Juiz nomeia novo  administrador para massa falida da Laginha
   31 de julho de 2015   │     21:42  │  0

Como antecipei aqui (http://wp.me/p2Awck-2D8)  a situação na massa falida da Laginha Agroindustrial é de completo descontrole. O pedido de renúncia dos antigos administradores industriais do que restou do grupo João Lyra (que já foi um dos maiores do país), está sendo depenado, literalmente, sob o os ‘cuidados’ da Justiça.

Embora tenha negado pedido do Ministério Público de destituição e indisponibilidade dos bens dos antigos gestores (CARLOS BENEDITO LIMA FRANCO SANTOS, FELIPE CARVALHO OLEGÁRIO DE SOUZA e X INFINITY INVEST LTD), o juiz Kleber Rocha, responsável pelo processo, decidiu aceitar a renúncia do administrador judicial e dos gestores e nomeou um novo administrador judicial.

Veja trecho da decisão: “Tendo em vista os pedidos de renúncia deduzidos nos autos e, por outro lado, a necessidade de viabilizar a condução do processo de falência e a gestão das atividades provisórias da MASSA FALIDA DE LAGINHA AGRO INDUSTRIAL S/A, NOMEIO ADMINISTRADOR JUDICIAL o Dr. JOÃO DANIEL MARQUES FERNANDES e GESTOR JUDICIAL o Dr. LUIZ HENRIQUE DA SILVA CUNHA, este em substituição à X INFINITY INVEST LTDA.”.

Abandono

No despacho o juiz cita falhas no processo de administração que podem levar à rápida desvalorização do patrimônio, em  prejuízo dos credores e dos proprietários. De fato, hoje mais de seios mil hectares das terras, o que representa cerca de 20% da área da massa falida no Estado, estão invadidos por diferentes movimentos de “sem terra”, alguns dos invasores, dizem, tem residência fixa em Maceió e estão marcando “lugar” para ver o que é que sobra.

Todos os equipamentos agrícolas do grupo, além de máquinas e veículos ou foram “depenados” ou estão se deteriorando por falta de manutenção, numa situação similar a dos canaviais.

Nas últimas semanas aumentaram as denúncias de que as sedes das três usinas do grupo estão sendo depenadas, literalmente, pela ação de criminosos que estariam roubando materiais e equipamentos – tudo facilitado pela Justiça que lacrou, segundo um representane da família JL, teria lacrado as empresas e retirado os vigilantes que eram responsáveis pela guarda do patrimônio.

Veja aqui o  despacho completo do juiz:

despacho lagnha