos municípios, independente da cor partidária”, aponta.

Retorno para os municípios

Segundo Hugo, o trabalho da AMA, junto a bancada federal e a Confederação Nacional dos Municípios assegurou 1% extra de FPM para os municípios que serão repassados em julho e dezembro deste ano, além dos recursos da repatriação: “nossa luta garantiu um ganho extra que equivale a mais de dois meses de FPM para as prefeituras, incluindo a de Maceió. Além disso, temos vários outros ganhos na área tributária que beneficiam os municípios. A contribuição que as prefeituras dão para a manutenção da entidade é revertida em serviços e benefícios para as prefeituras”, enfatiza.

Tem mais

Ainda segundo versão que circula em sites locais e nos bastidores, outros dois prefeitos – Rogério Teófilo (PSDB), de Arapiraca e Júlio Cezar (PSDB), de Palmeira dos Índios – seguiram o exemplo de Rui Palmeira e anunciariam cortes nos recursos para manutenção nos próximos dias. Wanderley acredita que não passa de boatos: “o Júlio participa ativamente da AMA e já estive com o Rogério, que nunca sinalizou nada desse tipo, até porque eles sabem que a AMA, embora seja uma instituição política, é a apartidária.

COMENTÁRIOS
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  1. André Esteves

    Bom pra servidor, Edson, é Renan Filho. Mais de 16% de IPCA e só 5% de aumento 2015 e 2016. O único governador 0,0000% da História.

    Edvaldo Júnior, cadê a operação Arca de Noé no seu blog? Estou sentindo falta da sua informação…

  2. Edson

    A decisão do prefeito Rui Palmeira de reduzir a contribuição da Prefeitura de Maceió para a AMA não me surpreende. Um prefeito que só concede os direitos dos servidores da Prefeitura de Maceió com a intervenção do Poder Judiciário, já diz o que é. Graças a Deus já não sou mais servidor efetivo do município de Maceió, mas tenho muitos amigos e amigas que continuam servidores em Maceió e quando conversamos, a reclamação é a mesma, processos administrativos engavetados e os direitos dos servidores não pagos. Quem te viu, quem te vê Rui Palmeira!

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