“LRF” pode deixar servidor de AL sem reajuste este ano; entenda
   23 de fevereiro de 2023   │     23:32  │  6

Pela regra, os entes públicos têm um limite de gasto com pessoal sobre a Receita Corrente Líquida (RCL). Para os Estados, caso do Governo de Alagoas, são três limites: Máximo (49,00%), Prudencial (46,55%) e de Alerta (44,10%).

Na gestão de Renan Filho (2015/2022(, considera a “melhor” financeiramente para o Estado, o governo de Alagoas só conseguiu ficar abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) nos últimos três anos (veja tabela).

O aumento de gastos com pessoal, a partir da contratação de novos servidores através de concurso e aumento de salários, intensificados entre o final de 2021 e durante o ano de 2022, voltou a preocupar a equipe econômica do governo de Alagoas.

O alerta aumentou em função da queda de arrecadação registrada a partir de junho de 2022, em função de mudanças no ICMS dos combustíveis, energia e comunicações. As perdas de receita chegariam a quase R$ 100 milhões por mês em Alagoas.

Com a queda de receita, a RCL fica menor, elevando automaticamente o percentual de gastos com pessoal – ainda o valor da folha permaneça o mesmo.

Em função desse cenário, as Despesas Totais com Pessoal (DPT) sobre a RCL no governo de Alagoas aumentaram mais de cinco pontos percentuais entre 2021 e 2022, saindo de 35,60% para 40,90%.

Com contratações de pessoal já programadas – a exemplo dos concursados da PM e CBM – o governo de Alagoas ainda não definiu se dará reajuste salarial aos servidores públicos este ano. A data base do funcionalismo é maio. Até lá, a expectativa do governo é reverter a perda de receita com algumas medidas que já foram adotadas. É caso da nova alíquota de ICMS, que vai aumentar de 17% para 19% no Estado, a partir de abril deste ano.

Ainda assim, o governo vai depender de outros ajustes para poder pensar em dar a reposição salarial dos servidores (a inflação de 2022 foi de 7,79%) sem atingir os limites da LRF.

Não é uma situação de fácil solução. Se ultrapassar os limites, o governo pode ficar impedido de fazer novas contratações, comprometendo a nomeação de concursados, por exemplo, e em casos mais graves (ultrapassando limite máximo por mais de um ano) ter que demitir servidores para cumprir a legislação – sob pena de penalização dos gestores.

Situação hoje

A queda da arrecadação do ICMS, segundo fontes do governo, impacta nos indicadores de despesa. Neste momento a previsão é chegar no limite prudencial no decorrer deste ano, o que impediria legalmente o Estado de dar reajuste.

O orçamento deste ano, segundo as fontes, tem um déficit na previsão de despesa de pessoal de 300 milhões, de acordo com dados atualizado de janeiro.

COMENTÁRIOS
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  1. José M. Nascimento

    O governo está bem assessorado atualmente, fique tranquilo, as mudanças vinda do atual governo

    tende a melhorar as finanças do Estado, ele vai tirar os do outro que estão corroendo e tudo vai ficar melhor.

  2. Contador Furreca

    Prezado, gostaria de salientar que esses percentuais não impedem um aumento salarial no funcionalismo. As finanças estaduais também tem outros vetores, como disponibilidade financeira e dívida pública. O atraso de fornecedores tem sido apenas o reflexo da exaustão do modelo Santoro. O governador Paulo Dantas herdou uma bela de uma bomba com fiadores de peso. Tic tac tic tac

  3. Militar indignado

    Esse amaldiçoado tem que tirar dos funcionarios pra manter o luxo desse bando de vagabundos que sugam a uniao entre eles todos que recebem salarios da uniao sem concurso publico principalmente essas mazelas eleitas só pra roubar e luxar as custas do povo.

  4. Aposentada

    Está chegando a época da reposição salarial dos servidores já começou os cálculos negativos pra não benefíciar a classe sofrida que são os administrativo, agora os duodécimo nunca se esbarra na lei de responsabilidade fiscal.

  5. Aposentada

    Está chegando a época da reposição salarial dos servidores já começou os cálculos negativose pra não benefíciar a classe sofrida que são os administrativo, agora os duodécimo nunca se esbarra na lei de responsabilidade fiscal.

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