Reflexo da crise na economia nacional, que afeta a arrecadação dos estados e municípios, o governo de Sergipe adotou um “remédio amargo” nesta terça-feira,mas 29: o parcelamento de salários.
O “filme” já foi visto, recentemente, no Rio Grande do Sul, em cores mais fortes e em tom mais dramático. Em outros estados, como Pernambuco, o governo atrasou o calendário de pagamentos.
E em Alagoas? Aqui nada muda, garante o governo. Apesar do agravamento da crise, os pagamentos devem continuar sendo pagados em duas faixas – no dia 30 e dia 10.
Apesar disso, a “luz amarela continua acesa”. De acordo com estimativas da Secretaria da Fazenda de Alagoas, o estado vai fechar setembro com queda na arrecadação de ICMS e até 4%. A expectativa é que os repasses do FPE também caiam um pouco mais, entre 4% e 5%.
O problema, no caso de Alagoas, é que aqui os salários dos servidores já são pagos, há mias de 15anos em duas faixas salariais. Se o caixa apertar, o Estado terá de criar uma nova faixa ou simplesmente atrasar os pagamentos, algo que o governador Renan Filho tem dito aos auxiliares mais próximos que não admite em hipótese alguma.
Repercussão na mídia
Veja texto do G1 Sergipe, sobre o parcelamento de salários:
Governo de Sergipe anuncia parcelamento do salário de setembro
O Governo do Estado de Sergipe anunciou na manhã desta terça-feira (29) o parcelamento do pagamento dos salários do mês de setembro. Somente os servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seed) vão receber o valor integral nesta quarta-feira (30).
Segundo nota oficial, na quinta-feira (1º) vão receber o salário integralmente os funcionários da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Detran, Ipesaúde, Sergipe Previdência, Jucese, Adema e Segrase.
Já os aposentados, pensionistas e demais servidores da administração direta e indireta vão receber na quinta-feira (1º) o limite de R$ 2,5 mil.
A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informou que espera concluir os pagamentos da folha salarial referente o mês de setembro até o dia 10 de outubro. Essa data pode ser antecipada conforme a liberação dos recursos dos depósitos judiciais.
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Se fosse uma empresa particular que parcelasse o salário, o Ministério do Trabalho e a justiça do Trabalho já teriam autuado, inclusive, com multa e execução pesada.
O poder público deita e rola em cima das Leis Trabalhistas e a Justiça do Trabalho faz vista grossa, não tomando nenhuma atitude quanto ao caso.
Por isso se diz:
Grande é grande e pequeno é pequeno.
É triste mas é verdade.
Quer dizer que Sergipe já pagava dentro do mês trabalhado esse tempo todo ? e o ‘parcelamento’ conclui dia 10? então aqui já está parcelado e termina DEPOIS ( dia 11)
Edivaldo, ainda que se adotasse essa atitude em Alagoas, educação e saúde não entrariam, já que a verba é federal e recebida mensalmente sem atraso.