No cenário de hoje, as chances para a votação da minireforma eleitoral no Senado a tempo de entrar em vigor para as eleições do próximo ano são mínimas.
“Não acredito que o Senado vote. Pelo que temos de informação, a tendência é que o prazo se expire”, avalia o líder do MDB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL).
A possibilidade de votação seria um possível entendimento em torno da votação da PEC da Anistia. “Como existe o interesse dos presidentes de alguns partidos e essa PEC está na Câmara dos Deputados, pode ser que eles (os presidentes de partidos) pressionem o Senado a votar a minirreforma”, aponta Bulhões.
A nova legislação precisa ser aprovada até um ano antes do dia eleição para ter validade. No próximo ano, o pleito está previsto para correr no dia 6 de outubro. Ou seja, a reforma precisaria ser votada até a próxima quarta-feira, no máximo.
A proposta de mudanças na legislação eleitoral foi aprovada pela Câmara dos Deputados há duas semanas. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PT-PR) disse nesta 4ª feira (27/9) que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), só vai pautar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Anistia se o Senado aprovar a minirreforma eleitoral e ficar acordada a aprovação dessa proposta também.
A PEC anula punições aos partidos que não destinaram no mínimo 30% do Fundo Partidário para candidaturas femininas e de pessoas pretas e pardas. Zeca diz que presidentes de partidos tentam fechar um acordo com os senadores sobre as propostas da PEC e da reforma eleitoral.
O líder do PT disse a Poder 360 que a Câmara não vai se indispor com a opinião pública votando uma PEC que depois ficará parada no Senado. “Nós não vamos votar uma PEC que é cheia de polêmicas e problemas, e só gastar cartucho para chegar lá e não votar”, declarou.
Fique por dentro
Lira só vai pautar PEC da Anistia se Senado aprovar reforma eleitoral
