O apagão que mais uma vez castigou o Nordeste serviu para comprovar que o sistema elétrico brasileiro é tão eficiente e moderno quanto foi o Itamaraty no caso do senador boliviano. Resta saber se o ministro Edison Lobão terá o mesmo tratamento de Patriota. Ou quem sabe o piti de Dilma Roussef só funcione com ministros sem mandato e sem partido.
O apagão também teve outra função: mostrar que Maceió é uma cidade completa e totalmente despreparada para qualquer emergência. O trânsito virou um caos, uma bagunça digna de fazer inveja aos engenheiros de tráfego da Índia.
Se a prefeitura tinha algum plano de emergência para situações como essa, não funcionou. “Os ônibus não estão chegando aqui no Centro por conta do engarrafamento. A gente está aqui e não sabe que hora vai conseguir ir pra casa”, me disse uma conhecida por telefone, por volta das 17h30 desta quarta-feira, 28.
O caos no trânsito, no entanto, não é o pior. Conversei com outras pessoas por telefone, para tentar entender como a população reagiu ao blecaute: “parece o fim do mundo, as ruas estão desertas, as pessoas correndo, se fechando em casa, com medo. Hoje será um dia de muitos assaltos e também de coisas piores”, relatou uma colega por telefone.
Nos bairros como Jatiúca, Ponta Verde, Poço ou Farol as pessoas se entocam em suas casas, fugindo da escuridão e da violência.
E pensar que há poucos anos atrás quando faltava energia a noite as pessoas aproveitavam para ir para a porta de casa bater papo e ver as estrelas…
Perdas: quem vai pagar a conta?
O comércio de Maceió fechou as portas mais cedo, assim como a maioria das empresas de serviços e indústrias que não tem geradores. Perguntinha boba: será que a Chesf e o governo federal vão deixar de cobrar a energia ou dar um desconto nos impostos para compensar as perdas do setor produtivo?
É gol!
Agora, já por volta das 19h00, uma das pessoas com quem falei me ligou: “a luz voltou, é só alegria. As pessoas gritaram comemorando, parecia final da copa do mundo”. Que bom. Agora é esperar o novo apagão, a nova greve de ônibus ou quem sabe mais um protesto para tumultuar ainda mais a vida do maceioense, que como sabemos, já não é nada tranquila.
Nenhuma cidade brasileira possui plano de emergência e no caso de falta de energia elétrica tanto pior. Nos Estados Unidos os planos de emergência e socorro a população entram em ação imediatamente utilizando do sistema Nacional de Radioamadores pois estes funcionam com baterias de 12 volts e utilizando estações-móveis estão em todo lugar ajudando a Policia, Bombeiros e Defesa Civil. Estamos entre o século 19 e o século 20. Vai demorar ainda o
Brasil se modernizar. É um inferno de Dante implantado entre nós.
kkkk realmente parece o fim do mundo, você tocou num assunto que eu como militar já sabia a muito mas passa desapercebido pela população, Maceió não suporta nada, qualquer emergência aqui se torna um caos, quer uma boa
? aquele projeto da apel da Brasken, no dia que aquilo vazar não fica um vivo no Pontal kkkkk, é a cara de Maceió kkkk. parabéns pela matéria.
O interessante é que após os últimos apagões, o governo federal foi a televisão e propagou aos 4 cantos do Brasil que não haveria mais apagões. Tem alguma coisa errada. Se fosse em outro governo, estava o maior auê!
E por falar em gol, imagine, centenas de milhares de pessoas assistindo os jogos da Copa do Mundo 2014 e de repente, tchu,,,