Ônus sem bônus: aliança de Biu e Alexandre com Vilela é ‘lembrada’ no guia eleitoral
   29 de agosto de 2014   │     19:38  │  2

No jogo da política, o candidato da ‘situação’ carrega sempre o ônus de ser governo.  Dependendo da aprovação ou desaprovação da gestão, a fatura vem na forma de rejeição, perda de apoio e de votos.

Em contrapartida, o candidato governista tem compensações. O bônus vem em “detalhes” como a maior capacidade de financiamento da campanha, na força da nomeação de amigos e aliados para cargos comissionados e no poder de pressão e “convencimento” de lideranças do interior.

Para quem é da oposição, resta como estratégia atuar nos desgastes e brechas do grupo que está no governo. Quanto maior a insatisfação com serviços como educação,  saúde e segurança, maiores são as chances de um candidato oposicionista vencer.

Dos oito candidatos a governador de Alagoas, sete estão com sua identidade política, com o “lado” definido. Apenas – Júlio Cezar, do PSDB – defende o governo. Os outros seis candidatos fazem oposição declarada a Teotonio Vilela Filho.

A exceção fica por conta da coligação “Juntos Com o Povo pela Melhoria de Alagoas”. A chapa majoritária formada pelos candidatos Benedito de Lira, do PP, e Alexandre Toledo, do PSB.

Os candidatos a governador e a vice faziam parte do governo e tentavam o apoio de Téo Vilela até maio deste ano. O rompimento foi recente demais para que conseguissem se identificar como “oposição” ou como “governo”.

Para piorar o cenário, Benedito de Lira e Alexandre Toledo estão sendo “cobrados” no guia eleitoral a assumir a responsabilidade por suas gestões (direta ou através de indicações) na Saúde e na Educação – justamente as áreas onde a avaliação do governo Vilela é pior. Nesta sexta-feira, 29, essa “aliança” foi lembrada no programas do PEN, pelo Coronel Adroaldo, que mostra Biu dançando ao lado de Téo Vilela e também no programa do PMDB. Uma personagem mostra recortes de jornal e lembra que Biu e Alexandre eram os responsáveis pela Saúde e Educação no governo de Vilela.

A guerra “ideológica” está sendo travada no guia eleitoral e nas redes sociais. Se não conseguir um argumento convincente até a eleição, a chapa de Biu e Alexandre sofrerá o ônus – sem o bônus – de ser governo.

COMENTÁRIOS
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  1. jose antonio dos santos

    cADÊ A DENUNCIA DO KIT ESCOLA da SEC. DE EDUCAÇÃO DO ESTADO SUPER FATURADO que os “boiolas”politicos nada falam.

  2. luiz paulo sodré

    Sr. Edivaldo,como homem bem informado,será que o Sr. lembra quem foi o primeiro secretário da educação no governo de Téo Vilela?esse mesmo Fábio Farias,indicado por Renan Calheiros pai do filhote Renan Calheiros Filho,que aliás deve ter vergonha do nome do pai pois só usa Renan Filho,pois bem, Fábio Farias foi por muito tempo secretário da educação,hoje é o coordenador da campanha do seu padrinho político,também fica difícil explicar ao povo o que ele fez pela educação durante sua gestão.Como o Sr. vê, são todos iguais,só muda de endereço.São todos oportunistas de primeira hora.

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