Maioria da bancada federal de Alagoas deve votar a favor de reforma trabalhista
   25 de abril de 2017   │     23:17  │  1

A margem deve ser apertada, mas a bancada federal de Alagoas tende a votar, em sua maioria, a favor o projeto de reforma trabalhista, que deve ir a votação no plenário da Câmara Federal nesta quarta-feira, 26. . Dos 9 deputados federias de Alagoas, apenas 4 são declaradamente contra a reforma: JHC (PSB), Paulão (PT), Ronaldo Lessa (PDT) e Givaldo Carimbão (PHS).

A comissão da Câmara que analisa a proposta de reforma trabalhista aprovou, nesta terça-feira (25),o texto proposto pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do caso.

A comissão especial é composta por 37 deputados e eram necessários 19 votos para aprovação. Foram 27 votos a favor e 10 contra. O deputado Carimbão, único alagoano na comissão, votou contra.

Os outros 5 deputados federais de Alagoas ainda não manifestaram o voto, mas tendem a votar a favor. Cícero Almeida (PMDB), Arthur Lira (PP) e Pedro Vilela (PSDB) devem acompanhar a orientação da bancada de seus partidos, a favor da reforma. Na comissão, todos os representantes das três legendas votaram a favor.

Rosinha da Adefal (PTdoB) e Nivaldo Albuquerque (PRP), suplentes respectivamente dos ministros Marx Beltrão (Turismo) e Transportes (Maurício Quintella) também tendem a votar a favor. Ao menos é o que se pode deduzir da decisão do presidente Michel Temer que decidiu afastar ministros que tem mandato na Câmara Federal e cujos suplentes votariam contra a reforma. Como os ministros não serão exonerados para a votação, pode se deduzir que o Palácio do Planalto tem segurança nos votos dos dois suplents.

O caso de Pernambuco

Nesta terça-feira, 25, a noite o presidente Michel Temer, após uma avaliação no Palácio do Planalto, exonerar nesta três ministros para a votação da reforma trabalhista. Todos de Pernambuco: Mendonça Filho (DEM), da Educação, Fernando Bezerra Filho (PSB), de Minas e Energia, e Bruno Araújo (PSDB), das Cidades. O eles tem em comum? Foram eleitos pela mesma coligação e dois dos seus suplentes, do PSB, votariam contra a reforma trabalhista, que deve acontecer no plenário da Câmara Federal nesta quarta-feira, 26.

Segundo o Blgo do Camarotti, “Apesar da segurança para o placar da reforma trabalhista, o governo quis fazer um gesto com a exoneração dos ministros, pois consegue afastar da votação dois deputados dissidentes do PSB. Com isso, o Palácio do Planalto quer mandar um recado claro: deseja fidelidade de sua base aliada”.

Esse é um gesto simbólico. Tecnicamente, não era preciso esses votos. Estamos tranquilos para essa votação. Mas as exonerações revelam uma conduta diferente do Palácio (do Planalto) a partir de agora. É um aviso aos navegantes”, disse ao Blog o ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo.

Na contramão do governo

Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, voltou a criticar a proposta de reforma trabalhista: “não entendo como relegam o projeto que acaba com o supersalário com dinheiro público e coloca em seu lugar a reforma trabalhista que revoga direitos, reduz salários, coloca o acordado acima do legislado na recessão do desemprego e aumenta a pejotização reduzindo a receita”.

Brasileiro é contra a reforma

Uma enquete realizada pelo portal UOL, com resultado parcial até às 23h00 desta terça-feira, 15, mostra que o brasileiro é contra a reforma trabalhista. Dos 9.219 votos computados, 26,24% foram a favor da reforma, 71,87% contra e 1,89% não souberam responder.

COMENTÁRIOS
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  1. Edson

    Quem votar favorável a reforma da previdência, terá seu nome lembrado pelos próximos vinte anos e dificilmente terá sucesso nas urnas eleitorais. Quem viver verá!

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